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Escuta musical e

cinema
PROF. DR. GUILHERME CASTRO - UEMG
Michel Chion (Audiovisão: o som e a
imagem no cinema, 2011)
Atitudes de escuta (diálogos com Pierre Schaeffer):

Escuta casual: o som como informação, tanto quanto possível, sobre sua causa. No entanto, esse
reconhecimento raramente se dá apenas pelo som isolado, mas sim, em contexto.

Escuta semântica: aquela que se refere a um código ou linguagem para interpretar uma
mensagem.

Escuta reduzida: escuta das qualidades e formas específicas do som, independentemente de sua
causa ou sentido.
Articulação entre escutas e relações
musicais: perguntas a serem estudadas
Pra que a música serve?
Qual será a relação entre causas e cenas?
Qual será a relação entre significados, intenções e mensagens presentes nas cenas e no filme?
Há referência e diálogos estéticos explícitos?
Sonoplastia e “musiplastia” – Como será a moldagem de sons e da música a esse serviço?

As respostas fornecem dados aos compositores sobre instrumentação, material semântico musical,
processos de criação e realização fonográfica dos materiais musicais, articulação entre momentos
emocionais e discurso musical e mais, articulação entre sensações, emoções e semântica, ou seja:
elaboração de proposta de semiose. As decisões se dão em conjunto com os diretores e abordam
aspectos e etapas da construção do contrato audiovisual.
Considerações
Quanto maior o grau de informação a ser repassada aos compositores, maiores as chances de o
trabalho ser mais assertivo. Roteiro, Storyboard, primeiros cortes, cenas importantes, decisões
de montagens, interação com equipe de som e sounddesign: tudo isso são etapas e processos
que geram materiais que servem de fomentadores criativos ao compositor.

Diálogo e presença constante na elaboração é uma dinâmica exigida e desejável, tanto para
compositores quanto para diretores. Quanto maior for essa interação, maior a possibilidade de
acerto nas decisões, o que gera maior confiança na relação de trabalho em equipe.

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