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ESEFFEGO
Curso: Fisioterapia
Disciplina: Dermato – Funcional
Professora: Flávia
MASSAGEM
Goiânia/2010
Massagem
• É uma compressão metódica e rítmica do
corpo, ou parte dele, para que se obtenha
efeitos terapêuticos.
• Tem como objetivos promover o alívio do
estresse, ocasionando relaxamento, mobilizar
estruturas variadas, aliviar a dor e diminuir o
edema, preveni deformidades e promover a
independência funcional.
Efeitos Fisiológicos da Massagem
• Relaxamento muscular local e geral;
• Alívio da dor;
• Aumento da circulação sanguínea e linfática;
• Aumento da perspiração;
• Aumento da nutrição tecidual;
• Aumento da secreção sebácea;
• Remoção de produtos catabólicos;
• Aumento da maleabilidade e extensibilidade
tecidual;
• Aumento da mobilidade articular;
• Descolamento, direcionamento e remoção de
secreções pulmonares;
• Estímulo de funções viscerais;
• Estímulo de funções autonômicas;
• Auxílio na penetração de fármacos.
Manobras da Massagem Clássica
Deslizamento Superficial
• Consiste em movimentos deslizantes em grandes
superfícies, leves, suaves e rítmicos.
• A pressão deve ser quase imperceptível e uniforme.
• Principal efeito se faz via reflexa, uma sedação
neuromuscular.
• Diminuição na excitabilidade das terminações
nervosa livres e auxilia na regeneração da pele.
• Aumenta limiar de sensibilidade -> iniciar e finalizar a
massoterapia.
Deslizamento Profundo
• Pressão suficiente pra causar efeitos
mecânicos e reflexos
• Favorece esvaziamento venoso e linfático.
• Atua fundamentalmente sobre a pele e o
tecido subcutâneo, melhorando as condições
de circulação, nutrição e drenagem dos
líquidos tissulares.
Amassamento
• É a mobilização do tecido muscular
• Compressões alternadas
• Melhorar as condições circulatórias da
musculatura, liberando aderências,
eliminando resíduos metabólicos e
aumentando sua nutrição.
Fricção
• São movimentos circulares ou transversais.
• Pressão suficiente para mobilizar o tecido
superficial em relação ao profundo.
• Liberar aderências por ação mecânica nas
traves fibróticas, e prevenção após
traumatismos.
Vibração
• Impulso vibratório transmitido à área a ser
tratada.
• Diminuição da hiperexcitação dos nervos
Percussão
• Golpes manuais, utilizando a borda ulnar, a
mão espalmada ou fechada.
• Auxilia na drenagem postural por liberação
das secreções (tapotagem).
• Aumento da circulação capilar superficial.
Indicações
• Edema e hematoma;
• Cicatrizes aderentes;
• Tensão muscular;
• Dor;
• Diminuição da ADM.
Contra-Indicações
• Tumores benignos ou malignos;
• Distúrbios circulatórios (flebite, tromboflebite, etc.);
• Doenças da pele (eczema, acne, furúnculos, etc.);
• Hiperestesia da pele;
• Gravidez – massagens abdominais mais profundas;
• Processos infecciosos;
• Fragilidade capilar.
Massagem Reflexa
• Técnicas que deixam de lado os efeitos mecânicos
para centrar-se numa resposta involuntária de uma
estimulação cutânea.
• Se baseiam na concepção que o tecido conjuntivo é o
ponto de partida das reações metaméricas, que são
solicitadas mediante um estiramento unidigital que
se realiza em zonas específicas.
• Influência sobre os sistemas simpático e
parassimpático.
Conceitos básicos
• Alterações patológicas das vísceras podem
causar alterações na pele em áreas bem
definidas.
• Dor visceral -> referida.
• Dor referida é difusa, não se localiza bem e
refere-se no dermátomo inervado pelo
mesmo segmento espinhal que supre a
víscera.
Relações Nervosas Reflexas
• Quando se realiza a massagem nas zonas
inferiores do tronco com reação simultânea
das zonas conjuntivas superiores
• Regra fundamental da massagem: Dve-se
iniciar a massagem nas zonas mais inferiores.
• Exploração das Zonas Conjuntivas
• As alterações na superfície corporal são: áreas
achatadas ou deprimidas que podem estar
circunscritas por áreas elevadas, edemaciadas.
• As manobras diagnósticas são acompanhadas
pela avaliação da resistência dos tecidos ->
sensação dolorosa, crepitações.
Inspeção
• Comparação das zonas conjuntivas simétricas.
• Olhar de vários ângulos.
• Incidir luz
Palpação
• É ealizada pelo deslizamento da camada profunda,
da derme contra a fáscia, em diferentes segmentos.
• Índividuo na posição sentada sobre uma superfície
dura, MMII flexionados a 90°, com os pés apoiados
no chão.
Massagem do Tecido Conjuntivo - MTC
• Afeta sistema autônomo -> corrige desequilíbrios nas
funções vegetativas do corpo.
• Conceito Fundamental: Doença visceral pode causar
alterações na pele. Manipulação dos tec. conjuntivos
da pele pode gerar efeitos em outras estruturas que
são derivadas do mesmo segmento mesodérmico.
• Constução de base: manobras iniciadas na região
lomba e pélvica.
• Além das ações a distância desencadeiam
ações locais -> calor e demografismo elevado,
certamente de origem histamínica.
• Frequência do tratamento pode ser diária.
• 10 a 12 sessões. Não ultrapassar 20 sessões.
• Interromper na 5° sessão caso não haja
melhora.
Manobras
• Rolinho -> elevação do tec. subcutâneo, com
polegar e dedo médio,movendo todo tecido
contra a fáscia.
• Traço -> com a polpa dos dedos, mover pele
sobre estruturas subjacentes, criando uma
tração com manobras curtas e fimes.
Técnica de Teirich-Leube – Massagem do Tecido Organizado
• Manobras de rolamento, trabalha “pontos de reação”,
paciente informa constantemente a sua sensibilidade às
manobras.
• Efeitos: melhor circulação muscular e regulação das tensões
aponeuróticas.
Técinica de Kolrausch – Massagem do Tecido Conjuntivo e da
Musculatura
• Possibilidade de atingir um órgão a partir do miótomo
correspondente
• Movimentos de fricção leve e rítmica nos “pontos-gatilho”,
onde se encontram as miogeloses e espasmos nodulares.
• Manobras são moderadas e mais superficiais quanto maior a
tensão.
Técnica de Glaeser e Dalicho
• Envolve pele, tec. subcutâneo, fáscias, aponeuroses,
musculatura e periósteo. Todos os tecidos que
desencadeiem resposta reflexas.
• Sessões de 20 min. 2 ou 3 X por semana.
• Iniciam o tratamento pelas regiões lombar e sacral,
coluna vertebral e depois segmento afetado
Técnica de Volger – Massagem do Periósteo
• Massagear superfícies ósseas por 2 a 5 min., com a
ponta do polegar ou dedo médio.
• Pressão suave e aumentada progressivamente.
• Efeitos: antiálgicos e tróficos no tratamento de
alterações ósseas, articulares e viscerais.
• Nas primeiras aplicações a dor é intensificada e com
o passar das sessões, os pontos vão se tornando –
sensíveis.
Técnica de Wetterwald
• Manobra que envolve um pinçamento tecidual.
Manobras de deslizamento e amassamento em
rotação, utilizando polegares e indicadores.
Massagem Chinesa e Similares
• Acrupessura / Shiatsu -> aplicação profunda com os
dedos (polegar ou dedo médio) sobre os pontos de
aculpuntura, áreas da pele com um aumento da
condutibilidade e diminuição da resistência elétrica.
Reflexologia Plantar e Auricular
• Correlaciona alívio da dor em determinada parte do
corpo e a aplicação de pressão em pontos
correspondentes nos pés e na orelha.
• Movimentos de deslizamento ou fricção circular
executadas com polegar ou indicador.
Massagem Abdominal Reflexa – Técnica de Grossi
• Pressões em pontos sensíveis 2 ou 3 Xs com o dedo
médio, anular ou ambos. Traços, circunscrevendo a
região envolvida.
• Reeducação da secreção e motricidade do sist.
digestivo. Indicações: aerofagias, constipação e
hérnia de hiato.
Massagem Transversa Profunda – Técnica de Cyriax
• Movimentos de fricção transversais às fibras do tec.
conjuntivo com o dedo indicador apoiado pelo dedo
médio ou o contrário. Com duração de 3 a 5 min. ->
lesões recentes e 15 a 20 min. -> lesões crônicas.
• Duplo efeito: Hiperemia traumática (grande
afluxo de sangue, eliminando substâncias
alogênicas e produzindo analgesia
temporária) e movimento dos planos
(liberação de estruturas).
• Aplicar em cicatrizes antigas e sem
mobilidade, lesões musculares, tendinosas e
ligamentares.
• Não aplicar em presença de processos
infecciosos, patologias da pele, neoplasias ou
tuberculose, lesões vasculares...
Massagem com Equipamentos
• Podem produzir efeitos terapêuticos similares
aos da massagem manual e evitar sobrecargas
articulares no terapeuta.
• Deixam de acontecer os efeitos psicológicos
pelo ato físico de tocar o individuo.
Drenagem Linfática
Enquanto o sangue arterial chega às células
oxigenado, nutre-as e retorna para o sistema
venoso, uma pequena parte deste sangue não
consegue transpor a membrana dos vasos venosos
devido seu maior peso molecular (proteínas). Essa
parte do líquido intercelular (cerca de 10%) é
retirada do meio intersticial através do sistema
linfático (Equilíbrio de Starling), que possui maior
permeabilidade devido sua estrutura de fixação aos
tecidos ser por meio dos filamentos de ancoragem,
que são como válvulas.
Sistema Linfático
Anatomia
• Os vasos são delicados e de coloração translúcida.
• Transporta a linfa da periferia ao centro em um
sentido único.
• Os vasos superficiais são numerosos e possuem muitas
anastomoses. Seu trajeto acompanha as veias e a
drenagem é feita para os linfonodos superficiais.
• Os vasos profundos não são tão numerosos e possuem
poucas anastomoses. Acompanha vasos sanguíneos
profundos e sua drenagem se dá para os linfonodos
profundos.
O sistema linfático é composto por:
• Capilares linfáticos: são os vasos iniciais do sistema
linfático.
• Vasos pré-coletores: possui formato de “colar de
pérolas”, pois diminui o diâmetro próximo ao local
das válvulas. Linfangion é o espaço entre uma válvula
e outra. Quando o linfangion se distende, há uma
resposta de contração, expulsando a linfa para o
próximo linfangion. Em repouso ele se contrai 5 a 15
vezes por minuto, no sono contrai 5 a 10 vezes e pode
chegar até 100 vezes por minuto.
• Vasos coletores: também possuem válvulas, evitando
o refluxo da linfa.
• Tronco linfático: são 11 ao total, sendo lombares,
broncomediastinais, subclávios, jugulares, descendentes
intercostais e intestinal.
• Ductos linfáticos: ducto linfático direito, ducto torácico.
• Linfonodos: filtram a linfa, retira partículas, enriquece com células
linfóides, ativa e libera linfócitos T. Podem ser superficiais (tecido
subcutâneo) ou profundos (sob a fáscia muscular, nas cavidades
abdominais e torácicas).
Os vasos linfáticos aferentes penetram no gânglio pelo lado convexo
e os eferentes saem pelo hilo após recuperarem a linfa.
• Linfa: é o líquido intersticial que passou para os capilares linfáticos.
Possui coloração límpida, composto por 96% de água, uma parte
plasmática (sódio, potássio, glicose, enzimas etc) e uma parte
celular (linfócitos, granulócitos, etitrócitos e macrófagos). Circula
cerca de 2 a 3 litros por dia, mas pode chegar até 20 litros em
situações especiais.
Fisiologia do Fluxo Linfático
O fluxo linfático ocorre devido a trocas
intermitentes nas pressões hidrostáticas e
oncóticas locais.
A pressão coloidosmótica, que é determinada
pelo número de moléculas de proteínas diluídas
no líquido, pode interferir na formação e
movimentação do líquido intracelular.
A atividade física, respiração, compressões
externas, pulsações arteriais e movimentos
articulares aceleram o fluxo linfático.
Funções do Sistema Linfático
• Mantêm o equilíbrio hídrico e protéico tissular.
• Elimina substâncias do metabolismo celular, restos
celulares e microorganismos.
• Função imunológica.
• Absorve nutrientes do trato gastrointestinal, inclusive
gorduras.