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Diversidade na biosfera

Como se manifesta a diversidade biológica ?


A Terra reúne condições que asseguram a sobrevivência e a evolução dos
seres vivos. De facto, existe uma enorme quantidade e variabilidade de formas
vivas no nosso planeta – biodiversidade.

Os diversos sistemas naturais que abundam à superfície da Terra diferem no


clima, solo, vegetação, vida animal e muitas outras características.
A biodiversidade ou diversidade biológica pode exprimir-se em
diferentes níveis de integração:

Diversidade ecológica: diversidade de comunidades presentes nos


diferentes ecossistemas.

Diversidade de espécies: variedade entre espécies encontradas


em diferentes habitats do planeta.

 Diversidade genética: variedade genética dentro e entre


populações pertencentes à mesma espécie.

Em regra, quando se fala de biodiversidade, refere-se à


diversidade de espécies.
Até ao momento, foram identificadas cerca de 1,7 milhões de
espécies. No entanto, admite-se a existência de cerca de 10 a 100
milhões de organismos diferentes, o que sugere o grande
desconhecimento da biodiversidade.
Organização biológica
Biosfera- Conjunto de todos os seres vivos e todos os meios da Terra
onde existe vida.
Ecossistema- Conjunto da comunidade, dos componentes abióticos do
meio (ar, água, solo, luz) e das respetivas interações.
Comunidade- Conjunto de seres vivos (populações) de um ecossistema
e as relações que estabelecem entre si.
População- Seres vivos da mesma espécie que habitam, num dado
período de tempo, numa determinada área.
Espécie- Conjunto de organismos idênticos, capazes de se cruzarem entre
si, originando descendentes férteis.

Sistemas de órgãos  órgãos  tecidos  células

A célula é a unidade mais simples em que existe vida.

Nos seres unicelulares a própria célula constitui o indivíduo, mas em


seres multicelulares as células são subunidades de níveis de
organização mais complexos.
I- célula
II- indivíduo
III- população
IV- comunidade
V- ecossistema
Relações tróficas
Os seres vivos estabelecem entre si relações alimentares que podem
representar-se por sequências de seres vivos, através dos quais o alimento
passa – cadeias alimentares ou cadeias tróficas. Nelas, cada ser vivo come o
que o precede e é comido pelo seguinte.

Cada cadeia alimentar inicia-se por um produtor (P), fonte de alimento para
um consumidor primário ou de 1ª ordem (C1), que, por sua vez, serve de
alimento a um consumidor secundário ou de 2ª ordem (C2), e este a um
consumidor terciário ou de 3ª ordem (C3), e assim sucessivamente.
Normalmente, não existem cadeias alimentares isoladas nos ecossistemas
(são raros os seres que se alimentam de uma única espécie). Elas estão
interligadas (o mesmo ser pode pertencer simultaneamente a diversas cadeias
alimentares) O que existe na realidade são redes tróficas, ou teias
alimentares, em que numerosas cadeias se entrecruzam.
O conjunto de organismos de um ecossistema que tem o mesmo tipo de
alimentação constitui um nível trófico.

Assim, os produtores constituem o primeiro nível trófico, os consumidores


primários constituem o segundo nível trófico, etc. Um consumidor pode
pertencer a várias cadeias alimentares e, por isso, pode ocupar diferentes
níveis tróficos.
Biodiversidade em perigo
Animais em vias de extinção

Lobo Siberiano

O Ocelot é uma animal que já não


existe em liberdade, só em reservas
naturais.

Tigre Siberiano Tigre de Bengala


Panda-Gigante Panda-Vermelho

Tucano
Lontra Marinha

Urso Polar
Cachalote Lince Ibérico

Arara Jacinto

Tubarão Azul
Coala
Animais em vias de extinção em Portugal
Cabra Maltês - também conhecida por
“cabra brava do Gerês” está em vias de
extinção, por causa da destruição do seu
habitat para casas, fábricas e do uso
descontrolado de pesticidas na
agricultura.

Lobo - Portugal é o único país onde o lobo


ainda vive em liberdade, sem ser em zonas
protegidas.
Tal como outros animais selvagens, corre
riscos quando se cruza com os seres
humanos.
Em Vila Pouca de Aguiar, sobre a A11,
construiu-se uma passagem chamada
“Ponte dos Lobos” para que estes possam
atravessar a auto-estrada sem serem
atropelados.
Águia real - na Península Ibérica só existe
em reservas naturais como a do Gerês. A
águia real está em vias de extinção por falta
de habitat, ou seja menos alimento e não se
poder reproduzir.

Salamandra – está
em vias de
extinção na zona
do Gerês, pela
contaminação dos
rios e charcos,
provocadas pelas
descargas ilegais
das indústrias.

Burro Selvagem – Começa a estar em


perigo de extinção por não ter qualquer
utilidade agrícola, o que faz com que não
seja alimentado nem tratado pelos
agricultores.
Rato Musaranho – Na zona de
Vila Pouca de Aguiar existe uma
colónia de ratos musaranho.
Esta colónia existe porque
quando se construiu a A11 se
desviou o traçado para não
perturbar este grupo.

Raça Barrosã - Corre o risco de extinção


por ser uma raça de difícil reprodução e
não haver verbas de apoio para os seus
proprietários.

Raça Cachena – Só existe na zona dos


Arcos de Valdevez e na serra do Gerês.
Extinção das espécies em Portugal

As espécies podem ser ameaçadas, ou mesmo extintas, devido a diversas


causas, destacando-se:

- a sobreexploração;
- a introdução de predadores ou de doenças;
- as alterações climáticas;
- a destruição do habitat.
É preciso preservar a biodiversidade!
Nas últimas décadas, alguns ecossistemas privilegiados passaram a
constituir áreas protegidas da sobreexploração de recursos naturais.
Fazem parte das áreas protegidas Parques e Reservas Naturais, Áreas de
Paisagens Protegidas e Sítios Classificados.

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