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APOSTILA
BIOLOGIA CELULAR
BIOLOGIA CELULAR
É importante destacar que Hooke foi quem utilizou primeiramente o termo “célula”,
dando esse nome aos espaços vazios que observava em um material de cortiça. O que
Hooke observava, na verdade, eram as paredes celulares de células, estando elas
mortas; por isso, o espaço vazio. No entanto, tempos depois, descobriu-se que aqueles
espaços vazios continham material vivo, e a célula passou a ser considerada uma
estrutura viva.
A primeira organela celular descrita foi o núcleo celular. Alguns autores creditam essa
descrição ao pesquisador botânico Robert Brown, que visualizou o núcleo de células
de orquídeas no ano de 1836. Entretanto, outros autores creditam essa descoberta ao
pesquisador Antonie van Leeuwenhoek, que já havia visualizado o núcleo em
hemácias de salmão (diferentemente das hemácias em mamíferos, nos salmões elas
são nucleadas), em seus trabalhos realizados no século XVII.
Os primeiros microscópios eram bastante simples, constituídos apenas por uma lente,
o que restringia bastante os resultados dos trabalhos realizados. Apenas no final do
século XIX surgiram os primeiros microscópios binoculares e com um conjunto de
lentes objetivas que permitiam uma melhor visualização do material estudado.
Com o passar dos anos, surgiram novos aparelhos, no entanto, para a visualização de
diversas estruturas, era necessária a utilização de corantes na célula, o que acabava
por levá-la à morte. A criação do microscópio de contraste de fases, em 1932, pelo
físico holandês Frits Zernike, foi um grande marco para a biologia celular, pois a
tecnologia desse novo instrumento permitia a visualização de algumas estruturas
celulares sem o uso de corante e, assim, o estudo da célula viva. Frits Zernike recebeu
o prêmio Nobel de física, no ano de 1953, por sua criação.
Durante muito tempo, apenas microscópios ópticos eram utilizados nos mais diversos
estudos. Nesse tipo de microscópio, a luz visível passa através do material de estudo
e, em seguida, por lentes de vidro que refratam a luz, de modo que a imagem do
material é aumentada à medida que é projetada para dentro do olho ou de uma
câmera. O microscópio óptico tem a capacidade de aumentar, de forma eficaz, até mil
vezes o tamanho do material que está sendo analisado.
A partir dos anos 1950, surgiram os microscópios eletrônicos, que utilizam em sua
tecnologia feixes de elétrons, o que contribuiu para a detecção de estruturas ainda não
reveladas pelo microscópio óptico. Essa tecnologia vem sendo sempre aprimorada,
refletindo no avanço constante da biologia celular.
REFERÊNCIA