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DIREITO

TRIBUTÁRIO
Da atividade financeira do Estado, que constitui a:

• Arrecadação de recursos financeiros


• Administração dos recursos; e
• Aplicação dos recursos

o Direito Tributário tem como objeto a primeira atividade, ou


seja, regula a arrecadação dos recursos financeiros.

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DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO

Diferença de Direito Tributário e Direito


Financeiro:
• o primeiro regula a atividade financeira do Estado,
no que se refere à tributação;
• o segundo regula toda a atividade financeira do
Estado, menos a que se refere à tributação e a
fiscalização.

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CONCEITO
É o ramo do direito público que rege as
relações entre o Estado e os particulares,
decorrentes da atividade financeira do
Estado no que se refere à obtenção de
receitas (tributos).
Possui normas que instituem, arrecadam e
fiscalizam a tributação

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FINALIDADES
• Para atingir sua finalidade de promover o BEM COMUM, satisfazendo as
NECESSIDADES PÚBLICAS, o Estado exerce funções para cujo custeio
é preciso de recursos financeiros ou receitas.
• O direito de tributar do Estado decorre do seu poder pelo qual pode fazer
derivar para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à
sua administração e que são chamadas de tributos.
• Tanto o Estado, ao "exigir" como a pessoa sob sua responsabilidade, ao
"contribuir", devem obedecer a determinadas normas, cujo conjunto
constitui o Direito Tributário.
• O Direito Tributário cria e disciplina assim relações jurídicas entre o
Estado na sua qualidade de fisco e as pessoas que juridicamente estão a ele
sujeitas e se denominam contribuintes ou responsáveis. Se para obter esses
meios o fisco efetuasse arrecadações arbitrárias junto às pessoas,
escolhidas ao acaso, não se poderia falar de um Direito Tributário.
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Natureza do Direito Tributário

É obrigacional; é a relação jurídica entre um


sujeito ativo (fisco) e um sujeito passivo
(contribuinte ou responsável), envolvendo uma
prestação (tributo).

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CTN

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (Lei nº


5.172/66)

O CTN é a principal lei complementar em


matéria tributária.

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CONCEITO DE TRIBUTO
“Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa vinculada”.
(ART. 3º do CTN)

Explicando melhor o que é Tributo:

“Toda prestação pecuniária


compulsória” Todo pagamento obrigatório ao estado;

“em moeda ou cujo valor O pagamento é efetuado em dinheiro, mas a lei poderá
nela se possa exprimir” admitir que ele seja feito por meio de algo de valor
equivalente à moeda, ou nela conversível;

“que não constitua sanção Tributo não é penalidade por infração. Multa constitui
de ato ilícito” sanção pecuniária decorrente de ato ilícito;

“instituído em lei” Sem lei que o institua não existe tributo, princípio da
legalidade;
“cobrado mediante A cobrança deve ser ralizada conforme determina a lei,
atividade administrativa não comportando discricionaridade do adminsitrador
plenamente vinculada” público.
ESPÉCIES DE TRIBUTOS

• IMPOSTOS
• TAXAS
• CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
• CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

art. 5º do CTN e art. 145 da CF 9


IMPOSTOS
É um tributo de caráter genérico que independe de qualquer
atividade ou serviço do poder público em relação ao contribuinte.
É simplesmente exigido, sem contraprestação e sem indicação
prévia sobre a sua destinação. A aplicação posterior será para
custeio da administração, e para serviços em benefício de toda a
comunidade, em geral, como ocorre, por exemplo, com os
serviços de saúde pública, educação, etc.
Dispõe o art. 16 do CTN que “imposto é o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”

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TAXA
É um tributo relacionado com a prestação de algum
serviço público para um beneficiário identificado ou
identificável. O serviço pode ser efetivo ou potencial,
considerando-se como potencial o serviço posto à
disposição, ainda que não utilizado. Ex.: O consumo mínimo de
água tratada é um serviço potencial, cobrado mesmo sem a utilização
efetiva.
A taxa pode também estar relacionada com atividade
estatal de polícia (poder de polícia), que abrange
licenciamentos e fiscalizações em geral. Ex.: fiscalização
sanitária; segurança; ordem, etc.

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TAXA

Como dispõe o art. 77 do CTN: “Taxa é o


tributo cobrado em razão de atos
decorrentes do poder de polícia ou da
utilização efetiva ou potencial de serviço
público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição”.

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TAXA

• Poder de Polícia
• Serviços Públicos
– Utilização compulsória
– Específicos
– Divisíveis
– Uso pelo cidadão: efetivo ou potencial

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TAXA

PODER DE POLÍCIA (art. 78 do CTN) refere-


se à possibilidade de fiscalizar e autorizar
determinada atividade. Ex.: embora todo cidadão
seja livre para estabelecer-se com uma indústria,
não pode, entretanto, instalá-la em um bairro
estritamente residencial. Mesmo assim, aonde é
possível, para a instalação, é necessário o
pagamento de uma taxa.

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TAXA

SERVIÇOS PÚBLICOS: art. 79 do CTN


Serviço Específico é um serviço definido e
delimitado. Não pode se estabelecer taxas
anunciando apenas uma simples prestação de
serviços, sem especificar qual o serviço
específico referente àquela taxa, inclusive
determinando os usuários.

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TAXA

• EXEMPLO 1:
• O serviço público municipal de esgoto é
específico, porque:
• 1) é possível identificar quais contribuintes são
atendidos (as casas) e quais não são;
• 2) demanda órgãos (divisões ou
concessionários) especializados neste serviço
(garis, caminhões, aterros, cronograma
próprios, etc.)

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TAXA

• EXEMPLO 2:
• O serviço público municipal de limpeza de
praças e ruas não é específico, porque:
• 1) não é possível identificar quais contribuintes
são atendidos. A princípio, todos (cidadãos ou
visitantes) são atendidos;
• 2) pode ou não demandar órgãos (divisões ou
concessionários) especializados neste serviço
(garis, caminhões, aterros, cronograma
próprios, etc.)
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TAXA

• Serviço público divisível: é o que pode ser


medido, de acordo com o que foi prestado a
cada beneficiário. Quando suscetíveis de
utilização, separadamente, por parte de
cada um dos seus usuários.

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TAXA

• Exemplo 1:
Redes de energia elétrica, residenciais ou
comerciais, aonde existem trifásicas ou
bifásicas. Para cada rede, em função da
disposição de consumo a taxa é
diferenciada.

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TAXA

• EXEMPLO 2:
• O serviço de coleta de lixo é divisível, pois:
• É possível classificar os usuários em relação à
quantidade ou qualidade de lixo colhida (ex.:
residenciais, não-residenciais, industriais,
hospitais, etc.)
• A taxa pode variar conforme a quantidade (ou
complexidade) do serviço prestado,
independente da capacidade econômica do
contribuinte.
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TAXA

EXEMPLO 3:
O serviço de limpeza urbana (praças e ruas)
não é divisível, pois:
1) Não é possível classificar os usuários em
relação à quantidade da limpeza (ela aproveita
a todos, cidadãos ou visitantes).
2) O custeio destes serviços é feito, em regra,
com recursos advindos dos impostos.

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TAXAS

• Serviços utilizados efetivamente: Os


serviços são utilizados efetivamente pelo
contribuinte, quando usufruídos por ele a
qualquer título (CTN, art. 79, I, “a”).
• Serviços utilizados potencialmente (...ou
postos a sua disposição): Quando, sendo de
utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa
em efetivo funcionamento (Ex.: serviço de
coleta de lixo, esgotos, etc).
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TAXA

Exemplo - Serviços utilizados


efetivamente:
João é proprietário de uma casa e mora nela.
O lixo de João é colhido, periodicamente, por
serviço mantido pelo Município.
João deve pagar taxa de lixo ao Município,
pois usufrui (de fato) do serviço público
prestado.

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Exemplo – Serviços postos a disposição
João é proprietário de uma casa, mas está
estudando nos EUA e sua casa está fechada
(ninguém mora nela).
O lixo de João não é colhido, pois ninguém
está morando na casa. Não obstante, o
caminhão está passando periodicamente em
frente à casa de João.

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TAXAS

Os serviços dividem-se ainda em:


• COMPULSÓRIOS – são os serviços que o
beneficiário não pode recusar, como o serviço de
esgoto; coleta de lixo. Os serviços compulsórios
são remunerados por taxa. Há entendimentos que
os serviços compulsórios não podem ser
suprimidos por falta de pagamento, devendo ser
cobrados, se for o caso, por via judicial.

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TAXAS

• FACULTATIVOS – são os serviços que o


beneficiário pode aceitar ou recusar, como o
serviço de telefone; certidões; energia elétrica
residencial; etc..

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CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

É um tributo sobre a valorização de imóvel particular,


em decorrência de obras públicas realizadas.
Art. 81 do CTN: “ A contribuição de melhoria cobrada
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituía para fazer face ao custo de obras
públicas de decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual
o acréscimo de valor que a obra resultar para cada
imóvel beneficiado”
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CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

FATO GERADOR:
• Obra Pública + Valorização de imóvel dos
contribuintes
• Ocorre no término da obra
• Depende de previsão em Lei

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CONTRIBUIÇÕES

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EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

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