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Prof.

Márcio Roney
4.1 O mundo microscópio
1. Microscópio simples e microscópio composto
• Acredita-se que o primeiro microscópio tenha sido construído em 1591 por
Zacharias Janssen e seu pai, Hans Jassen.
• Leeuwenhoek foi o primeiro a fazer observações vitais, usando um microscópio
que ele mesmo construiu, observando as hemácias e os espermatozóide;
• O microscópio de Leeuwenhoek foi chamado microscópio simples (uma lente);
• Robert Hoole constrói o microscópio composto (duas lentes - ocular e objetiva).
2. Origem do termo célula
• Em 8 de abril de 1663 Robert Hooke apresenta seu microscópio;
• Em 1665 Hooke faz observações de um pedaço de cortiça, o qual consegue
visualizar pequenas espaços vazios, os quais posteriormente passaram a se
chamar célula;
• Outras observações foram feitas e descobriu-se que os animais também
apresentavam as mesmas estruturas descobertas por Hooke;
3 Teoria celular
• Baseado em estudos de plantas e animais, Mathias Schleiden (botânico) e Theodor
Schwann (zoólogo) lançaram a ideia de que todos os seres vivos são constituídos
por células;
• Clause Bernard e Rudolph Virchow apoiaram as ideias de Schleiden e Schwan,
facilitando a aceitação pela comunidade científica;
• Em 1855 Virchow cria a frase “Omnis cellula ex cellula”, que significa: “toda célula
se origina de outra célula;
• Em 1878 Walter Flemming descreve o processo da divisão de uma célula em duas,
que ele denominou mitose;

As três premissas da teoria celular


• Todos os seres vivos são constituídos por células, ou seja, são unidades morfológicas;
• As células são as unidades funcionais, ou fisiológicas dos seres vivos;
• Novas células só surgem a partir de células pré-existentes.
Exceção à teoria celular
• Vírus, únicos organismos acelulares;
• São parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, não apresentam
metabolismo próprio, dependendo da célula hospedeira pra tudo.
4.2 A célula observado ao microscópio fotônico (óptico)
1 Partes fundamentais da célula
• Citoplasma - material viscoso formado pelo citosol e as organelas;
• Membrana plasmática - constituída de fosfolipídios delimita a célula do meio
que se encontra;
• Núcleo - descoberto por Robert Brown em 1833, é onde se concentra o material
genético (DNA).
2 Como funcionam os microscópios fotônicos
• Possuem três conjuntos de lentes, o condensador, as lentes objetivas e as lentes
oculares;
• A luz passa pelo condensador, atravessa o objeto, passa pelas lentes objetivas e
por fim ao passar pelas lentes oculares chega ao olho do observador;
• Permitem aumentos médios de 100 a 1500 vezes.
• O cálculo do valor final da ampliação se dar multiplicando o valor da lente ocular
pela objetiva.
Poder de resolução e limite de resolução
3 Técnicas para observação ao microscópio fotônico

• Observação vital - consiste em examinar o material ainda vivo;

• Corte manual - consiste em cortar o material em fatias muito finas, usando para
isso uma lâmina de barbear, por exemplo;

• Esfregaço - técnica usada para separar células que estão muito próximas;

• Fixação e coloração - consiste em matar a célula (fixação) seguido da utilização


de corantes para identificar certas partes da célula.

• Esmagamento - usado para “esmagar o material analisado;

• Inclusão e corte com o micrótomo - mergulha-se o material em parafina


derretida (inclusão), seguido de cortes bastantes delgados usando um instrumento
denominado micrótomo.
4.3 A célula observada ao microscópio eletrônico
1 Como funcionam os microscópios eletrônicos
• Possibilitam estudos mais detalhados da célula;
• Possuem aumentos que chegam até 100 mil vezes;

Existem alguns tipos de microscópio eletrônico, dentre eles:


• Microscópio eletrônico de varredura -  os elétrons “varrem a imagem que terão
uma aparência tridimensional característica e são úteis para avaliar a estrutura
superficial da amostra
• Microscópio eletrônico de transmissão - um feixe de elétrons é emitido em
direção a uma amostra ultra fina, interagindo com a amostra enquanto a
atravessa.
2 Técnicas de observação ao microscópio eletrônico
• Fixação - não é possível observar material vivo no ME, portanto todo material a
ser analisado deve estar morto;
• Inclusão, corte com o ultramicrótomo e coloração - depois da fixação,
desidrata-se o material, incluindo em parafina e cortando-o em fatias muito finas.

3 Descobrindo o interior das células vivas


• Os ME revolucionaram o estudo das células, permitindo visualizar até mesmo as
moléculas de proteínas e de DNA;
• Também revelou a existência de dois tipos básicos de células:
Eucarióticas - que possuem núcleo definido;
Procarióticas - que não possuem núcleo definido.
4.4 Outros métodos para o estudo da célula

1 Fracionamento celular
• Essa análise começa, geralmente, com a homogeneização das células. Depois,
esse homogeneizado celular é submetido à centrifugação. Nessa centrifugação,
as partículas se depositam no fundo do tubo.
2 Utilização de substâncias radioativas
Radioautografia - é uma técnica em que é possível a localização de substâncias
radioativas nos tecidos, esta baseia-se no efeito das radiações sobre as emulsões
fotográficas. Nesta técnica cristais microscópicos de brometo de prata, contidos na
emulsão fotográfica, agem como microdetectores da radioatividade;
4.5 Construindo o modelo atual da célula
1 A tridimensionalidade da célula viva
• O pensamento e a imaginação, aliados às técnicas microscópicas e bioquímicas,
nos permitem compor modelos tridimensionais das células;

2 O nível nanoscópico: na fronteira de células e moléculas


• Primeiro risco - os cientistas criam modelos de células reunindo evidências e
imaginando cenários que não podem ser visualizados diretamente;
• Segundo risco - precisamos sempre estar atentos para comparar as escalas de
tamanho.
• Terceiro risco - não se engane com as cores utilizadas nas ilustrações;

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