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KRESS, G. 2010.

Multimodality: a social semiotic


approach to contemporary communication
Chapter 3: Communication: shaping the domain
of meaning (p 32-53)
Questões

a) Qual a contribuição da Gramática Visual de Kress e


van Leewen, 1996?

b) Que crítica recebeu essa Gramática Visual?

c) Quais são as contribuições de Kress para os estudos


sobre ‘imagens’ e ‘construção de sentidos’ (meaning
making)?

d) Como se situa a obra de Kress nos estudos de


Letramentos?
Mudanças:
De aquisição, competência, crítica, performance competente para design
(p 37)
De linguística para semiótica
Da preocupação com a forma (separada do sentido) para a preocupação
com a forma-e-sentido (p 40)

Revisão:
Modalidade (= verdade), conhecimento, informação, agora: modo /
modalidade, ontologia e epistemologia.
Leitura e percurso de leitura (reading path) (p 36-37)

Design: flexibilidade, adequação ao momento.


Não pergunta: o que foi feito antes, como, para quem, com o quê?
Pergunta: o que é necessário agora, nesta situação, com essa
configuração de propósitos, objetivos, público e com esses recursos,
considerando-se meus interesses nesta situação?
Tudo pode ser construído no conceito de design: currículo, mensagens,
etc
(KRESS 2003, p 49)
‘Ideal’

Centro

‘Real’ (Kress and Van Leeuwen


1996. Gramática Visual)
Novas práticas de letramentos e leitura (KRESS 2003)

Compreender como o Perceber como o mundo se


mundo é descrito mostra
Obter sentido de um texto; Criar sentido para o mundo ao meu
autor do texto põe sentido no redor;
mesmo leitor constrói e reconstrói sentidos
do que lê
Lógica da fala e escrita = tempo Lógica da imagem = espaço e
e sequência simultaneidade
Página Tela

Mente tipográfica Mente em rede

Epistemologia convencional Epistemologia digital


(escrita e leitura convencional) (multimodalidade, imagem)
Conteúdo curricular: base na Uma outra construção de currículo
escrita e lógica da fala e escrita para o novo aluno / nova sociedade
Modelo de Kress: 3 preocupações (p 34)
1.Interação social e intercâmbio em torno de significado,
orientado pelo processo de construir e reconstruir sentido por
meio da construção de signos – simples ou complexos – em
representação. Os construtores de signos e agência desses são
centrais.

2.Recursos para construir sentidos – nas modalidades e


possibilidades dessas.

3.Condições e meios para a disseminação/divulgação do sentido


– as mídias e recursos [facilities] dessas.

Perguntas do tipo: Quem faz que tipo de trabalho semiótico para


quem?
Comunicação (p 36)
3 pressupostos são fundamentais
1.A comunicação acontece como uma resposta a um estímulo
2.Ocorre comunicação se ocorre interpretação
3.A comunicação é sempre multimodal

Estágios
1) Predomina o interesse do construtor inicial do signo/
complexo-signo (o orador/escritor), na intenção de disseminar o
complexo-signo como mensagem e torná-la estímulo.
2) O interesse e atenção de um intérprete deve estar em foco:
leva à seleção do critério para o intérprete na mensagem inicial e
para o enquadramento dos aspectos selecionados da mensagem
inicial como estímulo, a qual será interpretada.
O papel do escritor/falante [rhetor] é complementado
pelo papel do intérprete (p 44)

Na construção dos signos,


o escritor/falante estabelece a base;
o intérprete molda/ajusta e interpreta o estímulo.

Ambos são construtores dos signos.


Retórica e Design

Retórica – volta-se para as dimensões sociais e políticas

Design – volta-se para as dimensões semióticas


(proposta do designer= moldar a mensagem); está a
serviço da retórica
KRESS, G. 2010. Multimodality: a social semiotic
approach to contemporary communication
Chapter 4: A social-semiotic theory of
multimodality(p 54-78)
De uma teoria linguística a uma teoria social-
semiótica-multimodal
A teoria social-semiótica – tem interesse nos sentidos
em todas as suas formas.

A unidade central é o signo= uma fusão de forma e sentido.


Signos são construídos (newly) em interações sociais;
são motivados por essas interações; pelos interesses dos
atores dessas interações; são parte dos recursos
semióticos de uma cultura.

Diferentes linhas de Semiótica Social


Perspectiva linguística
Perspectiva semiótica (Halliday)
motivação– uso de uma forma que está ‘pronta’ para passar
o ‘sentido esperado’ (já ‘existente’) = ‘meaning shape’

A unidade central é o signo= uma fusão de forma e sentido.


Signos são construídos (newly) em interações sociais;
são motivados por essas interações; pelos interesses dos
atores dessas interações; são parte dos recursos
semióticos de uma cultura.

Diferentes linhas de Semiótica Social


Perspectiva linguística
Perspectiva semiótica (Halliday)
Semiótica Social Multimodal – teoriza [construção de]
de
sentido a partir de 3 perspectivas.

Semiose – aplica-se a toda representação, toda


comunicação e toda mídia de comunicação;

Multimodalidade – lida com questões comuns a todos os


modos (modes) e as relações entre os modos;

Modos específicos – descrevem formas e sentidos que


são apropriados a especificidades de um certo /
determinado modo – seus propiciamentos (affordances),
suas histórias de moldagem social (social shapes) e origens
culturais. (Ex: modos de fala= entoação)
Modo= recurso semiótico para construir sentido já instituído
para tal (socially shaped) (imagem, escrita, layout, música,
gesto, fala, soundtrack, imagem em movimento...)
TAKAKI, N. H. Navegar é e não é preciso. Pesquisa de
doutorado, USP, 2008
Loira Linda: quer tc comigo?

Pedro o Dionísio: Muuuito!


Tradução- processo no qual o sentido se move – por meio de,
transportado – de uma modo a outro modo; de um modo numa
cultura para um mesmo modo numa outra cultura (de uma
língua para outra)

Transdução- subordinado à [como um tipo de] tradução.


Processo de mover o sentido de um modo a outro modo – de
fala para imagem; de escrita para filme. O processo requer
rearticulação de sentidos das entidades (palavras; imagens)de
um modo para as entidades de um outro modo.

Transformação- é um processo de menos alcance do que a


transdução. Um processo de mudança de sentidos no re-ordenar
dos elementos de um texto ou outro objeto semiótico na mesma
cultura e mesmo modo ou entre culturas num mesmo modo.

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