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Ação Executiva Pagamento de Quantia Certa Forma Ordinária - Penhora - 2 Parte (PROCESSO II)
Ação Executiva Pagamento de Quantia Certa Forma Ordinária - Penhora - 2 Parte (PROCESSO II)
CURSO DE SOLICITADORIA
2º ANO
2020/2021
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
QUALQUER PRECEITO LEGAL REFERIDO SEM INDICAÇÃO
DA RESPETIVA PROVENIÊNCIA RESPEITA AO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
PENHORA
( 2ª PARTE)
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
Conquanto, o n.º 2 do art. 743/2 permite, se em execuções distintas forem penhorados todos
os quinhões no património autónomo ou todos os direitos sobre o bem indiviso, a realização
de uma única venda no processo em que haja sido efetivada a primeira penhora, com o
que pretendeu o legislador garantir um maior interesse na venda e, consequente aumento
do preço.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
Na execução movida contra o herdeiro, só podem ser penhorados os bens que ele tiver
recebido do autor da herança, atento o princípio segundo o qual, pelas dívidas da herança,
apenas respondem os bens da herança – art. 2068 CC.
Na execução movida contra o herdeiro ( ab inicio ou na pendencia) , só podem ser
penhorados os bens que ele tiver recebido do autor da herança, atento o princípio segundo
o qual, pelas dívidas da herança, apenas respondem os bens da herança – art. 2068 CC.
Se a penhora recair sobre outros bens que o herdeiro não haja recebido do autor da
herança, pode requerer ao AE o levantamento – e será levantada desde que o exequente se
não oponha e o herdeiro indique bens que tenha recebido do autor da herança
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
PENHORABILIDADE SUBSIDIÁRIA
PENHORABILIDADE SUBSIDIÁRIA
PENHORABILIDADE SUBSIDIÁRIA
PENHORABILIDADE SUBSIDIÁRIA
PENHORABILIDADE SUBSIDIÁRIA
PENHORABILIDADE SUBSIDIÁRIA
PENHORABILIDADE SUBSIDIÁRIA
• Sócios comanditados,
• Sócios da sociedade civil.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
Sendo também admissível a penhora de bem imóvel que seja a habitação própria
permanente do executado, nos seguintes casos (n.º 4):
i) Execução de valor igual ou inferior a €10.000,00, desde que a penhora de
outros bens não permita, presumivelmente, a satisfação integral do credor no
prazo de 30 meses;
ii) Execução de valor superior a €10.000,00, desde que a penhora de outros bens
não permita, presumivelmente, a satisfação integral do credor no prazo de 12
meses.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
O regime da penhora destes bens acha-se consagrado nos art. art. 755 a 763.
A noção e classificação das coisas decorre da lei substantiva – art. 202º e ss CC.
DEPOSITÁRIO
Na penhora de bens imóveis e de bens móveis não sujeitos a registo, cabe ao AE a
função de depositário, com exceção das execuções concretizadas por oficial de
justiça, cabendo a este designar quem fique com essa competência – art. 756/1, 1ª
parte.
Salvo se:
i) o exequente consentir que seja nomeado como fiel depositário o
próprio executado ou outra pessoa designada pelo AE
ii) ocorrer alguma das circunstâncias das al. a) a c) do citado
normativo …
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
DEVERES DO DEPOSITÁRIO
DEVERES DO DEPOSITÁRIO
O depositário (que não seja o AE) pode ser removido se não cumprir os deveres
do seu cargo – art. 761/1
Sendo depositário o AE, a violação dos seus deveres (art. 720/4 ) pode levar à
sua destituição.
Há que distinguir
art. 776/1/2 …
4) Declarar que o crédito existe, mas que a exigibilidade da obrigação está
dependente de uma prestação por parte do executado – art. 776/1.
• Se o executado confirmar a declaração do devedor ou se nada disser – é
notificado para satisfazer a sua prestação em relação ao devedor, no prazo de
15 dias a contar da notificação.
• Se o executado satisfizer a sua prestação, a obrigação do devedor torna -se
exigível, prosseguindo a execução quanto ao direito de crédito que foi
penhorado.
• Se o executado não satisfizer a sua prestação, tanto o exequente, como o
devedor, podem exigir o cumprimento, promovendo a respetiva execução
contra o executado, servindo de TE a sua declaração de reconhecimento de
dívida; pode, ainda, o exequente substituir-se ao executado, efetuando a
prestação ao terceiro, caso em que ficará sub-rogado nos direitos do devedor
contra o executado – art. 776/2.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
Exemplos:
• Promitente-comprador no âmbito de um contrato promessa de compra e venda,
com eficácia real, referente a um determinado bem imóvel - art. 413 do CC
• Titular de um direito de preferência, legal ou convencional, com eficácia real -
art. 421 do CC
• Adquirente de um bem transmitido com cláusula de reserva da propriedade -
art. 409/1CC
• Locatário de um contrato de locação financeira, em que o executado beneficie
do direito de adquirir o bem objeto de locação no fim do contrato.
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ORDINÁRIA
Assim, se a aquisição:
• se vier a consumar, a penhora passa a incidir sobre o próprio bem
transmitido ( património do executado).
• não se consumar, a penhora extingue-se, devendo ser levantada.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
art. 780/7 …
art. 780/8 …
• o montante bloqueado,
• saldo existente, mas sem possibilidade de bloqueio,
• a inexistência de conta bancária ou saldo.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
art. 780/10 …
Recebida a comunicação da instituição de crédito, o AE deve, no prazo de 5 dias,
comunicar, por via eletrónica, àquela a penhora dos montantes dos saldos
existentes que se mostrem necessários para satisfação da quantia exequenda e o
desbloqueio dos montantes não penhorados, após o que a instituição de crédito
deve comunicar de imediato, ao executado a penhora efetuada.
art. 780/13 …
art. 781/2 …
Os notificados, poderão fazer as declarações que entendam quanto
ao direito do executado e ao modo de o tornar efetivo, podendo os
contitulares dizer se pretendem que a venda tenha por objeto todo o
património ou a totalidade do bem.
ii) Terem sido penhorados bens que não são do executado aqui a penhora é subjetivamente
ilegal – a impenhorabilidade diz-se SUBJETIVA.
O meio de reagir à IMPENHORABILIDADE SUBJETIVA é através dos demais meios
( I, III, IV).
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
Todavia, mesmo que o juiz não determine o levantamento da penhora, não fica
prejudicado o direito de o terceiro deduzir Oposição por embargos de terceiro,
mesmo quando tenha sido ele a requerer o levantamento.
al. a) …
reporta-se aos casos de impenhorabilidade processual, quer absoluta
(art. 736), quer relativa, esta apenas fora das hipóteses autorizadas
(art. 737) e na sua segunda parte, aos casos de impenhorabilidade
parcial (art.738).
Ou seja, aos casos em que a penhora foi realizada com violação das
normas que fixam as impenhorabilidades e, ainda, com violação do
princípio da proporcionalidade (art. 735/3).
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
al. b) …
Estamos perante a penhora de bens em casos de responsabilidade subsidiária, o
executado pode opor-se à penhora de bens seus que só deviam responder na falta de
outros (igualmente seus ou de outro património), se, existindo estes, por eles não tiver
começado a penhora.
Ex:
• Se o executado é fiador e goza do benefício da excussão prévia (BEP) e o tiver
invocado, constituirá fundamento de Oposição à penhora o facto de não terem sido
previamente penhorados e vendidos os bens do património do devedor principal ( os
bens do fiador só deviam responder em caso de incumprimento por parte do devedor
principal).
Se não gozar do BEP - a oposição poderá fundar-se no facto de não terem sido
previamente penhorados os bens, seus ou alheios, que respondiam em primeiro lugar
/ou/ no facto de não ter sido verificada a sua insuficiência para o pagamento da dívida.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
al. c) …
Reporta-se às causas de impenhorabilidade, específica ou derivada
dum regime de indisponibilidade objetiva, resultantes do direito
substantivo.
Ex:
• Bens excluídos de penhora por convenção entre o credor e o
devedor - art. 602 CC.
• Bens do herdeiro, que este não tenha recebido do autor da
herança - art. 744.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
Em súmula
A ilegalidade da penhora pode resultar:
b) De não ter sido respeitada norma que considera como meramente subsidiária a
penhorabilidade de certos bens do sujeito passivo da execução, condicionando-a à
prévia excussão de outro património ou à verificação de insuficiência dos bens
que respondem prioritariamente pela dívida exequenda;
Prosseguindo a execução:
Impenhorabilidade Subjetiva
Âmbito objetivo
Âmbito objetivo
Quer isto significar que os direitos reais de garantia que incidam sobre os
bens penhorados não são incompatíveis com a penhora - pois a venda
executiva extingue-os.
art. 824/3 CC
“3. Os direitos de terceiro que caducarem nos termos do número anterior
transferem-se para o produto da venda dos respectivos bens.”
Assim, o art. 5/1 CRPredial estatui que, “Os factos sujeitos a registo só produzem
efeitos contra terceiros depois da data do respetivo registo.”
No entanto, não produz efeitos constitutivos de direito ( art. 7 CRPredial), só
constitui presunção de que o direito existe e que pertence ao titular inscrito – art. 7
CRPredial.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
Âmbito subjetivo
Legitimidade ativa
Legitimidade passiva
O direito real não caduca por efeito da venda executiva, (art. 824/2
CC), pois se existir venda, terá sido de coisa alheia e o adquirente
terá recebido um direito que não estava no domínio do executado.
AÇÃO EXECUTIVA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA FORMA
ORDINÁRIA
LEVANTAMENTO DA PENHORA