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ADRIANA PIRES

TRABALHOS A QUENTE
NR 34
Pertinente a NR 34, o item 34.5 que refere-se ao Trabalho a Quente, em
sua sequência no item 34.5.1 cita que para fins da NR 34, considera-se
trabalho a quente as atividades de SOLDAGEM, GOIVAGEM,
ESMERILHAMENTO, CORTE ou outras que possam gerar fontes de
ignição tais como aquecimento, centelha ou chama.

Ainda no item 34.5.1.1 As medidas de proteção contemplam as de


ordem geral e as específicas, aplicáveis, respectivamente, a todas as
atividades inerentes ao trabalho a quente e aos trabalhos em áreas não
previamente destinadas a esse fim.
NR 18
18.11 - OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE
18.11.1 - As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser
realizadas por trabalhadores qualificados.
18.11.2 - Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente
em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio (é um elemento químico,
metal branco azulado, relativamente), será obrigatória a remoção por ventilação
local exautora dos fumos originados no processo de solda e corte, bem como na
utilização de eletrodos revestidos.
18.11.3 - O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento
adequado à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou
choques no operador.
18.11.4 - Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização
de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material
utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível.
18.11.5 - Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame,
recipiente, tanque ou similar, que envolvam geração de gases confinados ou
semi confinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para
eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador, conforme mencionado
no item 18.20 - Locais confinados.
NR 18
18.11.6 - As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das
chamas na saída do cilindro e chegada do maçarico.
18.11.7 - É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas
próximo às garrafas de oxigênio.
18.11.8 - Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados.
18.11.9 - Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de
soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e
devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes.
TRABALHO A QUENTE
SOLDAGEM
A soldagem é um processo de união de materiais realizado por aplicação de
calor com ou sem pressão e adição de material de enchimento. As aplicações
de soldagem são tão variadas e extensas que não seria exagerado dizer que não
existe uma indústria de metal e nenhum ramo de ciência de engenharia que
não faça uso de solda de uma forma ou de outra. A soldagem é aplicada em
todos os lugares.
Se precisarmos unir duas peças de metal com a solda fica quase impossível de
separar, mas se esse casamento não for feito com muito cuidado, pode gerar
problemas, rola um clima muito quente entre o oxigênio e o acetileno, a junção
dos dois com maçarico, acende aquela chama capaz de cortar ou unir qualquer
metal.
Lembre-se o cilindro de oxigênio deve ficar em uma distância de pelo menos 6
metros do acetileno, ou então pode ser construída uma parede não inflamável
entre eles, chamada também de parede corta-fogo. Não abra as válvulas de
nenhum dos dois tipos com chaves ou martelos.
ARMAZENAMENTO
A regras para armazenar esses gases são basicamente as mesmas, mas no caso
do oxigênio devemos tomar os seguintes cuidados:
• Não deixar o cilindro exposto a temperaturas superiores a 50 graus celcius;
• O capacete de proteção deve ser mantido até o cilindro ser apoiado ao
chão no suporte;
• Se a pressão subir além do permitido ocorre a quebra do disco de ruptura
para evitar possíveis explosões;
• As mangueiras apropriadas para esse tipo de solda são construídas com
carcaça trançada de fibra sintética, resistente a pressão e altamente flexível
e de baixo peso;
• A do oxigênio é de cor verde, e a do acetileno vermelha;
• Se seguirmos passo a passo, todos ficam protegidos e finalizarão suas
Tarefas com segurança.
OXIGÊNIO
• É um gás incolor, inodoro e ligeiramente mais pesado que o ar.
• Sobre pressão normal se liquefaz a uma temperatura de -182,9 C, formando
um líquido claro e azulado.
• Um litro de oxigênio líquido pesa 1,14 Kg .
• Oxigênio comercial é produzido por eletrólise da água ou mais usualmente
pela liquefação do ar atmosférico.
• O princípio básico do processo de liquefação é que os gases vaporizam a
diferentes temperaturas. Então, neste processo o ar será filtrado
comprimido e resfriado a temperatura de até -1940 C na qual liquefaz
todos os componentes do ar. Depois de liquefeito, faz-se uma destilação
fracionada. O nitrogênio e o argônio vaporizam a temperaturas mais altas,
deixando o oxigênio quase puro. No cilindro de oxigênio, este gás é
armazenado sob alta pressão, a qual atinge até cerca de 200 kgf/cm2 em
um cilindro cheio.
ACETILENO
• Esse gás é um parceiro entanto, mas cuidado se mal manipulado, seu efeito
tóxico, asfixiante, anestésico e altamente inflamável pode causar danos
graves. É um gás incolor, odor picante característico. Ele é mais leve que o
ar e se dissolve facilmente em líquidos;
• Muito instável, apresenta perigo de explosão quando comprimido a
grandes pressões;
• Devido à sua instabilidade a pressões elevadas, o acetileno é armazenado
em cilindros dissolvido em acetona.
• O cilindro é cheio até uma pressão de cerca de 17,5 kgf/cm2. A vazão de
consumo possui um limite acima do qual:
- A sua pressão interna cai rapidamente dando a impressão de que o
cilindro está vazio;
- O acetileno tende a carregar misturado consigo, uma certa quantidade
de acetona;
- Nunca deve se deitar o cilindro. Nesta situação a acetona sairá em
grande quantidade misturada com acetileno.
- A pressão de saída de acetileno não deve exceder 1,5 kgf/cm2;
ACETILENO
• Para soldagem, ele é vendido em cilindros que comportam até 9 quilos;
• O correto é ter juntos no máximo 10 unidades de cilindros guardados,
protegidos da chuva, humidade, sol e de espaço ventilado;
• Se for instalado lâmpadas o interruptor deve ficar do lado de fora;
• OS cilindros vazios são separados dos cheios por no mínimo 4 metros;
• O Cilindro de oxigênio deve ficar pelo menos 6 metros do cilindro de
acetileno, ou pode ser construída uma parede corta fogo entre eles.
CONJUNTO COMPLETO
1 – REGULADORES DE PRESSÃO;

2 – TAMPAS DOS CILINDROS;

3 – REGISTROS DOS CILINDROS;

4 – MANGUEIRAS;

5 – CONJUNTO MASSARICO;

6 – CILINDRO ACETILENO;

7 – CILINDRO OXIGÊNIO;

8 – SUPORTE DOS CILINDROS.


CILINDROS E GASES
O OXIGÊNIO é acondicionado em cilindros metálicos de alta pressão (200 bar),
pintados na cor preta (para uso industrial).

O ACETILENO, que por ser um gás instável, vem dissolvido em acetona e


acondicionado em cilindros metálicos pintados na cor bordô, cheios de uma
massa porosa. A pressão dos cilindros é ao redor de 15 bar.
REGULADORES DE GASES
A função principal desses equipamentos é o controle da pressão do gás. Eles
reduzem a pressão alta do gás que vem do cilindro para a pressão de trabalho
do maçarico, mantendo-a constante durante toda a operação.
VÁLVULA DE RETENÇÃO
São válvulas colocadas nas linhas de oxigênio e acetileno para evitar o retorno
de gás ou o refluxo da chama. Isso pode ocorrer quando a velocidade da
chama é maior que a velocidade de fluxo do gás. Neste caso a chama pode
atravessar a câmara de mistura em sentido contrário e avançar pela
mangueira, causando um grave acidente.
MANGUEIRAS
As mangueiras obedecem a um código fixo de cores:
• ACETILENO: Vermelho e OXIGÊNIO: Verde.
• As conexões do oxigênio são de rosca direita (sentido horário) e as do
acetileno são de rosca esquerda (sentido anti horário).
• As mangueiras, de acetileno e de oxigênio, devem ser purgadas, nesta
ordem, antes de acender o maçarico, inicialmente com o fluxo de acetileno
somente, e depois aberto o fluxo de oxigênio.
• Nunca deve ser utilizado óleo ou graxa nas roscas e nos reguladores, bicos,
maçaricos, ou qualquer outro equipamento que entre em contato com o
oxigênio.
• O oxigênio nunca deve ser utilizado como ar comprimido, para limpeza, por
exemplo.
• A área de trabalho deve ser mantida livre de qualquer produto combustível.
MAÇARICO
O EQUIPAMENTO BÁSICO É FORMADO POR:
• Corpo do maçarico;
• Conexões das mangueiras;
• Dois tubos separados para passagem dos gases;
• Válvulas para controle da vazão dos gases;
• Câmara de mistura dos gases;
• Bicos.

MAÇARICOS DE CORTE POSSUEM DOIS FLUXOS DE OXIGÊNIO:


• Um dos fluxos do oxigênio é controlado, por uma válvula, semelhante à
válvula de acetileno e em conjunto com o fluxo de acetileno compõe a
mistura que forma a chama de aquecimento.
• O outro, acionado por um gatilho, separado, acrescenta mais oxigênio à
mistura dos gases, para formar uma chama altamente oxidante, que vai
efetuar o corte.
SOLDA ARCO ELÉTRICO
Soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido, também conhecida como
soldagem manual a arco elétrico, é um processo manual de soldagem que é
realizado com o calor de um arco elétrico mantido entre a extremidade de um
eletrodo metálico revestido e a peça de trabalho.
SOLDA ARCO ELÉTRICO
A máquina de solda é um equipamento que transforma a energia da rede
elétrica para a tensão adequada na soldagem.
A soldagem se inicia quando um arco elétrico é criado entre a ponta do 
eletrodo e a obra ou metal de base.
O intenso calor gerado funde o eletrodo a superfície da peça nas proximidades
do arco. Pequenos glóbulos de metal rapidamente se formam na ponta do
eletrodo e são transferidos através do arco elétrico para uma poça de metal
que se estabelece sobre a peça, assim o metal é adicionado à medida que o
eletrodo é consumido.
Com o deslocamento do eletrodo e por consequência do arco ao longo da 
soldagem, o metal de base vai fundindo-se com o do metal do eletrodo. Com
temperaturas superiores a 5000º Celsius o arco elétrico funde-se ao metal
base quase instantaneamente após a abertura do arco.
A corrente elétrica necessária para fundir o eletrodo e o metal de base é
estabelecida por uma tensão entre 16 e 40 volts e a intensidade entre 20 e 550
amperes, que pode ser tanto alternada quanto contínua, considerando-se para
todos esses fatores as características do eletrodo empregado.
SOLDA ARCO ELÉTRICO
ELETRODOS REVESTIDOS: A alma (o miolo) do eletrodo revestido consiste de uma
vareta sólida de metal trifilado ou fundido. Ao formar o arco fornece metal para a
solda, e ao queimar o revestimento cria uma atmosfera protetora ao redor do arco.
Dependendo do tipo de eletrodo empregado além de estabelecer suas
características elétricas o revestimento realiza uma ou mais das seguintes funções:
Forma gases para proteger o arco e evitar a penetração do oxigênio e nitrogênio da
atmosfera no metal fundido.
Cria uma barreira de escória para proteger o metal aquecido do ar melhorando
suas propriedades mecânicas, forma e limpeza superficial do cordão de solda.
Fornece ainda redutores, desoxidantes e agentes fluidificantes que promovem um
efeito de limpeza na solda e previnem contra um crescimento excessivo dos grãos
cristalinos do metal de solda.
 
PROTEÇÃO DO ARCO: A ação de proteção do arco produzida pela fusão do
revestimento é desenvolvida de duas formas:
Parte do material produz gases que envolvem a poça de fusão, enquanto que o
restante se transforma em escória que recobre o material durante sua solidificação.
Dependendo do tipo de eletrodo empregado, teremos várias proporções entre
produção de gases e produção de escória.
SOLDA ARCO ELÉTRICO
VANTAGENS E LIMITAÇÕES PROCESSO: O processo de soldagem a arco elétrico
com eletrodo revestido é empregado particularmente para solda de produção,
manutenção e construção em campo.
• O equipamento é relativamente simples, barato e portátil.
• O metal de adição e a proteção durante a soldagem é fornecida pelo próprio 
eletrodo.
• Não é necessária a utilização de gás de proteção auxiliar ou fluxo.
• O processo é menos sensível a vento e umidade do que outros processos de
soldagem com proteção gasosa.
• Pode ser aplicado em áreas de acesso limitado.
• Metais de baixo ponto de fusão como chumbo, estanho, zinco e suas ligas não
são soldados por eletrodos revestidos porque o calor gerado pelo arco elétrico
é demasiado para estes metais.
• Suas limitações são a baixa produtividade e a não automatização.
 
METAIS QUE PODEM SER SOLDADOS COM ELETRODO REVESTIDO: Aços carbonos
e baixa liga, Aços inoxidáveis, Ferros fundidos, Cobre, Níquel e suas ligas e
Alumínio.
DIAGRAMA
SOLDAGEM A ARCO ELÉTRICO COM ELETRODO REVESTIDO
Revestimento de Fluxo - 1
Vareta (Alma) - 2
Gás de proteção - 3
Poça de fusão - 4
Metal base - 5
Metal de solda - 6
Escória solidificada - 7
EQUIPAMENTOS
O conjunto básico para soldagem com eletrodo revestido é composto por:
• Fonte de energia;
• Porta Eletrodo (Alicate pega eletrodo);
• Grampo (garra);
• Cabos de solda;
• Fonte de energia.
As fontes de energia são importantes para o processo de soldagem ao arco, pois
fornecem os valores de tensão e corrente adequados a sua execução. 
PROTEÇÕES - EPI
AVENTAL, LUVA E PERNEIRA DE RASPA, ÓCULOS DE PROTEÇÃO E TOUCA TIPO ÁRABE.
PROTEÇÕES - EPI
MANGOTE DE RASPA, PROTETOR AURICULAR, ESCUDO, BOTINA DE COURO E MÁSCARA FACIAL.
GOIVAGEM
A goivagem ou abertura de sulcos é uma das variações das operações possíveis
com equipamentos de oxicorte ‘‘é o processo de separação de metais
utilizando-se calor e uma violenta reação de oxidação com oxigênio puro.’’ A
goivagem consiste na utilização de um bico de corte construído com um
geometria angular para permitir a aplicação de um jato de corte
tangencialmente á superfície da chapa ou cordão de solda.
ESMERILHAMENTO
O esmerilhamento é um processo de geração de superfícies utilizado para
modelar e dar acabamento em metais e outros materiais similares. O processo
envolve o uso de um produto abrasivo, geralmente um disco rotatório, aplicado
a uma superfície de trabalho. O esmerilhamento é feito de grãos abrasivos que
são mantidos unidos em um feixe. Esses grãos agem como ferramenta de corte e
removem lascas minúsculas de material.
FAGULHAS DE SOLDAGEM
As fagulhas são até bonitas de se ver, mas acabam com os olhos, sem
contar com a radiação ultravioleta e infravermelha é alta, se o
profissional que estiver soldando não estiver protegido na hora de se
fazer a solda, pode ocasionar cegueira momentânea, sensação de areia
nas vistas ou pele ardida, então fique atento nunca olhe para o trabalho
com os olhos desprotegidos.
TIPOS DE SOLDAGEM
SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA - Este é um grupo de processos de soldagem em que a
união de metais é o resultado do calor obtido a partir da resistência oferecida pela peça
de trabalho ao fluxo de corrente elétrica.

SOLDAGEM A FRIO - A soldagem a frio é um processo sólido de soldagem em que a


pressão à temperatura ambiente produz união de metais com deformação substancial
na solda.

SOLDAGEM POR DIFUSÃO - A soldagem por difusão ocorre no estado sólido quando as
superfícies devidamente preparadas são mantidas em contato em condições
predeterminadas de tempo, pressão e temperatura elevada.

SOLDAGEM POR FRICÇÃO - A soldagem por fricção é o processo de soldagem em


estado sólido que produz coalescência de material pelo calor obtido a partir de um
movimento deslizante induzido mecanicamente entre as superfícies de fricção de duas
peças de trabalho cilíndricas sob pressão.

SOLDAGEM TERMITA - Termita é usado neste processo para derreter o metal. Depois
que o metal está em estado líquido, ele é derramado entre as duas peças para formar a
junta.
TIPOS DE SOLDAGEM
SOLDAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS - O feixe de elétrons é um processo de soldagem
que produz coalescência de metais com o calor obtido a partir de um feixe concentrado
composto principalmente de elétrons de alta velocidade que invadem a superfície a ser
unida.

SOLDAGEM POR RAIO LASER - A soldagem explosiva é o processo de soldagem em


estado sólido em que a coalescência é obtida por um movimento de alta velocidade das
peças a juntar, produzido por uma detonação controlada.

SOLDAGEM ULTRASSÔNICA - A soldagem ultrassônica é um processo de soldagem em


estado sólido em que a união é obtida pela aplicação de energia vibratória de alta
frequência à medida que as peças de trabalho são mantidas juntas sob pressão.

SOLDAGEM POR ELETRÓLISE - Um processo de soldagem que produz coalescência de


metais com a ajuda de eletrólise fundida que derrete o metal de enchimento e a
superfície da peça de trabalho. A solda será protegida por esta eletrólise que se move
ao longo da seção transversal completa da junta como processo de soldagem.
SEGURANÇA
MEDIDAS DE ORDEM GERAL
Inspeção Preliminar;
Nos locais onde se realizam trabalhos a quente deve ser efetuada inspeção
preliminar, de modo a assegurar que:
• O local de trabalho e áreas adjacentes estejam limpos, secos e isentos de
agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes;
• A área somente seja liberada após constatação da ausência de atividades
incompatíveis com o trabalho a quente;
• O trabalho a quente seja executado por trabalhador capacitado, conforme item
4 do Anexo I. (alterada pela Portaria MTE n.º 1.897, de 09 de dezembro de
2013)

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO


Cabe aos empregadores tomar as seguintes medidas de proteção contra incêndio
nos locais onde se realizam trabalhos a quente:
• Providenciar a eliminação ou manter sob controle possíveis riscos de incêndios;
• Instalar proteção física adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou
borras, de modo a evitar o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis,
bem como interferir em atividades paralelas ou na circulação de pessoas;
SEGURANÇA
• Manter desimpedido e próximo à área de trabalho sistema de combate a
incêndio, especificado conforme tipo e quantidade de inflamáveis e/ou
combustíveis presentes;
• Inspecionar o local e as áreas adjacentes ao término do trabalho, a fim de evitar
princípios de incêndio.

CONTROLE DE FUMOS E CONTAMINANTES


Para o controle de fumos e contaminantes decorrentes dos trabalhos a quente
devem ser implementadas as seguintes medidas:
• Limpar adequadamente a superfície e remover os produtos de limpeza
utilizados, antes de realizar qualquer operação;
• Providenciar renovação de ar a fim de eliminar gases, vapores e fumos
empregados e/ou gerados durante os trabalhos a quente.
Sempre que ocorrer mudança nas condições ambientais estabelecidas as atividades
devem ser interrompidas, avaliando-se as condições ambientais e adotando-se as
medidas necessárias para adequar a renovação de ar. Quando a composição do
revestimento da peça ou dos gases liberados no processo de solda/aquecimento
não for conhecida, deve ser utilizado equipamento autônomo de proteção
respiratória ou proteção respiratória de adução por linha de ar comprimido, de
acordo com o previsto no Programa de Proteção Respiratória - PPR.
FUMOS METÁLICOS
Os fumos metálicos, constituídos em geral por partículas de 0,005 a 2m de
diâmetro, são formados a partir de vapores e gases que se desprendem das peças
em fusão, seja da superfície da peça, seja do eletrodo, do revestimento do
eletrodo, de substâncias adicionadas à solda, do tipo de fluxos ou pós e dos óleos
protetores. Os vapores e gases, em contato com o oxigênio do ar, após
resfriamento e condensação, oxidam-se rapidamente, formando os fumos.
UTILIZAÇÃO DE GASES
Nos trabalhos a quente que utilizem gases devem ser adotadas as seguintes
medidas:
• Utilizar somente gases adequados à aplicação, de acordo com as informações
do fabricante;
• Seguir as determinações indicadas na Ficha de Informação de Segurança de
Produtos Químicos - FISPQ;
• Usar reguladores de pressão calibrados e em conformidade com o gás
empregado.
É proibida a instalação de adaptadores entre o cilindro e o regulador de pressão.
No caso de equipamento de oxiacetileno, deve ser utilizado dispositivo contra
retrocesso de chama nas alimentações da mangueira e do maçarico.
Quanto ao circuito de gás, devem ser observadas:
• A inspeção antes do início do trabalho, de modo a assegurar a ausência de
vazamentos e o seu perfeito estado de funcionamento;
• Manutenção com a periodicidade estabelecida no procedimento da empresa,
conforme especificações técnicas do fabricante/fornecedor.
• Somente é permitido emendar mangueiras por meio do uso de conector, em
conformidade com as especificações técnicas do fornecedor/fabricante.
UTILIZAÇÃO DE GASES
Os cilindros de gás devem ser:
• Mantidos em posição vertical, fixados e distantes de chamas, fontes de
centelhamento, calor ou de produtos inflamáveis;
• Instalados de forma a não se tornar parte de circuito elétrico, mesmo que
acidentalmente;
• Transportados na posição vertical, com capacete rosqueado, por meio de
equipamentos apropriados, devidamente fixados, evitando-se colisões;
• Quando inoperantes e/ou vazios, mantidos com as válvulas fechadas e
guardados com o protetor de válvulas (capacete rosqueado).
• É proibida a instalação de cilindros de gases em ambientes confinados.
• Sempre que o serviço for interrompido, devem ser fechadas as válvulas dos
cilindros, dos maçaricos e dos distribuidores de gases.
• Ao término do serviço, as mangueiras de alimentação devem ser
desconectadas.
• Os equipamentos inoperantes e as mangueiras de gases devem ser mantidos
fora dos espaços confinados.
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Os equipamentos elétricos e seus acessórios devem ser aterrados a um ponto
seguro de aterramento e instalados de acordo com as instruções do fabricante.
Devem ser utilizados cabos elétricos de bitola adequada às aplicações previstas, e
com a isolação em perfeito estado.
Os terminais de saída devem ser mantidos em bom estado, sem partes quebradas
ou isolação trincada, principalmente aquele ligado à peça a ser soldada.
Deve ser assegurado que as conexões elétricas estejam bem ajustadas, limpas e
secas.
MEDIDAS ESPECÍFICAS
34.5.7 Devem ser empregadas técnicas de APR, técnica essa de avaliação prévia
dos riscos presentes na realização de um determinada atividade/trabalho.
Consiste no detalhamento minucioso de cada etapa do trabalho, e dos riscos
envolvido nesta tarefa, exemplo:
• Determinar as medidas de controle;
• Definir o raio de abrangência;
• Sinalizar e isolar a área;
• Avaliar a necessidade de vigilância especial contra incêndios (observador) e de
sistema de alarme;
• E outras providências, sempre que necessário.
• Antes do início dos trabalhos a quente, o local deve ser inspecionado, e o
resultado da inspeção ser registrado na Permissão de Trabalho.
• As aberturas e canaletas devem ser fechadas ou protegidas, para evitar
projeção de fagulhas, combustão ou interferência em outras atividades.
• Quando definido na APR, o observador deve permanecer no local, em contato
permanente com as frentes de trabalho, até a conclusão do serviço.
34.5.10.1 O observador deve receber treinamento ministrado por trabalhador
capacitado em prevenção e combate a incêndio, com conteúdo programático e
carga horária mínima de 8 horas conforme o item 1 da norma.
NR 18
18.11 - OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE
18.11.1 - As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser
realizadas por trabalhadores qualificados.
18.11.2 - Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente
em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a
remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de
solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.
18.11.3 - O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento
adequado à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou
choques no operador.
18.11.4 - Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a
utilização de anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos.
O material utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível.
18.11.5. - Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame,
recipiente, tanque ou similar, que envolvam geração de gases confinados ou
semiconfinados, é obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para
eliminar riscos de explosão e intoxicação do trabalhador, conforme
mencionado no item 18.20 - Locais confinados.
NR 18
18.11.6 - As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das
chamas na saída do cilindro e chegada do maçarico.
18.11.7 - É proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas
próximo às garrafas de O2 (oxigênio).
18.11.8 - Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados.
18.11.9 - Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de
soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e
devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes.
CORTE A AQUENTE
O seguro morreu de velho.
Mais vale prevenir do que remediar.
Cuidado nunca é demais.
Você ja cansou de ouvir tudo isso?
Então chegou a hora de colocar em prática, que tal começar nesse exato
momento?

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