O documento discute os fundamentos filosóficos do direito penal, abordando (1) o fim do direito penal e a teoria do bem jurídico, (2) a legitimação da pena, e (3) questões concretas e considerações finais sobre esses tópicos.
Descrição original:
Derecho penal comparado con el derecho penal alemán
O documento discute os fundamentos filosóficos do direito penal, abordando (1) o fim do direito penal e a teoria do bem jurídico, (2) a legitimação da pena, e (3) questões concretas e considerações finais sobre esses tópicos.
O documento discute os fundamentos filosóficos do direito penal, abordando (1) o fim do direito penal e a teoria do bem jurídico, (2) a legitimação da pena, e (3) questões concretas e considerações finais sobre esses tópicos.
Direito Penal Prof. Dr. Luís Greco (LL.M.) luis.greco@rewi.hu-berlin.de
Lehrstuhl für Strafrecht, Strafprozessrecht,
ausländisches Strafrecht und Strafrechtstheorie Humboldt-Universität zu Berlin Fundamentos filosóficos do Direito Penal I. Considerações iniciais II. Fim do direito penal; em especial, a teoria do bem jurídico III. Legitimação da pena IV. Literatura I. Considerações iniciais I. Considerações iniciais 1. Objetivo da presente aula II. Fim do direito penal; em especial, a teoria informação; discussão; tomadas de posição do bem jurídico pessoais; sugestões de leitura III. Legitimação da pena 2. Fundamentos “filosóficos” IV. Literatura e por que não constitucionais? II. Fim do direito penal; em I. Considerações iniciais especial, a teoria do bem II. Fim do direito jurídico penal; em especial, a teoria do bem jurídico 1. Conceito dogmático vs. conceito político III. Legitimação da criminal de bem jurídico pena IV. Literatura 2. O bem jurídico na discussão alemã do Pós- Guerra 3. A discussão atual 4. Questões concretas 5. Considerações finais 1. Conceito dogmático vs. conceito I. Considerações político criminal de bem jurídico iniciais II. Fim do direito pioneiro Hassemer, Theorie, p. 19. penal; em especial, a teoria do bem jurídico III. Legitimação da pena IV. Literatura 2. O bem jurídico na discussão I. Considerações alemã do Pós-Guerra iniciais II. Fim do direito a) A situação da legislação alemã penal; em especial, a em especial, o § 175 StGB; teoria do bem jurídico III. Legitimação da cf. ademais os §§ 173; 184 I Nr. 7; 184a Var. 2 StGB pena BVerfGE 6, 389: constitucionalidade do § 175. IV. Literatura Entwurf 1962, p. 376 e ss. b) O movimento de reforma I. Considerações iniciais descriminalizador II. Fim do direito penal; em especial, a H. Jäger, Sittlichkeitsdelikte, p. 13, 38, 116 e ss. teoria do bem jurídico ... Roxin, Sentido e limites; Franz von Liszt 2. O bem jurídico na Alternativ-Entwurf 1966 discussão alemã do Pós-Guerra fim do § 175 StGB III. Legitimação da pena §§ 184 e ss. StGB IV. Literatura c) O movimento “modernizador” I. Considerações iniciais Lei dos crimes ambientais II. Fim do direito por ex., 18. Strafrechtsänderungsgesetz, 1980: §§ 324 e ss. penal; em especial, a StGB teoria do bem jurídico ... reformas do DP econômico 2. O bem jurídico na por ex., 1. Gesetz zur Bekämpfung der Wirtschaftskriminalität, discussão alemã do 1976: §§ 264, 265b Pós-Guerra Argumento: bem jurídico coletivo. III. Legitimação da pena delitos contra a concorrência IV. Literatura em especial, Gesetz zur Bekämpfung der Korruption, 1997: § 299 StGB terrorismo em especial, Gesetz zur Verfolgung der Vorbereitung v. schweren staatsgefährdenden Gewalttaten: § 89a IIa StGB 3. A discussão atual I. Considerações a) Crítica “positivista” iniciais II. Fim do direito aa) indeterminação penal; em especial, a teoria do bem jurídico por ex. Stratenwerth, Conceito III. Legitimação da bb) falta de base legal pena IV. Literatura decisão do incesto, BVerfGE 120, 224 (241 e s.) cc) proporcionalidade como alternativa? b) Crítica “democrática” I. Considerações decisão do incesto, BVerfGE 120, 224 (241 e s.) iniciais II. Fim do direito cf. a respeito Greco, Incesto penal; em especial, a teoria do bem jurídico ... 3. A discussão atual III. Legitimação da pena IV. Literatura c) Crítica “liberal” I. Considerações aa) punição de pensamentos iniciais II. Fim do direito Jakobs, Criminalización penal; em especial, a teoria do bem jurídico bb) em especial, a teoria da lesão a direito ... subjetivo 3. A discussão atual Naucke, Alcance III. Legitimação da pena IV. Literatura cc) problema das consequências I. Considerações iniciais indiretas II. Fim do direito cf. BVerfGE 6, 389 (437: proteção de jovens); Entwurf penal; em especial, a 1962, p. 376 ss.; e, especialmente, BVerfGE 90, 145 (173 e teoria do bem jurídico ss.) ... 3. A discussão atual ademais v. Droste-Hülshoff, NArchCrimR 1827, p. 600 e ss.! ... necessidade de complementação da teoria do bem c) Crítica “liberal” jurídico por uma teoria da autonomia/esfera nuclear da III. Legitimação da pena vida privada. IV. Literatura cf. Greco, Incesto; Posse de droga 4. Questões concretas I. Considerações iniciais a) crimes de perigo abstrato; em II. Fim do direito especial, “crimes de posse”; “crimes de penal; em especial, a preparação” teoria do bem jurídico III. Legitimação da cf. Struensee, Delitos de tenencia; pena novo § 89a StGB IV. Literatura necessidade de uma clara distinção entre bem jurídico e estrutura do delito, cf. Greco, Ofensividade b) Bens jurídicos coletivos I. Considerações teoria pessoal do bem jurídico? iniciais II. Fim do direito cf. Hassemer, Linhas gerais penal; em especial, a necessidade de desconstruir “falsos” bens teoria do bem jurídico 4. Problemas jurídicos coletivos concretos cf. Greco, Existem critérios? III. Legitimação da pena IV. Literatura c) Paternalismo I. Considerações cf. Schünemann, Paternalismo; v. Hirsch, iniciais II. Fim do direito Paternalismo penal; em especial, a problema central: autonomia teoria do bem jurídico 4. Problemas concretos III. Legitimação da pena IV. Literatura d) Tutela de sentimentos I. Considerações postura tradicional: ampla proteção de sentimentos iniciais “offense principle”, cf. Feinberg, Offense to others, p. 10 e II. Fim do direito ss. (a viagem de ônibus), 25 e ss. penal; em especial, a teoria do bem jurídico tutela de sentimentos de segurança (Roxin, AT § 2 nm. 4. Problemas 27) concretos cf. também Hörnle, Protección; Greco, Princípio da proteção de bens III. Legitimação da jurídicos pena IV. Literatura 5. Considerações finais I. Considerações crise? iniciais II. Fim do direito cf. Schünemann, Bem jurídico penal; em especial, a a perigosa aposta da constitucionalização teoria do bem jurídico III. Legitimação da o caminho pena IV. Literatura III. Legitimação da pena I. Considerações iniciais 1. Primeira aproximação. Distinções II. Fim do direito penal; conceituais em especial, a teoria do bem jurídico 2. A discussão alemã desde a chamada III. Legitimação da “Luta de Escolas” pena IV. Literatura 3. A moderna discussão doutrinária 4. Pequeno excurso: Teorias da aplicação da pena 1. Primeira aproximação. Distinções I. Considerações conceituais iniciais II. Fim do direito penal; sentido da discussão em especial, a teoria a pena como um mal. Princípio neminem laedere. do bem jurídico III. Legitimação da teorias preventivas vs. retributivas pena prevenção geral e especial IV. Literatura 2. A discussão alemã desde a I. Considerações chamada “Luta de Escolas” iniciais II. Fim do direito penal; a) A Luta de Escolas em especial, a teoria do bem jurídico Escola Clássica III. Legitimação da vs. pena IV. Literatura Escola Moderna b) A grande reforma do Pós-Guerra I. Considerações iniciais II. Fim do direito penal; E 1962 em especial, a teoria do pena como “reproche moral sobre comportamento bem jurídico humano” (p. 96). III. Legitimação da pena vs. ... AE 1966 2. A discussão alemã desde a chamada pena como “amarga necessidade em uma comunidade “Luta de Escolas” de seres imperfeitos como o são os homens” (p. 29). IV. Literatura “despedida de Kant e Hegel” (Klug, Abschied) c) A euforia ressocializadora da I. Considerações iniciais década de 70 II. Fim do direito penal; em especial, a teoria do d) Prevenção geral positiva bem jurídico III. Legitimação da pena ... 2. A discussão alemã desde a chamada “Luta de Escolas” IV. Literatura e) Posição dominante: ecletismo, I. Considerações iniciais teoria da união II. Fim do direito penal; em especial, a teoria do § 46 I StGB: “A culpabilidade do autor é o bem jurídico fundamento da medição da pena. Devem ser III. Legitimação da levadas em conta as consequências que são de pena ... esperar-se da pena para a vida futura do autor 2. A discussão alemã em sociedade”. desde a chamada “Luta de Escolas” BGHSt, 7, 28 (32); Streng, Sanktionen, nm. 627: IV. Literatura “prevenção nos limites da repressão”. f) Pequeno excurso: posições abolicionistas 3. A moderna discussão doutrinária I. Considerações a) O ponto de partida: Insatisfação com a iniciais II. Fim do direito penal; “Caixa de Pandora” da prevenção em especial, a teoria b) Neo-idealismos do bem jurídico III. Legitimação da retorno a Kant e Hegel pena IV. Literatura E.A. Wolff; Naucke; M. Köhler c) Pena como censura v. Hirsch/Hörnle, Tadel d) Pena como contribuição para I. Considerações iniciais II. Fim do direito penal; garantia de uma ordem comum em especial, a teoria do Pawlik, Person; Unrecht bem jurídico III. Legitimação da pena e) Pena como direito da vítima ... 3. A moderna discussão Reemtsma, Hörnle doutrinária IV. Literatura f) Teorias dualistas Roxin, Sentido e limites; Schünemann, Prevencion; Greco, Lebendiges; Conveniencia 4. Pequeno excurso: Teorias da aplicação I. Considerações iniciais da pena II. Fim do direito penal; em especial, a teoria do a) Teoria do espaço livre (Spielraumtheorie) bem jurídico BGHSt, 7, 28 (32); Streng, Sanktionen, nm. 627: “prevenção nos III. Legitimação da pena limites da repressão”. ... 3. A moderna discussão b) Teoria da pena exata (Theorie der doutrinária Punktstrafe) IV. Literatura c) Teoria da proporcionalidade pelo fato (Tatproportionalitätslehre) cf. Hörnle, Determinacion Literatura item II: v. Droste-Hülshoff, Ob nur Rechtsverletzungen vom Staate als Verbrechen bestraft werden dürfen?, in: NArchCrimR 1827, p. 600 e ss.; Feinberg, The moral limits of criminal sanction, vol. II: Offence to Others; vol. III: Harm to self, Oxford University Press, New York/Oxford, 1985, 1986; Greco, “Princípio da ofensividade” e crimes de perigos abstrato: uma introdução ao debate sobre o bem jurídico e as estruturas do delito, in: Revista Brasileira de Ciências Criminais 49 (2004), p. 89 e ss.; Breves reflexões sobre os princípios da proteção de bens jurídicos e da subsidiariedade no direito penal, in: Zenkner Schmidt (coord.), Livro em homenagem a Cezar Bitencourt, Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2006, pp. 401 e ss.; Tem futuro a teoria do bem jurídico? Reflexões a partir da decisão do Tribunal Constitucional Alemão a respeito do crime de incesto, in: RBCC 82 (2010), p.165 e ss. = ¿Tiene futuro la teoría del bien jurídico? Reflexiones a partir de la sentencia del Tribunal Constitucional alemán con respecto al delito de incesto (§ 173 del StGB), trad. Eugenio Sarrabayrouse, in: Tortura, incesto y drogas. Reflexiones sobre los límites del derecho penal, Buenos Aires, Hammurabi, 2014, p. 66 e ss.; Posse de droga, privacidade, autonomia. Reflexões a partir da decisão do Tribunal Constitucional Argentino sobre a inconstitucionalidade do tipo penal de posse de droga com a finalidade de próprio consumo, in: RBCC 87 (2010), p. 84 e ss. = Tenencia de drogas, privacidad, autonomía. Reflexiones a partir de la sentencia de la Corte Suprema argentina sobre la inconstitucionalidad del tipo penal de tenencia de drogas para consumo personal, trad. Eugenio Sarrabayrouse, in: Tortura, incesto y drogas. Reflexiones sobre los límites del derecho penal, Buenos Aires, Hammurabi, 2014, p. 96 e ss.; Modernização do direito penal, bens jurídicos coletivos e crimes de perigo abstrato, Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2011; Existem critérios para a postulação de bens jurídicos coletivos?, in: Revista de Concorrência e Regulação Ano II nº. 7/8 (2012), p. 349 e ss.; Greco/Tórtima (coords.), O bem jurídico como limitação do poder estatal de incriminar?, Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2011; Hassemer, Theorie und Soziologie des Vebrechens, Frankfurt a. M.: Europäische Verlagsanstalt, 1980; Linhas gerais de uma teoria pessoal do bem jurídico, in: Greco/Tórtima, p. 15 e ss.; v. Hirsch, Paternalismo direto: autolesões devem ser punidas penalmente?, in: RBCC 67 (2007), p. 11 e ss.; Hörnle, La protección de sentimientos en el StGB, in: Hefendehl (coord.), La teoría del bien jurídico: ¿fundamento de legitimación del Derecho penal o juego de abalorios dogmático? Madrid, Marcial Pons, 2007, p. 383 e ss.; Jäger, Strafgesetzgebung und Rechtsgüterschutz bei Sittlichkeitsdelikten, Stuttgart, Ferdinand Enke Verlag, 1957; Jakobs, Criminalización en el estadio previo a la lesión de un bien jurídico, in: Jakobs, Estudios de derecho penal, Civitas, Madrid, 1997, p. 293 e ss.; O que é protegido pelo direito penal: Bens jurídicos ou a vigência da norma?, in: Greco/Tórtima, p. 159 e ss.; Naucke, O alcance do direito penal retributivo em Kant, in: Greco/Tórtima, p. 77 e ss.; Roxin, Sentido e limites da pena estatal, in: Problemas Fundamentais de Direito Penal, 2a edição, Lisboa, Vega Universidade, 1993, p. 15 e ss.; Que comportamentos pode o estado proibir sob ameaça de pena?, in: Roxin, Estudos de direito penal, Renovar, Rio de Janeiro, 2006, p. 31 e ss.; Sobre o recente debate em torno do bem jurídico, in: Greco/Tórtima, p. 179 e ss.; também in: Roxin (A. Leite [coord.]), Novos estudos de direito penal, Marcial Pons, Madrid etc., 2014, p. 41 e ss.; O conceito de bem jurídico crítico ao legislador em xeque, in: Novos estudos, p. 70 e ss.; Schünemann, A crítica ao paternalismo jurídico-penal: um trabalho de Sísifo?, in: Estudos de direito penal, direito processual penal e filosofia do direito, Marcial Pons, Madrid etc., 2013, p. 91 e ss.; O princípio da proteção de bens jurídicos como ponto de fuga dos limites constitucionais e da interpretação dos tipos, in: Greco/Tórtima, p. 25 e ss.; também in: Schünemann, Estudos de direito penal, direito processual penal e filosofia do direito, Marcial Pons, Madrid etc., 2013, p. 39 e ss.; Stratenwerth, Sobre o conceito de bem jurídico, in: Greco/Tórtima, p. 101 e ss.; Struensee, Los delitos de tenencia, in: Jakobs/Struensee, Problemas capitales del derecho penal moderno, Hammurabi, Buenos Aires, 1998, p. 107 e ss.
* Vermelho = recomendações especiais
Literatura item III: Greco, Conveniência e respeito: sobre o hipotético e o categórico na fundamentação do Direito Penal, in: RBCC 95 (2012), p. 43 e ss.; Lo vivo y lo muerto en la teoría de la pena de Feuerbach. Una contribución al debate actual sobre los fundamentos del derecho penal, Madrid, Marcial Pons, 2015; Hörnle, Determinacion de la pena y culpabilidad. Notas sobre la teoría de la determinación de la pena en Alemania, Fabián J. Di Plácido, Buenos Aires, 2003; Teorías de la pena, Bogotá, 2015; Hörnle/v. Hirsch, Positive Generalprävention und Tadel, in: GA 1995, p. 261 e ss.; Strafrecht, Allgemeiner Teil, Springer, Berlin etc., 1997; Klug, Abschied von Kant und Hegel, in: Baumann (coord.), Programm für ein neues Strafgesetzbuch, Frankfurt a. M., 1968, p. 36 e ss.; Roxin, Sentido e limites da pena estatal, in: Problemas Fundamentais de Direito Penal, 2a edição, Lisboa, Vega Universidade, 1993, p. 15 e ss.; Pawlik, Person, Subjekt, Bürger. Zur Legitimation von Strafe, Duncker & Humblot, Berlin, 2004; Das Unrecht des Bürgers, Mohr-Siebeck, Tübingen, 2012; Ciudadanía y derecho penal : fundamentos de la teoría de la pena y del delito en un Estado de libertades, Barcelona, 2016; Schünemann, Sobre la critica a la teoria de la prevencion general positiva, in: Silva Sánchez (coord.), Política criminal y nuevo Derecho penal (Libro Homenaje a Claus Roxin), Bosch, Barcelona 1997, p. 89 e ss.; Streng, Strafrechtliche Sanktionen – Die Strafzumessung und ihre Grundlagen, 3. ed., Kohlhammer Verlag, Stuttgart, 2012.
Uma Teoria de Direito Criminal: para além da Tutela de Bens Jurídicos: a consciência dos valores como fundamento e o Bem Jurídico como possibilidade de relação
La Teoria Del Dominio de La Voluntad A Traves de Un Aparato Organizado de Poder de Claus Roxin: Luces y Sombras A Poco Mas de Cincuenta Años de Su Surgimiento
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições