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Psicanálise
Behaviorismo
Sigmund Freud (1856-1939)
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Psicanálise
Biografia - Sigmund Freud
Nasceu em 6 de maio de 1856. O pai de Freud, um
comerciante judeu de posses modestas, levou a família para
Alemanha (1859), seguindo para Viena (1860), onde Freud
viveu até 1939.
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Psicanálise
O termo Psicanálise refere-se a:
Uma teoria: conjunto de conhecimentos
sistematizados sobre a vida psíquica;
Um método de investigação: caracterizado
pelo método interpretativo, que busca o
significado oculto daquilo que é manifesto por
meio de ações e palavras ou pela produções
imaginárias, como os sonhos, os delírios, as
associações livres, os atos falhos;
Uma prática profissional: refere-se à forma
de tratamento – a análise – que busca o
autoconhecimento.
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Psicanálise
Freud propôs duas tópicas (teorias sobre a
constituição do aparelho psíquico):
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1ª Tópica
O psiquismo humano é
encarado por Freud como um
icebergue, do qual apenas uma
pequena parte emerge da
superfície da água.
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ID
Viver segundo o princípio do prazer: o seu
objetivo é a procura do equilíbrio e
redução de tensão.
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EGO
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Sexualidade e Libido
Libido: é uma fonte original de energia afetiva que
mobiliza o organismo na perseguição de seus
objetivos;
A libido sofre progressivas organizações durante o
desenvolvimento, em torno de zonas erógenas
corporais;
Uma fase de desenvolvimento é uma organização da
libido em torno de uma zona erógena, dando uma
fantasia básica e um tipo de relação de objeto;
A libido é uma energia voltada para a obtenção de
prazer;
É uma energia sexual no sentido de que toda busca
por afeto ou prazer é erótica ou sexual;
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Sexualidade e Libido
Há uma tendência natural para o desenvolvimento
sucessivo das fases;
Caso surja uma angustia muito forte num dado
momento da evolução, como resultado do temor de
se ligar a um objeto, cria-se um ponto de fixação;
A fixação é um momento no processo evolutivo
onde paramos, por não poder satisfazer um desejo;
O ego se torna mais frágil;
Se a angústia for muito forte, ocorre a regressão;
A neurose é definida por Freud como um
infantilismo psíquico;
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Fases do Desenvolvimento
Psicossexual
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Fase Oral – nascimento ao 1º ano
Ao nascer, o bebê perde a relação simbiótica que
possuía com a mãe;
A criança inicia sua adaptação ao meio;
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Fase Anal – 1 a 3 anos
No segundo ano de vida, a libido passa da
organização oral para a anal;
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Fase Anal – 1 a 3 anos
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Fase Anal – 1 a 3 anos
O Valor Simbólico dos Produtos Anais
Quando a criança ama e sente que é amada pelos
pais, cada elemento que a criança produz é
sentido como bom e valorizado;
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Fase Anal – 1 a 3 anos
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Fase Fálica – 3 a 5 anos
Por volta dos três anos de idade, a libido passa a se
organizar sobre os genitais;
Desenvolve-se o interesse infantil pelos genitais;
A masturbação torna-se frequente e normal;
A preocupação com as diferenças sexuais contaminam
até a percepção dos objetos;
A discriminação entre os sexos se dá pela presença ou
ausência do pênis;
A vagina é ainda desconhecida;
A erotização dos genitais traz a fantasia de meninos e
meninas serem possuidores de um pênis;
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Fase Fálica – 3 a 5 anos
A tarefa básica deste momento consiste em
organizar os modelos de relação entre o homem e a
mulher;
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Período de Latência – 6 a 12 anos
Com a repressão do Édipo, a libido fica
deslocada de seus objetivos sexuais;
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Fase Genital – 12 a 18 anos
Alcançar a fase genital constitui atingir o pleno
desenvolvimento do adulto normal;
Aprendeu a amar, trabalhar e competir;
Discriminou seu papel sexual;
Desenvolveu-se intelectual e socialmente;
É capaz de amar num sentido genital amplo e de
definir um vínculo heterossexual significativo e
duradouro;
Sua capacidade orgástica é plena e ligada a
capacidade de amar;
A procriação é a finalidade da vida e os filhos
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fonte de prazer;
Fase Genital – 12 a 18 anos
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Complexo de Édipo
O Complexo de Édipo surge numa fase que é denominada por
estágio fálico, que se verifica dos 3 aos 5/6 anos.
É durante este período que as crianças descobrem que o corpo
da mulher e do homem apresentam diferenças um do outro.
Começam, então, a explorar o seu próprio corpo, apercebendo-
se que a relação entre as pessoas envolve elementos de
natureza sexual. É também nesta fase que as crianças vivem a
sua primeira experiência de amor heterossexual. O menino
alimenta uma especial atração pela mãe, ao mesmo tempo que
desenvolve uma agressão competitiva em relação ao pai. Pelo
contrário, a menina desenvolve a especial atração pelo pai,
vendo a mãe como um obstáculo à realização dos seus desejos.
Verifica-se o Complexo de Édipo quando a criança atinge o
estágio fálico: amor à mãe e ódio ao pai (não que o pai seja
exclusivo). O mundo infantil resume-se a estas figuras
parentais ou as representantes delas. Esta relação é, segundo
a psicanálise, a essência do conflito do ser humano.
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Complexo de Édipo
O Complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de
possuir proteção e amor total, reforçado pelos cuidados intensivos
que o recém-nascido recebe pela sua condição frágil. Por volta dos 3
anos a criança começa a perceber algumas proibições,
nomeadamente: não poder dormir a noite na cama dos pais, não
poder andar despida pela casa ou na praia, entre outras coisas.
Começa, então, a perceber que não é o centro do mundo e precisa de
renunciar à sua ilusão de proteção e de amor materno exclusivo.
A criança percebe que os pais pertencem a uma realidade cultural e
que não podem dedicar-se apenas a ela, porque possuem outros
compromissos; começa a perceber que o pai pertence à mãe e por
isso dirige sentimentos hostis em relação ao pai, embora ame esta
figura.
Para resolver o Complexo de Édipo deverá existir uma identificação,
isto é, o menino identifica-se com o pai e a menina com a mãe. No
caso do menino, este tem o desejo de ser forte como o pai e ao
mesmo tempo tem "ódio" por ciúme, embora inconsciente. O menino
irá imitar e interiorizar as atitudes e comportamentos do pai.
Identificando-se com o pai, o menino transforma os seus perigosos
impulsos eróticos em afeto inofensivo pela mãe e ganhará a
confiança do pai.
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Complexo de Édipo
No entanto, existem consequências de fixações
durante o estágio fálico, que podem desencadear
determinados comportamentos nos homens,
nomeadamente:
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Adolescência – Um Trabalho Psíquico
A proposição mantida por alguns autores
psicanalistas é que seja desvinculada a
definição da noção de adolescência de qualquer
delimitação do período de idade
correspondente a ela.
Dispensa-se a cronologia como critério de
definição desta noção
A adolescência passa a referir-se a um
trabalho psíquico específico que pode ocorrer
tanto aos 10 anos de idade como aos 20 ou aos
40, por exemplo.
A adolescência torna-se assim um conceito
40 próprio ao trabalho no campo da psicanálise.
Adolescência – Um Trabalho Psíquico
Adolescência como fase do desenvolvimento –
tem um início biológico e um fim psicológico
O desenvolvimento é primariamente
inconsciente e muito influenciado pela emoção.
O comportamento é apenas uma característica
superficial.
Para compreender de fato o desenvolvimento,
temos que analisar os significados simbólicos do
comportamento e o funcionamento interior
profundo da mente.
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Adolescência – Um Trabalho Psíquico
Para Freud a personalidade tem três estruturas:
id, ego e superego.
O id é totalmente inconsciente e não tem
relação direta com a realidade.
À medida que as crianças experimentam as
demandas e coações da realidade, o ego aflora. É
ele que toma as decisões racionais.
O superego constitui o ramo moral da
personalidade.
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Adolescência – Um Trabalho Psíquico
Freud considerava a personalidade como um iceberg.
A vida dos adolescentes é repleta de tensão e
conflito. Para reduzir a tensão, os adolescentes
mantêm informações trancadas no inconsciente.
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Adolescência – Um Trabalho Psíquico
O papel da experiência infantil
Infância – em condições favoráveis a
criança renuncia à estreita relação
erotizada com o genitor do sexo oposto e
substitui por uma atitude de ternura e de
afeto;
os desejos incestuosos são reprimidos;
rivalidade e ambivalência em relação ao
genitor do mesmo sexo são substituídos
pela identificação.
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Adolescência – Um Trabalho Psíquico
O papel da experiência infantil
Latência – aparente resolução do conflito
edípico e identificação com o genitor do
mesmo sexo
equilíbrio a partir da aliança do Ego com o
Superego, que controla e atenua os
impulsos instintuais
parte da energia sexual é desviada para os
impulsos agressivos, absorvida por eles e
expressa através de competições
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socialmente aprovadas
Adolescência – Um Trabalho Psíquico
O papel da experiência infantil
A adolescência inicia a partir do
encerramento do período de latência. De
certa maneira, este período constitui-se como
um tempo para compreender, em que a criança
se apropria dos traços culturais com os quais
ela contará quando da sua inserção no social.
O início da adolescência será marcado pela
necessidade de uma afirmação própria do
sujeito, pela qual ele responderá ao apelo de
deixar a latência e a inserir-se, a partir de
uma posição sexuada, nos laços sociais.
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Adolescência – Um Trabalho Psíquico