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ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS
TEORIA E PRÁTICA

Os jovens e adultos analfabetos


Quem são eles?
Suzana Schwartz

■ Doutora em Educação pela PUCRS (2007), com


estágio de doutoramento na Faculdade de Psicologia da
Universidade Autônoma de Madrid. Mestre em
Educação pela PUCRS (2001). Graduada em
Pedagogia (1998). Professora Adjunta III da
Universidade Federal do Pampa. Orientadora de
projetos de ensino, pesquisa e de extensão que abordam
temas relacionados com alfabetização, cultura escrita,
formação de professores, metodologia de pesquisa em
educação, alfabetização acadêmica, educação de jovens
e adultos. Coordenadora da Coleção Compreensão
Leitora publicada pela Editora Vozes.

Bibliografia de Suzana Schawartz. Livraria Vozes, 2022. Disponível em: http://vozes.com.br/autor/?id=14843. Acesso em: 02/10/22.
Os jovens e adultos analfabetos
Quem são eles?

■É preciso transformar esse pensamento subjetivo para eliminar o preconceito e os educadores tem

esse poder de transformação;

■O Estado deveria trabalhar as causas do analfabetismo. Se a intenção é só paliativa alfabetiza-se

mal e inutilmente;

■A infantilização no ato de alfabetizar e desprezar o conhecimento do adulto é um erro que impede a

aprendizagem efetiva no individuo;

■É importante saber que são esses aprendizes. Como vivem, o que pensam e o que fazem, por que

resolveram voltar a estudar ou iniciar seus estudos.


 Preconceito contra analfabetos;

 Características dos analfabetos;

 Motivos para voltar a ler e a escrever;

 Prazer por aprender;

 Necessidade objetivas;
Caminho a percorrer

1) Procurar uma escola;

2) Dirigir-se à ela;

3) Matricular-se;

4) Assumir seu desconhecimento, sua condição de analfabeto.


Emoções citadas pela autora que poderia essas ações acarretar

a)Vergonha de expor seu não saber;

b) Medo de não aprender;

c)Sentimento de capacidade/incapacidade;

d) Merecimento;

e)Antecipação de metas e objetivos.


■ Paulo Freire (2000) coloca a situação que as pessoas passam a ter medo de seu
propósito do mecanismo fazendo o que eles e a escola criem uma distância.

■  Os jovens e adultos perdem o interesse pela escola por vários motivos,
aumentando o abandono escolar. Porém, voltam as escolas para fazer a EJA.

■  A defasagem na escola é ainda bem grande, aumentando assim, o número de


pessoas analfabetas. A EJA veio para ajudar as pessoas com mais idade a
voltarem a estudar para que eles tenham o novo objetivo de vida.
Segundo Alonso Tapia (2005), a motivação pessoal, entendida como o motor da
ação, o que move o sujeito em direção a algo, está apoiada em um tripé formado:

 Pelas metas positivas;

 Pelo custo estimado para o alcance dessas metas;

 Pelas expectativas.
■ A visão do aprendiz com relação às metas positivas dependerá da intervenção
do professor.

■ Com relação às metas positivas, os alfabetizandos percebem e explicitam que


elas se referem às aprendizagens práticas, necessárias para o atendimento de
desejos como: ler a bíblia, escrever o nome, dentre outros.
■ Adélia Prado vai nos dizer que os alfabetizandos precisam ficar com a sensação
de "não querer faca nem queijo, quero é fome".

■ Freud (1976) afirma que o ser humano é movido pelo princípio do prazer, mas
também pelo instinto de vida e de morte.

■ Qualquer aprendizagem encaminha para mudanças que, por serem


desconhecidas, amedrontam, conduzem a inseguranças e provocam
questionamentos profundos.
■ Retomando a ideia de Alonso Tapia (2005) sobre o tripé da motivação, com
relação às expectativas, essas estão relacionadas com a sensação de "ser capaz
de", que esses alunos e alunas, geralmente, não trazem com eles. E por que não
a trazem?

■ A educação de jovens e adultos, deve ser orientada no sentido de despertar no


aluno a consciência da importância de alfabetizar-se, e de instruir-se.

■ Essa consciência será despertada também a partir da compreensão crítica da


sua realidade e da sociedade em que está inserido.
 Motivação: O professor além do conteúdo a ser aplicado deve ter empenho de
trabalhar a motivação nos alunos.

 Por não terem acesso aos processos de alfabetização os alunos têm dúvida sobre
importância da mesma.

 Como mudar?

■ Reconhecer a individualidade do sujeito.

■ Valorizar o conhecimento prévio.

■ Motivar para que não haja desistência.

■ Trabalhar a autoconfiança e possíveis frustações.


Alguns tipos de analfabetismo

■ Absoluto ou total: indivíduo com pouca ou nenhuma orientação para ler ou


escrever.

■ Funcional: consegue ler e escrever as não compreende.

■ Tecnológico: não possui informações necessárias para operar computadores,


celulares entre outros.
Referências

Schwartz, Suzana. Alfabetização de Jovens e adultos. Teoria e prática. Editora Vozes,


2013. p. 61-78.

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