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A PSICANALISE

NA CLÍNICA

CONSIDERAÇÕES SOBRE O
OBJETIVO E O FINAL DE UMA
ANÁLISE.

Profa. Lédice Oliveira


Teorias Psicanalíticas
Instagram: lediceoliveira
BIBLIOGRAFIA

FREUD, S. (1937). Construções em Psicanálise. In:


Edição Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro:
Ed. Imago, 1965.

QUINODOZ, J. M. Análise Terminável e Interminável.


In: Ler Freud: guia de leitura da obra de S. Freud.
Porto Alegre: Artemed, 2007 (p. 277 – 285)
Qual a tarefa do
analista?
 Sua tarefa é a de completar aquilo que foi esquecido a
partir dos traços que deixou atrás de si ou, mais
corretamente, construí-lo. A ocasião e o modo como
transmite sua construções à pessoa que está sendo
analisada, bem como as explicações com que as faz
acompanhar, constituem o vínculo entre as duas partes
do trabalho de análise, entre o próprio papel e o do
paciente.
 “Seu trabalho de construção, ou, se preferir, de
reconstrução, assemelha-se à escavação, feita por um
arqueólogo, de alguma morada que foi destruída e
soterrada, ou de algum antigo edifício. Os dois processos
são de fato idênticos, exceto pelo fato de que o analista
trabalha em melhores condições e tem material à sua
disposição para ajudá-lo, já que aquilo com que está
tratando não é algo destruído, mas algo que ainda está
vivo.”
 Outra vantagem do analista em relação ao arqueólogo, é
que o analista possui como ferramenta as repetições de
reações que datam da tenra infância e tudo o que é
indicado pela transferência em conexão com essas
repetições.
CONSTRUÇÃO X INTERPRETAÇÃO
“Até os onze anos de idade, você se
considerava o único e ilimitado possuidor de
sua mãe; apareceu então um outro bebê e lhe
trouxe uma séria desilusão. Sua mãe
abandonou você por algum tempo e, mesmo
após o reaparecimento dela, nunca mais se
dedicou exclusivamente a você. Seus
sentimentos para com ela se tornaram
ambivalentes, seu pai adquiriu nova
importância para você...”, e assim por diante.
E se o analista fizer uma
construção equivocada?
“(...) todo aquele que não faça mais do que
apresentar ao paciente combinações falsas,
não criará boa impressão nele, nem levará o
tratamento muito longe; O que realmente
ocorre em tal caso é antes o fato de o
paciente permanecer intocado pelo que foi
dito e não reagir nem com um “sim” nem com
um “não” (...) se, porém, nada mais se
desenvolve, podemos concluir que cometemos
um equívoco, e admitiremos isso para o
paciente em alguma oportunidade apropriada,
sem nada sacrificar de nossa autoridade.”
Como saber se o “sim” ou
o “não” do paciente é
verdadeiro ou
“hipócrita”?

Sim!! Não!!
 Tanto o “sim” como o “não” do paciente podem estar à
serviço da resistência, todavia, podem confirmar seu valor
quando seguidos por confirmações indiretas., ou seja,
quando, por exemplo, produza novas lembranças que
completem e ampliem a construção;

 O “não” também pode indicar, indiretamente, que a


construção feita pelo analista ainda não lhe disse tudo e
“via de regra, não dará seu assentimento até que tenha
sabido de toda a verdade;
 “Nunca pensei” ou “Nunca teria
pensado nisso”, pode ser traduzido
por: “Sim, o senhor está certo
dessa vez – sobre meu
inconsciente”.
PRÓXIMA AULA
Freud, S. (1924). A perda da realidade na Neurose
na Psicose. In: Edição Standard das Obras
Completas. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1965.

________. (1924). Neurose e Psicose. In: Edição


Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro:
Ed. Imago, 1965.

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