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ENSINO 04- ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA

IGREJA
MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO - Diocese de
Araçatuba- Valparaíso SP

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Podemos acompanhar pela Palavra que o
próprio Jesus instituiu a Igreja e a confiou a
autoridade de Pedro e dos demais apóstolos,
conforme o Evangelho de São Mateus. Em Atos
dos Apóstolos 6 presenciamos também que,
devido a necessidade, foram constituídos o
serviço da diaconia através escolha de 7 homens
de boa reputação e cheios do Espírito Santo.
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1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: ASPECTOS GERAIS - Nos
primeiros séculos, no ano 330 o imperador Constantino se
converteu dando liberdade de culto aos cristãos. Após isso
a Igreja ao invés de perseguida passou a ser apoiada e
muitos nobres, por testamento ou por ingresso na vida
monástica, doavam seus bens a Igreja e esta foi
acumulando um considerável "Patrimônio de São Pedro".

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Em 756, o pai de Carlos Magno, Pepino o Breve, após
derrotar os lombardos, confirmou o Papa sobre a
posse deste patrimônio.

Em 800, Carlos Magno foi coroado pelo Papa Leão III


imperador do Império Romano. O mesmo
reconhecia o Estado Pontifício que durou de 756 a
1870, quando foi invadido e dominado por Vítor
Emanuel II, que despojou 2/3 de seu território.

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De 1870 a 1929 foi um período de grande tensão
entre a Igreja e o governo italiano, tendo fim em 11
de fevereiro de 1929, quando foi assinado o Tratado
de Latrão, que deu autonomia ao Papa e
reconhecendo sua soberania absoluta sobre a
cidade do Vaticano e alguns prédios e Basílicas de
Roma, sendo formado assim o menor Estado
independente do mundo com 0,44 km².

Apesar da minúscula área, este território permite a


Igreja manter sua independência e liberdade frente
a qualquer poder terrestre.
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2 A IGREJA UNIVERSAL - 

a) O Vaticano - A Igreja tem,


no âmbito universal, a sua
sede na Cidade Estado do
Vaticano tendo
como chefe a figura do Papa,
como lei a Lei Fundamental da
Cidade do Vaticano e se faz
reger pelo Código de Direito
Canônico.

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b) O Papa - A partir do Concílio Vaticano II, ficou
definido que só pode votar e ser votado no Conclave
os membros do colégio cardinalício e, por sua vez, para
ser um cardeal necessariamente precisa ser um bispo.
Enquanto o Conclave não elege um novo Papa, a
Cathedra de Pedro fica vacante, o que chamados de
"Sé Vacante". Portanto, o Papa é o bispo de Roma e,
por sua vez, um cardeal, sendo que o título de cardeal
é apenas honorífico, não definindo nenhum grau de
hierarquia.
Foi definido ainda por Paulo VI que a idade máxima
para participar do Conclave é de 80 anos, mesmo a
idade máxima para um bispo estar a frente de uma
diocese ser de 75 anos.  7
O cardeal Bergoglio foi eleito
em 13 de março de 2013, no
segundo dia do conclave,
escolhendo o nome de Francisco.
Ele é o primeiro jesuíta a ser
eleito Papa, o primeiro Papa
do continente americano,
do Hemisfério Sul e o primeiro
não europeu investido
como bispo de Roma em mais de
1 200 anos, desde Papa Gregório
III, que nasceu na Síria e
governou a Igreja Católica entre
731-741. Tem 80 anos nasceu em
17 de dezembro de 1936
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c) Colégio dos Bispos -
Marcado por uma relação
de união e não de
submissão, o Colégio
Universal dos Bispos é
formado por todos os
bispos do mundo em
unidade com o Bispo de
Roma e exerce seu poder
sobre toda a Igreja e de
modo solene no Concílio
Ecumênico.
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d) O Sínodo dos Bispos - A reunião dos bispos em
uma assembleia dá-se o nome de Sínodo e é
realizado para promover o estreitamento e a união
de todos ou para tratar de algum assunto
específico.

e) A Cúria Romana - Envolve os órgãos da


administração da Igreja, ou os Dicasterios, como a
Secretaria do Estado, as Congregações, os Tribunais,
os Conselhos e os Ofícios.

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f) A Sé Apostólica ou Santa Sé - É o nome dado a
cúpula administrativa da Igreja que envolve o Papa,
a Secretaria de Estado, o Conselho para Negócios
Públicos bem como os demais organismos da Cúria
Romana.

g) Os Legados do Romano Pontífice - Por ser um


Estado Independente, a Igreja mantém
representação diplomática em vários países.
Também se faz presente através dos Legados
Papais que são pessoas nomeadas diretamente
pelo Papa para em seu nome praticar atos
determinados por este. 11
3 IGREJAS PARTICULARES –

a) Diocese - No período da Igreja Primitiva o


Império Romano usava o termos "diocese" para se
referir a regiões administrativas. Hoje utilizamos
este termo para designar um território sob a
responsabilidade pastoral de um bispo, responsável
por administrar os Sacramentos, preservar, divulgar
e proteger a Sagrada Doutrina junto a multidão dos
fiéis que nela residem.
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b) Os Bispos - Sucessores diretos dos apóstolos e
pastores da Igreja com o múnus de ensinar e
governar em comunhão com os demais bispos e o
bispo de Roma.

Eles são escolhidos diretamente pelo Papa ou este


aprova e confirma sua eleição. Para ordenar um
bispo é necessário pelo menos mais 2 outros bispos.

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Por unidade com o Papa, cada bispo precisa se
apresentar pelo menos 1 vez a cada 5 anos para a
"visita ad limina".

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c) Entidades que Congregam Igrejas Particulares -
Uma Província Eclesiástica ou Região Eclesiástica é
o nome que se dá a unidade das dioceses
próximas para promover a ação pastoral comum e
estimular as relações entre os bispos.
Em geral, a sede da Província Eclesiástica é
chamada de Arquidiocese e o seu Bispo de
Arcebispo metropolitano. As demais dioceses que
a compõe são chamadas de sufragâneas e seus
bispos de sufragâneos. Normalmente, na
Arquidiocese que se encontra o tribunal
eclesiástico.
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Além das províncias, encontramos também as
Conferências dos Bispos, que é a união de bispos
de um território ou país que se unem em caráter
permanente para exercerem em conjunto as
funções pastorais pelo território que atuam.

A CNBB surgiu em 1952 e é hoje uma das


conferências com estrutura mais desenvolvida do
mundo e, para melhor desempenhar sua função,
achou por bem dividir o território em 17 regiões.
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d) Da Organização Interna das Igrejas Particulares

As Dioceses também possuem estruturas similares


as da Santa Sé e da Cúria Romana:

- O Sínodo Diocesano: Uma assembleia de


sacerdotes e de outros fiéis da Igreja particular
escolhidos para auxiliar o Bispo diocesano para o
bem de toda a diocese;

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- A Cúria Diocesana: É o organismo responsável
pela administração da diocese, sendo formado pelo
Vigário Geral (auxilia o bispo no governo
diocesano), Chanceler (responsável por redigir,
despachar e arquivar os atos da cúria), Conselho
Econômico (presidido pelo Bispo e responsável
pelos assuntos econômicos da diocese) e o
Ecônomo (perito em economia e insigne por sua
probidade);

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- Outros Organismos da Diocese: temos o
Conselho Presbiterial (um grupo de padres que
representam o presbitério e auxiliam o Bispo no
governo da diocese), o Colégio dos Consultores
(alguns sacerdotes membros do Conselho
Presbiterial e escolhidos pelo Bispo para consulta)
e o Conselho Pastoral (formado por fieis em plena
comunhão com a Igreja Católica).

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- A Paróquia: É a menor fração territorial da
diocese, administrada por um Pároco (um
presbítero) que exerce sua função sacerdotal e
administrativa em nome do bispo, além de
administrar os sacramentos.
Entre os organismos paroquiais temos: O Conselho
Pastoral (formado por fiéis que auxiliam o pároco
na ação pastoral da Paróquia, é apenas consultivo e
segue as normas do Bispo diocesano) e o Conselho
Econômico (formado por fiéis que auxiliam o
pároco na administração dos bens materiais da
Paróquia e segue as normas do Bispo diocesano).
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4 CONCLUSÃO
 
Como é bom conhecer mais da nossa Igreja
quanta graça e quanta bênção o Senhor tem
feito em nossas vidas através desta apostila
do módulo básico. Que pena que tão
poucas pessoas a conhecem.

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