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Danças

folclóricas do
Sul
As danças são...

• BAMBAQUERÊ

• Bambaquerê é uma espécie de baile (fandango), de


origem africana, ou seja, um conjunto de
danças que se executa durante uma noite de folguedo.
Temos como exemplo a “quadrilha”,
composta de Tirana, Tatu, Cará, Balaio, Chimarrita,
Serrana, Recortado, etc.
O Bambaquerê, baile regional, é muito mais popular no
Sul, principalmente no Estado do Rio
Grande do Sul. Coreografia: homens e mulheres dançam
e cantam em circulo, no centro, enquanto um ou dois
dançarinos executam vários passos e figuras.
Chico

• Chico é uma dança de salão, que geralmente faz parte do repertório do


fandango dos Estados do extremo Sul do país, principalmente do Estado
do Paraná. O contato entre os pares, os volteios estreitos, tornam o
Chico uma dança um tanto voluptuosa. Indumentária: típica, regional
sulina.

• Instrumento musical: viola.

• Coreografia: homens e mulheres colocam-se formando um círculo. A


dama fica em frente do cavalheiro, de costas, com os braços cruzados e
as palmas das mãos por cima dos ombros do seu par, voltadas para cima.
O cavalheiro estende os braços, segura as mãos da dama. E assim, vão
marchando em passo lento, em direção à direita.
Entrementes, o violeiro anima a dança ao som do instrumento e canta.
Quando todos param de cantar, os homens continuam rufando com os
pés, fazendo tilintar as esporas, enquanto as damas dançam, passo à
direita e à esquerda, sempre de mãos dadas com o companheiro.
A um certo sinal do violeiro, giram sem largar as mãos, e as damas ficam
por trás dos cavalheiros, invertendo a posição inicial. Em seguida, o
violeiro canta, dando o sinal para parar.  Alargam-se os passos e a dama
dança com o cavalheiro de trás. Assim, vão sempre mudando de par.
CHIMARRITA

• Originária dos Açores - Ilha da Madeira, a Chimarrita,


também chamada "chamarrita" ou "limpabranco" é uma
das danças mais famosas do fandango gaúcho e, também,
a mais formosa.  Além do Rio Grande do Sul a Chimarrita
também é dançada e cantada no Estado de São Paulo e
no Estado do Paraná, ao som de "harmônica".
Indumentária: traje à moda gaúcha.

• Instrumento musical: harmônica.

• Coreografia: a coreografia se apresenta sob três formas: o


"Rufado" - simples dança, sem batidas dos pés no chão e
das mãos; o "Valsada" - sem batidas dos pés e das mãos;
o "Rufando" - onde os passos são valsados às batidas
ritmadas das palmas e do sapateado.
Os figurantes se dispõem em filas e depois seguem assim,
até formarem uma roda, um atrás do outro. O passo é
lento e atraente. É um baile cantado, onde há solo e coro.
A chimarrita é uma espécie de antiga polca, ou rancheira
moderna.
Chula

• Dança folclórica do Rio Grande do Sul, executada por


homens e cuja coreografia, com muitas sapateadas,
exige grande habilidade do dançarino. É acompanhada de
palmas, violão, cavaquinho, pandeiros e castanholas.(1)
A chula tradicional era dançada da seguinte forma: Dois
dançarinos ficavam frente a frente tendo entre si uma
lança de quatro metros de comprimento. Cada um dos
oponentes executava uma seqüência de difíceis passos
coreográficos indo até a extremidade oposta da lança e
retornando ao seu lugar de origem.
CIELITO

• Cielito é uma dança com canto e versos, muito popular


no Estado do Rio Grande do Sul. É tipicamente gaúcha,
dançada coletivamente. Indumentária: típica gaúcha

• Instrumento musical: Orquestra regional

• Coreografia: cielito é dançado em saltos e rodeios


suaves, elegantes e espaçosos, com movimentos largos.
Sua marcação apresenta pontos comuns com o samba,
indicando a influência dessa dança.
DOADÃO

• Doadão é um baile rural. Faz parte do antigo fandango.


Representa uma variante do "anu", de "o chico", de o
"nhô-Chico" e de a "chimarrita". É mais apreciado no
Estado do Rio Grande do Sul.  Também no Estado de São
Paulo. Coreografia: Doadão é uma dança de salão. Os
pares dançam alegres, em grande confusão. É uma dança
festiva.
Gato

• O gato é uma dança de origem indígena, mais usada no


Sul do Pais. É uma história totêmica, na qual o gato
representa o homem, e a perdiz - a mulher. Coreografia: o
gato (homem) corteja galantemente a perdiz (mulher),
insinuante, com demonstrações carinhosas, sapateando.
A perdiz esquiva-se, suspeitando das intenções do
conquistador.

• Origem: Indígena
PUXIRUM

• Quem deseja preparar uma roça, ou derrubar uma mata


no interior do País, segue as tradições indígenas em sua
vida social: convida os amigos e vizinhos para o
auxiliarem, e estes acorrem de bom grado ao local,
dando uma demonstração de solidariedade humana. Esse
acontecimento tem o nome de puxirum.
O puxirum divide-se em cinco etapas e começa ao raiar
do dia: 1º) roçado; 2º) derrubada; 3º) banquete; 4º) volta
ao trabalho; 5º) dança puxirum.
Trata-se de uma dança do gênero do fandango.
Indumentária: Típica da região.

• Coreografia: A coreografia do puxirum é simples e


destituída de qualquer complicação. É dançado ao pôr do
sol. Reúnem-se todos num caramanchão, onde se servem
comidas e bebidas.  Dançam sapateando durante todo o
baile.

• Origem: Indígena
QUERO-MANA
• Na região do Rio Grande do Sul e do Paraná, o quero-mana
incorpora geralmente o fandango.
Quero-mana é sinônimo de desafio. É dançado coletivamente por
homens e mulheres. Indumentária: típica da região.

• Intrumento musical: viola

• Coreografia: As damas tomam suas posições. Os cavalheiros


colocam-se em coluna e vão marchando até cerrar um círculo em
volta do salão. As damas, dentro do circulo, colocam-se de forma
a ficar sempre uma dama entre dois cavalheiros. Cada cavalheiro
fita uma dama; bate os pés, enquanto a dama dá passos de valsa
em torno do seu par. Quando o homem pára de bater com os pés,
bate palmas seguindo o compasso da música. A um sinal do
violeiro param. Então, o violeiro canta, e os cavalheiros pegam
com a mão direita a mão direita das respectivas damas e com a
esquerda a da dama que estiver na sua frente. Depois das
mulheres trocarem de parceiros, soltam as mãos.
O final da dança não é repentino, como acontece em outros
fandangos; as batidas vão continuando, com repetições, e a
cadência aumenta cada vez mais até terminar.
TATU

• O Tatu é um fandango cantado, de origem gaúcha. Conta a


história de um tatu tímido e desdentado perseguido pelos
cães, na revolução dos Farrapos, levando ofícios para o
general David Canabarro. Assim o tatu aparece como
figura principal na narrativa, a exemplo do jaboti que
aparece sempre como herói na roda dos bichos. É o herói
grotesco, incorpora-se ao patrimônio folclórico, nesta
encantadora narrativa popular, decantada por vários
autores. É mais dançada no Rio Grande do Sul.

• Indumentária: típica gaúcha

• Coreografia: o tatu é de coreografia singela. É dançado por


homens e mulheres, aos pares. É uma dança sapateada.
Os homens dançam com as esporas que servem para
marcar o ritmo e o compasso, como instrumento
complementar. As mulheres dançam ligeira e agilmente,
em harmonia, com os passos elegantes e imponentes dos
cavalheiros.
TIRANA

• Tirana é uma dança que tem semelhança com o fandango,


justificando assim a sua origem espanhola. Adaptada ao gosto
brasileiro, irradiou-se aqui por todas as regiões, sendo apreciada
desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul. Apresenta várias
modalidades, figurando como típica a do sapateado. Compõe-se,
assim, de sapateado e canto solista. Indumentária: típica da
região.

• Instrumentos musicais: viola, violão ou acordeão.

• Coreografia: Tirana é uma bonita dança de ritmo compassado,


sereno. As damas fazem roda por dentro, e os cavalheiros por
fora de um círculo, colocando-se os pares frente a frente. Os
homens rufam os pés molemente, enquanto as damas
balanceiam-se ao som da música em compasso de 3/8 em ritmo
moderado. A dança é passiva e gostosa, meio lasciva. As duas
rodas se deslocam vagarosamente no sentido dos ponteiros do
relógio.

• Passos:
1) ombro a ombro a roda se desloca, o cavalheiro roça o seu
ombro no da dama do outro par e vice-versa;
2) Tirana grande, dança sapateada em uma grande roda;
3) Tirana dois, dançada em grupos de dois pares;
4) Tirana tremida, assim chamada pelo tremido, trinado da viola.

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