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AO DOUTO JUÍZO DA __ VARA JUDICIAL DA COMARCA DE ____

João da Silva, brasileiro, solteiro, residente na rua tal, n° tal, CPF n° xxx xxx xx, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em pleno gozo de seus direitos, representado
por seus advogados tal, sob endereço eletrônico xxxx@xxxx.com, com sede em Palmeiras de
Goiás, amparados pelo art. 5°, inciso LXXIII da Constituição Federal combinado ao art. 1° da
Lei n° 4.717/65, propor a presente:

AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

Em face da Sociedade Empresária K, inscrita no CNPJ/GO sob o n° xxxx, sob endereço


eletrônico xxxx@xxxx.com, com sede em Palmeiras de Goiás.

DOS FATOS

A sociedade empresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada


municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio
pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio.
Ato contínuo, os equipamentos foram alugados e foi providenciado o cerco do local
com tapumes. De imediato, foi fixada a placa, assinada por engenheiro responsável, indicando
a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois,
prazo necessário para a conclusão dos preparativos.
O Autor, usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado estadual no processo
eleitoral que estava em curso, ficou surpreso com a iniciativa da sociedade empresária K, pois
era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente
do Município Alfa, considerando esse dado, formulou requerimento, dirigido à
concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada.
A sociedade empresária K indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local
escolhido fora aprovado pelo Município, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo
prefeito Pedro dos Santos, permitindo o início das obras.

DA LEGITIMIDADE ATIVA

Sabe-se que alegitimação passivapara a causa se refere à qualidade daquela pessoa que
deve suportar o ônus da propositura da demanda, logo, é a pessoa contra quem se propõe a
ação, aquela que resiste à pretensão do autor. Assim, segundo o art.6ºda Lei 4.717/1965, os
legitimados passivos ser, in verbis:

Art. 6º - A ação popular será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades
referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem
autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, tiverem
dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo
Por fim, o Autor propõe a presente ação com o intuito de que se declare a nulidade da
licença concedida e impedida a iminente realização das obras no local escolhido, que abriga
diversas espécies raras da flora e da fauna silvestre. Em tal grau, os legitimados passivos são
as pessoas que dão causa ao dano, a ilegalidade ou ilicitude dos atos praticados, os
funcionários ou administradores que autorizaram, aprovaram, ratificaram, ou praticaram os
atos acima aludidos.
Destarte, temos a prática de ato lesivo por parte dos Réus, o que se faz necessário à
composição do presente litisconsórcio passivo. Ademais, as ilicitudes praticadas ferem os
princípios da administração pública elencados no artigo 37 da Constituição Federal, princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que inclusive se aplica
aos entes, autarquias e aqueles que com elas pactuam.
Desse modo, bastaria a ilegalidade do ato administrativo para invalidá-lo, por desviar-
se dos princípios da administração pública acima elencados. Diante de todo o exposto e da
gravidade dos fatos, a presente ação deve ser julgada procedente.

DA TUTELA DE URGÊNCIA

No presente caso a concessão de tutela de urgência é perfeitamente cabível, eis que o


ato lesivo continua a existir enquanto a vigência da execução do contrato ilícito diante da
lesão ao patrimônio público, extrai-se do artigo 300 do Código de Processo Civil que:
“art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
E ainda o parágrafo 4º do artigo 5º da Lei 4.717/65 dispõe que caberá suspensão
liminar do ato lesivo impugnado.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer a impetrante que Vossa Excelência:

A) Seja declarada a nulidade da licença concedida e impedida a iminente realização das


obras;

B) Determine a citação dos impetrados, nos prazos dos incisos I, alínea ‘a’ e IV do
artigo 7º da Lei 4.717/65, com cópia da presente inicial, bem como todos os
documentos;

C) Dê-se vistas ao Ministério Público, conforme determina o artigo 6º, § 4º e artigo 7º,
inciso I, alínea ‘a’ ambos da Lei 4.717/65;
D) Ao final julgue procedente o pedido, confirmando a liminar, e determine a anulação dos
contratos assinados pelos impetrados e envolvidos com o ato lesivo, bem como de quaisquer
atos administrativos que visem qualquer forma de pagamento de despesas referentes aos
contratos;

E) Condene os impetrados a restituição/devolução aos cofres públicos, com a comunicação


ao Ministério Público para as devidas ações penal de improbidade que entenderem
pertinentes;

F) Condene os impetrados no pagamento das custas e honorários advocatícios (artigo 12 da


Lei 4.717/65

O impetrante protesta provar o alegado por todos os meios em direitos admitidos,


especialmente pelos documentos ora juntados, oitiva de testemunhas e outras mais que se
fizerem necessárias, desde já requeridas
.
Dá se à causa o valor de xxxx

Termos em que, pede deferimento.


Palmeiras de Goiás, GO.

Advogado (a)

OAB/GO

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