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MONARQUIAS EUROPEIAS
PROF. SABRINA SALES
POR QUE RENASCIMENTO?
A denominação Renascimento foi dada pelos próprios artistas e intelectuais do movimento, mostrando o profundo
interesse do homem europeu em livrar-se dos ideais feudais sobreviventes, possibilitando o “renascer” do mundo
antigo. Para valorizar o humano e o antropocentrismo, os renascentistas difundiram a ideia de que a cultura
realmente renascia e chamaram a Idade Média de “Idade das Trevas”. Porém, o renascimento deve muito ao
medievo e os intelectuais empolgados neste novo período não foram responsáveis apenas pelo renascimento da
cultura antiga, mas também houve a partir dessa cultura como referência, criações originais.
O Renascimento é dividido em três períodos: o Trecento (1300) – início na Itália, período com muitas marcas
feudais; O Quatrocento (1400) – Período de revivescimento da língua latina e pelo entusiasmo com os clássicos da
antiguidade e o início da expansão do Renascimento pela Europa; e o Cinquecento (1500) – período do apogeu;
“RENASCIMENTO” URBANO E COMERCIAL
Fatores:
Super população dos feudos – liberação dos servos/ revoltas
dos servos – formação dos burgos;
Cruzadas – contato ocidente / oriente; cidades italianas
ganham privilégios comerciais; enfraquecimento da nobreza;
Formação das associações de ofício ou guildas – organização
e padronização produtiva – início do capitalismo;
Crise do século XIV – peste negra (redução demográfica) e
Guerra dos Cem Anos.
Humanistas: conjunto de indivíduos que desde o século XIV, vinham se esforçando para modificar e renovar o
padrão de estudos ministrados tradicionalmente nas universidades medievais, (centros antes dominados pela
cultura da Igreja e antes destinadas ao ensino de um concepção estática, hierárquica e dogmática da sociedade e da
natureza, bem como das coisas sagradas, de forma a preservar a ordem feudal). Mas, conforme as transformações
históricas foram tornando drástica a dissolução do sistema feudal, novas circunstâncias impuseram aos homens
que alterassem suas atitudes com relação aos seu destino, à sociedade, à natureza e ao próprio campo de sagrado.
Os humanistas eram, por definição, os homens empenhados nessa reforma educacional, baseada nos estudos
humanísticos que eram indissociáveis da aprendizagem e do domínio das línguas clássicas (latim e grego), e
mais tarde do árabe, hebraico e aramaico e centravam-se exclusivamente sobre os autores da Antiguidade
clássica, com a completa exclusão dos manuais e de textos medievais. Significava, pois, um desafio para a
cultura dominante e uma tentativa de abolir a tradição intelectual medieval e de buscar novas raízes para a
elaboração de uma nova cultura. Apesar do propósito em comum, eles respeitavam a individualidade e, por isso,
houve várias correntes dentro do humanismo. Eles eram, antes de tudo antropocentristas e a coincidência dessas
ideias com os propósitos da camada burguesa é mais do que evidente
SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. Ed. Atual, 1994, p. 14-15 (Adaptado).
HUMANISTAS
Se esse título de humanistas identifica inicialmente um grupo de eruditos voltados para a renovação dos estudos
universitários, em pouco tempo ele se aplicava a todos aqueles que se dedicavam à crítica da cultura tradicional e
à elaboração de um novo código de valores e de comportamentos, centrados no indivíduo e em sua
capacidade realizadora, quer fossem professores ou cientistas, clérigos ou estudantes, poetas ou artistas
plásticos.
RENASCIMENTO CIENTÍFICO
Em um mundo no qual o poderio religioso que antes explicava o mundo cai em descrédito, nasce uma nova
perspectiva para a busca de explicações sobre a vida, os homens e a natureza. O conhecimento precisava ser
técnico e experimental, por isso, pessoas que se dedicavam a criar máquinas ou explicar o mundo através da arte,
da literatura, ou de outras formas passaram a ser vistas como grandes observadores. Daí nasceria a ciência tal
como a conhecemos hoje.
Dentre os destaques renascentistas estão Nicolau Copérnico que demonstra o heliocentrismo para questionar o
geocentrismo de Ptolomeu; Johannes Keples, inventor do telescópio, Galileu Galilei que defendeu o sistema
heliocêntrico, Isaac Newton que criou a Lei da Gravitação Universal, entre outros.
AS ARTES
A organização das cidades italianas em Cidades-Estados, ou em repúblicas independentes, começa a manifestar-se desde o
século XI, através das lutas das comunidades citadinas contra os senhores feudais que se arrogavam poderes, tutelas e
direitos sobre elas (...) o aumento da prosperidade econômica das cidades mercantis ao longo de todo esse processo criou
um competição entre as guildas e corporações mais bem-sucedidas que procuram manipular as instituições da nova república
a seu gosto, por meio do suborno, da fraude eleitoral e da corrupção administrativa. [...] o governo das cidades tende a cair
nas mãos dos líderes das corporações superiores [...] um dos objetivos dos chefes das guildas mais ricas era justamente
controlar o governo da cidade para provocar o rebaixamento dos salários dos jornaleiros [...] as cidades mais ricas começam
a disputar entre si o controle das principais rotas e centros produtores de matérias-primas e mercadorias, o que as leva a lutar
entre si pelo controle estratégico dos mercados contra as cidades menores para dominá-las.
As cidades foram comandadas por chefes militares (podestà) que obtinham serviços dos empresários militares que vendiam
serviços de tropas mercenárias (condottiere). Estes últimos, acabaram assumindo o controle político das cidades e isso
interessava à lata burguesia, que pretendia submeter a cidade a um poder forte, ditatorial e receptivo a suas diretrizes.
ALIANÇA REI + BURGUESIA
A burguesia viu neles [nos monarcas] um recurso legítimo contra as arbitrariedades da nobreza e um defensor de seus
mercados contra a penetração de concorrentes estrangeiros. A unificação política significava também a unificação das
moedas e dos impostos, das leis e normas, de pesos e medidas, fronteiras e adunas [...] criar e manter um poder amplo e
permanente, nesse momento, significava antes de tudo contar com um grande e temível exército de mercenários, um
vasto corpo de funcionários burocráticos de corte e de província [...] para instituir, legitimar e zelar por uma nova
ordem sócio-político-econômica. Homens com tais qualidades e disposições seriam mais provavelmente encontrados
nos escalões da burguesia. Esse era, um conjunto de serviços que poderia em parte ser encomendado a grandes casas
de financistas e a grandes traficantes como o caso dos Alberti, dos Médici, dos Peruzzi, entre tantos outros por toda a
Europa.
Os estudos sobre as línguas e a sistematização de suas gramáticas e a literatura foram em grande parte
financiados por essas casas, assim como as obras de arte. Assim como a unificação territorial, os monarcas queriam
padronizar o idioma de determinada região. Assim, em várias cidades –estados ou Estados nacionais dentro da europa,
instituiu-se um idioma nacional escolhido entre os vários dialetos falados até então.