O poema descreve as contradições e paradoxos do amor em três frases. Amor é um fogo invisível que arde, uma dor que não se sente, e um prazer que descontenta. Apesar disso, o amor pode causar amizade nos corações humanos.
O poema descreve as contradições e paradoxos do amor em três frases. Amor é um fogo invisível que arde, uma dor que não se sente, e um prazer que descontenta. Apesar disso, o amor pode causar amizade nos corações humanos.
O poema descreve as contradições e paradoxos do amor em três frases. Amor é um fogo invisível que arde, uma dor que não se sente, e um prazer que descontenta. Apesar disso, o amor pode causar amizade nos corações humanos.
Luís de Camões Manual, p. 195 “Amor é um fogo que arde sem se ver”, Luís de Camões Livro aberto, 8.º ano
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence o vencedor; é ter, com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões, Lírica completa II, IN-CM, 1990 (pág. 83) “Amor é um fogo que arde sem se ver”, Luís de Camões Livro aberto, 8.º ano
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente; Análise formal é um contentamento descontente, • É um soneto, constituído por é dor que desatina sem doer. duas quadras e dois tercetos É um não querer mais que bem querer; • Há rima: é um andar solitário entre a gente; - interpolada e emparelhada, nas é nunca contentar-se de contente; quadras (abba) é um cuidar que ganha em se perder. - cruzada, nos tercetos (cdc dcd) É querer estar preso por vontade; • Há rima consoante em todos os é servir a quem vence o vencedor; versos é ter, com quem nos mata, lealdade.
• Todos os versos são decassílabos Mas como causar pode seu favor (10 sílabas métricas) nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões, Lírica completa II, IN-CM, 1990 (pág. 83) “Amor é um fogo que arde sem se ver”, Luís de Camões Livro aberto, 8.º ano
Amor é um fogo que arde sem se ver, a
é ferida que dói, e não se sente; b Análise formal é um contentamento descontente, b a • É um soneto, constituído por é dor que desatina sem doer. duas quadras e dois tercetos É um não querer mais que bem querer; a b • Há rima: é um andar solitário entre a gente; b - interpolada e emparelhada, nas é nunca contentar-se de contente; a quadras (abba) é um cuidar que ganha em se perder. - cruzada, nos tercetos (cdc dcd) É querer estar preso por vontade; c d • Há rima consoante em todos os é servir a quem vence o vencedor; c versos é ter, com quem nos mata, lealdade.
• Todos os versos são decassílabos Mas como causar pode seu favor d (10 sílabas métricas) nos corações humanos amizade, c se tão contrário a si é o mesmo Amor? d Luís de Camões, Lírica completa II, IN-CM, 1990 (pág. 83) “Amor é um fogo que arde sem se ver”, Luís de Camões Livro aberto, 8.º ano
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente; Análise formal é um contentamento descontente, • É um soneto, constituído por é dor que desatina sem doer. duas quadras e dois tercetos É um não querer mais que bem querer; • Há rima: é um andar solitário entre a gente; - interpolada e emparelhada, nas é nunca contentar-se de contente; quadras (abba) é um cuidar que ganha em se perder. - cruzada, nos tercetos (cdc dcd) É querer estar preso por vontade; • Há rima consoante em todos os é servir a quem vence o vencedor; versos é ter, com quem nos mata, lealdade.
• Todos os versos são decassílabos Mas como causar pode seu favor (10 sílabas métricas) nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões, Lírica completa II, IN-CM, 1990 (pág. 83) “Amor é um fogo que arde sem se ver”, Luís de Camões Livro aberto, 8.º ano
Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente; Análise formal é um contentamento descontente, • É um soneto, constituído por é dor que desatina sem doer. duas quadras e dois tercetos É um não querer mais que bem querer; • Há rima: é um andar solitário entre a gente; - interpolada e emparelhada, nas é nunca contentar-se de contente; quadras (abba) é um cuidar que ganha em se perder. - cruzada, nos tercetos (cdc dcd) É querer estar preso por vontade; • Há rima consoante em todos os é servir a quem vence o vencedor; versos é ter, com quem nos mata, lealdade.
• Todos os versos são decassílabos Mas como causar pode seu favor (10 sílabas métricas) nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões, Lírica completa II, IN-CM, 1990 (pág. 83)