O documento discute as regras gerais de constituição de sociedades por quotas e sociedades anônimas no Brasil. Aborda tópicos como capital social, realização de quotas, transmissão de quotas, emissão e classificação de ações.
O documento discute as regras gerais de constituição de sociedades por quotas e sociedades anônimas no Brasil. Aborda tópicos como capital social, realização de quotas, transmissão de quotas, emissão e classificação de ações.
O documento discute as regras gerais de constituição de sociedades por quotas e sociedades anônimas no Brasil. Aborda tópicos como capital social, realização de quotas, transmissão de quotas, emissão e classificação de ações.
sociedades anonimas. - As quotas, o capital social, e a realização das quotas. As sociedades por quotas
• As sociedades por quotas distinguem~-se pela firma, a qual
terminará sempre pela palavra “ Limitada” ou pela abreviatura “Lda” • Quanto as quotas, o nosso sistema é de quota inicial única, no momento da constituição da sociedade a cada sócio apenas fica a pertencer uma quota que corresponde à subscrição, art.º 241, nº 1, da Lsc. • O sistema de quota única é temperado pela possibilidade de unificação e divisão de quotas. • . A unificação de quotas é um direito que assiste ao socio, está dependente da sua prévia liberação e de não lhe corresponderem direitos e obrigações diversos • Caso haja unificação deve obedecer a forma de documento particular, ser registada e comunicada a sociedade. O CAPITAL SOCIAL E REALIZAÇÃO DE QUOTAS
O CAPITAL SOCIAL- a lei 11 eliminou o montante de capital social
anteriormente fixado em cuanzas equivalentes a 1000 USD, dando liberdade ao conceder aos sócios na fixação do valor do capital social, o qual como é regra deve corresponder a soma das quotas. Porém o valor nominal das quotas não podem ser inferior a 1 kuanza art.221?º, indirectamente a lei estabelece o capital mínimo, art.º Com esta flexibilização permitiu o legislador facilitar a constituição de micro- empresas. Quanto a realização das quotas – no momento da celebração do contrato o capital deve estar integralmente subscrito, mas não necessariamente realizado. Tempo de entrada – nos termos do art.º 224, da lei da sociedade comercial. Consequência do não cumprimento da obrigação: Aviso e exclusão de sócio. Sociedades por quotas • Transmissão de quotas – a legislador não usou uma linguagem uniforme, portando deve entender-se a que a transmissão lato sensu abrange quer a transmissão mortis causa, ou em processo de execução, quer a cessão de quotas , que é voluntaria e inter vivos da quota. • A transmissão mortis causa, sendo a quota um bem o normal seria a sua transmissão para os herdeiros, mas, o contrato pode estipular que a quota não se transmita, isto no interesse de outros socios, da sociedade, ou no interesse dos próprios herdeiros. • - Cessão de quotas, é a transmissão voluntaria, inter vivos, A L.S.C, regula as condições e o processo da cessão de quotas, mas deixa de fora o regime do negocio jurídico, a que ela se reconduz • A doutrina divide-se entre a aplicação do regime da cessão da posição contratual art.º 424 do C.C e a aplicação do regime da compra e venda ou da doação, conforme o negocio seja a titulo oneroso ou gratuito. • Qualquer destas soluções encontra uma dificuldade, porque a cessão de quota regulado no art.º 424, nº 1, do c.c, necessita do consentimento do outro contraente, ora, o contrato de sociedades, Cessão de quotas
• Não é sinalagmático, e a cessão de quotas nem sempre é
dependente de consentimentos. • Por sua vez a C/V pressupõe a transferência onerosa da propriedade art.º 2274, do C.C, ora, o atrigo 1303 só admite coisas corpóreas, e a quota só poderá ser uma coisa incorpórea, o problema é contudo mais conceptual do que pratico . • O art.º 425. C.C determina que o regime da cessão de posição contratual se define em função do tipo de negocio que serve de base à cessão e o art.º 939 do C.C, manda aplicar as normas da C/V a outros contractos a outros contrato onerosos pelos quais se alienem bens. • Em última instância acaba-se sempre por se aplicar as normas do contrato de C/V ou da doação. • A mesma solução chegaríamos considerando que estivemos perante uma lacuna da lei, a preencher através do recurso a casos análogos ( art.º3 do c.com. E art.º 10 do C.C) Sociedade anonima regras particulares de constituição
• As sociedades podem ser constituídas de forma, art.º 307 da LSC,
simultânea sem recurso a subscrição publica, ou uma constituição sucessiva, com recurso a subscrição publica. • Subscrição sem recurso (simultânea) nos termos do art.º – se os fundadores no mínimo de 5, subscreverem a totalidade dos capital social podem constituir a sociedade de uma forma simultânea, art.º308, da L.S.C. • Constituição com recurso a subscrição publica- isto porque está sujeita a um processo com varias fases. • As sociedades anónimas constituídas desta forma tornam-se sociedades anónimas abertas, ou seja com um capital aberto ao investimento publico. • A subscrição publica é uma oferta pública. • Como toda a oferta publica , a subscrição publica de acções está sujeita a intervenção obrigatória por intermediário financeiro . • O processo de subscrição pode passar por uma fase previa de recolha de intenções de investimento. • O processo de subscrição publica deverá obedecer o disposto no art.º 309 e segs da L.S.C. acções • Obrigação de entrada • Realização das entradas – O prazo máximo que o contrato de sociedade pode estabelecer para realização do capital social subscrito é de 3 anos obedecendo o que vem estatuído no art.º 316 da L.S.C. • Acções -denomina-se acções cada fracções de valor igual em que se divide o capital social de uma sociedade de uma sociedade anónima, bem como as sociedades em comandita por acções que sejam detidas pelos sócios comanditários, art.º 201, nº 2, b).LSC. • O regime das acções apresenta quatro características fundamentais designadamente: a representatividade, a indivisibilidade, transmissibilidade, susceptibilidade de agrupamento, ao contrario das quotas as acções representam a mesma fracção do capital social. • As acções são indivisíveis. nos termos do art.º 305 nº 4 da LSC • As modalidades de acções de acordo com o art.º 331 podem ser: nominativas ou ao portador • As acções nominativas – são aquelas em que o emitente tem a faculdade de conhecer a todo tempo a identidade dos titulares, ao contrario são ao portador. • Existem casos em que a própria lei impõem, que as acções tenham carácter nominativo, assim nos art.º 331, nº 2 da LSC, são obrigatoriamente nominativas. • Fora destes casos a determinação das acções como nominativas ou ao portador é uma opção determinada nos estatutos da sociedade. • Possibilidade de conversão sem alteração dos estatutos, nos termos do Art.º 302, e). Classificação das acções
As acções podem ser consoante a sua forma de representação: art.º
4, nº 2, LVM, Lei 22/15 de 31 de Agosto. • Tituladas – aquelas que são representados por documentos em papel. • Escriturais – são aquelas que se identificam através de registo electrónico em conta aberta junto de centros de valores mobiliários ou de intermediário financeiro em nome do seu titular. • A relevância desta classificação esta no regime das transmissões, • Nas acções nominativas - Tem nela inscrito o nome do titular, carecendo a sua transmissão da realização cumulativa de três requisitos: art.º 348, da LSC. • 1- declaração do transmitente no titulo a favor do transmissário; • 2 - pertence lavrado no titulo • 3 – averbamento no livro das acções da sociedade. • Já as acções ao portador transmitem-se pela simples entrega do titulo, nos termos do art.º 349, da LSC. • Com as limitações prescritas no art.º 350, da LSC. ACÇÕES • As acções escriturais e as acções tituladas transmitem-se pelo registo na conta do adquirente. • Quanto ao modo de transmissão das Acções: • A eficácia das transmissões das acções escriturais depende do registo electrónico na conta do adquirente, o qual não obstante não gozar de publicidade, é eficaz perante terceiros. A sua transferência é semelhante ao da transferência bancaria. • Classificação das acções quanto ao conteúdo: • Acções ordinárias – são aquelas que configuram a situação típica do accionista integrando todos os direitos e obrigações que a lei estabelece para as acções em geral. • Acções preferenciais– são todas aquelas que conferem direitos especiais aos accionistas – Ex: Acções preferenciais sem voto, conferem aos seu accionistas todos os direitos excepto os direitos de voto art.º 364, 367 e 368, ou as acções de fruição art.º 369 e 370 LSC. • Acções remíveis, art.º 363 • Essa especificidade tanto se pode traduzir numa vantagem ou desvantagem. Consoante os casos estaremos perante acções diminuídas. Constituição das sociedades • Sumário: actos prévios • Actos constitutivos • Actos posteriores • Actos prévios – uma vez escolhido o tipo societário, o primeiro passo na constituição da sociedade comercial consiste em definir o respectivo objecto social e a firma. • Para que não se constitua uma sociedade com uma firma que não seja confundível com a outra. Torna-se necessário o pedido de certificado de admissibilidade da firma, nos FCDS- criado pelo Dec. 47/03, de 8 de Julho, no seu art.º 1 e 2. • Em seguida documento comprovativo de deposito do capital social, art.º 223 e 308 da LSC. • Acto constitutivo - Escritura publica, em conformidade com o art.º 8º n 1 da sociedade comercial, antes o notário deve exigir a apresentação do guia de depósito das entradas, art.º 30, nº 5, tratando-se de entradas em espécie deve exigir o relatório o contabilista relativo a avaliação do tipo de entrada. Constituição das sociedades comerciais
• As sociedades comerciais constituem-se, em regra,
mediante a celebração do contrato de sociedade comerciais por todos os sócios fundadores da sociedade, com a subsequente inscrição no respectivo no registo do contrato de sociedade, nos termos do art.º 8, nº 1 da LSC, contrato deve ser celebrado por escritura publica não é um acto instantâneo . Ao invés, existe um procedimento especifico, consistente em diferentes etapas . • A constituição de sociedade comerciais obedece as seguintes etapas: Acto constitutivo-Registo comercial • Depois de celebrada a escritura publica, o contrato de sociedade deve ser inscrito no registo comercial, art.º 20 da LSC, junto da conservatória do registo comercial competente num prazo de 90 dias, a contar da data em a escritura tenha ocorrido, art.º 122 nº 1, a) da Lei nº 1/97, de 17 de Janeiro LSMRPCN. • O registo da sociedade é obrigatório e compete aos órgãos de gestão da sociedade, sob pena de responsabilidade civil nos termos do art.º 76, nº1 da LSC., para alem dos efeitos previstos no art.º 21 da LSC. • Nos termos do art.º 5, as sociedades comerciais gozam de personalidade jurídica, a partir do registo. • Pode concluir-se que o direito angolano consagra, no que diz respeito as sociedades comerciais um sistema de aquisição semi - Automática da personalidade jurídica. • Sendo que a mera vontade das partes não e suficiente para a atribuição da personalidade jurídica, por outra, a atribuição da personalidade jurídica não depende de um sistema de outorga, de concessão ou de outorga. Acto constitutivo- publicação • Actos posterior – a constituição da sociedade comercial é um acto sujeito a publicação obrigatória, na III serie do Diário da República, sendo promovida oficiosamente pela conservatória do registo comercial(art.º 169 da Lei nº 1/97 de 17 de Janeiro. • Nas situações em que sendo obrigatória a publicação e não tenha sido promovida o artigo 169, diz que os actos serão ineficazes. • A sociedade deverá ainda: • Estar inscrita junto do bairro fiscal da sua sede social, de modo a obter certificado de inicio de actividade. • Registar-se junto do INE. • Inscrever os funcionários junto INSS. • Obter junto dos ministérios que tutelam a sua actividade os alvarás e licenças necessárias a prossecução do seu objecto social. • Todo processo constitutivo de sociedade comercial pode ser levado a cabo no (GUE), que tem como finalidade conferir celeridade aos processos de constituição alteração e extinção de empresas e actos afins, concentrando num único espaço delegações ou extensões intervenientes no processo. Decreto nº 48/03, de 8 de Junho, nº 1. Constituição de sociedades unipessoais
• A constituição da sociedade unipessoal tem
de revestir a forma escrita e a assinatura do socio único ou do seu representante tem de ser reconhecida presencialmente por notário.