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A NBR 5462 de Novembro de 1994 trata a respeito dos principais conceitos e terminologias
que rodeiam a Confiabilidade e Mantenabilidade, e dentre esses conceitos estão os tipos de
manutenção.
Manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na
aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão
centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e
diminuir a manutenção corretiva.
Manutenção preditiva
A manutenção preditiva também é conhecida como manutenção sob condição ou
manutenção com base no estado do equipamento. É baseada na tentativa de definir o
estado futuro de um equipamento ou sistema, por meio dos dados coletados ao longo do
tempo por uma instrumentação específica, verificando e analisando a tendência de
variáveis do equipamento.
Manutenção preditiva
Esses dados coletados, por meio de medições em campo como temperatura, vibração,
análise físico-química de óleos, ultra-som e termografia, permitem um diagnóstico preciso.
‘
Principais Objetivos da Manutenção Preditiva
Determinar antecipadamente a necessidade de serviços de manutenção numa peça ou
componente específico de uma máquina ou equipamento;
Eliminar desmontagens desnecessárias para inspeção;
Aumentar o tempo de disponibilidade das máquinas e equipamentos;
Aproveitar a vida útil total dos componentes e de um equipamento;
Aumentar o grau de confiabilidade das máquinas e equipamentos.
Reduzir as intervenções de corretiva;
Impedir o aumento dos danos;
‘
Principais Objetivos da Manutenção Preditiva
Para ser realizada a manutenção preditiva é necessária a utilização de aparelhos adequados,
capazes de registrar vários fenômenos, tais como:
1. Análise de vibrações;
2. Termografia;
3. Análise de Óleo;
4. ENDs (Ensaios não destrutivos)
Ultrasson
Emissão acústica
Partículas Magnéticas
Termometria
Líquidos penetrantes
Gamagrafia
...
Técnicas de Manutenção Preditiva
Análise de Vibração
Além de detectar defeitos existentes nas máquinas, essa técnica trabalha na causa raiz de
outros defeitos que possam a vir ocorrer e causar a parada de produção.
Técnicas de Manutenção Preditiva
Análise de Vibração
Técnicas de Manutenção Preditiva
Análise de Vibração
Uma máquina, caracterizada por suas partes móveis, vibrará de acordo com as frequências
características dos seus componentes. Cada tipo de máquina possui uma “Assinatura Espectral
Original” e na medida que os componentes dessas máquinas começam a falhar, a frequência e
amplitude de vibração começam a mudar.
A termografia permite identificar, monitorar e registrar alteração nos níveis de temperatura dos
componentes e gerar uma imagem térmica ou termograma.
Técnicas de Manutenção Preditiva
Termografia
A Termografia tem várias aplicações, desde o uso militar que consiste na aplicação de câmeras
infravermelhas para identificar movimentos inimigos em campo de batalha até o uso médico,
que consiste na identificação de tumores através da alteração de temperatura de determinadas
partes do corpo humano. Já na área industrial, podemos aplicar a Termografia em uma
infinidade de possibilidades: na área mecânica, elétrica, em tubulações, equipamentos
rotativos, equipamentos estáticos, etc.
Técnicas de Manutenção Preditiva
Análise de Óleo
A análise de óleo é para as máquinas como um exame de sangue é para nós seres humanos. Ao
comparar os resultados da análise de um óleo novo e usado, um analista poderá determinar
quando um óleo deve ser substituído.
Técnicas de Manutenção Preditiva
Alguns defeitos que podem ser encontrados pela análise de óleo:
Contaminações em geral;
Falhas em engrenamentos;
Oxidação;
Desalinhamentos;
Depreciação de aditivos;
Desgaste de componentes mecânicos (engrenagens, rolamentos, mancais de deslizamento,
partes móveis de motores diesel e à gasolina, rotores, válvulas e outros).
O que são Ensaios Não Destrutivos?
Ensaios Não Destrutivos (END) são técnicas utilizadas na inspeção de materiais e
equipamentos sem destruir ou danifica-los, sendo executadas nas etapas de fabricação,
construção, montagem e manutenção.
A aplicação de um revelador (pó branco) irá mostrar a localização para detecção de trincas superficiais
e descontinuidades com precisão e grande simplicidade, embora suas dimensões sejam ligeiramente
ampliadas.
Líquido Penetrante – Passo a Passo
1. Preparação da superfície
As superfícies a inspecionar devem estar completamente limpas e secas, porque o estado da superfície influencia a ação de
entrada e saída do penetrante.
É necessário remover qualquer resquício de água, óleo, graxa, tinta, limalhas de ferro, ferrugem e todo material que possa
interferir ou mascarar o resultado.
A remoção deve ser feita através de escovas de aço, lixas, limpezas com solventes, desengraxantes e etc.
Líquido Penetrante – Passo a Passo
1. Preparação da superfície
Esmerilhamento ou lixamento devem ser feitos com o devido cuidado para não promover a deformação das bordas e
consequentemente obstruir os acessos ao penetrante.
A utilização de agulheiros, raspadeiras ou processo de jateamento como preparação de superfície não é recomendada.
Líquido Penetrante – Passo a Passo
2. Aplicação do penetrante
O líquido penetrante é aplicado de modo a formar, sobre a superfície a inspecionar, um filme contínuo que se estende
para além da área a inspecionar. Este deve permanecer o tempo suficiente para permitir a atuação do penetrante.
É o tempo necessário para que o penetrante entre dentro das descontinuidades. Este tempo varia em função do tipo do
penetrante, material a ser ensaiado, temperatura, e deve estar de acordo com a norma aplicável de inspeção do
produto a ser ensaiado.
Líquido Penetrante – Passo a Passo
3. Remoção do excesso de penetrante
Esta fase tem por fim a remoção do excesso de líquido que não penetrou nas fendas e permaneceu na superfície da peça.
A remoção do excesso deve ser feita de forma cuidadosa com objetivo de não causar a retirada do penetrante das
descontinuidades.
Após lavagem com água, a peça deve ser seca com, por exemplo, ar comprimido. A remoção usando solvente a secagem
pode ser feita por evaporação natural.
Líquido Penetrante – Passo a Passo
4. Aplicação do revelador/revelação.
Consiste na aplicação de um filme uniforme revelador sobre a superfície. O revelador é um fino pó branco, muito parecido
com o talco, podendo ser aplicado seco ou em suspensão. O revelador age absorvendo o penetrante e revelando as
descontinuidades (trincas). A função do revelador consiste em melhorar a visibilidade das indicações dadas pelo penetrante.
Líquido Penetrante – Passo a Passo
4. Aplicação do revelador/revelação.
A tabela abaixo (ASME Sec. V Art. 6 Ed. 2001), descreve tempos mínimos de penetração para temperaturas de 10 a 52° C.
Os tempos de penetração corretos devem estar de acordo com a norma aplicável de fabricação/inspeção do material
ensaiado.
Logo após o início da secagem , deve-se acompanhar a evolução das indicações no sentido de definir e caracterizar o tipo
de descontinuidade e diferencia-las entre linear ou arredondadas. O tamanho da indicação a ser avaliada, é o tamanho da
mancha observada no revelador, após o tempo máximo de avaliação permitida pelo procedimento.
Após a operação de inspeção, é necessário proceder à limpeza das peças porque os resíduos dos materiais utilizados podem
ter efeitos nocivos quer em operações posteriores de reparação quer no comportamento em serviço das peças.
Líquido Penetrante – Critérios de aceitação
O critério de aceitação de descontinuidades deve seguir a norma ou especificação aplicável ao produto ou componente
fabricado e inspecionado.
(a) Uma indicação linear é aquela tendo um comprimento maior que três vezes a largura.
(b) Uma indicação arredondada é aquela na forma circular ou elíptica com comprimento igual ou menor que três vezes a
largura.
(c) Qualquer indicação questionável ou duvidosa, deve ser reinspecionada para determinar se indicações relevantes
estão ou não presentes.
Líquido Penetrante – Critérios de aceitação
Critério de Aceitação:
Toda as superfícies devem estar livres de :
Indicações Lineares:
São indicações com comprimento maior ou igual a três vezes a largura será considerada como linear.
a > 3. b
Indicações Arredondadas:
São indicações com comprimento menor que três vezes a largura será considerada arredondada.
a > 3. b
Indicações alinhadas:
São indicações agregadas em L com dimensões acima de 1,5 mm arredondadas, separadas entre si de 1,5 mm ou menos.
d < 1,5 mm
Líquido Penetrante – Critérios de aceitação