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Educação Montessoriana

História- HIST. colar

IIId.1
AS 5 Grandes Lições
2ª Grande Lição
Faixa da Vida na Terra dobrar

plastificar

identificar

perfurar

encapar

ABEM - Centro de Pesquisa e Capacitação


Mario M. Montessori
M.Montessori
®

Código CONF. HIST. IIId.1 espiralar


Instruções

Faixa da Vida na Terra


Modelo Montessori

A Faixa da Vida na Terra é executada em dupla


série (“série falada ou escrita” e “série
muda”), plotada, com barras nas
extremidades. Podem ser enroladas ou presas
na parede (elas não constam deste CD).
Hoje, podem ser usados 2 modelos da Faixa da
Vida: o 1° dividido em 4 Eras e o 2° dividido em
3 Eras integrado ao conceito de ÉON, neste
caso o Fanerozoico, que segue a estrutura do
Relógio das Eras Especial.
O material a ser usado com a série muda é
composto de 2 tipos: figuras e cartões avulsos,
que devem ser impressos em papel 180
gramas, recortados e laminados, tendo
atenção em manter cada conjunto em
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História - HIST.
IIIb.1
AS 5 Grandes
Lições2ª Grande Lição
FAIXA DA VIDA NA
TERRA

Material Móvel
Instruções

O material móvel deverá ser recortado das folhas anexas,


procurando criar uma linha de contorno que inclua os
detalhes.
Sugere-se manter as palavras junto aos desenhos para
facilitar a localização. Guardar em envelope ou caixa anexo
às setas, aosomente
Recortar livro e ao material
figuras complementar.
e palavras mantendo as faixas
coloridas que indicam o tempo histórico: era, período,
idade,
época, que permanecem inalteradas nas faixas mudas.
Este material estará associado às Nomenclatura classificadas
de Zoologia e Botânica, Pequenas histórias e demais
materiais
de classificação taxonômica.
Há 240 milhões de anos...
O continente único, chamado
Pangéia, começou a se dividir.

A A

A fragmentação de Pangéia deu


origem a dois blocos de terra:
Laurásia e Gondwana.

B B

A Laurásia também se desintegrou.


Note-se que já é possível identificar,
por exemplo, as atuais Ásia do
Norte, Eurásia ou bloco Europa -
Ásia, Ásia do Sul e África.

C C
A movimentação continuou e os
continentes foram chegando a
sua formação atual: a Austrália
separou-se da Antártica e a Índia
continuou seu deslocamento para
o norte.

D D F

Nos últimos milhões de anos, a


Índia colidiu com a Eurásia e
completou-se a separação entre
a Europa e a América do Norte.

E E
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História - HIST.
IIIb.1
AS 5 Grandes Lições
FAIXA DA VIDA
2ª Grande Lição NA
TERRA

Setas
Ordoviciano vem do nome Ordovícia, uma antiga tribo celta que
habitou o País de Gales, onde foram encontrados os primeiros fósseis.
Para os trilobites, que no início deste período tiveram seu momento
culminante, surgiu um inimigo: o frio. Muitos mares, anteriormente quentes,
se cobriram de gelo e os trilobites iniciaram o seu declínio, começando
a desaparecer. (observar a linha vermelha deste declínio).
Silúrico era o nome de outra antiga tribo galesa (do país de Gales).
Nesta província foram encontrados os primeiros fósseis do período,
advindo daí o nome: Período Siluriano ou Silúrico.
Muitos animais desapareceram, inclusive os trilobites, mas os corais surgiram
consumindo muito cálcio. (observar linhas vermelhas de declínio).
Bem ao final do período, surgiram os primeiros vertebrados: os PEIXES com
esqueleto cartilaginoso. Estes peixes foram qualificados como
COURAÇADOS porque a parte anterior do corpo era coberta por uma
couraça ÓSSEA.
Alguns crinóides transformaram-se em árvores.

Devon é o nome de um condado no sudoeste da Inglaterra onde


foram encontrados os primeiros fósseis do período, advindo daí o
nome: Período Devoniano ou Idade dos Peixes.
Neste período, surgiram os grandes cefalópodes com concha em espiral,
evoluindo os peixes com couraças e outras qualidades.
Os oceanos começaram a recuar, formando os mares entre as diferentes
terras. Nos pântanos ficaram os animais e vegetais que foram obrigados a
Com o encher e esvaziar dos mares, as plantas ficavam algumas vezes
submersas e morriam. Não havia flores nem frutos. Com o passar dos séculos e o
constante avanço do mar sobre a terra, soterrando imensas florestas, esta flora se
transformou em carvão dando, atualmente, nome ao Período Carbonífero.
No início do período, os peixes com escamas ósseas desapareceram. As plantas e
os insetos eram enormes, sendo que os anfíbios tiveram um bom desenvolvimento.
Formaram-se os grandes depósitos de carvão e ferro.
As plantas iniciaram a purificação do ar. Por isso, alguns animais adultos saíram da
água, aprendendo a viver na Terra. São os ANFÍBIOS. Daí o nome de Idade dos
Anfíbios.
Na Terra, já existiam também insetos e libélulas bem grandes.

Permiano ou Pérmico provém de uma antiga província da Rússia - Permo -


situada aos pés dos Montes Urais, onde foram encontrados os primeiros fósseis.
Foi um período muito frio, mas continuou sendo a Idade dos Anfíbios.
Alguns voltaram a viver na água, outros aprenderam a viver completamente na
terra, transformando-se em RÉPTEIS.
No princípio, os répteis eram muito pequenos. Porém, como eram os senhores da
Triássico significa três. O período recebeu este nome porque os sedimentos
apresentavam-se divididos em três estratos.

Com este período, inicia-se a Era Mesozoica e a Idade dos Répteis.

Os RÉPTEIS eram os grandes e poderosos habitantes da Terra e, como não tinham


inimigos, multiplicaram-se, tornando-se maiores e gigantescos. As peles eram
verdadeiras couraças, pois assim resistiam ao grande calor do sol.

Existiam RÉPTEIS VEGETARIANOS e RÉPTEIS CARNÍVOROS. Os carnívoros tinham dentes


enormes, terríveis.

Os cefalópodes, neste período, tinham conchas internas.

O nome Jurássico veio das montanhas de Jura, onde foram encontrados os


primeiros fósseis deste período.

Apareceram os grandes seres voadores e um deles - o “Archaeopteryx” - possuía


as asas cobertas de penas.
O termo Cretáceo é originário de “greda”, que são depósitos de terreno
semelhante à argila.

Neste período, embora os mamíferos já tivessem aparecido, eles não eram os


seres dominantes.

Dos répteis, os grandes dominadores eram ainda os dinossauros, mas, com o


retorno do grande frio, a maioria deles desapareceu.

Surgiram plantas novas com flores, muitíssimos insetos, entre os quais, as


borboletas.

No final deste período, a Terra cobriu-se, em grande parte, de gelo.

A Era Cenozoica é considerada a Idade dos Mamíferos e divide-se em 3


períodos, cujos nomes têm quase o mesmo significado: períodos novos. Eles são:
Período Paleogeno, Neogeno e Quaternário.
O Período Paleogeno divide-se nas Épocas do: Paleoceno, Eoceno e Oligoceno.
O Período Quaternário divide-se em 2 Épocas: do Pleistoceno e do Holoceno.
É a Idade dos animais modernos e do Homem.

Neste período, ocorreram grandes glaciações e a formação dos atuais contornos


dos oceanos e continentes.

Alguns animais e mesmo alguns vegetais fixaram-se em diversas regiões segundo


adaptação ao clima, mas outros desapareceram.

Tendo indícios de aparecimento na Época do Plioceno, é no Período Quaternário


que, há mais ou menos 1 milhão de anos, o HOMEM aparece decorrente dos
vertebrados como o único animal racional, integrando-se à natureza num longo
processo de desenvolvimento físico e mental.

ETIQUETAS PARA AS BOLSEIRAS


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História - HIST.
IIId.1
AS 5 Grandes Lições
FAIXA DA VIDA
2ª Grande Lição NA
TERRA

Livr
o
verso em branco
1

FAIXA DA VIDA NA TERRA


SEGUNDA GRANDE LIÇÃO
1º NÍVEL

INTRODUÇÃO:

Os Períodos, Eras ou Éons que constituem o estudo do planeta Terra, da sua criação
aos dias atuais, são mais conhecidos a partir do início da vida devido aos fósseis
encontrados.
Após apresentação e trabalho com o Relógio das Eras, que apresenta o Éon
Fanerozoico dividido em 6 Eras, a linha ou Faixa da Vida na Terra segue a forma linear
(como a faixa de elástico colorida nas cores-código proporcionais a seu tempo), só que
agora bem, bem, bem esticada, principalmente os 4 últimos períodos após a Era Pré-
Cambriana e suas divisões em períodos.
Divisão do Relógio das Eras1 Montessoriano:

● ERA FORMATIVA
● ERA ARCAICA
● ERA PALEZOICA
2

O estudo deve ser feito inicialmente de forma interdisciplinar, numa visão global da
faixa, enfocando certos detalhes que facilitam a “leitura”:
● faixa colorida em preto ou azul escuro ou roxo escuro relativa ao Éon (opcional)
● faixas coloridas1 relativas às Eras, Períodos, Épocas e Idades
● linhas verticais pretas que delimitam as Eras, Períodos, Épocas, Idades e que
seguem a mudança de cores das faixas coloridas

● linha vermelha, que significa evolução ou declínio dos seres vivos

● formas triangulares azuis, que significam os períodos glaciais e que sua largura e
altura procuram significar:
3

● formas significando relevo - o “caminhar” das montanhas

● figuras de animais, vegetais e minerais que ficaram soterrados transformando-se em


carvão e ferro

Todos estes símbolos permitem a observação de cada Era em termos de vida animal,
vegetal e mineral desenvolvidas em um espaço geológico, sofrendo as transformações quer
internas à crosta, quer externas, na superfície, segundo a influência da temperatura, do clima
reinante.

MATERIAL:

● Faixa da Vida - “falada ou escrita” - enrolada ou na parede da sala


● Faixa da Vida - “muda” + figuras avulsas + bilhetinhos com a nomenclatura
relativa às figuras - pode estar enrolada ou em placas
● Caixa para as figuras avulsas, com título
4

● Cartazes da 1ª Classificação dos Reinos: Planta / Vegetal, Animal e Mineral -


Série “falada ou escrita”

1ª APRESENTAÇÃO - VISÃO GERAL:

O professor com todo este material sobre o plano, tapete ou mesa, reunido com um
grupo de alunos, inicia a apresentação:
– Esta é a 2ª Grande Lição. Ela nos vai mostrar, de forma bem detalhada, como a
Vida se desenvolveu na Terra, no nosso planeta.
Esta faixa é um esquema: não está completa nem é totalmente científica.
Porém, aqui, vamos reunir muitos conhecimentos que já tivemos com a Série Arábica
dos animais: invertebrados e vertebrados e, principalmente, com as “Pequenas Histórias” do
Primeiro Conhecimento dos Seres da Natureza.

O professor continua:
– Lembram-se do que foi feito no Relógio das Eras Geológicas?
Pegamos o cartaz do Relógio e o da Faixa do Relógio e confrontamos com a faixa do
elástico.
O elástico circundava bem o Relógio, correspondendo às cores também na faixa. São
os mesmos intervalos geológicos.
– Agora, vamos observar neste novo material, nesta longa Faixa, que é chamada de
Faixa da Vida na Terra, o tempo desde quando os cientistas encontraram indícios que a vida
surgiu em nosso planeta.
As Eras que vamos estudar seguem à Era Arcaica1, que já vimos no Relógio das Eras
5

Vamos esticar bem o elástico nestes espaços, que representam as Eras e comecemos a
analisá-las do lado esquerdo para o direito.
- - - “leitura”

A 1ª faixa horizontal, colorida aqui em azul escuro, percorre toda a faixa e representa
o Éon Fanerozoico. Ela é opcional, porém existindo deve estar em todo o conjunto dos
materiais.
A 2ª faixa horizontal possui 31 divisões, que representam Eras. A 1ª divisão colorida
em azul claro é a mais longa e nela está escrito Era Paleozoica, que significa Era dos
animais velhos:
Etimologia: (gr. paleos = velho, gr. zoon = animal)
A 2ª divisão, que segue à Era Paleozoica é colorida em verde escuro e nela está
escrito - Era Mesozoica, que significa Era dos animais do meio ou dos animais
intermediários:
Etimologia: (gr. mesos = meio, gr. zoon = animal)
A 3ª divisão, que segue à Era Mesozoica é colorida em laranja e nela está escrito -
Era Cenozoica, que significa Era dos animais novos. Ela era denominada de Era
Terciária.
Etimologia: (gr. chenos = novo, gr. zoon = animal)
6

Abaixo da faixa azul, da Era Paleozoica, tem-se uma 3ª faixa horizontal1 da Faixa da
Vida, que representa os Períodos cujos títulos encontram-se em cores diversas:
– Período Cambriano - Época dos Invertebrados - Idade dos Trilobites
– Período Ordoviciano - Época dos Invertebrados - Idade dos Lírios do Mar
– Período Siluriano - Época dos Invertebrados - Idade dos Lírios do Mar
– Período Devoniano - Época dos Vertebrados - Idade dos Peixes
– Período Carbonífero - Época dos Vertebrados - Idade dos Anfíbios
– Período Permiano - Época dos Vertebrados - Idade dos Anfíbios
– Período Triássico /Jurássico / Cretáceo - Época dos Vertebrados - Idade dos Répteis
– Período Paleogeno - Época do Paleoceno/do Eoceno/ do Oligoceno - Idade dos
Mamíferos
– Período Neogeno - Época do Mioceno/ do Plioceno - Idade dos Mamíferos
– Período Quaternário - Época do Pleistoceno / Holoceno - Idade dos Animais
Modernos e do Homem
A 4ª Faixa é dividida em 2 Épocas: dos Invertebrados e dos Vertebrados,
evidenciado os momentos, nos quais estes animais foram os mais importantes, como os
“reis” deste espaço de evolução. A Cenozoica tem 7 Épocas relativas aos Mamíferos e ao
Homem.
A 5ª Faixa apresenta as Idades relacionadas aos Períodos.
A cada etapa, o professor faz o paralelo com as “Pequenas Histórias”2 e os cartazes
da 1ª Classificação dos Reinos: Vegetal, Animal e Mineral, discutindo o significado destes
animais e vegetais, revendo: filo, subfilo, classe ou ordem, ...segundo características ou
evolução.
7

As Épocas do Cenozoico, como já visto também são relativas aos Vertebrados, mas
evidencia o grande desenvolvimento dos Mamíferos e o surgimento dos animais modernos e
do Homem.
Depois, aparece a Idades dos Peixes, que foram os primeiros seres com corda
vertebral e que são os que iniciam os estudos no Cartaz dos Cordados - subfilo Vertebrada.
Em seguida, tem-se a Idade dos Anfíbios e a Idade dos Répteis, animais com corda
dorsal, também, sendo que as aves aparecem com os mamíferos, por último.
.......... .......................... ....................................
O esquema do Paleozoico1 pode ser representado assim:

ERA PALEOZOICA
PERÍODO PERÍODO PERÍODO PERÍODO PERÍODO PERÍODO
CAMBRIANO ORDOVICIANO SILURIANO DEVONIANO CARBONÍFERO PERMIANO

IDADE DOS IDADE DOS IDADE DOS IDADES DOS


TRILOBITES LÍRIOS DO MAR PEIXES ANFÍBIOS

ÉPOCA DOS INVERTEBRADOS ÉPOCA DOS VERTEBRADOS


8

Era Mesozoica é caracterizada pela Idade dos Répteis e se subdivide em 3


Períodos:
● Período Triássico
● Período Jurássico
● Período Cretáceo

ERA MESOZOICA

PERÍODO TRIÁSSICO PERÍODO JURÁSSICO PERÍODO CRETÁCEO

IDADE DOS RÉPTEIS

ÉPOCA DOS VERTEBRADOS


9

A Era Cenozoica é caracterizada pela Idade dos Mamíferos e subdividia-se em 4


períodos:
● Período Eoceno
● Período Oligoceno
● Período Mioceno
● Período Plioceno
Agora, este esquema sofre modificações, estando dividido segundo a Faixa atual:
● Período Paleogeno - entre 65,5 milhões até 23,03 milhões de anos atrás
● Período Neogeno - entre 23,03 milhões até 2,6 milhões de anos atrás
● Período Quaternário - de 2,6 milhões de anos ao tempo presente.

ERA CENOZOICA

PERÍODO PALEOGENO PERÍODO NEOGENO PERÍODO QUATERNÁRIO

IDADE DOS MAMÍFEROS / DOS ANIMAIS MODERNOS / DO HOMEM

ÉPOCA DO ÉPOCA DO ÉPOCA DO ÉPOCA DO ÉPOCA DO ÉPOCA DO ÉPOCA DO


PALEOCENO EOCENO OLIGOCENO MIOCENO PLIOCENO PLEISTOCENO HOLOCENO
10

PERÍODO QUATERNÁRIO

IDADE DOS ANIMAIS MODERNOS/DO HOMEM

ÉPOCA DO PLEISTOCENO ÉPOCA DO HOLOCENO

OBSERVAÇÕES:

● Como já descrito, no Montessori considera-se a Era Neozoica como a dos Animais


11

Após a análise das faixas coloridas horizontais e a relação com os animais, vegetais e
minerais, o professor ainda analisa, nesta Visão geral, alguns detalhes:

● Períodos Glaciais
● Linhas Evolutivas
● Relevo - Montanhas

● PERÍODOS GLACIAIS

São manchas azuis com forma triangular, que aparecem algumas vezes, simbolizando
água e gelo. Elas, realmente, representam os Períodos Glaciais, durante os quais, sobre a
Terra, devem ter havido muitos cataclismos, trazendo muito frio para o nosso planeta.
Em geral, este fenômeno apresenta mudanças tanto na estrutura geográfica, como
biológica.
A forma triangular indica o crescimento da intensidade do gelo, que, tendo alcançado
um máximo, começou a decrescer até o desaparecimento completo do fenômeno.

● LINHAS EVOLUTIVAS

São linhas vermelhas bem marcadas que sobem, descem, se interrompem ou


continuam até o final da faixa.
Estas linhas significam o aparecimento de alguns animais ou vegetais e o
desaparecimento ou continuidade de algumas espécies.
A linha vermelha, ao subir, significa crescimento, desenvolvimento, mas não
12

● RELEVO

O relevo, representado pelas montanhas, nem sempre existiu. Mas, os movimentos


tectônicos, internos do planeta, levantaram o solo, em diferentes momentos, em diferentes
alturas e, por vezes, cadeias de montanhas quase desapareceram.
Algumas tornaram-se quase colinas (as mais antigas), outras tornaram-se altíssimas
como os Alpes, as montanhas da Ásia, ...
CARTÕES AVULSOS PARA APRESENTAÇÃO – VER VERSO PÁGINA SEGUINTE 13

LINHA EVOLUTIVA
14
Verso dos cartões da página 13

Indica período glacial, quando o frio cobriu a Terra.


Tem forma triangular, sendo que a largura da base ao
alto representa a duração em anos e a altura
representa o alcance máximo no planeta, isto é, a
extensão das terras cobertas de gelo.

A linha evolutiva (vermelha) indica surgimento,


desenvolvimento, aperfeiçoamento, alcance máximo
de evolução, declínio ou involução, desaparecimento
ou mesmo continuidade à época atual.

O relevo com terras planas e o surgimento das


15

2ª APRESENTAÇÃO - PASSO-A-PASSO

Neste momento, após o professor verificar o interesse das crianças e seu nível de
conhecimento sobre animais e vegetais que povoaram nosso planeta, ele retoma a Faixa da
Vida e passa a analisar cada Era e suas subdivisões
.
● ERA PALEOZOICA

– Época dos Invertebrados – Época dos Vertebrados


• Idade dos Trilobites: • Idade dos Peixes
√ Período Cambriano √ Período Devoniano
• Idade dos Crinoides ou • Idade dos Anfíbios
Lírios do Mar: √ Período Carbonífero
√ Período Ordoviciano √ Período Permiano
√ Período Siluriano

• IDADE DOS TRILOBITES - Período Cambriano

O professor diz:
– Que nome diferente! ... O que será que quer dizer? ...
Sabemos que é um nome próprio e que, neste período, se desenvolveram os trilobites.
Vamos pesquisar? ...
– Ah! Cambriano vem de CÂMBRIA1, nome romano de um povo antigo de uma
região da Inglaterra que hoje se chama Gales e é o local onde foram encontrados os
16

O professor prossegue:
– O que quer dizer: Idade dos Trilobites?
Sabemos que é o período deles, que foram os “reis” deste período, ocupando todos os
espaços. Mas, todos os animais que estão ali foram apresentados, a princípio, nas “Pequenas
Histórias” e no Cartaz dos Invertebrados da 1ª Classificação, mas os trilobites não estão. Por
que? ...
Vejamos a linha vermelha: ela começa, sobe, sobe, enquanto, no desenho, o formato
dos animais aumenta. Mas, no alto, esta curva gira e desce, até desaparecer. Isto quer dizer
que os trilobites, que pertenciam aos crustáceos (artrópodes), apesar de seus diversos
tamanhos e terem habitado todos os mares, em um momento, desapareceram.
Quais as razões deste desaparecimento? Há algumas hipóteses, relativas a sua
fisiologia e habitat.
Os trilobites tinham papéis variados na coleta de alimentos. Muitos, provavelmente,
eram alimentados por detritos, movendo-se lentamente pelo fundo do mar; outros,
provavelmente, se entocavam no raso, mas ainda se alimentando de sedimentos; outros,
talvez, eram frágeis nadadores.
Os trilobites usavam seus prolongamentos para carregar comida em direção à boca,
como o camarão (crustáceos).
Também, há a hipótese de que pela grande quantidade de animais, haja faltado não só
o alimento, como o ar.
A abundância de trilobites é intensificada pelo fato de se desenvolverem, descartando
seu exoesqueleto em uma série de etapas de muda. Assim, um animal pode ter produzido
dez ou doze esqueletos potencialmente conserváveis durante sua vida.
Os trilobites tinham uma variação considerável de tamanho, desde alguns milímetros
17

ERA
PALEOZOICA
Glaciações. Esse período apresenta um notável
progresso dos seres vivos invertebrados, que vão se
tornando cada vez mais complexos.

(gr. paleos = velho + zoon = animal)

Ainda, outros trilobites podiam curvar-se de modo que a ponta da cauda e a cabeça se
encontrassem. Essa talvez tenha sido uma postura defensiva, o que nos faz crer que existiam
predadores que se alimentavam deles.
Após o Período Cambriano, os trilobites tornaram-se secundários na maior parte das
comunidades marinhas. Eles continuaram evoluindo, mas ficaram limitados apenas a poucos
grupos. Gradualmente, foram se extinguindo, muitos ao final do Ordoviciano, ainda outros
no final do Devoniano.
Os outros animais deste período já são conhecidos:
– medusas (celenterados)
18

Surgem algumas perguntas:


– Onde viviam estes animais? ... Todos viviam na água.
Por milhões e milhões de anos a vida desenvolveu-se somente na água, porque no
meio líquido há uma maior proteção quanto ao tempo e à aridez do solo.
Na Faixa da Vida, pode-se perceber alguns animais que aprenderam a viver na Terra,
mas que acabaram retornando à água.
– Haviam plantas neste período? ... Por um período longuíssimo, que a vida
permaneceu somente na água, existiram somente os seres unicelulares e as algas.
– Como era fisicamente a Terra? ... Temos de imaginá-la árida, seca, despida de
qualquer vegetação, visto que a vida era somente na água.
O professor retoma os períodos glaciais e prossegue:
– Ao final desta Época dos Invertebrados, vê-se o símbolo azul, triangular, que
representa um Período Glacial e imagina-se que este símbolo marca uma mudança de
diferentes aspectos, podendo ter havido um assustador cataclismo, que trouxe um frio
terrível à Terra.
Em geral, após um longuíssimo período glacial, há o desaparecimento de alguns
seres, de certas espécies e surgem outros seres, outras espécies.
Um fato interessante de se observar em toda a Faixa da Vida na Terra é que os
principais animais de um período, por exemplo, os trilobites, que parecem ser os mais fortes
e que tudo leva a crer que resistem mais, em geral, são aqueles que perecem mais cedo.
Não são sempre os poderosos, os mais fortes, os mais dominadores (que não têm
inimigos), aqueles que vencem ou conseguem ultrapassar um revés; são aqueles seres que
parecem mais fracos, mais simples, que conseguem sobreviver através de todos os
cataclismos.
19

● Faixinha “muda” em preto e branco, para que ela possa colorir as faixas horizontais
e desenhar as figuras em seus respectivos lugares, escrevendo o nome relativo a
cada ser; as figuras também podem ser pesquisadas e coladas na folha.
● Associar as figuras à Faixa do Relógio da Eras, como já foi citado.
● Pesquisar cada animal ou vegetal e montar uma espécie de glossário, colocando no
portfólio.
.........................................................

IDADE DOS LÍRIOS DO MAR OU CRINÓIDES - Período Ordoviciano

O professor diz:
– De onde vem este nome: Ordoviciano? ... É também um nome próprio e origina-se
de uma tribo celta primitiva, - os ORDOVICES - de Gales, na Inglaterra, onde foram
encontrados os primeiros fósseis deste período.
Os trilobites começaram a tornarem-se menores, insignificantes e acabaram por
desaparecer no período seguinte, assinalado pelo final da linha vermelha descendente.
Chegam novos animais: escorpiões marinhos, (artrópodes), moluscos, ouriços do mar
e estrelas do mar (equinodermas) ...
Entre os moluscos, aparecem os cefalópodes (gr. cefalo = testa, gr. podos = pé), que
também eram grandíssimos e eram chamados de náutilus ou argonalistas.
Eles tinham a característica de ter os pés no lugar da testa e de construir uma espécie
de argola larga, uma presa à outra, a medida que crescia seu corpo. Uma vez adultos, esta
longa casa, formada de “apartamentos fechados”, que se arrastavam juntos, formava um
longo cone, que não permitia ao animal mover-se com agilidade.
20

Na faixa horizontal, está escrito que esta é a Idade dos Lírios do Mar ou Crinoides
(equinodermas).
Estes seres parecem flores e os primeiros fósseis foram assim considerados pelos
cientistas.
Eles criaram verdadeiras colônias. Estavam fixados ao solo (sésseis) e funcionavam
como verdadeiros filtros de alimentos. Eles pareciam longas plantas com corolas e tinham
uma espécie de cabeleira (gr. crinos = cabelo), que originou o nome: crinoide.
Eles foram os “reis” deste período e os do período seguinte.

Paralelamente à linha vermelha dos crinoides, tem-se a linha evolutiva dos


graptólitos, que eram também colônias de animais como as esponjas, mas eram duríssimos.

O Ordoviciano é caracterizado pelos equinodermas, e estes animais comuns do


período eram fixados no fundo dos oceanos, embora, no Cambriano, os trilobites terem sido
animais móveis.
Estes animais dominantes do período possuíam conchas de carbonato de cálcio,
enquanto no Cambriano, os animais possuíssem, em geral, conchas de fosfato de quitina.
Ao final do Ordoviciano segue o Período Siluriano, sem períodos glaciais.

IDADE DOS LÍRIOS DO MAR OU CRINÓIDES - Período Siluriano

O nome deriva do povo inglês - SILÚRIOS - em cuja região foram encontrados os


primeiros fósseis deste período.
Os equinodermos começam a declinar e os primitivos lírios do mar desaparecem ou
21

Um primeiro invertebrado terrestre, uma criatura parecida a um escorpião surgiu,


assim como as centopeias, que pertencem à ordem das miriápodes - filo artrópode.
Chega-se ao fim do Período Siluriano, quando ocorre um novo período glacial.
Aparece, como foi visto, uma grande quantidade de seres estranhos, diversos, mas
sempre mantendo sua vida na água.
O professor pergunta:
– É possível que estes seres não tenham tentado ir para as imensas extensões de
terra?
Eles talvez tenham tentado, mas havia ainda o sol que queimava, o vento que
“enxugava” a água, não havia água para sustentar a vida, os animais tinham que aprender a
caminhar, ... tudo bem adverso!
Na água, o alimento vem na boca, na terra o animal tem que buscá-lo e que alimento
podia-se encontrar naquelas rochas nuas?
Com o cataclismo ao final deste período, aconteceram muitas mudanças: muitos
mares se enxugaram, formando imensos pântanos, charcos.
Então, os seres mais corajosos que afrontaram a vida sobre a Terra foram as
pequenas algas, que se colocaram sobre a lama, sobre o lodo dos pântanos, charcos, e se
adaptaram às novas condições de vida.
Outras plantinhas fizeram aparecer uma haste que atravessava a água e que brotava
em sua ponta folhinhas. Estas hastes iam sempre para o alto em busca da luz.
Estas plantinhas são os musgos, que não tinham raízes.
Um grande passo foi dado!

As plantas deveriam afrontar uma adaptação, porém, permitiram, que em seguida,


22

IDADE DOS PEIXES - Período Devoniano

O nome deriva da palavra DEVON, uma província inglesa, rica dos primeiros fósseis
deste período.
O Período Devoniano tem início com um período glacial.
É a Idade dos Peixes, que se tornam os novos “senhores” da natureza devido a sua
enorme abundância nos mares. Eles tinham um esqueleto externo como uma grande
couraça. Por este motivo, foram chamados de peixes encouraçados ou blindados ou
placodermos.
O professor pega o Cartaz da 1ª Classificação, Vertebrados, Série “falada ou escrita”
e mostra às crianças, dizendo:
– Vamos observar as características dos Peixes.
Os grandes esqualos, que são de origem muito antiga, pertencem à ordem dos selaci
(seláceos ou seláquios), que é a ordem dos peixes cartilaginosos.
Depois, existem os esturjões, que, como todos os ganóides, têm o esqueleto metade
ósseo e metade cartilaginoso, pertencendo, assim, à ordem dos ganóides.
E então, surgiram os peixes mais importantes. Aqueles que conhecemos melhor e que
até comemos. Eles têm o esqueleto completamente ossificado.
A natureza empregou cerca de 300.000.000 (trezentos milhões - Ma) de anos para
que os peixes ossificassem seu esqueleto.
Exemplo: O primeiro peixe desenhado na faixa da Vida está exatamente neste
período, mas deve-se observar qual a distância entre ele e o que tem o esqueleto ossificado.
O professor continua:
– Por último, observa-se numa linha vertical da 1ª Classificação dos Vertebrados
23

No final do período, um esqueleto interno já tinha se desenvolvido nos peixes,


permanecendo com um corpo metade ósseo e metade cartilaginoso. Foi também neste
período que apareceram os peixes com rabo
Os primeiros insetos surgiram durante esse período. A barata, que ainda existe hoje,
mantem as mesmas características. Ela, desde então, tem vivido nos períodos glaciais e
outras mudanças terrestres, o que faz com que se diga que é um dos mais forte e resistente
animal, pertencente à ordem dos insetos: Ortópteros (do gr.: orthop = reto; gr. tera = asas).
Os cefalópodes, em vez de continuarem arrastando a forma pontuda (um tipo de cone
com diferentes camadas), formaram com este cone uma casa enroscada, enrolada. Talvez
para poder mover-se com mais agilidade ou talvez para tornar-se mais belo... E eles mantém
esta forma até hoje.
O Período Devoniano foi marcado por uma diversidade na fauna e na flora. Tubarões
e peixes com pulmões se desenvolveram e, mais tarde, evoluíram como anfíbios primitivos.
Os primeiros anfíbios eram seres de corpos longos, com pernas curtas e longas
caudas.
Enquanto a vida animal tornava-se diversa e abundante, a vida vegetal também se
desenvolvia: plantas terrestres primitivas espalhavam-se, muitas delas habitando,
inicialmente, os pântanos, regiões baixas e úmidas dos vales dos rios.

IDADE DOS ANFÍBIOS - Período Carbonífero

O Período Carbonífero foi assim nomeado devido às extensas camadas de carvão


formadas a partir das florestas soterradas desse tempo.
Aconteceu neste período um grande movimento dos mares. As águas dos oceanos
24

O ferro também foi formado por micro-organismos, gerando também grandes


depósitos.
Na faixa, o carvão está representado pelo retângulo preto e o ferro pelo retângulo
marrom.
Até o Período Carbonífero, havia um grande desenvolvimento de plantas, musgos
com caules e folhas, mas sem raízes. Agora, as plantas já tinham raízes, troncos e folhas,
mas as flores não se desenvolveram até então.
Mas, as plantas que cresciam neste período ofereciam alimento e oxigênio.
Era um belo ambiente! Não havia mais a terra dura, esturricada, como antes.
Assim, mesmo temerosos, os animais começaram a sair da água. Os Anfíbios, que
são os “reis” deste período, devido à quantidade e variedade de seres, saíram da água, mas
estavam sempre perto dela, embaixo das folhas para não afrontar o sol. Eles possuíam
pequenas patas para ajudar a trepar, a agarrar-se aos galhos.
Os anfíbios depositavam seus ovos na água e o seu primeiro período de vida era
também passado lá - são os girinos - que iniciam o processo de transformação.

O professor pega o cartaz da 1ª Classificação - série “falada ou escrita”, evidencia os


anfíbios e continua:
– Os anfíbios, que eram grandíssimos, começam a decrescer algumas espécies no
período sucessivo. Os filhotes continuam sendo chamados de girinos.

O professor, ainda com o Cartaz, continua:


– Neste período há uma grande invasão de insetos: libélulas gigantescas, que
pertencem à ordem dos neurópteros, que têm asas membranosas, com até 60 cm de ponta -a-
25

IDADE DOS ANFÍBIOS - Período Permiano

O professor apresenta:
– O nome deste Período vem da região de PERM, um local aos pés dos montes
Urais, que são uma cordilheira de montanhas na Rússia que normalmente definem a
fronteira entre a Europa e a Ásia.
As mudanças geográficas e climáticas tiveram um efeito marcante na vida vegetal e
animal desse período. Havia períodos alternados de frio e calor, umidade e seca.
O sub levantamento de terra, a formação dos desertos, a elevação das montanhas e a
glaciação, tudo afetou a vida durante este período. Os mares se retraíram deixando
grandíssimos depósitos de sal. Com estes múltiplos movimentos geológicos, surgem os
vulcões com suas gigantescas explosões; desaparecem muitos pântanos e águas rasas
marinhas.
Muitas espécies de plantas e animais foram extintas: plantas carboníferas, trilobites e
outros.
Dentro destas mudanças, o Período Permiano vive a maior extinção da história da
Terra, resultando no desaparecimento de 96% de todas as espécies, quer animais como
vegetais.
Mas, a natureza como sempre deveria inventar alguma coisa de novo: qualquer
elemento ou espécie que afrontasse o sol, vivesse nas terras secas.
Apesar dos “reis” do período serem os anfíbios, ao final do período aparecem os
Répteis.
O professor pergunta:
– O que eles tinham de novidade?
26

Naturalmente, a membrana que recobre estes ovos, torna-se mais dura (invólucro),
porque na terra, mesmo em buracos, os ovos ficam expostos a um maior perigo.
Nesta casca, porque o pequeno ser que se deve formar tem sempre necessidade de
muita umidade, “...tem o âmnio, que é uma bolsa amniótica contendo líquido e grande
quantidade de alimento acumulado, que é o vitelo.”
Dentro desta casca protetora, do invólucro, tem, naturalmente, a célula fecundada.
Os répteis se diversificaram e tornaram-se os principais vertebrados terrestres,
tornando-se os “reis” da terra, neste período. Eles ocuparam os mares, terras e os céus,
alcançando dimensões jamais imaginadas.
Algumas formas modernas de insetos se desenvolveram, assim como novas espécies
de animais marinhos (cefalópodes, gastrópodes, amonoides...). Anfíbios e répteis
continuaram proliferando.
Ancestrais dos mamíferos estavam presentes nesta época.
Novas espécies de plantas surgiram, mas chegara ao fim a Era Paleozoica com o
término do Período Permiano - Idade dos Anfíbios.
27

ERA
MESOZOICA

Vulcanismo. Caracterizou-se pelo domínio dos


grandes répteis e pelo aparecimento dos primeiros
mamíferos e aves.

(gr. mesos = meio + zoon = animal)

● ERA MESOZOICA

O professor apresenta:
– A ERA MESOZOICA foi um período dramático na história do desenvolvimento
da Vida na Terra.
Divide-se em:
– Idade dos Répteis
• Período Triássico
• Período Jurássico
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Os dinossauros habitaram tanto as terras quanto os mares e algumas criaturas se


desenvolveram em seres voadores.
Entre eles haviam tanto carnívoros quanto herbívoros. Eles eram imensos, não tinha
nenhum pequeno, exceto a cobra. Possuíam um gânglio nervoso, como os répteis atuais. É
uma espécie de pequeno cérebro próprio ao final da coluna vertebral.
O professor indaga:
– Será que é por isto que dizem que os répteis raciocinam com os glúteos?
Reflexões,...
O professor continua:
– Durante este período, existia um ser cujo tamanho era pequeno em relação aos
dinossauros, chamado: ornitorrinco.
Este animal sobreviveu ao cataclismo e existe ainda hoje. Trata-se de um primeiro
mamífero que, hoje, são muito poucos, vivendo à sombra das árvores. Eles são mamíferos
só porque amamentam os filhotes, pois eles depõem os ovos como as aves e os chocam com
calor e proteção.
O bico que os ornitorrincos têm é muito similar ao dos patos.
Com os primeiros mamíferos aparecem os primeiros pássaros. Talvez um
antepassado das aves tenha sido aquele réptil que desenvolveu pena e rabo – os
archaeoptery1.
As coníferas tiveram sua origem no início da Era Mesozoica. Provavelmente, devido
ao clima quente, a vida vegetal era abundante e difundida.
O Período Jurássico viveu o pleno desenvolvimento dos répteis. O desenvolvimento
dos dinossauros dá-se, no entanto, no Período Jurássico.
Os mamíferos e pássaros tiveram um início modesto no Jurássico, quando também
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O professor, agora, pega os cartazes da 1ª Classificação: Animais e Vegetais - séries


“faladas ou escritas” e, com os alunos, observa bem os animais e os vegetais no processo de
desenvolvimento até hoje, pois, a partir da Era Mesozoica e, principalmente na Cenozoica,
estarão em evidência animais conhecidos e é importante perceber o lento caminhar da
evolução dos seres e a repentina chegada de múltiplos seres, de diferentes classes e ordens,
como se abrissem as portas da criatividade divina, dizendo:
– E seja criada a diversidade!
O professor propõe algumas indagações:
– Quais os animais que, neste período, trouxeram as maiores novidades?
As aves e os mamíferos, eis a resposta.
Eles trouxeram como uma grande invenção: o sangue quente, tendo assim a
possibilidade de resistir ao frio, porque são protegidos do calor com o corpo.
Outra novidade: as aves protegem a prole; elas fazem os ninhos, chocam os ovos,
buscam alimento e o colocam na boca do filhote, ensinam o filhote a voar e não os
abandonam até que eles possam agir por si mesmos.
Os mamíferos fazem ainda mais: eles têm o ovo dentro do corpo, formando uma
espécie de “salão” (placenta), que protege o ser em evolução.
Como alimento, eles não dão qualquer coisa, como as aves, mas oferecem algo de si
mesmos - o seu sangue se transforma em leite.
Os filhotes mamam nas fêmeas, ficando muito próximos a elas, aproveitando o leite e
o calor.
No final da Era Mesozoica, os dinossauros foram extintos. Mudanças climáticas
foram causadas, talvez, pelo impacto de um grande asteroide sobre a Terra, e pelas espessas
camadas cinzas que se formaram, impedindo que a luz solar atingisse a Terra por muitos e
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A vida dos animais e vegetais era diferente dos períodos anteriores do Paleozoico.
As plantas dominantes do Período Triássico são as coníferas, samambaias de folhas
largas e cicadáceas. Os corais começavam a formar os arrecifes de coral dos dias de hoje,
em todo o mundo.
Os invertebrados eram comuns e numerosos. Os vertebrados continuaram a crescer
em número e no desenvolvimento de diferentes espécies. Tubarões e peixes com esqueleto
eram comuns nas áreas marinhas e os répteis estavam, rapidamente, tornando-se a forma de
vida dominante entre os vertebrados.
Animais semiaquáticos, parecendo crocodilos, eram muitos comuns. Os primeiros
dinossauros eram pequenos nessa época, comparados aos gigantes de períodos posteriores;
eram esguios e algumas espécies chegavam a um comprimento de 3 a 5 metros. A maioria
era bípede e com forma semelhante ao canguru, com poderosas patas traseiras e uma cauda
grossa usada para dar equilíbrio. Acredita-se que esses dinossauros corriam como uma
avestruz, mas não saltavam.

IDADE DOS RÉPTEIS - Período Jurássico

O Período Jurássico durou cerca de 65.300.000 (sessenta e cinco milhões e trezentos


mil anos). O clima nesse período parecia ser ameno em todo o mundo, com apenas algumas
áreas desérticas.
A vida vegetal e animal prosperou, em toda parte: nas terras, nas águas e no ar. As
florestas Jurássicas consistiam em pinheiros, coníferas, samambaias, juncos e cicadáceas.
De fato, estas últimas eram tão abundantes que esse período é frequentemente chamado de
Idade das Cicadáceas.
31

estegossauro1, o diplodocus2 e outros. Com quase 26 metros de comprimento o tinha um


cérebro que pesava menos de meio quilo e era um réptil herbívoro. Os estegossauros
tinham uma fila de placas triangulares, que iam da sua cabeça até o final de sua calda. Ele
lutava com os inimigos com as costas e se defendia com os quatro grandes e afiados
espinhos ósseos de sua cauda. Era um réptil herbívoro e a frente de seu maxilar formava um
tipo de bico.
Um dos maiores e mais conhecidos dinossauros é o apatossauro ou Lagarto do
3

Trovão, que tinha esse nome, pois o chão, supostamente, tremia quando ele andava. Ele
media cerca de 20 metros de comprimento, pesava cerca de 30 toneladas e tinha um cérebro
pesando menos de meio quilo. Este dinossauro tinha um pescoço muito longo e fino, uma
cabeça pequena, pernas grossas e uma longa cauda. Ele era um réptil anfíbio, vivendo na
terra e na água; andava nas quatro patas e era herbívoro. Nos mares, o ictiossauro4 estava
no auge do seu desenvolvimento. Tinha cerca de 3 metros de comprimento. Sendo
semelhante aos peixes, os ictiossauros5 usavam seus pés e a cauda como remos para nadar.
Durante esse período, os primeiros répteis voadores, os pterossauros6 surgiram.
Semelhantes aos morcegos, esses répteis voadores tinham ossos ocos, pequenos e
leves.
Os pássaros surgiram pela primeira vez no Período Jurássico, com tamanho de
pombos. Seus esqueletos e dentes se assemelhavam aos dos répteis, suas asas e corpo eram
cobertos parcialmente com penas. Tinham também dedos com garras nas pontas de cada
asa, mandíbulas sem bico e uma fileira de pequenos dentes.
Mamíferos começaram a se diversificar durante esse período.

IDADE DOS RÉPTEIS - Período Cretáceo


32

Durante esse período os dinossauros estiveram no seu auge. Talvez a curiosidade


mais interessante fosse o tiranossauro1, réptil enorme de aproximadamente 15 metros de
comprimento e uma cabeça de 1,5 metros, situada a 6 metros do chão.
Esse animal carnívoro possuía muitos dentes, alguns de até 16 centímetros. Suas
patas dianteiras eram muito pequenas e talvez usadas apenas para segurar. No entanto, as
patas traseiras eram enormes e equipadas com unhas poderosas.
Um réptil terrestre fortemente armado era o anquilossauro2, com um gordo corpo
armado com espinhos laterais. Sua cabeça era pequena e cauda grossa, crivada de ferrões
como se fosse o prolongamento de uma clava.
Outro réptil temível era o triceratops3, uma fera herbívora de mais de 6 metros de
comprimento. Sua cabeça enorme tinha três chifres e uma crista óssea que se estendia para
trás, ao longo do pescoço. Um dos maiores répteis voadores era o pteronadon4, que tinha
uma envergadura de asas de aproximadamente 8 metros.
O corpo era do tamanho de um peru e a cabeça tinha uma crista característica. Esses
répteis parecem ter estado muito tempo pairando no ar, sobre as águas, uma vez que há
evidência de peixes em sua dieta. Devido à estrutura do prolongamento unhado, acredita-se
que essas criaturas descansavam penduradas em penhascos rochosos.

O Período Cretáceo, também introduziu o surgimento de plantas floríferas e árvores


efêmeras. A flora começou a ter um aspecto moderno.
Próximo ao final do período, o clima começou a mudar e tornou-se frio, formando
áreas desertas e geleiras em vários lugares.
Havia uma agitação geológica.
As grandes Montanhas Rochosas e os Andes se formaram.
33

ERA CENOZOICA - O presente

Os mamíferos tornaram-se os principais vertebrados terrestres e as plantas floríferas


se estabeleceram como as principais plantas em terreno seco. Campos de relva, incluindo os
cereais, se desenvolveram.
Divide-se em:
– Idade dos Mamíferos – Idade dos Animais Modernos / Homem
• Período Paleogeno • Período Quaternário
√ Época do Paleoceno √ Época do Pleistoceno
√ Época do Eoceno √ Época do Holoceno
√ Época do Oligoceno
• Período Neogeno
√ Época do Mioceno
√ Época do Plioceno

Acredita-se que, talvez, em algum tempo durante a Época do Plioceno, o Homem


tenha se desenvolvido. O princípio do Período Quaternário foi marcado pelo
desenvolvimento dos mamíferos modernos e do Homem.

A Era Cenozoica é frequentemente chamada de Idade dos Mamíferos.


34

Um grande número de plantas e animais modernos começaram a se desenvolver


durante o Período Paleogeno, na Era Cenozoica.
No início da Era Cenozoica, muitos animais apareceram pela primeira vez, como
por exemplo: marsupiais, primatas, insetívoros, roedores e carnívoros. Os primeiros
marsupiais eram essencialmente como os gambás de hoje. Os primatas eram do tamanho de
esquilos como o lêmure voador, mamífero de 4 mãos que vive nas árvores. Insetívoros eram
também muito pequenos e pareciam ouriços cacheiros ou um musaranho1 moderno. Ratos,
ratazanas e esquilos eram exemplos comuns de roedores predominantes deste Período.
Os carnívoros apresentavam dentes afiados e cortantes e garras também afiadas,
como uma particularidade.
Mamíferos desta época eram primitivos e pequenos.
Os seres da Época do Eoceno eram maiores e incluíam antigas baleias, camelos,
rinocerontes e cavalos.
Os animais da Época do Oligoceno ficaram, de alguma forma, com a aparência dos
animais atuais. Alguns dos animais mais avançados eram cachorros, gatos, camelos, porcos,
cavalos e rinocerontes.
Os grandes animais parecidos com rinocerontes da Época do Oligoceno chegavam
a 2 metros de altura nos ombros.
A Época do Mioceno é frequentemente chamada de Idade Dourada dos Mamíferos.
O aumento da população de animais de pasto e a evolução de diferentes espécies ocorreu
devido a mudanças climáticas (mais árido) e ao desenvolvimento de vastas pradarias.
O cavalo antigo tinha o tamanho de um pequeno pônei. Camelos, do tamanho de
carneiros, eram comuns; assim como veados, porcos e rinocerontes.
Animais da Época do Plioceno eram ainda mais desenvolvidos do que aqueles de
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● ERA CENOZOICA - Período Quaternário:

De acordo com a escala geológica de tempo, vive-se atualmente, a Época do


Holoceno do Período Quaternário.
O Período Quaternário inclui a Grande Idade do Gelo, abrangendo um espaço de
tempo em anos, de cerca de 2.000.000 - Ma - anos atrás até o presente. É, usualmente,
dividido em dois períodos:
– Idade dos Animais Modernos / Do Homem
• Época do Pleistoceno
• Época do Holoceno
O Pleistoceno é também conhecido como a Grande Idade do Gelo, durante a qual,
massivas camadas de gelo, cobriram grandes áreas do mundo.
Muitas plantas e animais do período anterior foram extintos.
Houve quatro principais períodos de gelo e frio e três períodos quentes
intermediários, quando o gelo derreteu.
Ao longo do Período Quaternário existiu uma grande variedade de animais ao redor
do mundo: elefantes, cavalos, búfalos, camelos, porcos selvagens, carnívoros, tatus, veados
e raposas do Ártico, são alguns exemplos.
Durante a Época do Pleistoceno muitos animais passaram por um desenvolvimento
evolucional devido às mudanças climáticas. Os elefantes estavam bem adaptados à vida
quando os invernos eram frios. Eles se pareciam com o elefante moderno, porém com um
longo pelo felpudo. Tinham dentes tão grandes que nunca possuíam mais de oito dentes na
boca, ao mesmo tempo. Seus dentes de marfim eram procurados pelos comerciantes
chineses do século IV. Esqueletos e dentes desses animais ainda são numerosos no solo
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OBSERVAÇÃO:

Como já foi visto, a criança trabalha com a Faixa da Vida ilustrada - “falada ou
escrita” e com a faixa com os períodos, linhas evolutivas, períodos glaciais, relevo -
“muda” - à qual se relacionam as imagens avulsas e os nomes relativos.
Existem, também, as setas com algumas informações, que servem como guia para o
estudo e a pesquisa, assim como no conjunto do Relógio das Eras Geológicas.

IDADE:

Aos 7;0/7;6 anos, com a apresentação geral, e até os 8;6/9;0 anos, com o estudo de
período por período.

OBJETIVO DIRETO:

● Conhecer de forma geral, e em enfoques especiais, a evolução dos seres vivos no


planeta Terra, construindo o terreno para o aparecimento e desenvolvimento do Homem.

OBJETIVO INDIRETO:

● Integrar conhecimentos de Ciências Físicas e Biológicas, de forma coloquial,


visando estudos futuros nas áreas da Física, Biologia Geral, Botânica, Zoologia,...
BIBLIOGRAFIA:

• ALMEIDA, Talita de. Educação Cósmica - A Criança de 6 a 12 anos. Rio de


Janeiro. OBRAPE Editora, s/data.

• __________________. Espaço, Tempo, Natureza e Cultura IV. História 2. Rio de


Janeiro. PRESENCE Editora, 2016.

• MOCELLIN, Renato e CAMARGO, Rosiane de. Passaporte para a História.


Editora do Brasil / SP / BR. 2004.

• MONTESSORI, Maria. A Descoberta da Criança (Pedagogia Científica). Rio de


Janeiro, Editora Record, 2017. (Título em italiano: La Scoperta del Bambino).

• __________________ Da Infância a Adolescência. Rio de Janeiro, ZTG Editora,


2006.

• Textos das aulas do “Curso Nacional de Especialização Didática segundo o


Método Montessori”, promovido pelo “Ente Opera Montessori” Roma, Itália,
(hoje Opera Nazionale Montessori). 1962/1963.
Prof. Maria Teresa Marchetti, Anna Maria Pecchia e Maria Pia Fini.

• Textos das aulas do curso promovido pelo Centro Internacional Maria


Montessori, Perugia, Itália. 1973.
Dott. Maria Antonieta Paollini”.

• Textos das aulas do 14º Curso Internacional de Estudos Montessorianos, Bergamo,


Verso em branco
®

Editora

BRASIL

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