Fornecem a maior parte das necessidades calóricas do
organismo; Dieta média – amido, sacarose e lactose Absorção – hidrolisados em monossacarídeos – ação de enzimas Glicose no sangue : - glicogênese - glicogenólise - gliconeogênese – outras fontes não carboidratos - glicólise – conversão em outras hexoses (lactato ou piruvato) Diabetes Mellitus Doença que envolve um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que levam a uma hiperglicemia Ação da insulina ou na secreção da insulina Sistema hormonal integrado: - hipoglicemiante – insulina - hiperglicemiante – glucagon, cortisol, adrenalina e hormônio de crescimento Diabete tipo 1 (DM1) 5% a 10% dos casos Início abrupto Começa geralmente na juventude Destruição das células β pancreáticas ocasionando deficiência de insulina; Na maioria dos casos a destruição é mediada por autoimunidade; Casos não comprovados de autoimunidade – referidas como forma idiopáticas da DM1. Diabetes tipo 1 (DM1) Marcadores de Autoimunidade - anticorpos anti-insulina - antidescarboxilase do ácido glutâmico GAD 65 - antitirosina –fosfatases : IA2 e IA2B Podem estar presentes meses ou anos antes do diagnóstico clinico. Genes do sistema antígeno leucocitário humano(HLA) Diabetes tipo 2 (DM2) Incapacidade da célula β em responder a demanda crescente de insulina, observada durante a evolução progressiva da insulinoresistência em indivìduos intolerantes a glicose. Hiperglicemia resulta de dois mecanismos: - resistência periférica à ação da insulina; - deficiência na produção de insulina pelas células β do pâncreas. Diabetes Tipo 2 (DM2) Fatores predisponentes que interferem na reserva funcional das células β ou na sensibilidade tecidual à insulina: - predisposição genética - sobrepeso e obesidade - inatividade física - envelhecimento Secreção Insulínica ao iniciar uma refeição
1º PICO – necessário para a utilização da
glicose proveniente dos alimentos – sinaliza para o fígado inibir a produção endógena.
2º PICO – atuação da insulina na
captação da glicose pelas células.
DM – perda do pico 1 e atraso no pico 2
Fatores de Risco na DM 2 Idade ≥ 45 anos Histórico familiar Excesso de peso –IMC ≥ 27 kg/m² Sedentarismo HDL-C baixo(< 35mg/dl) e/ou trigliceridios elevados (> 250mg/dl) Hipertensão arterial ( >140/90 mmde Hg) Doença Coronariana DM gestacional prévio Uso de medicação hiperglicemiante ( corticosteroides, tiazídicos, β bloqueadores) Diabete Gestacional Qualquer intolerância a carboidratos Hiperglicemia variável Manifesta no início ou durante a gestação Similar ao DM 2 Estimativa – 1% a 14% das gestações FISIOPATOLOGIA: explicada pela elevação de hormônios contrarreguladores da insulina, mediado pelo estresse fisiológico observado na gravidez ou por genéticos ou ambientais - hormônio lactogênico placentário (+ importante) - cortisol, estrogênio, progesterona e prolactina Diabetes Gestacional – fatores de risco Idade acima de 25 anos Obesidade ou ganho de peso em excesso durante a gravidez Deposição de gordura central excessiva Histórico familiar Baixa estatura (1,50 cm) Tabagismo Síndrome do ovário policístico Crescimento fetal excessivo Hipertensão ou pré-eclâmpsia Outros tipos de Diabetes Mellitus Defeitos genéticos na função das células β Defeitos genéticos na ação da insulina Doenças do pâncreas exócrino Endocrinopatias associadas com a produção excessiva de antagonistas da insulina Ação de fármacos ou agentes químicos Infecções virais Síndromes genéticas Critérios para o Diagnóstico do Diabetes Desordens no metabolismo de carboidratos – hiperglicemia, hipoglicemia, glicemia normal + excreção urinária açucares redutores Demonstração da concentração de glicose no sangue - glicemia casual : realizada a qualquer hora do dia com valores ≥ 200 mg/dl - glicemia jejum (8hs): ≥ 126 mg/dl - glicemia pós sobrecarga de 2 hs – ingestão de 75g de glicose anidra após 2 hs valores de glicemia > 200 mg/dl - Tolerância à glicose diminuída: ≥ 140mg/dl e < 200mg/dl - Glicemia de jejum com valores > 100 mg/dl a < 126 mg/dl – fator de risco para o desenvolvimento de DM ou DCV(doença cardiovascular) Diagnóstico do Diabetes Gestacional Recomendado: Teste oral com sobrecarga de 50g de glicose anidra, com dosagem da glicemia após 1 hora. Realizar o teste oral de preferência entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. Rastreamento – dosagem da glicemia em jejum, associado a prováveis fatores de risco. Diagnóstico do Diabetes Gestacional Teste Oral de Tolerância a Glicose: ingestão 100g glicose anidra com medições ao longo de 3 horas (jejum,1º h, 2º h e 3º h) Interpretação do teste Critérios NDDG ADA OMS – recomenda 75g Jejum 105 95 medindo-se o jejum e glicemia após 2hs. 1 hora 190 180 Valores de corte – 110mg/dl para o jejum 2 hora 165 155 140 mg/dl após 2hs 3 hora 145 140 O diagnóstico do diabetes gestacional ocorre quando pelo menos dois valores são atingidos ou ultrapassados
NDDG –National Diabetes Data Group ADA – Associação Americana de diabetes
Glicosúria Excretada na urina somente quando se apresenta em excesso; Indica diabetes mellitus Outras causas: dieta rica em glicose; uso de glicose parenteral, glicosúria renal, diabetes insípidus nefrogênico, pancreatite aguda,hipertiroidismo, Sindrome de Cushing Detectada na urina quando os valores sanguíneos atingem cerca de 180mg/dl a 200 mg/dl ou mais Medida de modo quantitativo ou qualitativo Valores de referência: < 30 mg/dl Consequências metabólicas do Diabetes Mellitus Deficiência de Insulina – afeta metabolismo da glicose, lipídios, proteínas, potássio e fosfato Influencia indiretamente a homeostase do sódio e da água Cetoacidose Distúrbios acido/base Hipertrigliceridemia Consequências metabólicas do Diabetes Mellitus 1- Fatores hiperglicemiantes – glicotoxicidade e lipotoxicidade 2- Distúrbios do metabolismo proteico – elevação da gliconeogênese 3- Distúrbios do metabolismo lipídico – estímulo da lipólise pela deficiência insulínica e ação oposta do glucagon e adrenalina – reduz ação da lipase 4- Hiperpotassemia 5- Hiperfosfatemia 6- Distúrbios acido-base – acidose metabólica – bicarbonato plasmático atinge < 5mmol/l com pH até 6,8 7- Distúrbios do sódio e da água – diurese – perda Na Hemoglobina glicada (HbA ) 1C
Refere-se a um conjunto de substancias formadas com
base em reações entre a hemoglobina normal do adulto, a hemoglobina A(HbA) e alguns açúcares; Controle do diabetes – avaliação da fração HbA1C = 80% da HbA Formação da Hbglicada – reação irreversível entre a glicose e o grupo amino livre(resíduo da valina) da hemoglobina por reações enzimáticas Níveis de HBA1C acima de 7% pode indicar risco progressivamente maior de complicações crônicas Microalbuminúria Nefropatia Diabética Pequenas quantidades de albumina – excreção aumentada de albumina urinária não detectável pelas tiras reagentes de rotina; Estágio inicial da nefropatia diabética Detectável em: - Urina de 24 hs - Urina coletada durante a noite com tempo especificado – 8 hs a 12 hs) - Urina com tempo marcado – 1h a 2 hs - Primeira urina da manhã – medir simultaneamente albumina e creatinina DM 1 – risco de nefropatia diabética DM2 – risco de acidentes vasculares e infarto do miocárdio (valores > 0,02 g/dia Valores Referência – 30 a 299 mg/24hs 20 a 199 ug/min 30 a 300 ug/mg de creatinina Hipoglicemia Condição aguda caracterizada pela concentração da glicose sanguínea abaixo dos limites encontrados no jejum; Suspeita: - Sinais e Sintomas sugestivos – reversão após alimentação ou administração de glicose; - Glicemia jejum < 50 mg/dl - Pacientes suspeitos de neoplasia endócrina múltipla do tipo 1 - RN de gestante diabética
Investigação Laboratorial: - Dosagem glicemia em jejum - Dosagem de insulina - Dosagem de peptídeo C da insulina