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o coqueiro coqueirando
as manobras do vermelho
no branqueado do azul
Guimarães Rosa - Bio
Guimarães Rosa (João G. R.), contista, novelista, romancista e diplomata, nasceu em
Cordisburgo, MG, em 27 de junho de 1908, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de
novembro de 1967.
Aos 10 anos passou a residir e estudar em Belo Horizonte. Em 1930, formou-se pela
Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais. Tornou-se capitão médico, por
3ª Geração do Modernismo
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Guimarães Rosa - Características
Poeta de transição para a terceira geração;
Regional + universal Minas Gerais, jagunçagem
Linguagem neológica, há um dicionário para suas palavras (O Léxico de Guimarães
Rosa); Linguagem aproximada à falada no sertão;
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Guimarães Rosa – Primeiras Estórias
Reunião de 21 contos;
Cenário interiorano;
Linguagem tipificada e neológica;
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Guimarães Rosa – A Terceira Margem do Rio
- O conto é narrado por um filho, ao qual não é atribuído um nome.
- O narrador não consegue compreender as escolhas do pai, as
motivações pelas quais ele escolheu se recolher no rio
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- Afirma-se no início que o pai era uma criatura absolutamente
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normal;
- A família, composta por pai, mãe, dois irmãos e irmã;
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vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O
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"Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não
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carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas
vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!...“
O conto se encerra cheio de perguntas: o que foi feito do pai? Qual terá sido
o destino do filho? Por que motivo um sujeito abandona tudo para viver
isolado em uma canoa?
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Guimarães Rosa – Grande sertão, Veredas
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Guimarães Rosa – Grande sertão, Veredas
Narrado em primeira pessoa. Riobaldo (ex-jagunço), na condição de rico
fazendeiro, revive suas pelejas, seus medos, seus amores e suas dúvidas.
O tempo da narrativa é alternado de acordo com a vontade do narrador,
não linear.
O espaço geral da obra é o sertão. Ela torna o enredo uma espécie de
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Guimarães Rosa – Grande sertão, Veredas
Durante a primeira parte da obra, o narrador em primeira pessoa, Riobaldo, faz
um relato de fatos diversos e aparentemente desconexos entre si, que versam
sobre suas inquietações sobre a vida. Porém, Riobaldo não consegue organizar
suas ideias e expressá-las de modo satisfatório, o que gera um relato bastante
caótico.
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Riobaldo começa a rememorar seu passado e conta sobre sua mãe e como
conhecera o menino Reinaldo, que se declarava ser “diferente”. Riobaldo admira a
coragem do amigo. Quando sua mãe vem a falecer, ele é levado para viver com
seu padrinho na fazenda São Gregório, onde conhece Joca Ramiro, grande chefe
dos jagunços. Selorico Mendes, o padrinho, coloca-o para estudar e após um
tempo Riobaldo começa a lecionar para Zé Bebelo, um fazendeiro da região. Pouco
tempo depois, Zé Bebelo, que queria por fim na atuação dos jagunços pela região,
convida Riobaldo para fazer parte de seu bando, o que esse aceita. Assim começa
a história da primeira guerra narrada em "Grande Sertão: Veredas".
Guimarães Rosa – Grande sertão, Veredas
Um bando dos jagunços entra em guerra contra Zé Bebelo e os soldados do governo,
mas logo fogem da batalha. Riobaldo resolve desertar do bando de Zé Bebelo e encontra
Reinaldo, que faz parte do bando de Joca Ramiro. Ele decide então juntar-se ao grupo
também.
A amizade entre Riobaldo e Reinaldo se fortalece com o passar do tempo e Reinaldo o
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confidencia em segredo seu nome verdadeiro: Diadorim. Em certo momento dá-se a
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um jagunço entregar a pedra de topázio à Otacília, o que firma o
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Ela era. Tal que assim se desencantava, num encanto tão terrível; e levantei mão para me
benzer - mas com ela tapei foi um soluçar; e enxuguei as lágrimas maiores. Uivei. Diadorim!
Diadorim era uma mulher Diadorim era mulher como o sol não acende a água do rio Urucuia,
como eu solucei meu desespero.
O senhor não repare. Demore, que eu conto. A vida da gente nunca tem termo real.
Eu estendi as mãos para tocar naquele corpo, e estremeci retirando as mãos para trás,
incendiável: abaixei meus olhos. E a Mulher estendeu a toalha, recobrindo as partes. Mas
aqueles olhos eu beijei, e as faces, a boca. Adivinhava os cabelos. Cabelos que cortou com a
tesoura de prata... Cabelos que, no só ser, haviam de dar para baixo da cintura... E eu não
sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo:
-"Meu amor!..."
Guimarães Rosa – Grande sertão, Veredas
"Enterrem separados dos outros, num aliso de vereda, adonde ninguém ache,
nunca se saiba..." Tal que disse, doidava. Recaí no marcar do sofrer. Em real me
vi, que com a Mulher junto abraçado, nós dois chorávamos extenso. E todos
meus jagunços decididos choravam. Daí, fomos, e em sepultura deixamos, no
cemitério do Paredão enterrada, em campo do sertão.
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Ela tinha amor em mim.
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E aquela era a hora do mais tarde. O céu vem abaixando. Narrei ao senhor.
No que narrei, o senhor talvez até ache mais do que eu, a minha verdade. Fim
que foi.
Aqui a estória se acabou.
Aqui, a estória acabada.
Aqui, a estória acaba.
O narrador, extrapolando a história, continua por mais cinco ou seis páginas o
seu monólogo.
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