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FERNÃO

LOPES
FERNÃO LOPES – O HISTORIADOR

Foi o primeiro a construir “uma


Serviu-se de fontes de natureza
narrativa ordenada diacronicamente, de
diplomática e arquivista e de outras como
estrutura e apresentação internas muito
“memórias dispersas, informações orais,
mais complexas”, servindo-se de
elementos lendários e tradicionais,
“materiais informativos muito
representações artísticas e até epitáfios”.
diversificados”.
FERNÃO LOPES

 Foi um “escritor ao serviço do poder”.


 Da leitura das crónicas de Fernão Lopes, depreende-se a sua
parcialidade, motivada pelo facto de o seu trabalho ter sido
encomendado pelo rei D. Duarte.

A sua tarefa consistia em legitimar a regência de D. João I, cuja


nomeação, decorrente dos “acontecimentos verificados em Portugal
em 1383-1385”, levantava algumas dúvidas.
CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES

 A Crónica de D. João I debruça-se sobre a ascensão e reinado do Mestre de


Avis, filho de D. Pedro e de uma aia, Teresa Lourenço.

 A insurreição inicia-se com a morte do Conde Andeiro.


 O homicídio do amante de D. Leonor Teles surge como resposta à ameaça
castelhana que pairava sobre a coroa portuguesa.

 Os protagonistas do assassinato ocorrido nos paços da rainha manipularam o


povo, de modo a garantir o seu apoio.
CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES
 O povo regozijou-se com o facto de o Mestre de Avis estar vivo e apoiou o
assassinato do Conde Andeiro.

A questão da sucessão ao trono português colocou em confronto os


sentimentos do povo e as ambições de uma parte da nobreza.

 Apesar de o Mestre de Avis não ser um sucessor legítimo ao trono, o povo


apoiava-o por reconhecer nele a única garantia da independência nacional.

 Foram os castelhanos que puseram cerco à cidade de Lisboa, como forma de


dissuadir o Mestre de Avis dos seus propósitos.
CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES
 O Mestre soube de antemão que
os castelhanos tencionavam cercar
Lisboa e, por isso, deu ordens para
as pessoas se abastecerem e
protegerem.

 Apesar de se terem preparado


antes do cerco, as necessidades do
povo, sobretudo em termos
alimentares, passaram a ser
muitas.

 O povo apresenta-se como a força


motora e impulsionadora da
revolta ocorrida por questões
dinásticas.

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