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PAULO-SP.
JOSÉ CARLOS DA SILVA MAIA, brasileiro, com titulo de eleitor sob o nº _____________,
candidato a deputado Estadual, casado, empresário, carteira de identidade n.º _____, CPF
_______ , residente e domiciliado na Avenida ____________, n.º 00, vem, por seu advogado, à
presença de Vossa Excelência, com base no artigo 5.º. inciso LXXIII da Constituição de 1988 e
na Lei Federal 4.717/65, propor a presente AÇÃO POPULAR em face do ESTADO DE SÃO
PAULO, pessoa jurídica de Direito Público interno, representado pelo prefeito estadual e que
poderá ser citado na _____, Centro; BRUNO CORREIA DA SILVA FERRAZ, brasileiro, casado,
prefeito estadual de SÃO PAULO, carteira de identidade n.º ________, CPF _______ , residente
e domiciliado nesta cidade, na Rua ________, n.º 00, bairro São Pedro e contra a empresa
FERROVIAS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, portadora do CNPJ _______________,
sediada nesta cidade, na Rua Mauro Coetrum, n.º 100, Centro de São Paulo, pelos
fundamentos seguintes:
1) DOS FATOS:
Porém após amplos estudos, foi identificado que o local em que acontecerá o ato, tem
equipamentos que foram alugados e foi providenciado o cerco de tapumes no local.
Também fora fixada uma placa, assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza
da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo
necessário para a conclusão dos preparativos.
Verifica-se que o local escolhido para realizar a obra é uma área de preservação ambiental
permanente do estado. Considerando esse dado, o autor formulou requerimento, dirigido à
concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada.
2) DA LEGITIMIDADE ATIVA:
A legitimidade ativa de José Carlos da Silva Maia decorre do fato de ser cidadão, conforme
dispõe o Art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88, qualidade intrínseca à sua condição de candidato ao
cargo de deputado estadual.
3) DA LEGITIMIDADE PASSIVA:
A legitimidade passiva do prefeito Bruno Correia decorre do fato de ter concedido a licença
de construção (Lei nº 4.717/65, Art. 6º, caput).
A legitimidade do Estado de São Paulo por se almejar obstar os efeitos de uma licença que
concedeu por intermédio do prefeito (Lei nº 4.717/65, Art. 6º, § 3º), bem como da sociedade
empresária Ferroviária do fato de ser a beneficiária da licença concedida (Lei nº 4.717/65, Art.
6º, caput), estando na iminência de realizar a obra.
4) DOS DIREITOS:
Percebe-se que a licença concedida pelo Prefeito é atentatória ao meio ambiente, pois o
local abriga uma área de preservação ambiental permanente do Estado. Assim, os atos do
poder concedente e do concessionário devem ser praticados em harmonia com a ordem
jurídica, que protege o meio ambiente, nos termos do Art. 225, caput, da CRFB/88, inclusive no
âmbito da atividade econômica, conforme dispõe o Art. 170, inciso VI, da CRFB/88.
A licença, portanto, afrontou a concepção mais ampla de legalidade, prevista no Art. 37,
caput, da CRFB/88.
5) DO PEDIDO DE LIMINAR:
Conforme prevê o artigo 300 do CPC, a tutela de urgência poderá ser concedida quando
houver elementos que demonstrem a probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo do
dano (periculum in mora).
No presente caso, deverá ser a sociedade empresária impedida de iniciar as obras no local,
uma vez que podem ser causados danos irreversíveis ao meio ambiente, considerando as raras
espécies da fauna e da flora silvestre existentes no local.
Deverá ser anulada a licença concedida pelo Estado, uma vez que a obra será realizada em
uma preservação ambiental permanente.
7) DOS PEDIDOS:
c) A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos do artigo 6.º, § 4.º
da Lei 4.717/65, para acompanhar todos os atos e termos da presente ação;
8) DAS PROVAS:
Advogado
OAB