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SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA I

Docente: Enfº Rosa Maria Damasceno Feitosa

Penedo- AL
2022
INTRODUÇÃO

 A disciplina de Semiologia e Semiotécnica caracteriza-se como


teórico-prática e desperta grande interesse e curiosidade nos
alunos da graduação, pois a mesma representa o primeiro contato
do estudante de enfermagem com a prática profissional

(FRIAS; TAKAHASHI, 2002)


 É a arte de extrair de seu paciente, dados e elementos que lhe
permitam emitir, com segurança, um diagnóstico e um
prognóstico a fim de subsidiar o tratamento a ser instituído.

 Investigação e estudo dos sinais e sintomas apresentados pelo


paciente, é avaliada clinicamente pela Enfermagem (POSSO,
1999).
 SEMIOLOGIA

 A semiologia ( propedêutica ou semiotécnica) de enfermagem,


consiste no levantamento e estudos de dados significativos
para enfermagem.

 SEMIOTÉCNICA

 Consiste na descrição das técnicas usadas na execução do


procedimento de exame físico.
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS

Inspeção Palpação

Percussã
Ausculta
o
FUNDAMENTOS TEÓRICO DO CUIDAR
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FUNÇÃO BASICA DO ENFERMEIRO:

 Liderança da equipe de enfermagem;


 Determinação de diagnostico de enfermagem;
 Elaboração e execução de enfermagem;
 Colaboração com outros profissionais para atendimento das
necessidades globais do paciente.
FUNDAMENTOS DA ENFERMAGEM

 São considerados instrumentos básicos indispensáveis aos


desenvolvimento profissional do estudante. São eles:

Trabalho em
Comunicação Criatividade
Equipe

Planejamento Observação Destreza Manual

Método
Avaliação Cientifico de
Problema
COMUNICAÇÃO

 A interação enfermeiro-paciente é construída


essencialmente de comunicação.

 Estes conhecimentos são aplicados nas entrevistas específicas


para contato com a equipe de enfermagem e de saúde, entrevista
com paciente para histórico de enfermagem, com clientes em
visitas domiciliares e no atendimento em centros de saúde.
PLANEJAMENTO

 É a ação de planejar e também o instrumento ( ou plano) obtido.


Planejar é elaborar um programa de ação.

 O planejamento é um processo intelectual, isto é, a determinação


consciente do curo de ação, a tomada de decisão com base em
objetivos, fatos e estimativas submetidas à análise.

 O atendimento de enfermagem em qualidade e quantidade só é


adequado quando resultante de um planejamento eficiente.
AVALIAÇÃO

 Basicamente, a avaliação se divide em auto – avaliação e avaliação


propriamente dita ( dos outros).

 Para poder bem avaliar é necessário, inicialmente, que o individuo possa se


auto avaliar, objetivamente.

 Na enfermagem, é exigido de seu profissional o uso constante do poder de


avaliação.

 Avaliação objetiva e construtiva é um processo difícil, principalmente no


que diz respeito à auto- avaliação.
MÉTODOS CIENTÍFICOS OU DE RESOLUÇÃO
DE PROBLEMA
 CONSTA DAS SEGUINTES FASES:
 Observação;
 Identificação do problema;
 Definição e isolamento do problema;
 Emissão de hipóteses ou teóricas;
 Comprovação das hipóteses pro experimentação, raciocínio lógico;
 Análise e conclusões;
 Generalização.
OBSERVAÇÃO

 É o primeiro passo para execução de todos os cuidados de


enfermagem;

 A ação ou efeito de observar, isto é, olhar com atenção para


examinar com minúcia; atenção que se dá a certas coisas.
TRABALHO EM EQUIPE

 Hoje não se conhece nem um profissional que trabalha


isoladamente. Na complexidade da estrutura social moderna , um
indivíduo depende do outro no desempenho de suas tarefas que
geralmente são especializadas.

 Atividades sincronizadas e coordenadas, sem atritos,


desenvolvida por grupo de pessoas .
DESTREZA MANUAL

 É indispensável na enfermagem um bom desenvolvimento da


habilidade manual como um instrumento de trabalho e não
como um fim.

 O ensino das técnicas que exigem maior coordenação motora


é ministrado em várias etapas para facilitar a aprendizagem.
CRIATIVIDADE

 Sendo a enfermagem uma ciência aplicada, exige-se de seu


profissional a utilização de recursos de imaginação e
criatividade na aplicação dos princípios científicos para a
assistência de enfermagem.
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM - SAE
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O QUE É SAE?

 A SAE é uma atividade privativa do enfermeiro segundo a Lei


do Exercício Profissional nº 7.498/86 e a resolução do conselho
federal de Enfermagem nº 358/2009 e a sua implantação deve
ser realizada em toda a instituição de saúde pública e privada.

(LUIZ et.al.2010)
SAE PORQUE IMPLANTAR?

 MAIOR SEGURANÇA A PACIENTE;

 MELHORIA DA QUALIDADE DA ASISTÊNCIA;

 AUTONOMIA AOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.


IMPORTÂNCIA DA SAE

 A SAE mostra-se como importante elemento articulador e


mobilizador de processos de melhoria no contexto
interdisciplinar da saúde, desde que ampliada e visualizada para
além da organização da enfermagem. (BACKS et. al., 2008)

 Com a efetuação da SAE espera-se que seja desenvolvido o


PROCESSO DE ENFERMAGEM para melhorar a comunicação
interprofissional, prevenir erros e repetições desnecessárias
IMPLICAÇÕES PARA O ENFERMEIRO

 Aumenta a qualificação profissional, enfatizando o trabalho da


enfermeiro e sua equipe ( autonomia), além de humanizar a
assistência.

 O enfermeiro é reconhecido pelo demais profissionais da saúde


como um profissional articular e integrador dos diferentes
saberes, principalmente, por ser presença constante junto ao
paciente ao longo da vinte e quatro horas do dia.
BASES LEGAIS PARA A IMPLANTAÇÃO
DA SAE
 Lei 7.498/86
 Decreto Lei 9.406/87;
 Resol. COFEN 159/97- Cons. de Enfermagem;
 Resol. COFEN 267/01- Home Care;
 Resol. COFEN 272/02- SAE;
 Resol. COFEN 358/09-SAE.
Resol. COFEN 272/02- SAE;

 DISPÕE sobre a sistematização da assistência de Enfermagem- SAE


nas Instituições de saúde Brasileiras.

 CONSIDERANDO que a sistematização da assistência de


enfermagem – SAE, sendo atividade privativa do enfermeiro;

 CONDERANDO que a implementação da SAE constitui,


efetivamente, melhora na qualidade da assistência de enfermagem
 RESOLVE

 Art. 1º - Ao Enfermeiro incumbe: I – Privativamente: a implantação,


planejamento, organização, execução e avaliação do processo de
enfermagem;

 Art. 2º - a implementação da Sistematização da Assistência de


Enfermagem – SAE – deve ocorrer em toda instituição da saúde,
pública e privada.

 Art. 3º - A Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE


deverá ser restrita formalmente no prontuário do
paciente/cliente/usuário.
Resol. COFEN 358/09-SAE.

 Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de


Enfermagem e a implementação do Processo de
enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que
ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras
providências.

 Art. 8º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação, revogando-se as disposições contrárias, em
especial, a Resolução COFEN nº 272/2002.
Determina que a implantação da SAE seja
privativa do enfermeiro e ressalta a
importância e obrigatoriedade da sua
implantação.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
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PROCESSO DE ENFERMAGEM

 Conjunto de ações que se executa, mediante um determinado


MODO DE FAZER E DE PENSAR, em face de necessidades
do paciente/cliente em um dado momento do processo saúde
e doença, que demandam o cuidado profissional de
enfermagem.
PROCESSO DE ENFERMAGEM

 O processo de enfermagem consiste na organização e


elaboração de um planejamento de ações terapêuticas, que tem
na sua base o método cientifico. (HORTA, 1979).
 Autora da teoria das necessidades humanas básicas, ela
desenvolveu o processo como forma de aplicação como forma
de aplicação de sua teoria na prática

 As teorias podem ser utilizadas como um guia e algo que


aprimore sua prática.
ENVOLVE:

O que a enfermagem faz


( intervenções de enfermagem)

UM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (DE)

PARA ALCANÇAR DETERMINADOS


(RESULTADOS)
FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
 Coleta de dados ( História de Enfermagem)- anamnese,
exame físico e consulta ao prontuário.
 Diagnóstico de enfermagem- interpretar os dados obtidos
 Planejamento de enfermagem- prioridades, metas,
intervenções. Prescrição de enfermagem
 Implantação- realizar o que foi planejado.
 Evolução- avaliação, resultados, conferir o que foi obtido
frente as metas.
DESAFIOS
 Falta de profissionais capacitados;
 Deficiência no conhecimento da implantação da SAE;
 Limitações, como: poucos enfermeiros para muitas enfermarias,
atividades burocráticas etc.
 A SAE proporciona um maior autonomia para o enfermeiro, um respaldo
seguro através do registro, que garante a continuidade/
complementaridade multiprofissional, além de promover uma
aproximação enfermeiro – usuá-rio;
 Faz-se necessário que os profissionais de saúde continuem a busca
aprimoramento continuo de sua prática, contribuindo para as ações cada
vez mais embasadas em princípios científicos, o que refletirá na melhor
qualidade de cuidados oferecidos a quem cuidamos.
A ENTREVISTA
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ENTREVISTA DE ENFERMAGEM

 É a parte mais importante na coleta de dados, dados


subjetivos/ o que a pessoa diz sobre si mesma/ como
percebe seu próprio estado de saúde.
 O paciente sabe tudo sobre sua saúde...
 Habilidade de entrevistar (é necessário vínculo com o
paciente ser bem sucedida).
 Inclui informações subjetivas – Os dados da entrevista
fornece pistas para validá-los posteriormente com dados
objetivos.
EXEMPLO:

 ... Relata dificuldade na deambulação

 Avaliar a marcha e a força muscular...


 saber ouvir e observar é fundamental para a obtenção de
dados significativos e para o bom relacionamento entre
Enfº e cliente.
OBJETIVO DA ENTREVISTA

 Estabelece relacionamento terapêutico;


 Determinar expectativas do cliente sobre profissionais e o
sistema de cuidados;
 Obter pistas sobre os dados que precisam de uma
investigação mais detalhada
 Identificar os pontos fortes e os problemas;
 Fazer ponte para o exame físico.
INFORMAÇÕES OBTIDAS NA
ENTREVISTA DE ENFERMAGEM
 Saúde;
 Estilo de vida;
 Sistemas de apoio;
 Padrões de doença;
 Padrões de adaptação;
 Foças e limitações;
 Recursos do paciente.
(Potte,Perry, 2005)
FONTES DE INFORMAÇÕES
 Cliente – fonte direta ou primária;
 Família;
 Pessoas significativas;
 Membros da equipe de saúde;
 Registro de saúde;
 Exame físico;
 Resultados dos exames- laboratoriais e diagnósticos médicos;
ENTREVISTA  PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
 Comunicação é todo o comportamento, consciente e
inconsciente, verbal e não verbal
 Qualquer comportamento tem significado.

Emissor  receptor
ESTRATÉGIAS PARA UMA COMUNICAÇÃO
EFETIVA
 Silêncio;
 Ouvir atentamente;
 Transmitir aceitação;
 Utilizar linguagem do contexto sociocultural do cliente;
 O parafraseamento ( validar as informações);
 A explicação;
 A focalização;
 As observações declaratórias – feedback;
FATORES QUE INFLUENCIAM A COMUNICAÇÃO

• Gostar de pessoas
• Empatia
Internos: • Capacidade de ouvir

• Privacidade
• Interrupções
Externos: •

Ambiente físico
Vestuário
• Anotações
TÉCNICAS DE ENTREVISTA

 Fase de orientação;
 Fase de trabalho;
 Fase de finalização.
FASE DE ORIENTAÇÃO

 Dirija-se a pessoa pelo nome e aperte a mão;


 Apresente-se e diga sua função;
 Identifique o motivo da entrevista.

 Exemplo: “ SR. Fernando, eu sou o enf. (a) _____ ,


gostaria de saber qual o motivo que te fez buscar está
unidade hospitalar?”
FASE DE TRABALHO

 Perguntas abertas  narração


“diga-me como posso ajudar”
“ o que o traz ao hospital?”
 Se a resposta for com frases curtas 
“ conte-me mais sobre isso”
 Perguntas fechadas ou diretas informações específicas
TIPO DE ENTREVISTAS

• Perguntas focalizadas no estado


físico do paciente, solucionar o
EMERGÊNCIA problema e identificar que fatores
ou condições estão provocando
as alterações na saúde do
cliente.

• Pessoas com doenças


UNIDADE DE crônicas, a entrevista completa
sobre a saúde, hábitos de vida,
INTERNAÇÃO recursos familiares e sociais e
expectativas do cliente.
REFERÊNCIAS
 FERRER, J. RESOLUÇÃO COFEN 272/2002: A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM EM UMAUTI GERAL. TRABALHO MOMOGRÁFICO (GRADUAÇÃO EM
ENFERMAGEM). FACULDADE DE ENFERMAGEM. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, 2005.

 FRIAS, M. A. E.; TAKAHASHI, R. T. Avaliação do processo ensino-aprendizagem: seu significado para


o aluno de ensino médio de enfermagem. Rev Esc Enferm USP, v. 36, n 2, p. 156-63, 2002.

 HORTA, W. A de. PROCESSO DE ENFERMAGEM. São Paulo: EPU, 1979.

 Luiz FF, Mello SMM, Neves ET, Ribeiro AC, Troncos CS. A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA D
ENFERMAGEM NA PERSPECTIVA DA EQUIPE DE UM HOSPITAL DE ENSINO. Ver. Eletr. ENf.
( internet). 2010 out/dez; 12 (4): 655-9. Disponível em: < http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n4a09.htm>
acesso em 09 de janeiro de 2022.

 POOte, P.A; PERRY,A. FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM. RJ; Elsevie, 2009.


FIM..

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