Você está na página 1de 140

AGENTES FÍSICOS

PROF. JOELDES DAMASCENO MATIAS


Técnico de Segurança do Trabalho
Engenheiro Mecânico
Engenheiro de Segurança do Trabalho

Email: joeldesmatias@gmail.com

Celular: 9914-6353 whatsap


8735-4465

NATAL
2015
AGENTE RUÍDO

 ANEXO 1

 ANEXO 2

JOELDES MATIAS
Conhecendo o Risco

O SOM
O som é uma vibração que se propaga pelo ar
em forma de ondas e que é percebida
pelo ouvido humano. É uma sensação agradável,
em nível suportável e que não irrita.
Ele pode ser mais ou menos perigoso
dependendo da sua freqüência e intensidade.
Conhecendo o Risco
RUÍDO

O ruído é um som prejudicial à saúde humana que


causa sensação desagradável e irritante. Além
disso, o grau de risco também depende de outros
fatores como tempo de exposição.
Conhecendo o Risco
FREQÜÊNCIA
A freqüência medida em Hertz (Hz), é a quantidade de
ondas de um som propagado no tempo de 1 segundo.Os
sons de baixa freqüência são chamados de graves e os de
alta freqüência de agudo.
Conhecendo o Risco
INTENSIDADE
A intensidade, medida em decibel (dB), é a força ou pressão
que o som exerce nos nossos ouvidos.
É conhecido como altura, volume.
Quando a intensidade alcança altos valores, o som se
transforma em risco para audição dos trabalhadores.
Fatores que Influenciam
1 – Tempo de exposição,quanto maior
este tempo maior o perigo

2 – Tipo de Ruído:
Pode ser Continuo (sem parar),
Intermitente (ocorre de vez em quando)
ou de impacto ( Ocorre de repente).
Fatores que Influenciam

3 – Distancia da Fonte Geradora:


Quanto mais próximo
Maior o perigo.

4 – Intensidade:
Quanto maior a intensidade, maior
O risco para o trabalhador
EFEITOS DO RUÍDO À SAÚDE
O corpo humano começa a reagir ao ruído a partir de 70
dB, podendo ocorrer alterações físicas, mentais e
emocionais.

Os efeitos nocivos do ruído sobre o sistema orgânico


estão legados tanto ao tempo de exposição,quanto ao
nível de ruído

Acredita-se que o ruído pode afetar outros órgãos do corpo


humano por meio de um mecanismo indireto, ativando ou
inibindo o sistema nervoso central e periférico.

A perda da audição e outros danos à saúde ocorrem aos


poucos, gradativamente e vai aumentando com o passar do
tempo.
Como funciona nossa audição
EFEITOS DO RUÍDO À SAÚDE

Na audição:
- PAIR – é uma doença cumulativa, insidiosa e
irreversível, resultante da agressão às células
ciliadas do órgão de Corti.
EFEITOS DO RUÍDO À SAÚDE
No organismo:

• estreitamento dos vasos sanguíneos


• aumento da pressão sanguínea
• contração dos músculos
• insônia
• alterações menstruias
• impotência sexual
• enjôos, vômitos, tonturas
• mudanças na conduta e no humor;
• falta de atenção e concentração;
• inapetência;
• cefaléia;
EFEITOS DO RUÍDO À SAÚDE
No organismo:

• ansiedade;
• depressão;
• cansaço; fadiga e estresse
• nervosismo
• tendência agressiva
• diarréias, prisão de ventre, náuseas.
• perda de apetite, dores epigástricas,
• gastrites e úlceras
• queda da resistência a doenças infecciosas
EFEITOS DO RUÍDO NO TRABALHO

• problemas de comunicação
• baixa concentração

• desconforto

• cansaço

• nervosismo - brigas

• baixo rendimento

• acidentes
PREVENÇÃO
Ter um bom PCA

• Efetue monitoração dos níveis de ruído.


• Proceda exames médicos iniciais e periódicos.
• Adote medidas de segurança.
• Adote medidas administrativas.
• Adote bons equipamentos de proteção individual
• Treine os trabalhadores.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 TIPOS DE RUÍDO:
 Ruído Contínuo: Ruído com variações de níveis
desprezíveis de + ou – 3dB, durante o período de
observação.
 Ruído Intermitente: Ruído cujo nível varia
continuamente de um valor apreciável, durante o
período de observação.
 Ruído de Impacto ou Impulsivo: Ruído que
apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores
a 1 (um) segundo.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 TIPOS DE RUÍDO:
 Ruído de Fundo: É o ruído de fontes secundárias,
ou seja, quando estamos estudando o ruído de
determinada fonte num ambiente, o ruído emitido
pelas demais é considerado ruído de fundo.

 Obs: O ruído de fundo pode ser: contínuo.


Intermitente ou de impacto.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 CIRCUITO DE COMPENSAÇÃO:
 Ruído Contínuo: (A)
 Ruído Intermitente: (A)
 Ruído de Impacto ou Impulsivo: (C)
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 CONHECENDO AS NORMAS:
 NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES
INSALUBRES:
- Anexo I - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA
RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE;
- Anexo II - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA
RUÍDOS DE IMPACTO;

 NHO 01 NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL


DA FUNDACENTRO.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NR-15 - Anexo I - LIMITES DE TOLERÂNCIA


PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE;
85 dB ---> 8 horas 96 dB ---> 1 hora e 45 minutos
86 dB ---> 7 horas 98 dB ---> 1 hora e 15 minutos
87 dB ---> 6 horas 100 dB ---> 1 hora
88 dB ---> 5 horas 102 dB ---> 45 minutos
89 dB ---> 4 horas e 30 minutos 104 dB ---> 35 minutos
90 dB ---> 4 horas 105 dB ---> 30 minutos
91 dB ---> 4 horas 106 dB ---> 25 minutos
92 dB ---> 3 horas 108 dB ---> 20 minutos
93 dB ---> 2 horas e 40 minutos 110 dB ---> 15 minutos
94 dB ---> 2 horas e 15 minutos 112 dB ---> 10 minutos
95 dB ---> 2 horas 114 dB ---> 8 minutos
115 dB ---> 7 minutos.
Incremento de Duplicação de Dose (q): incremento em decibéis que,
quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de
exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido.
BR – NR-15: q = 5; NHO-01: q = 3.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NR-15 - Anexo I - LIMITES DE TOLERÂNCIA


PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE;
1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites
de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB)
com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação
"A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao
ouvido do trabalhador.
3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de
tolerância fixados no Quadro deste anexo.
4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a
máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.
5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que
não estejam adequadamente protegidos.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NR-15 - Anexo I - LIMITES DE TOLERÂNCIA


PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE;
 Os limites de tolerância fixam tempos máximos de
exposição para determinados níveis de ruído.
Porém, sabe-se que existem tarefas profissionais
nas quais o indivíduo é exposto durante a jornada,
a níveis de ruído variados. Para quantificar tais
exposições utiliza-se o conceito da DOSE,
resultando em uma ponderação para diferentes
situações acústicas, de acordo com o tempo de
exposição e o tempo máximo permitido, de forma
acumulativa na jornada.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NR-15 - Anexo I - LIMITES DE TOLERÂNCIA


PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE;
 - Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois ou mais
períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser
considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a
soma das seguintes frações:
D = C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn
T1 T2 T3 Tn
 Onde:
 Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um
nível de ruído específico.
 Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível,
segundo a Tabela.
 D significa a dose.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NHO - 01 - NÍVEL EQUIVALENTE DE RUÍDO – Leq


 Nível Equivalente (Neq): nível médio baseado na equivalência de energia,
conhecido como LEQ.
 O nível equivalente de ruído é chamado de Leq. Para fator de duplicação 5,
a literatura costuma denominar como Lavg (Level Average). Já a NHO-01 da
Fundacentro denomina esse parâmetro como o Neq. Qualquer que seja a
denominação, é importante compreender o conceito:
Leq = Lavg = NE
Leq = 16,61 x log D x 480 + 85
T
D = dose de ruído
T = tempo de duração, em minutos, da medição

Obs: Para 8 horas de exposição:


Leq = 16,61 x log D + 85
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NHO - 01 - NÍVEL DE EXPOSIÇÃO NORMALIZADO – NEN


 Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido
para uma jornada padrão de 8 horas diárias, para fins de comparação com o
limite de exposição.
 As normas da Previdência Social determina a utilização do NEN para fins de
comprovação do possível direito à aposentadoria especial.

NEN = NE + 16,61 x log TE


480
NE = nível de exposição
TE = tempo de duração, em minutos, da jornada diária de trabalho
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Adição e Subtração de Níveis de Ruído


 As operações em decibéis não são lineares. Assim sendo, 100 dB + 90 dB
não é igual a 190 dB, pois a escala do nível de pressão sonora é uma
relação logarítmica. Portanto, para adicionar ou subtrair níveis de pressão
sonora, é necessário calcular a razão média quadrática das pressões de
cada nível e, em seguida, efetuar a soma ou a subtração. Com esses dados,
calcula-se o nível de pressão sonora total ou resultante.

Fonte A: NPS = 92 dB (A)


Ponto de Medição
Fonte B: NPS = 86 dB (A)
2
NPS = 10 Log P
P0
Fontes Iguais: NPST = NPSF + 10logN

Fontes Diferentes: NPST = 10log∑ 10


0,1 NPS
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Adição e Subtração de Níveis de Ruído


 Para que sejam evitados cálculos complexos, foram criadas curvas de
adição e subtração em dB, conforme gráfico a baixo:

50 dB + 51 dB = 53,5 80 dB + 74 dB = 81
dB
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Adição e Subtração de Níveis de Ruído


Diferença entre os níveis (dB) Quantidade a ser adicionada ao maior nível (dB)
0,0 3,0
0,2 2,9
0,4 2,8
0,6 2,7
0,8 2,6
1,0 2,5
1,5 2,3
2,0 2,1
2,5 2,0
3,0 1,8
3,5 1,6
4,0 1,5
4,5 1,3
5,0 1,2
5,5 1,1
6,0 1,0
6,5 0,9
7,0 0,8
7,5 0,7
8,0 0,6
9,0 0,5
10,0 0,4
11,0 0,3
13,0 0,2
15,0 0,1
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Adição e Subtração de Níveis de Ruído


 Para que sejam evitados cálculos complexos, foram criadas curvas de
adição e subtração em dB, conforme gráfico a baixo:
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NR-15 - Anexo II - LIMITES DE TOLERÂNCIA


PARA RUÍDOS DE IMPACTO;
1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível
de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto.
As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de
tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os
picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.
3. Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de
resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida
(FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de
120 dB(C).
4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção
adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no
circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 NHO – 01 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA


RUÍDOS DE IMPACTO;
AGENTE FÍSICO RUÍDO
RUÍDO

CONTÍNUO OU
IMPACTO
INTERMITENTE

NR-15 NR-15
ANEXO Nº 1 ANEXO Nº 2

LIMITE DE
LIMITE DE
TOLERÂNCIA *
TOLERÂNCIA *
130dB (Linear)
85 dB(A)
120dB(C) (FAST)

RISCO GRAVE E
RISCO GRAVE E
IMINENTE **
IMINENTE **
140 dB (Linear)
115 dB(A)
130dB(C) (FAST)
* Para uma exposição de 8 horas/diárias sem proteção auditiva.
** Sem proteção adequada.
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 FATOR DE PROTEÇÃO – ATENUAÇÃO

 MÉTODOS DE CÁLCULO DA ATENUAÇÃO:

 - Longo (Análise de Freqüência)

 - Simplificado (NRR) – Nível de Redução de Ruído

 - Simplificado (NRRsf) – Nível de Redução de Ruído subject fit


AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Método Longo (Análise de Freqüência)

1° - Tabela de Avaliação de Ruído.

Freqüência em Hz 125 250 500 1K 2K 4K 8K

NPs em dB (A) 73,2 79,9 86,3 93,2 98,2 97,0 90,0

2° - Tabela de Atenuação do C.A.

Atenuação 13,0 20,0 26,0 32,0 35,0 44,5 37,0

Desvio-padrão 2,9 2,6 2,2 2,4 2,4 2,6 3,9


AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Método Longo (Análise de Freqüência) cont.

1° - Tabela de Proteção Efetiva.


Atenuação 13,0 20,0 26,0 32,0 35,0 44,5 37,0

2 x DP 5,8 5,2 4,4 4,8 4,8 5,2 7,8

Atenuação Efetiva 7,2 14,8 21,6 27,2 30,2 39,4 29,2


do Protetor

2° - Tabela de Atenuação do C.A.


NPs em dB (A) 73,2 79,9 86,3 93,2 98,2 97,0 90,0

Atenuação Efetiva 7,2 14,8 21,6 27,2 30,2 39,4 29,2


do Protetor
NPS com uso do 66,0 65,1 66,7 66,0 68,6 57,6 60,8
protetor
AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Método Simplificado - NRR (Nível de Redução de Ruído)

- Índice RC OU NRR, que é obtido por meio de tabelas dos fabricantes de


protetores auriculares ou do Certificados de Aprovação (CA).
- A NIOSH, com base em vários estudos realizados recomenda aos
profissionais a utilização de fatores de correção aplicados ao NRR
fornecidos pelo laboratório:
- Protetor tipo Concha ..........................Subtrair 25% do valor do NRR ou
RC
- Protetor tipo de Inserção Moldável ...Subtrair 50% do valor do NRR ou
RC
- Outros protetores de Inserção...........Subtrair 70% do valor do NRR ou
RC

- NPS c = NPS em dB(A) – NRR x f Para a curva “A”


AGENTE FÍSICO RUÍDO

 Método Simplificado - NRRsf (Subject Fit)

- Este método consiste em calcular a atenuação do protetor por meio de


um valor único Nível de redução de Ruído (NRRsf).

- NPS c = NPS em dB(A) – NRR sf


AGENTE CALOR

 NR-15 SOBRECARGA TÉRMICA

 NR-17 CONFORTO TÉRMICO

JOELDES MATIAS
Conceitos Fundamentais:
 O ser humano mantém uma temperatura
interna aproximadamente constante (em
torno de 37ºC) seja qual for a temperatura
externa (do ambiente).
 Essa característica está ligada a existência
de um mecanismo fisiológico de regulação da
temperatura interna do corpo, o qual é
responsável pela conservação e dissipação
do calor.
Conceitos Fundamentais:
A temperatura da pele, para que se
mantenha o equilíbrio térmico entre o corpo e
o ambiente, deve ser sempre menor do que a
temperatura central do corpo em mais ou
menos 1ºC.
 O equilíbrio térmico entre o corpo e o
ambiente baseia-se na igualdade:
 Quantidade de calor recebida = Quantidade
de calor cedida
Conceitos Fundamentais:
 As trocas de calor necessárias para que se
mantenha essa igualdade dependem,
fundamentalmente, das diferenças de
temperaturas entre a pele e o ambiente e o
da pressão de vapor d'água no ar em torno
do organismo, a qual, por sua vez, é
influenciada pela velocidade do ar.
 É importante ressaltar que a troca de calor
sempre ocorre no sentido do corpo com
maior temperatura para o de menor
temperatura.
Conceitos Fundamentais:
São quatro as formas pelas quais se procedem essas trocas:

· Condução - pelo contato direto do corpo com objeto mais quente;


· Convenção - através do ar ou de outro fluido em movimento;
· Radiação - através de ondas eletromagnéticas (normalmente o
infravermelho).

 Esses três processos podem ocorrer devido a existência de fontes


externas com temperatura mais elevada do que a da pele. Esse calor
transferido é chamado de calor sensível.
Conceitos Fundamentais:
 Existe ainda um quarto processo que está ligado ao calor latente, utilizado
para mudança de estado (de água, em estado líquido para vapor d'água).

 Evaporação - Esse processo de troca ocorre sem que seja modificada a


temperatura.Assim, o calor recebido pelo corpo, nos casos de exposição a
temperaturas elevadas, é utilizado pelo organismo para evaporar parte da
água interna através da sudorese, nãopermitindo o aumento da
temperatura interna.

 metabolismo entende-se o conjunto de fenômenos químicos e físico-


químicos, mediante os quais são feitas a assimilação e desassimilação das
substâncias necessárias a vida.

 Calor Metabólico - é o calor produzido por esse conjunto de reações.

 Quando o homem estiver em jejum e em repouso esse calor denomina-se


Calor Metabólico Basal.
MECANISMOS DE TROCA TÉRMICA

 RADIAÇÃO - ƒ (Temp. rad. ambiente, Tpele )

R = 8,6 (Tamb - Tpele)

 EVAPORAÇÃO - ƒ (Var, +ppele e par)

E = 14 Var 0.6 (ppele - par )

 E = Calor perdido por evaporação


 Var = Velocidade do ar (m/seg)
 ppele = pressão de vapor da água no ar ambiente (mmHg)
 par = pressão de vapor da água no pele - 42 mmHg a 35ºC
MECANISMOS DE TROCA TÉRMICA

 CONDUÇÃO - Pouco Importante

 CONVECÇÃO - ƒ (+Tar e Tpele ; Var )

C = 7 Var 0,6 (Tar - Tpele )

 Var = Velocidade do ar (m/seg)


 Tar = Temperatura do ar (ºC)
 Tpele = Temp. média da pele - geralmente 35 ºC
EQUAÇÃO DO EQUILÍBRIO TÉRMICO

M ±C±R-E =0
M = Calor produzido pelo metabolismo
C = Calor ganho ou perdido por condução e
convecção
R = Calor ganho ou perdido por radiação
E = Calor perdido por evaporação
LIMITE DE TOLERÂNCIA

 Definição de limite de tolerância


 Diversos índices
 LT deve levar em conta os fatores ambientais
e da atividade (calor gerado pelo
metabolismo)
FATORES AMBIENTAIS

 Temperatura do ar
 Umidade relativa do ar
 Velocidade do ar
 Radiação
TEMPERATURA DO AR

 = TEMPERATURA DE BULBO SECO - TBS (ºC).


 TERMÔMETRO COMUM
 CUIDADOS:
 A TEMPERATURA DENTRO DA FAIXA DO TERMÔMETRO.
 TEMPO MEDIÇÃO > TEMPO DE ESTABILIZAÇÃO.
 O SENSOR EM CONTATO OU O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DA
ÁREA TÉRMICA DE INTERESSE.
 NA PRESENÇA DE FONTE APRECIÁVEL DE CALOR RADIANTE,
PROTEGER O SENSOR DO TERMÔMETRO, PORÉM SEM
IMPEDIR CIRCULAÇÃO DO AR AO REDOR DO MESMO.
UMIDADE RELATIVA DO AR

 % de umidade no ar em relação à quantidade total se o

ar estivesse saturado na mesma temperatura

 Fator fundamental para a troca de calor entre o corpo e

o ambiente (perda por evaporação)

 Temperatura de bulbo seco natural (Tbn)

 Temperatura de bulbo seco psicrométrico


VELOCIDADE DO AR

 INFLUENCIA NA TROCA DE CALOR POR CONVECÇÃO E


EVAPORAÇÃO
 EQUIPAMENTO: ANEMÔMETRO
 ESTIMATIVA DE VELOCIDADE DO AR:
 Ar parado (p.ex.:sala fechada sem ventilação): < 0,2 m/s
 Brisa leve (p.ex.: leve percepção do movimento do ar): entre
0,2 e 1,0 m/s
 Brisa moderada (p.ex: poucos metros de um ventilador,
percepção clara de movimento do ar, movimento dos cabelos
ou folha de papel): entre 1,0 e 1,5 m/s
 Vento forte (p.ex.: próximo de um ventilador, vento na roupa):
> 1,5 m/s
CALOR RADIANTE

 MEDIDO INDIRETAMENTE ATRAVÉS DO


TERMÔMETRO DE GLOBO (VERNON, 1932)
 ESFERA OCA DE COBRE COM 15 CM DE DIÂMETRO,
PINTADA DE PRETO FOSCO, COM TERMÔMETRO
DE MERCÚRIO NO CENTRO DA ESFERA
 TROCA CALOR COM O AMBIENTE POR RADIAÇÃO E
CONVECÇÃO
CALOR RADIANTE

 TEMPO DE ESTABILIZAÇÃO
 esfera de 15 cm de diâmetro: 15 a 20 minutos
 esfera de 4,2 cm de diâmetro: 5 minutos
 TEMPERATURA MÉDIA RADIANTE (TMR) - PARA
ESFERA DE 15 CM:
TMR = TG+ (1,8 VA 0,5)(TG - TA)
TG = Temperatura de Globo
VA = Velocidade do Ar
TA = Temperatura do Ar
CALOR PRODUZIDO PELO METABOLISMO

 MEDIDO OU ESTIMADO

 MEDIÇÃO: POR CALORIMETRIA DIRETA (CÂMARA) OU INDIRETA


(CONSUMO DE OXIGÊNIO - 4,8 KCAL/L OXIGÊNIO)
 ESTIMATIVA: POR MEIO DE TABELAS OU ANÁLISE DE TAREFAS
 MENOS PRECISO
 MENOS REPRODUTÍVEL
 VARIAÇÃO: +/- 10 A 15%
 TABELAS: ERROS DA ORDEM DE 30%
 ANÁLISE DE TAREFAS: DIVIDIR A TAREFA EM ATIVIDADES BÁSICAS OU
SUBATIVADES, MEDIR OU ESTIMAR O METABOLISMO DE CADA ATIVIDADE OU
SUBATIVIDADE, OBTER MÉDIA PONDERADA NO TEMPO.
Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo

 Desenvolvido em 1957 para monitorar a exposição ao


calor em campo de treinamento militar
 Vantagens: fácil de calcular, utiliza equipamentos
simples e baratos
 Ambientes internos e externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
 Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs
tbn = Temperatura de bulbo úmido natural
tg = Temperatura de globo
tbs= Temperatura de bulbo seco
Limites de Tolerância para exposição ao Calor

 Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo - IBUTG


 Equipamentos:
termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e
termômetro de mercúrio comum.
 Ponto de medição: local onde permanece o trabalhador, à
altura da região do corpo mais atingida.
 Estabelece dois tipos de limites:
 regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no
próprio local de prestação de serviço.
 regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro
local (de descanso).
Regime de trabalho intermitente com períodos de
descanso no próprio local de prestação de serviço

 Períodos de descanso: tempo de serviço para todos os


efeitos legais.
 Tipo de atividade (leve, moderada ou pesada): Quadro
No 3.
 Regime de trabalho:
Limites de Tolerância para Exposição ao Calor

QUADRO Nº 3
TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE
Regime de trabalho intermitente com período de
descanso em outro local (de descanso)

 Local de descanso: ambiente termicamente mais


ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo
atividade leve.
 Limites de Tolerância: Quadro Nº2
Exercícios

1) Observando-se um operador de forno de uma empresa,


verifica-se que o mesmo gasta 3 minutos carregando o
forno, aguarda 4 minutos para que a carga atinja a
temperatura esperada sem, no entanto, sair do local e, em
seguida, gasta outros 3 minutos para descarregar o forno.
Este ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda
jornada de trabalho.
Resultados da avaliação do ambiente:
 tg = 35ºC
 tbn = 25ºC

Verificar se o limite de tolerância foi excedido.


Resolução
 IBUTG = 0,7 * 25 + 0,3 * 35 = 28ºC
 ANÁLISE DO REGIME DE TRABALHO: Regime de trabalho-
descanso, com descanso no próprio local de trabalho
 TIPO DE ATIVIDADE: Moderada (Quadro Nº3)
 CICLO DE TRABALHO: Em 1 hora de trabalho, o ciclo se
repete 6 vezes, assim: 36 minutos de trabalho e 24 minutos de
descanso
 LIMITE DE TOLERÂNCIA: Pelas condições ambientais e pelo
Quadro Nº1, o regime recomendado é: 45 minutos de trabalho
e 15 minutos de descanso.
 CONCLUSÃO: o ciclo de trabalho está adequado para o tipo de
atividade e condições térmicas do ambiente analisado.
Exercícios
2) Observando-se um operador de forno de uma empresa,
verifica-se que o mesmo gasta 3 minutos carregando o
forno, aguarda 4 minutos para que a carga atinja a
temperatura esperada e, em seguida, gasta outros 3
minutos para descarregar o forno. Durante o tempo em
que aguarda a elevação da temperatura da carga (4
minutos), o operador do forno fica fazendo anotações,
sentado a uma mesa que está afastada do forno. Este
ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda
jornada de trabalho.
Resultados da avaliação do ambiente:
 LOCAL 1 - tg = 54ºC tbn = 25ºC
 LOCAL 2 - tg = 32ºC tbn = 24ºC

Verificar se o limite de tolerância foi excedido.


Resolução
 ANÁLISE DO REGIME DE TRABALHO:
 Regime de trabalho-descanso, com descanso em outro local
 CICLO DE TRABALHO:
 Em 1 hora de trabalho, o ciclo se repete 6 vezes, assim: 36
minutos de trabalho e 24 minutos de descanso
 ANÁLISE DO LOCAL DE TRABALHO:
 IBUTG = 0,7 * 25 + 0,3 *54 = 33,7ºc
 M = 300 kCal/h (Quadro Nº3)
 Tempo de Permanência: 6 * 6 = 36 minutos
 ANÁLISE DO LOCAL DE DESCANSO:
 IBUTG = 0,7 *24 + 0,3*32 = 26,4ºC
 M = 125 kCal/h (Quadro Nº3)
 Tempo de permanência: 6 * 4 = 24 minutos
Exercícios - Resolução ex. 2

 CÁLCULOS:
 Mmédio = (300*36 +125*24)/60 = 230 kCal/h
 IBUTGmédio = (33,7*36 + 26,4*24)/60 = 30,8

 LIMITE DE TOLERÂNCIA: Para M = 230 kcal/h, o IBUTG máximo


= 28,5ºC
 CONCLUSÃO: para as condições ambientais e atividade física, o
LT foi ultrapassado.

QUAL DEVERIA SER O CICLO DE TRABALHO PARA QUE O


LIMITE DE TOLERÂNCIA NÂO SEJA ULTRAPASSADO?
Fluxo - 1
Avaliação da exposição ao calor
MEDIR AS
TEMPERATURAS

DEFINIR TIPO DE
EXPOSIÇÃO

SEM CARGA SOLAR COM CARGA SOLAR IBUTG =


IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

DEFINIR REGIME DE TRABALHO (VIDE QUADRO Nº 1)

NOTA: Se os valores excederem aos estabelecidos no quadro nº1, seguir fluxo-2.


IDENTIFICAR CICLO DE TRABALHO
ATIVIDADE X TEMPO

DEFINIR TAXA DE METABOLISMO


PARA CADA TIPO DE ATIVIDADE
(QUADRO - 3)

IDENTIFICAR SITUAÇÕES TÉRMICAS

EFETUAR MEDIÇÕES EM CADA


SITUAÇÃO TÉRMICA

CALCULAR IBUTG DOS LOCAIS DE


TRABALHO E DESCANSO
SEM CARGA SOLAR COM CARGA SOLAR
0,7tbn + 0,3tg 0,7tbn + 0,1tbs + 0,2tg

CALCULAR IBUTG MÉDIO


IBUTG = IBUTGt * Tt + IBUTGd * Td / 60

CALCULAR METABOLISMO MÉDIO


M = Mt * Tt + Md * Td / 60

VERIFICAR SE O IBUTG ESTÁ DE


ACORDO COM O M
(QUADRO - 2)
CALOR
EFEITO ADVERSOS À SAÚDE

INTERMAÇÃO

DESIDRATAÇÃO

CÂIBRA

PERDA ELETROLÍTICA

TONTURA E DESFALECIMENTO
CALOR
MEDIDAS DE CONTROLE
BARREIRAS

VENTILAÇÃO / REFRIGERAÇÃO

PAUSAS

ACLIMATAÇÃO

REPOSIÇÃO HÍDRICA

CONTROLE MÉDICO

TREINAMENTO
MEDIDAS DE CONTROLE
RELATIVAS AO MEIO AMBIENTE

MEDIDA ADOTADA FATOR ALTERADO

Insuflação de ar fresco no local onde


permanecer o trabalhador. Temperatura do ar
Maior circulação do ar existente no local de
trabalho. Velocidade do ar
Exaustão do vapor d'água emanados de um
processo. Umidade relativa do ar
Barreiras refletoras (alumínio polido e aço
inoxidável).
Barreiras absorventes (ferro e aço oxidado). Calor radiante
Barreiras contra radiação infra-vermelha
Automatização do processo. Calor produzido pelo
metabolismo
Temperatura Efetiva
NR-17 - Ergonomia
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas
atividades que exijam solicitação intelectual e atenção
constantes, tais como: salas de controle, laboratórios,
escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de
projetos, dentre outros, são recomendadas as
seguintes condições de conforto: (...)
 b) índice de temperatura efetiva entre 20 e 23o C.
 c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s.
 d) umidade relativa ao ar não inferior a 40% (quarenta
por cento).
Temperatura Efetiva
1.Definição:
a temperatura calculada em função da temperatura
de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido
(umidade relativa do ar) e velocidade do ar, usada
para avaliação do calor em ambientes de trabalho.
Seu valor é obtido através de ábacos para
trabalhadores vestidos e/ou com dorso desnudo.
Temperatura Efetiva
2. O cálculo da temperatura efetiva envolve três
variáveis, a saber:

Tbs (temperatura de bulbo seco);


Tbu(temperatura de bulbo úmido);
Var( velocidade do ar).

Para o cálculo da temperatura efetiva recorre-se ao


ábaco de Te.Como este ábaco é definido para
unidades do Sistema Inglês, quase sempre deve-se
fazer a conversão de unidades.
Temperatura Efetiva

3. Conversão de Unidades (Temperatura e Velocidade)

 Entre t ° F (Farenheight):

 Entre t ° C (Celsius):

 Entre velocidade em m/s:

 Entre velocidade em pés/min:


Ábaco da Temperatura Efetiva
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

Variáveis e Unidades Envolvidas:


TBS - temperatura de bulbo seco (oF)
TBU - temperatura de bulbo úmido (oF)
VAR - velocidade do ar (pés/min)
Os valores das temperaturas devem ser em
graus Farenheit e o valor da velocidade do ar
em pés/min.
De posse dos valores de TBU, TBS e VAR
toma-se o ábaco e prossegue-se como a seguir:
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

Marca-se, na escala da
esquerda, a temperatura
de bulbo seco.
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

Marca-se, na escala da
direita, a temperatura de
bulbo úmido.
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

Traça-se um segmento de reta


ligando-se as duas marcas.
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

Toma-se o valor
da velocidade do
ar, na extremidade
inferior do ábaco.
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

Segue-se, sobre a linha da


velocidade, até o segmento
de reta anteriormente
traçado.
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

Segue-se a linha
transversal do abaco
até sua extremidade, na
borda do gráfico.
Passos Para o Cálculo da Temperatura Efetiva

O valor encontrado é o
da temperatura efetiva.
Temperatura Efetiva

1. A TE foi o primeiro dos índices empíricos estabelecidos e


até recentemente o mais largamente utilizado para a
determinação da avaliação de calor nos ambientes de
trabalho.
2. Como já visto, esse Índice é função de três variáveis:
· temperatura de bulbo seco;
· umidade relativa do ar (medida através da temperatura de
bulbo úmido utilizando carta psicrométrica);
· velocidade do ar.
Temperatura Efetiva

A umidade absoluta do ar é responsável pelo controle


da evaporação de suor gerado pelo corpo. Uma
umidade absoluta de ar elevada dificulta a evaporação
do suor, e representa, portanto, uma barreira técnica
para o organismo eliminar o calor gerado pelo
metabolismo.
Temperatura Efetiva
•A atmosfera em que vivemos é uma composta de uma
fase gasosa (21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1%
para outros gases) e vapor d’água. O ar não pode conter, a
uma tal temperatura, mais que uma certa quantidade de
vapor d’água.

•A umidade relativa do ar é definida como sendo a relação


entre o peso de vapor d’água contido em um dado volume
de ar, e o peso do mesmo que saturaria a mistura a mesma
temperatura,em igual volume de ar.
Temperatura Efetiva

Para o caso de aplicação das grandezas descritas com vistas


ao atendimento da NR-17 (Ergonomia), as condições
limitantes são: além da temperatura efetiva entre 20 e 23 °C,
avelocidade do ar não podendo ser superior a 0,75 m/s (1,5
pés/s) e a umidade relativa do arnão podendo ser inferior a
40%.
A Carta Psicrométrica:

Ent
alp
ia

ra de
o
çã
tu a
Sa inh
L

Umidade Absoluta
Temperatura de

Tem
per
Es
Vo cífic
atu
BS

pe

ra B
lum o
U
e
Nota
a) 1 pé/min (ft/min) equivale a 0.00508 m/s

b) conversão de oF para oC
C = 5 (F-32)/9

c) conversão de oC para oF
F=1.8C + 32
ILUMINÂNCIA

 NR - 17

 NBR - 5413

JOELDES MATIAS
ABNT 5413

1.Objetivo:
Esta Norma estabelece os valores de iluminâncias
médias Mínimas em serviço para iluminação artificial
em interiores, onde se realizem atividades de comércio,
indústria, ensino, esporte e outras.
ABNT 5413

2.Documentos complementares:

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:


NBR 5382 -Verificação da iluminância de interiores-
Método de ensaio
NBR 5461 - Iluminação - Terminologia
ABNT 5413 - DEFINIÇÕES

3.Iluminância:
Limite da razão do fluxo luminoso recebido pela
superfície em torno de um ponto considerado, para a
área da superfície quando esta tende para o zero.

Nota: A iluminância em serviço é determinada segundo a


NBR 5382.
ABNT 5413 - DEFINIÇÕES

4.Campo de trabalho:

Região onde, para qualquer superfície nela situada,


exigem-se condições de iluminância apropriadas ao
trabalho visual a ser realizado.
ABNT 5413 - DEFINIÇÕES

5.Condições gerais:

A iluminância deve ser medida no campo de trabalho,


quando este não for definido, entende-se como tal o
nível, referente a um plano horizontal a 0,75 m do piso.
.
ABNT 5413
5.Condições gerais:
• No caso de ser necessário elevar a iluminância em
limitado campo de trabalho, pode-se usar iluminação
suplementar.
• A iluminância no restante do ambiente não deve ser
inferior a 1/10 da adotada para o campo de trabalho,
mesmo que haja recomendação para valor menor.
ABNT 5413
5.Condições gerais:

Recomenda-se que a iluminância em qualquer ponto do


campo de trabalho não seja inferior a 70% da iluminância
média determinada segundo a NBR 5382.
APARELHO VISUAL

CAUSAS EFEITOS
Baixa Acuidade Visual
Baixo Nível de Iluminamento FADIGA

Reflexos/Ofuscamento
Exposição a Raios Infravermelhos CATARATA

Exposição a Raios Ultravioletas ÚLCERA DE


CÓRNEA
FATORES A SEREM CONSIDERADOS
PARA UMA ILUMINAÇÃO ADEQUADA

1. Tipo de lâmpada:
• reprodução de cores
• aplicações especiais
• eficiência luminosa
2. Tipo de luminária:
• difusão
• diretividade
• ofuscamento/reflexos
3. Quantidade de luminárias
• nível de iluminamento
FATORES A SEREM CONSIDERADOS
PARA UMA ILUMINAÇÃO ADEQUADA

1. Distribuição e localização das luminárias


• homogeneidade
• contrastes
• sombras
2. Manutenção
• reposição/limpeza
3. Cores adequadas
• Contraste
• Idade do Trabalhador
• Efeito estroboscópio
PROJETOS DE ILUMINAÇÃO

REQUISITOS:
• Desempenho visual:
Iluminância
Tamanho aparente
Contraste em cor e luminância
• Conforto visual e agradabilidade
• Economia
LUXÍMETRO

CARACTERÍSTICAS:
• Sensibilidade da
fotocélula
• Correção do ângulo de
incidência
• Unidade de leitura
• Fotocélula separada do
medidor
NR-17 - ERGONOMIA

17.5.3.Em todos os locais de trabalho deve haver


iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada à natureza da Atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente
distribuída e difusa.
NR-17 - ERGONOMIA

17.5.3.2.A iluminação geral ou suplementar deve ser


projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento,
reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem
observados nos locais de trabalho são os valores de
iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma
brasileira registrada no INMETRO.
LEGISLAÇÃO

17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no


subítem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se
realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com
fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em
função do ângulo de incidência.

17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho


previsto no subitem 17.5.3.4 este será um plano horizontal a 0,75
m do piso.
TÉCNICA DE MEDIÇÃO

• Equipamento calibrado
• Evitar temperaturas e umidades elevadas
• Expor fotocélula à luz de 5 a 15 min, para estabilizar.
• Medição deve ser feita no campo de trabalho (0,75 do
solo se não definido o plano)
• Fotocélula deve ficar paralela à superfície de trabalho
• Evitar fazer sombras
• Não usar roupas claras
• Procurar realizar leituras nos piores casos
• Lâmpada de vapor de sódio ou mercúrio - corrigir leitura
de acordo com catálogo do fabricante
NBR 5413

Tabela 1 - Iluminâncias por classe de tarefas visuais

Iluminância
Classe Tipo de Atividade
(lux)
A 20 - 30 - 50 Áreas públicas com arredores escuros
Iluminação geral 50 - 75 - 100 Orientação simples para permanência curta.
para áreas usadas 100 - 150 - 200 Recintos não usados para trabalho contínuo;
ininterruptamente ou depósitos.
com tarefas visuais 200 - 300 - 500 Tarefas com requisitos visuais limitados,
simples trabalho bruto de maquinaria, auditórios.
500 - 750 - 1000 Tarefas com requisitos visuais normais,
B
trabalho médio de maquinaria, escritórios.
Iluminação geral
1000 - 1500 - 2000 Tarefas com requisitos especiais, gravação
para área de trabalho
manual, inspeção, indústria de roupas.
2000 - 3000 - 5000 Tarefas visuais exatas e prolongadas,
C
eletrônica de tamanho pequeno.
Iluminação adicional
5000 - 7500 - 10000 Tarefas visuais muito exatas, montagem de
para tarefas visuais
microeletrônica.
difíceis
10000 - 15000 - 20000 Tarefas visuais muito especiais, cirurgia
NBR 5413

Tabela 2 - Fatores determinantes da iluminância adequada

Características da Peso
tarefa e do -1 0 +1
observador
Idade inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos
Velocidade e Sem importância Importante Crítica
precisão
Refletância do fundo Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30%
da tarefa
NBR 5413

O procedimento Tabela 2 é o seguinte:


• Analisar cada característica para determinar o seu
peso (-1, 0 ou +1);
• somar os três valores encontrados, algebricamente,
considerando o sinal;
NBR 5413

• usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor


total for igual a -2 ou -3; a iluminância superior,
quando a soma for +2 ou +3; e a iluminância média,
nos outros casos.
• A maioria das tarefas visuais apresenta pelo menos
média precisão.
NBR 5413

5.3. Iluminâncias em lux, por tipo de atividade (valores médios em serviço)

5.3.1. Acondicionamento
 engradamento, encaixotamento e empacotamento ………………. 100 - 150 - 200

5.3.2. Auditórios e anfiteatros


 tribuna ……………………………………………………………. 300 - 500 - 750
 platéia ……………………………………………………………. 100 - 150 - 200
 sala de espera .……………………………………………………. 100 - 150 - 200
 bilheterias…………………………………………………………. 300 - 150 - 750

5.3.3. Bancos
 atendimento ao público……………………………………………. 300 - 500 - 750
 máquinas de contabilidade..………………………………………. 300 - 500 - 750
 estatística e contabilidade …..……………………………………. 100 - 150 - 200
 bilheterias…………………………………………………………. 300 - 150 - 750
NBR 5413
Seleção do valor iluminância por classe de tarefa visual - Tabela 1 e 2

 analisar cada característica para determinar o seu peso


(-1, 0 ou +1);

 somar os três valores encontrados algebricamente,


considerando o sinal;

 usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor total for


igual a -2 ou -3; a iluminância superior quando a soma for +2 ou
+3; e a iluminância média nos outros casos.
NBR 5413
Seleção do Valor Recomendado -
Ítem 5.3
 Considerar o valor do meio na maioria dos casos.
 Usar o valor mais alto quando:
a) a tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastante
baixos;
b) erros são de difícil correção;
c) o trabalho visual é crítico;
d) alta produtividade ou precisão são de grande importância;
e) a capacidade visual do observador está abaixo da médica.
 Usar o valor mais baixo quando:
a) refletâncias ou contrastes são relativamente altos;
b) a velocidade e/ou precisão não são importantes;
c) a tarefa é executada ocasionalmente.
NOTA

 A importância de uma boa iluminação está na


proporção direta do ambiente de trabalho
agradável, com melhores condições de
supervisão e diminuição dos acidentes de
trabalho, assim como na melhor produtividade,
menor desperdício, melhor controle de
qualidade e, principalmente, na menor fadiga
visual dos trabalhadores. .
NOTA

 Observa-se que todas as tarefas têm solicitações


diferentes e, portanto, níveis de iluminamento
diferenciados, devendo-se seguir os níveis
propostos pela NBR 5413 – ABNT ( Associação
Brasileira de Normas Técnicas ), cuidando-se
para que não haja excesso de luz, visto que o
brilho e o reflexo também provocam prejuízo
aos olhos.
NOTA

A iluminação deve obedecer a aspectos


quantitativos e qualitativos , envolvendo assim,
uma série de conhecimentos e a adoção de
medidas bem definidas para a sua eficiente
aplicação, relacionados com os estudos da física
da luz.
NOTA

 A medida do aclaramento de um determinado


local de trabalho faz-se através de um aparelho
especializado, denominado, luxímetro, que é
composto de uma fotocélula com circuito para
correção de visão do olho humano. Lê-se o
aclaramento do local através de um visor digital.
NOTA

 A luximetria possibilita, através da avaliação


que proporciona, a correção dos níveis de
iluminação, conforme a situação, dentro do
aconselhável.
EFEITOS NA SAÚDE

 O aclaramento deve ser homogêneo, o mais


uniforme possível. É condenável adotar um
sistema de iluminação restrito à zona de
trabalho, com a instalação de focos para
iluminar quase que exclusivamente a máquina.
Estes defeitos determinam cansaço visual pelo
contraste exagerado, impedindo ainda a boa
visão do operário ao redor da máquina que
parece mergulhada numa penumbra.
EFEITOS NA SAÚDE

• Ausência do ofuscamento: O ofuscamento é a


sensação desagradável que a nossa vista
experimenta, produzido por um ponto luminoso no
campo visual do observador. A persistência deste
inconveniente, pode determinar cefaléia, cansaço
visual (astenopia ),etc.
EFEITOS NA SAÚDE

• O ofuscamento ocorre quando luz excessiva


alcança os olhos como acontece com os faróis de
um veículo durante a noite, vindo em sentido
contrário do observador, ou ainda, da colocação de
mesas frente a uma janela.
MEDIDAS DE CONTROLE

• Os critérios para que um ambiente esteja bem


iluminado começam na concepção do projeto de
arquitetura, onde a concepção do telhado,
aproveitando a iluminação natural deve ser
considerada.
MEDIDAS DE CONTROLE

• Caso não seja possível posicionar o prédio na


orientação adequada, deverão ser utilizados
recursos para proteção dos raios solares, tais como
painéis de proteção externos, preferencialmente
com possibilidade de regulagem da direção ou
cortinas internas.
MEDIDAS DE CONTROLE

Outros fatores a serem considerados para uma boa


iluminação são:
• Pintura de parede e forro com cores claras;
• manutenção constante;
• Limpeza periódica das lâmpadas e luminárias;
• Utilização de lâmpadas auxiliares, iluminando
diretamente o ponto de operação.
EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR
Disposição ideal do posto de trabalho em relação às janelas:
EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR

1. Janela localizada atrás do trabalhador:

• Sombra da pessoa sobre seu plano de trabalho;

• Monitor: reflexo da janela no monitor leitura difícil


conseqüentemente fatiga visual;

• Persianas nas janelas são indispensáveis


EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR
2. Plano de trabalho paralelo à janela, janela à direita

· Situação aceitável para um canhoto;

· Para um destro, sombra da sua mão sobre seu trabalho;

· O destro deve inverter sua posição de trabalho de maneira a ficar


com a janela à esquerda as persianas continuam a ser
indispensáveis porque o posto está muito próximo das janelas.
EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR
3. Janelas em frente;

•Contraste muito grande entre a janela muito luminosa e o plano


de trabalho, fadiga visual muito rápida;

•Situação ainda mais grave se o trabalho for executado na frente


do monitor;

•Persianas nas janelas são indispensáveis


EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR
4. Situação ideal: Plano de trabalho paralelo à janela, afastado
da janela, janela à esquerda para os destros.

• Nenhuma diferença importante de luminância entre o plano de


trabalho, a zona frontal e as zonas laterais;

• Possibilidade de visão para o exterior;

• As persianas nas janelas, com lâminas móveis, são


recomendáveis para os períodos em que o sol fica obliquo (fim da
tarde, início da manhã), de acordo com o lay-out das Janelas.
EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR
EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR
1. Se a luminária à frente da pessoa ilumina excessivamente na
lateral, ela é vista pela pessoa, que é ofuscada pela luz emitida
(ofuscamento direto);

2. Se a luminária atrás da pessoa ilumina lateralmente, os reflexos


aparecem na tela, com contrastes demasiado grandes, o que
resulta em fadiga visual;

3. Se a luminária é colocada acima da pessoa e se não há emissão de


raios luminosos de forma excessiva na lateral, não há a
ocorrência de ofuscamento direto ou reflexos na tela.
EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR
•Disponha o posto de trabalho na vertical sob a luminária ou entre
duas fileiras de luminárias;

•Utilize luminárias que irradiem pouca luminosidade na lateral, em


particular quando há trabalho em terminal de vídeo;

•Escolha para o monitor, o teclado, a mesa, o escritório e o ambiente


próximo cores suaves e claras, de modo a ter luminâncias próximas;

•Evite os aparelhos pretos ou escuros e privilegie o cinza ou bege


claro.
EXEMPLO 1
TRABALHO NO COMPUTADOR

• Para melhorar a leitura do


texto a ser datilografado ou do
documento em papel a ser
consultado e, portanto, a
iluminação do plano de leitura,
preveja eventualmente uma
iluminação local que não
provoque ofuscamentos diretos
ou indiretos.
TIPOS DE LÂMPADAS
Lâmpadas incandescentes (lâmpadas comuns)
•Têm vida útil de curta
duração: 1000 horas;

•Produzem muito calor;

•Emitem uma luz quente ou


muito quente (vermelha) que
faz com que haja boa
reprodução das cores;

•Consomem muita energia.


TIPOS DE LÂMPADAS
Lâmpadas incandescentes (lâmpadas comuns)
TIPOS DE LÂMPADAS
Lâmpadas fluorescentes (tubos…)
•Tem vida útil de longa duração:
10000 horas;
•Emitem de 4 a 8 vezes mais
luminosidade e menos calor;
•Emitem raios luminosos mais
avermelhados ou mais frios,
dependendo do tipo de tubo;
•A reprodução das cores, boa ou má,
varia de acordo com o tipo de bulbo;
•A freqüência com que se acendem as
luzes reduz muito a sua vida útil.
TIPOS DE LÂMPADAS
Lâmpadas fluorescentes (tubos…)
ILUMINÂNCIA
CONCEITOS

Você também pode gostar