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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (ÍZA) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA

DE PARÁ DE MINAS/MG.
O NomePÚ BLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, por intermédio da Promotoria de Justiça
de Habitaçã o e Urbanismo da Comarca de Pará de Minas, no uso de suas atribuiçõ es
institucionais, por seu Promotor de Justiça signatá rio, vem respeitosamente a V. Exa., com
fulcro no inc. II do art. 129 da CRFB/88, na Lei 7347/1985, na Lei 10.257/2001 e na Lei
11.977/09 E 13.465/17, propor a presente
AÇÃ O CIVIL PÚ BLICA
com pedido de liminar inaudita altera pars em desfavor de
Nome, brasileiro, Estado Civil, lavrador, filho de Walter Ferreira do Amaral e Maria do
Carmo Delfino, natural de Sã o Gonçalo do Pará /MG, nascido aos 22.06.1984, portador do
RG n. 00000-00e CPF n. 000.000.000-00, residente na Endereçobairro Sã o Francisco, Sã o
Gonçalo do Pará /MG;
Nome, brasileiro, Estado Civil, carpinteiro, filho de Noé Caetano de Oliveira e Maria da
Conceiçã o da Silva Oliveira, natural de Belo Horizonte/MG, nascido aos 22.03.1970,
portador do RG n. 00000-00e CPF n. 000.000.000-00, residente na Endereçobairro Sã o
Francisco, Sã o Gonçalo do Pará /MG; e
Nome, brasileiro, Estado Civil, amdinistrador de empresa, filho de Vanduir Alves e Nome,
natural de Sã o Gonçalo do Pará /MG, nascido aos 08.07.1992, portador do RG n.
(00)00000-0000e CPF n. 000.000.000-00, residente na Endereço, Sã o Gonçalo do Pará /MG,
pelos motivos a seguir expostos:
DA LEGITIMIDADE DO NomePÚ BLICO:
O NomePú blico, a par da amplitude de seu conceito e á rea de atuaçã o estabelecidos no
artigo 127 da Carta Magna tem, dentre as funçõ es institucionais por ela outorgadas, a
contida no inciso III do artigo 129, qual seja:
Art. 129 - São funções institucionais do NomePúblico:
(...)
III - Promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

A açã o civil pú blica, regulamentada pela Lei 7.347/85, foi criada com o intuito de proteger
e reprimir danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histó rico, turístico e paisagístico, por infraçõ es de ordem econô mica, à ordem
urbanística, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos e ao patrimô nio
pú blico e social (art. 1º), legitimando expressamente o ó rgã o ministerial para, por meio de
seu ajuizamento, promover o resguardo de tais interesses.
Como se nã o bastasse, a Lei 13.465/2017, que dispõ e sobre a regularizaçã o fundiá ria rural
e urbana , reafirmou a legitimidade do NomePú blico:
Art. 14. Poderão requerer a Reurb:
(...)
V - o NomePúblico.
§ 1º Os legitimados poderão promover todos os atos necessários à regularização fundiária, inclusive requerer os
atos de registro.

Logo, o NomePú blico possui legitimidade ativa para o ajuizamento de açã o judicial visando
à proteçã o dos interesses relacionados ao meio ambiente e à ordem urbanística,
pretendendo, no caso, a regularidade do loteamento clandestino bem como o registro do
parcelamento do solo.
DOS FATOS
Foi instaurado no â mbito da 4a Promotoria de Justiça de Pará de Minas o Inquérito Civil nº
0471.00000-00 (em anexo) para se apurar a existência de chacreamento clandestino na
localidade de Venâ ncios, Sã o Gonçalo do Pará .
O chacreamento "Muro de Pedra" foi instalado em parte (cerca de 13ha) do imó vel rural
Endereço- fl. 78 do IC anexo).
O responsá vel inicial pelo chacreamento, o requerido Nomerecebeu o imó vel de herança,
tendo vendido diversos pequenos lotes no local e, ainda, 8.988m 2 para o réu
Nome(contrato de fls. 146-147) - que também a fracionou em pequenas partes - e cerca de
27.000m 2 para o réu Nome(contrato de fls. 81-82), o qual também fracionou a parte
adquirida em outros pequenos lotes.
No decorrer das investigaçõ es, apurou-se que os três requeridos venderem cerca de 50
lotes no local, todos inferiores ao mó dulo mínimo de parcelamento rural previsto para a
regiã o (2ha), sem qualquer autorizaçã o do Município de Sã o Gonçalo do Pará .
Dessa forma, foram promovidas pelo parquet reuniõ es diversas envolvendo os três
responsá veis pelo loteamento irregular juntamente com os possuidores de lotes
desmembrados da gleba mencionada, objetivando a celebraçã o de um termo de
ajustamento de conduta, situaçã o que permitiria a regularizaçã o da á rea, implantaçã o de
sistema de esgoto e abastecimento domiciliar de á gua potá vel, readequaçã o das dimensõ es
dos lotes, bem ainda regularizar a posse dos ocupantes , via titulaçã o, e, consequentemente,
melhorar as condiçõ es de vida dos seus moradores.
Apó s diversas tratativas realizadas na Promotoria do Justiça com Nome, Nomee Nome,
firmou-se Termos de Ajustamento de Conduta (fls. 237 e 303-306 do IC anexo), através dos
quais eles se comprometeram, dentre diversas outras obrigaçõ es, a ingressar com pedido
de regularizaçã o fundiá ria junto ao Município de Sã o Gonçalo do Pará e a realizar obras de
infraestrutura no local.
A despeito de eles terem ingressado com o pedido para REURB (fls. 291 e 390 do IC anexo)
junto à municipalidade, os Réus nã o concordaram em arcar com as obras restantes para
regularizaçã o do empreendimento, quais sejam: implantaçã o de drenagem pluvial; rede de
energia elétrica e rede de fornecimento de á gua, conforme ata de fls. 522 do IC anexo.
Assim, em face da negativa dos réus em sede administrativa, outra soluçã o nã o resta senã o
buscar a regularizaçã o fundiá ria do loteamento promovido pelos Requeridos com a
implantaçã o das obras previstas na Lei 13.465/17 , mediante ajuizamento da presente açã o
civil pú blica.
DO DIREITO
A Constituiçã o Federal reconhece a moradia digna como direito humano (direito social),
conforme artigo 6º, in verbis:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia , o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.

Na esteira do preceito constitucional, a Lei Federal 10.257/2001 ( Estatuto da Cidade)


estabeleceu, como uma das diretrizes da política urbana o direito a cidades sustentá veis,
entendido este como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-
estrutura urbana e ainda, a regularizaçã o fundiá ria e urbanizaçã o de á reas ocupadas por
populaçã o de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanizaçã o,
uso e ocupaçã o do solo e edificaçã o, consideradas a situaçã o só cio-econô mica da populaçã o
envolvida e as normas ambientais (art. 2º, XIV).
No caso presente, a ocupaçã o desordenada da gleba loteada irregularmente pelos
Requeridos requer a implantaçã o da regularizaçã o fundiá ria de forma sustentá vel nos
moldes delineados pela Política Nacional de Regularizaçã o Fundiá ria em desenvolvimento
no país, devendo os réus entenderem de uma vez por todas que, conforme se extrai das Leis
nº 6.766/79 e 13.465/17, compete aos loteadores, originariamente, a observâ ncia aos
requisitos urbanísticos para loteamento, sua implantaçã o e manutençã o; inclusive por
irregularidades detectadas no empreendimento.
Ao loteamento objeto da presente açã o, poderá ser aplicada a regularizaçã o fundiá ria
prevista na Lei 13.465/17 que assim dispõ e:
Art. 35. O projeto de regularização fundiária conterá, no mínimo:
I - levantamento planialtimétrico e cadastral, com georreferenciamento, subscrito por profissional competente,
acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), que
demonstrará as unidades, as construções, o sistema viário, as áreas públicas, os acidentes geográficos e os demais
elementos caracterizadores do núcleo a ser regularizado;
II - planta do perímetro do núcleo urbano informal com demonstração das matrículas ou transcrições atingidas,
quando for possível;
III - estudo preliminar das desconformidades e da situação jurídica, urbanística e ambiental;
VI - proposta de soluções para questões ambientais, urbanísticas e de reassentamento dos ocupantes, quando for
o caso;
IV - projeto urbanístico;
V - memoriais descritivos; VI - proposta de soluções para questões ambientais, urbanísticas e de reassentamento
dos ocupantes, quando for o caso;
VII - estudo técnico para situação de risco, quando for o caso; VIII - estudo técnico ambiental, para os fins previstos
nesta Lei, quando for o caso;
IX - cronograma físico de serviços e implantação de obras de infraestrutura essencial, compensações urbanísticas,
ambientais e outras, quando houver, definidas por ocasião da aprovação do projeto de regularização fundiária; e
X - termo de compromisso a ser assinado pelos responsáveis, públicos ou privados, pelo cumprimento do
cronograma físico definido no inciso IX deste artigo.
Parágrafo único. O projeto de regularização fundiária deverá considerar as características da ocupação e da área
ocupada para definir parâmetros urbanísticos e ambientais específicos, além de identificar os lotes, as vias de
circulação e as áreas destinadas a uso público, quando for o caso.
Art. 36. O projeto urbanístico de regularização fundiária deverá conter, no mínimo, indicação:
I - das áreas ocupadas, do sistema viário e das unidades imobiliárias, existentes ou projetadas;
II - das unidades imobiliárias a serem regularizadas, suas características, área, confrontações, localização, nome do
logradouro e número de sua designação cadastral, se houver;
III - quando for o caso, das quadras e suas subdivisões em lotes ou as frações ideais vinculadas à unidade
regularizada;
IV - dos logradouros, espaços livres, áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, quando
houver;
V - de eventuais áreas já usucapidas;
VI - das medidas de adequação para correção das desconformidades, quando necessárias;
VII - das medidas de adequação da mobilidade, acessibilidade, infraestrutura e relocação de edificações, quando
necessárias; VIII - das obras de infraestrutura essencial, quando necessárias;
IX - de outros requisitos que sejam definidos pelo Município.
§ 1º Para fins desta Lei, considera-se infraestrutura essencial os seguintes equipamentos:
I - sistema de abastecimento de água potável, coletivo ou individual;
II - sistema de coleta e tratamento do esgotamento sanitário, coletivo ou individual;
III - rede de energia elétrica domiciliar;
IV - soluções de drenagem, quando necessário; e
V - outros equipamentos a serem definidos pelos Municípios em função das necessidades locais e características
regionais.

Por força dos TAC’s firmados no Inquérito Civil anexo, os loteadores ingressaram com
pedido de regularizaçã o fundiá ria junto ao município (fls. 291, 381-34 e 390 do IC anexo).
Entretanto, conforme ofício de fl. 481, os loteadores nã o juntaram "documentaçã o
suficiente e completa, conforme a legislaçã o municipal exige".
Já os compradores dos lotes assumiram para si a obrigaçã o de instalar tratamento de
esgoto individual, via instalaçã o de fossas sépticas ou biodigestores em seus respectivos
lotes.
Assim, por força da Lei 13.465/17 supratranscrita, resta a execuçã o das seguintes obras,
orçadas em R$ 00.000,00: drenagem pluvial; rede de energia elétrica; e rede de
fornecimento de á gua.
Entretanto, conforme ú ltima audiência realizada na sede da Promotoria de Justiça, os
responsá veis pelo loteamento "Muro de Pedra", ora Requeridos, NEGAM-SE A ARCAR COM
AS OBRAS FALTANTES, tendo aceitado apenas realizar as obras de fornecimento de á gua,
cujo orçamento é de cerca de R$ 00.000,00.
Vislumbra-se assim que, apesar das inú meras tentativas de se chegar a uma soluçã o
extrajudicial da questã o, quase nada foi feito por nenhum dos Requeridos ao longo do
tempo, limitando-se a reabrir as ruas do chacreamento em 7m de largura e a ingressar com
pedido de regularizaçã o fundiá ria junto ao município, sem apresentar entretanto a
documentaçã o exigida.
Importante destacar que tanto o proprietá rio do terreno rural originá rio, o réu Nome,
quanto os demais réus Nomee Nomeque também desmembraram pequenos lotes no local,
têm responsabilidade sobre o loteamento a ser regularizado, com fulcro no artigo 14,
pará grafo 2 o , da Lei 13.465/17.
Por fim, esclareça-se que a mencionada lei, em seu artigo 11, pará grafo 1 o , permite que
nos casos em que é possível a regularizaçã o fundiá ria, seja dispensada algumas exigências
relativas ao percentual e as dimensõ es de á rea destinadas ao uso pú blico ou ao tamanho
dos lotes regularizados, assim como a outros parâ metros urbanísticos. Por isso, resta aos
réus executarem apenas as obras de drenagem pluvial, rede de energia elétrica e rede de
fornecimento de á gua.
Diante disto, estando comprovada a violaçã o por parte dos Requeridos em realizar as obras
de infraestrutura faltantes no Loteamento "Muro de Pedra" - ofendendo, assim, a ordem
urbanística e os direitos difusos dos moradores da localidade - é que se justifica a presente
açã o civil pú blica para o fim de se obrigar os loteadores a concluir o procedimento de
regularizaçã o fundiá ria, apresentando a documentaçã o pertinente junto ao Município; a
registrar o chacreamento no Cartó rio de Registro de Imó veis, concedendo uma matrícula
individualizada da cada chá cara para os atuais proprietá rios e implantar toda a
infraestrutura restante prevista na Lei 13.465/17.
Da necessidade da medida cautelar
Diante do exposto, vê-se que a concessã o de medida cautelar para bloqueio dos bens dos
réus é imprescindível para resguardar o resultado ú til da presente açã o.
Isso porque, conforme ata de fls. 522 do Inquérito Civil anexo restou demonstrado que os
Requeridos Nome, Nomee Nomenã o tem intençã o de realizar as obras mínimas restantes
previstas em lei para regularizaçã o fundiá ria do loteamento irregular por eles instalado.
Ora, a legislaçã o fartamente destacada acima, afirma a responsabilidade dos loteadores, ora
Requeridos, em prover o loteamento "Muro de Pedra" dos equipamentos urbanos previstos
na Lei 13.465/17 de forma suficiente, satisfató ria e eficaz, a fim de garantir o direito de
propriedade dos compradores, regularizando a posse de cada morador.
Repita-se, a simples venda dos lotes impõ e responsabilidade aos vendedores pela
irregularidade do loteamento, porquanto firmado o contrato em flagrante desacordo com a
legislaçã o aplicá vel, sendo inequívoca a obrigaçã o do proprietá rio em lotear a á rea,
tornando-a apta para edificaçã o, atendendo, desta forma, as exigências urbanísticas
insertas nas Leis supracitadas. Logo, a fim de garantir a implementaçã o das condiçõ es
necessá rias para regularizaçã o do Loteamento Muro de Pedra, assegurando que nã o ocorra
a descapitalizaçã o dos loteadores, é indispensá vel a determinaçã o judicial do bloqueio de
seus bens.
Nesse sentido, é o entendimento jurisprudencial:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LOTEAMENTO
IRREGULAR. PROPRIETÁRIO REGISTRAL. MEDIDA CAUTELAR DE INDISPONIBILIDADE DE BENS. Medida de
indisponibilidade de bens que se destina a assegurar reparação por danos eventualmente sofridos pelos
adquirentes de terrenos em loteamento irregular. Tratando-se de valores insuscetíveis de determinação
apriorística, não é arrazoado autorizar a constrição apenas do bem objeto da demanda, do qual se discute a
propriedade e que não se sabe ser capaz de garantir futura indenização. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
UNÂNIME. (TJRS. Agravo de Instrumento Nº (00)00000-0000, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Ricardo Torres Hermann, Julgado em 24/06/2015).
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. INDISPONIBILIDADE DE BEM DETERMINADA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
INEXISTÊNCIA DE TURBAÇÃO OU ESBULHO. A indisponibilidade dos bens estabelecida em ação civil pública
ajuizada contra a cooperativa habitacional em razão de loteamento irregular não afronta a posse da embargante. A
indisponibilidade determinada é provimento de natureza cautelar que tem por fim vedar a alienação do bem
enquanto não regularizado o loteamento, evitando prejuízos a terceiros, igualmente, de boa-fé. Sentença
confirmada. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNANIME. (Apelação Cível Nº (00)00000-0000, Décima Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Julgado em 20/06/2013).
Agravo de instrumento. Ação civil pública. Loteamento irregular. Indisponibilidade dos bens dos corréus extensível
ao espólio e herdeiros. Possibilidade. A constrição dos bens dos loteadores se justifica pela responsabilidade pela
implantação de loteamento irregular. Extensão ao espólio e herdeiros. Necessidade. Os débitos contraídos em vida
pelo de cujus devem ser honrados com os bens deixados e somente se estes forem superiores é que serão
partilhados entre os herdeiros. Recurso não provido. (TJ-SP - AI: 20458262020208260000 SP 2045826-
20.2020.8.26.0000, Relator: Miguel Petroni Neto, Data de Julgamento: 14/04/2020, 2a Câmara Reservada ao Meio
Ambiente, Data de Publicação: 14/04/2020)

Conforme fls. 522-531, em Março/2020 o orçamento das obras restantes era estimado em
cerca de R$ 00.000,00. Entretanto, devido ao aumento notó rio e generalizado dos materiais
de construçã o civil apó s o início da pandemia, estima-se que o valor de R$ 00.000,00seja
suficiente para a finalidade de garantir a execuçã o das obras de infraestrutura (rede de
distribuiçã o de á gua, rede de distribuiçã o de energia e implantaçã o de drenagem pluvial)
necessá rias à regularizaçã o do loteamento seja suficiente.
Assim, requer o autor ad cautelam, por ser necessá ria à tutela do pedido principal
(obrigaçã o de fazer), o bloqueio de bens dos Requeridos no limite de R$ 00.000,00,
mediante determinaçã o de bloqueio de ativos financeiros dos mesmos via Bacenjud e a
expediçã o de ofício:
1) ao Detran/MG para que informe acerca de bens em nome dos réus Nome, Ronal Caetano
de Oliveira e Nomee lance o gravame;
2) ao Cartó rio de Registro de Imó veis de Pará de Minas para que informe a este Juízo acerca
da existência de bens registrados em nome dos réus e, em caso positivo, remeta certidõ es
ou có pias das matrículas diretamente com lançamento de indisponibilidade;
3) à Receita Federal, solicitando có pia das cinco ú ltimas declaraçõ es de renda dos réus;
4) ao Banco Central do Brasil para que informe da indisponibilidade dos bens dos réus à s
instituiçõ es financeiras, e para que comuniquem a esse d. Juízo, no prazo de 10 (dez) dias,
sobre a existência de contas-correntes, aplicaçõ es financeiras e outras valores em seu
nome. aplicaçõ es financeiras e outras valores em seu nome.
d. Juízo, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a existência de contas-correntes, aplicaçõ es
financeiras e outras valores em seu nome.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, propõ e o NomePú blico a presente Açã o Civil Pú blica, requerendo
cautelarmente o bloqueio de bens dos réus e, no mérito, sejam eles condenados a proceder
à regularizaçã o fundiá ria da ocupaçã o precá ria existente na á rea do loteamento "Muro de
Pedra", apresentando a documentaçã o faltante no procedimento para regularizaçã o do
loteamento junto ao município de Sã o Gonçalo do Pará e implantando as obras de
infraestrutura previstas na Lei 13465/17.
O NomePú blico protesta pela produçã o de todos os meios de prova em direito admitidos,
inclusive depoimento pessoal, oitivas de testemunhas, perícias e juntadas de novos
documentos.
Atribui-se à causa o valor de R$ 00.000,00.
Pará de Minas, 17 de junho de 2021.
Delano Azevedo Rodrigues
Promotor de Justiça

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