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Essa, porém, não era a regra do nosso ordenamento jurídico até a entrada em
vigor da Lei 10.695/03, razão pela qual tal alteração é muito bem vinda. De fato, o artigo
46, inciso II, da Lei de Direitos Autorais, diz que não constitui ofensa aos direitos de autor
“a reprodução, em um só exemplar, de pequenos trechos, para uso privado do copista,
desde que feita por este, sem intuito de lucro”. Portanto, a limitação ao direito de autor
contida no referido artigo legal seria aplicada apenas à reprodução de pequenos trechos e
não de obra integral. É por essa razão que a cópia integral de uma obra qualquer, como um
livro, por exemplo, até a entrada em vigor da Lei 10.695/03, era tipificada como crime de
violação de direito de autor.
Assim, podemos dizer que uma das características mais louváveis da Lei
10.695/03 foi a de ter estabelecido pesos diferentes para as penas aplicáveis à reprodução
com e sem intuito de lucro, além de ter excluído da tipificação penal a cópia única para uso
privado do copista, sem intuito de lucro, uma vez que cada uma dessas práticas tem
diferentes impactos na esfera social e econômica.
Dessa forma, não vemos razão para a Lei 10.695/03 ter suprimido o artigo
185 do Código Penal. Na verdade, a criação de uma tipificação criminal com pena
específica para a falsa atribuição de autoria, na redação anterior do Código Penal,
justificava-se pelo valor relevante que esse direito moral de autor representa para a nossa
sociedade.
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