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APROXIMAÇÃO BÍBLICO-ESPIRITUAL

1. O inspirador
espírito paulino

A fundação paulina em S. Donato de Cremona coloca


necessariamente uma pergunta: porque o padre Zaccaria escolheu
São Paulo como Padroeiro, Guia e Mestre?
A primeira resposta imediata deduzido de suas próprias palavras:
Paulo é modelo de perfeição e de caridade: “Tanto este amor é
necessário que Paulo desejava ser anátema para seus irmãos”. “O
douto Paulo é vivo exemplo de Cristo, e como uma coluna e como
aquele que tem quase o principado do
apostolado”.
Vida e exemplo de Paulo: Antônio afirmava: “Filhos e plantas de Paulo,
alarguem os seus corações (2Cor 6,13), pois quem os plantou e ainda planta,
tem o coração maior e mais aberto que o mar e não sejam inferiores à vocação para
a qual foram chamados” (Ef 4,1).
Importância do espírito paulino: A história do cristianismo, após a
morte e ressurreição de Jesus, foi conturbada, embora marcada por uma
impressionante propagação. A ação de Paulo, com a sua mensagem de
liberdade perante a Lei e o universalismo da sua missão, representou o agir do
Espírito Santo na Igreja. Pelo seu discernimento, Paulo fez com que o
cristianismo permeasse o mundo inteiro.
2. A presença
da sabedoria •a) Atitude de escuta. Para obter a sabedoria é preciso saber
de Deus ouvir mais com o coração do que com os ouvidos. Com efeito,
Antônio mencionará, conforme se pode ver nas Constituições, o
verbo “ouvir” 6 vezes. Nos sermões
a palavra “escuta” aparece 2 vezes; “ouvir” ocorre 3 vezes, e
assim por diante. Concretamente, Mt 7,28 expressa melhor esta
atitude dizendo: “Assim, todo aquele que ouve estas minhas
palavras e as prática será comparado a um homem sábio, que
construiu a sua casa sobre a rocha”.
b) Humildade. A sabedoria que procede de Deus gera
humildade. Por isso, a pessoa reconhece que toda sua vida
depende de Deus. Antônio
aconselhará: “Por isso, é preciso incluir a prática da verdadeira
humildade para fortalecer toda perfeição” (31246).
2. A presença •c) Discernimento. Quem tem a sabedoria
trata de manter sempre a
da sabedoria mente clara e se afasta de expectativas
negativas, procurando cotidianamente
de Deus se manter no caminho de Deus. Portanto, o
sábio sempre irá pelo caminho da
vida, elegendo fazer livremente boas obras:
“E a este povo dirás: Assim diz o
Senhor: Eis que ponho diante de vós o
caminho da vida e o caminho da morte”
(Jr 21,8). Deus nos concede liberdade, como
bem Paulo nos fala, para
buscarmos as coisas que são do alto (Cl 3,1-
2). Portanto, Antônio falará:
“Tenham, porém, grande discernimento
[...]” (30303).
Antônio tinha consciência de que Deus
sempre está atento com o seu povo e
3. O espírito que, por isso, envia os seus profetas para
um benefício sem fim (cf. 20105). Por
profético outro lado, é bom destacar que na ação
profética existe grande esperança e
salvação, que a tornam um convite à
conversão, enquanto convidam a olhar
para frente e para o crescimento do
povo.
•A Paixão de Cristo trata-se de uma passio
activa porque não foi um padecimento
involuntário tal como conferimos em Mc 8,31:

4. O Cristo “É necessário que


o Filho de Homem padeça muito e seja

Crucificado
rejeitado”; em suma, a Paixão tem também um
caráter exterior, na qual se situa a rejeição de
Jesus como blasfemo e revolucionário político:
“Diante disto, o sumo sacerdote rasgou suas
vestes e esbravejou: ‘Por que ainda
necessitamos de outras testemunhas? Ouvistes
a blasfêmia! Que vos parece? ’ E todos o
julgaram merecedor da pena
de morte…” (Mc 14,63-64).
5. A hermenêutica, o
próximo e a santidade

•Carta IX foi escrita em Guastalla no dia 10


de junho de 1539. Discursa
sobre vários assuntos como: ser exemplo do
Cristo Crucificado, o testemunho dos
amigos, reavivar as paixões, o modo de
superá-las, passar de Saulo a Paulo, as
características de Saulo, as características de
Paulo, exigir de si mesmo, Cristo está
crucificado em nós.
1. Uma hermenêutica aplicada à vida:
2. Salvar a proposição do próximo
3. A santidade vivida de maneira interna e externa (cf. 10909).

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