O documento discute os aspectos históricos, estilos e características do período barroco, incluindo as duas principais correntes literárias - o cultismo/gongorismo e o conceptismo/quevedismo. Também aborda brevemente o barroco na colônia brasileira.
O documento discute os aspectos históricos, estilos e características do período barroco, incluindo as duas principais correntes literárias - o cultismo/gongorismo e o conceptismo/quevedismo. Também aborda brevemente o barroco na colônia brasileira.
O documento discute os aspectos históricos, estilos e características do período barroco, incluindo as duas principais correntes literárias - o cultismo/gongorismo e o conceptismo/quevedismo. Também aborda brevemente o barroco na colônia brasileira.
menino gritando lobo!, lobo! veio correndo pelo vale de Neandertal com um grande lobo cinzento no seu encalço, a Literatura nasceu no dia em que um menino veio gritando lobo!,lobo! E não havia lobo nenhum atrás dele, (...) Literatura é invenção...’ Vladimir Nabokov Barroco
Aspectos históricos Estilo Barroco Filosofia Barroca
A principal temática barroca está centrada na
busca de salvação, nas questões transcendentes,ou seja, fazendo o ser humano buscar justificativas para sua existência. Características do Barroco • Linguagem complicada, excessivamente trabalhada, através de: - expressões eruditas; - sintaxe rebuscada, com uso freqüente da ordem inversa; - repetições; - paralelismo; - uso abusivo de figuras de linguagem, principalmente antíteses, hipérboles, paradoxos e metáforas; - uso freqüente de frases interrogativas; • Tentativa de conciliação entre a religiosidade e o racionalismo: há uma constante oscilação entre os dois opostos. Características do Barroco • Uso de contrastes: as idéias opostas seduzem o barroco; os textos mostram choques entre amor e dor, vida e morte, religiosidade e erotismo, juventude e velhice etc. "O alegre do dia entristecido o silêncio da noite perturbado, o resplendor do sol todo eclipsado o luzente da lua desmentido." Pessimismo: conflito entre o eu e o mundo.
Nasce o sol e não dura mais que um dia. (antítese vida/morte)
Depois da luz, se segue a noite escura, (ant. claro/escuro) Em tristes sombras morre a formosura, (ant.feio/belo) Em contínuas tristezas a alegria. (ant. tristeza/alegria) • Preocupação com a transitoriedade da vida: por ser curta, a vida não permite que o homem a viva intensamente, como seria seu desejo.
Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trata a toda ligeireza, E imprime em toda a flor sua pisada. Ó não aguardes que a madura idade Te converta essa flor, essa beleza, Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada Duas correntes se distinguem na Literatura Barroca Cultismo/Gongorismo Conceptismo/Quevedismo • É o jogo das palavras, o estilo • É o jogo de idéias ou conceitos, trabalhado com a linguagem de conformidade com a técnica dirigida aos sentidos. de argumentação, sem a Predominam hipérboles aparência brilhante do Cultismo, (alteração da ordem natural das procurava economizar palavras e palavras na oração ou no imagens. É comum o uso de período) e metáforas: diamantes antíteses, paradoxos ou juízos significando dentes ou olhos; contrários ao senso comum. cristal = água ou orvalho; cravo • “Intelectual” ou rubi = boca e etc. • Frequente na prosa • Dominante na poesia Influenciado pelo poeta espanhol Influenciado pelo poeta espanhol Luís de Quevedo Luís Gôngora Dou pruden nobre, huma afá to, te, no, vel, Re cien benig e aplausí Úni singular ra inflexí co, ro, vel Magnífi precla incompará Do mun grave Ju inimitá do is vel Admira goza o aplauso crí Po a trabalho tan e t terrí is to ão vel Da pron execuç sempre incansá Voss fa Senhor sej notór a ma a ia L no cli onde nunc chega o d Ond de Ere só se tem memór e bo ia Para qu gar tal, tanta energ po de tod est terr é gentil glór is a a a ia Da ma remot sej um alegr Que falta nesta cidade?... Verdade. Que mais por sua desonra?... Honra. Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta, Numa cidade onde falta Verdade, honra, vergonha. Dou pruden nobre, huma afá to, te, no, vel, Re cien benig e aplausí Úni singular ra inflexí co, ro, vel Magnífi precla incompará Do mun grave Ju inimitá do is vel Admira goza o aplauso crí Po a trabalho tan e t terrí is to ão vel Da pron execuç sempre incansá Voss fa Senhor sej notór a ma a ia L no cli onde nunc chega o d Ond de Ere só se tem memór e bo ia Para qu gar tal, tanta energ po de tod est terr é gentil glór is a a a ia Da ma remot sej um alegr • “A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande e para que vejais como estes comidos na terra são os pequenos, e pelo mesmos modos que vós vos comeis no mar...” • “Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres… O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão mas que levam, de que eu trato, são os outros – ladrões de maior calibre e de mais alta esfera… Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes, sem temor nem perigo: os outros se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam.” Barroco na Colônia (Brasil) • Assim como Portugal o Brasil esteve sob domínio espanhol de 1580 a 1640. • Início do Barroco no Brasil foi em 1601 com a publicação do poema Prosopopéia de Bento Teixeira Pinto. • O final se deu em 1768 com a publição de Obras Poéticas de Claudio Manuel Costa iniciando o Arcadismo. • A arte barroca no Brasil foi diferente daquela que se implantou na Europa (cultura negra/nativa). • Exemplo literatura encomiástica (criada c/ intenções bajulatórias).