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Seasonal variations in the evapotranspiration

of a transitional tropical forest of


Mato Grosso, Brazil

Vourlitis, G. L.; Priante Filho N.;


Hayashi M. M. S.; Nogueira J. S.;
www.caliandradocerrado.com.br
Caseiro F. T.; Campelo Jr. J. H. 2002.
Variação sazonal da evapotranspiração em
uma Floresta Tropical de Transição no Mato
Grosso, Brasil

Vourlitis et al. 2002

Water Resources Research


Fator de Impacto : 3,549
Qualis Engenharia I: A1

Gutieres Camatta Barbino Professora: Renata


Ketlen Alves Faião
Nicholas Brito Alonso
Introdução

 Florestas tropicais trocam grandes quantidades de água


e energia.

 Controle climático local e regional

 Efeito do Desmatamento.

 ARME e ABRACOS.

 Trocade massa e energia por medida


micrometeorológica.
3
Introdução

 Parametrização, calibração, e validação de circulação


geral (GCM).

 Avaliaros efeitos do desmatamento em uma floresta


tropical sobre trocas de energia no ecossistema.

 ARME e ABRACOS geraram informações


micrometeorológicas.

 Troca de energia em uma floresta tropical e savana


4
Introdução

Figura 1 – Floresta de transição. 5


Objetivo

 Propormecanismos para medir as variações


temporais nas trocas de vapor de H2O na interface
superfície-atmosfera.

6
Material e Métodos

Sinop, Mato Grosso

Árvores Perenes Solo Arenoso

Floresta de Transição Alta Porosidade

7
Material e Métodos

 Os sensores de vórtices turbulentos foram


montados a uma altura de 42 m acima do solo e
a um nível de 12-14 m acima do dossel da
floresta

O sistema de covariância turbulenta utilizou um


anemômetro sônico-termômetro tridimensional

 Analisadorinfravermelho de gases para medir


médias flutuantes de velocidade do vento, a
temperatura e o vapor de H2O, respectivamente 8
Material e Métodos

 Ambos os sensores amostrado geram resultados de


pelo menos 10 Hz e eram fisicamente orientados
para a direção do vento média no lado barlavento da
torre, para minimizar o potencial de distorção dos
fluxos da torre

 Respostas rápidas (10 Hz) dos fluxos foram


calculados e armazenados em um computador laptop
com médias a cada 30 min usando uma execução de
200-s de técnicas de filtragem recursiva.

9
Material e Métodos

 Saldo de radiação foi usando uma rede de radiômetro

 Fluxode calor no Solo foi medido utilizando


transdutores de fluxo de calor

 Temperaturado ar e pressão de vapor foram medidos


usando um sensor de umidade relativa

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Material e Métodos

 Déficit de pressão de vapor (VPD) na parte superior da


torre foi calculado como a diferença entre a pressão do
vapor de saturação (ES) e a pressão de vapor efetivo
(EA)

 A precipitação foi medida usando um pluviômetro.

 Os dados micrometeorológicos foram gerados a cada


30 min fazendo médias de intervalos de observações
feitas a cada 60s e armazenados usando um datalloger
(CR-10, Campbell Scientific, Inc., Ogden, Utah).
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Resultados e Discussão

Fluxo de QeResultados
medido porsemelhantes
PT foram foram obtidos
Média de na
Qe (PT)
semelhantesregressão entrepor
aos medidos QhCE
(PT) e Qhsubestima
(CE) Qe (CE)

Figura 2 – Qe medido pelo coeficiente de Priestley Taylor (PT) pelo Qe medido por Covariância de
Vórtices Turbulentos (CE) (a) e Qh medido pelo coeficiente de Priestley Taylor (PT) pelo Qh medido por
Covariância de Vórtices Turbulentos (CE) (b). 12
Resultados e Discussão

Qe >320 J m-2 d-1

Qe médio na estação
Na estação seca o pico de Qe
chuvosa foi 410 foi
J mem d média 270 J m-2 d-1
-2 -1

Figura 3 – Média do saldo de radiação (Q*), Calor Latente (Qe) por PT e CE para os período de
seca, transição e úmido (a-c) e a média de temperatura e VPD para os mesmos períodos (d-f) 13
Resultados e Discussão
Tabela 1 - Total diário de Qe e a fração do total diária de Q* dissipada por Qe ( Qe / Q * ),
calculado mensalmente, para os períodos sazonais e anualmente
Covariância de Vórtices Turbulentos Priestley - Taylor
Nº Dias Qe (MJ m-2 d-1) Qe/Q* Nº Dias Qe (MJ m-2 d-1) Qe/Q*
Ago. 1999 17 5.58±1.68 0.56±0.16 17 4.20±0.67 0.42±0.02
Set. 1999 30 6.42±1.66 0.80±0.53 30 3.56±1.72 0.46±0.02
Out. 1999 31 7.22±1.50 0.67±0.20 31 6.67±1.94 0.54±0.03
Nov. 1999 17 6.91±2.61 0.76±0.39 17 5.99±2.18 0.61±0.02
Dez. 1999 0 ND ND 20 9.93±3.62 0.77±0.02
Jan. 2000 0 ND ND 31 10.36±3.74 0.81±0.02
Fev. 2000 3 10.45±1.34 0.97±0.18 16 8.34±4.18 0.80±0.02
Mar. 2000 0 ND ND 16 10.14±3.12 0.71±0.02
Abr. 2000 2 9.27±0.28 0.63±0.07 30 8.77±1.69 0.64±0.03
Mai. 2000 0 ND ND 31 8.08±0.90 0.54±0.03
Jun. 2000 0 ND ND 30 6.36±0.89 0.46±0.02
Jul. 2000 7 6.73±0.67 0.43±0.08 14 5.95±0.99 0.42±0.01
Seca 34 6.22±1.02 0.57±0.12 91 5.0±0.70 0.45±0.01
Transição 44 7.20±1.04 0.70±0.16 110 7.52±0.76 0.58±0.02
Úmido 3 10.45±2.42 0.97±0.33 83 9.83±1.55 0.78±0.02
Anual 81 6.61±0.08 0.66±0.11 284 7.39±0.89 0.60±0.02

Qediária
Qe total diária
era, emforam 4-610
média, MJMJm-2md-2-1ddurante
-1 a estação
durante seca,
a estação
e 50% doe total
chuvosa, quasede90%
Q* diária foidiária
do total de dissipada por Qe por Qe
Q* foi dissipada
14
Resultados e Discussão

Qe diária no final da estação


secaQevariou
atingesubstancialmente
valores
de 2-8 MJ m entre
máximos d
-2 -1

dezembro
Agosto- e fevereiro
Setembro a
radiação incidente reduz
cerca de 20-45%
VPD diminuiu e Qe
aumentou para,diária
VPD média em média,
6-8atingiu
MJ m-2odvalor
-1
máximo
no final do período seco

Eventos de precipitação
pequenos (<20 milímetros d-1)
Figura 4 – Qe total diário calculado por PT e CE (a), a Q* total diária (b), a temperatura do ar e
VPD médio (c) e a precipitação para o período de estudo (d) 15
Resultados e Discussão
Tabela 2 – Média e desvio padrão para velocidade do vento (u), velocidade de atrito (u*),
condutância aerodinâmica (ga – CE), condutância de superfície (gs – CE e PT) e o Fator Ômega
(Ω) para os intervalos mensais

Nº de Dias u (m s-1) u* (m s-1) ga (mm s-1) - CE gs (mm s-1) - CE gs (mm s-1) - PT Ω (CE) Ω (PT)

Ag. 1999 17 2.38±0.75 0.53± .18 127.3±41.1 2.0±0.5 2.1±0.5 0.1±0.05 0.11±0.05

Set. 1999 12 1.51±0.49 0.34±0.15 88.2±48.0 2.7±1.4 3.0±2.0 0.21±0.12 0.22±0.09

Out. 1999 25 1.65±0.43 0.35±0.09 95.6±33.9 3.6±3.4 3.7±2.2 0.23±0.11 0.22±0.07

Nov. 1999 12 1.81±0.49 0.35±0.09 94.6±36.0 7.9±4.2 5.5±2.6 0.29±0.11 0.27±0.09

Fev. 2000 3 1.06±0.53 0.39±0.13 156.4±19.2 11.1±1.8 7.6±1.5 0.51±0.03 0.47±0.01

Abr. 2000 3 2.50±0.24 0.30±0.06 42.8±14.9 9.2±0.3 9.2±1.5 0.24±0.07 0.25±0.11

Jul. 2000 7 2.59±0.77 0.43±0.23 85.0±49.7 7.1±3.7 8.8±4.9 0.29±0.07 0.35±0.10

Baixos valores de Ω O aumento de Ω sugere que a


A O
Asperíodo
estreita de
variações transição
relação entre
sazonais
Calculado o após
Qe
da e
Qe
fator aimplica
gs estação
sugere chuvosa
que
indicam que as limitações
Qe pode ser relativa importância fechado
Acoplamento
relativamente das
Ω variou entre
na 0,1
apresentaram
limitações
variação e
na 0,2
taxas
gst
dos
Ômega mais
desempenham
estômatos
(Ω) elevadas
(gst)um
e de
da gs
papeldo que o
fisiológicas parainsensível
Qe são às variações entre
limitaçõesde físicas para aQe
o
gst dossel e
duranteimportante
aperíodo
estaçãodeseca
nas final
transição antes
variações da estação
sazonais chuvosa
na Qe
mais importantes que as superfície
condutância da (gs).
aumentouatmosfera
durantesobrejacente.
a estação
limitações físicas chuvosa.
16
Resultados e Discussão

Floresta úmida e cerrado

Conteúdo de água no solo

Interfere no LAI

Maior aquecimento Aumento no fluxo de


da superfície calor sensível

Demanda Diminuição
evaporativa gst e gs

Limitar taxas de Qe. 17


Conclusão

 CEé limitado pela quantidade de dados coletados


durante a estação chuvosa

 Adiciona incertezas a PT

É desconhecido se as estimativas de α, Qe, e gs


calculado para o período de estudo são aplicáveis ​a
outros anos

 Padrões sazonais de precipitação são importantes no


controle de padrões sazonais das variáveis supracitadas.
18
Conclusão

 Outra limitação do estudo foi a falta de dados sobre


as variações sazonais da disponibilidade de água no
solo e potencial hídrico da planta;

O baixo potencial hídrico da planta é consistente com


nossa interpretação da limitação do período seco para
gst, e, portanto, Qe.

19
Atmospheric versus vegetation controls of
Amazonian tropical rain forest
evapotranspiration: Are the wet and seasonally
dry rain forests any different?

Costa, M. H.; Biajoli, M. C.; Sanches, L.;


Malhado, A. C. M.; Hutyra, L. R.; Rocha,
H. R. Aguiar, R. G.; Araújo, A. C. (2010)
Controle atmosférico vs controle da vegetação
na evapotranspiração da floresta tropical
amazônica: as floresta úmidas e sazonalmente
secas são diferentes?

Costa et al. 2010

JOURNAL OF GEOPHYSICAL RESEARCH


Fator de Impacto : 3.426
Qualis Engenharia I: A2
Introdução

 Sazonalidade da ET da floresta amazônica e seus


mecanismos de controle tem sido objeto de
controvérsia nas últimas duas décadas.

 Método de Penman-Monteith.

 Forte ciclo sazonal de ET na Amazônia.

Diferença na profundidade do solo

Umidade do solo
22
Introdução

 ET é influenciada pela falta de água para a vegetação.

 ET na Amazônia mostra pouca sazonalidade, com picos


relatados durante a estação seca.

 ET é largamente controlada pelas condições atmosféricas

 Nesseprocesso condições bióticas assumem papel


secundário

 ETvariaram pouco e não parecem depender da


precipitação na estação seca. 23
Introdução

 Dependência da ET sobre a sazonalidade da radiação


líquida, em particular para os locais equatoriais úmidos

 Diferença na estação seca no controle de ET entre as


florestas equatoriais úmidas e as florestas sazonalmente
secas tropicais do sul.

24
Material e Métodos

Tabela 1 - Principais Características dos Locais de estudo


Nome do Sítio Localização Descrição da Vegetação Altura da Torre Altura do Dossel Período Usado
Reserva de Floresta Tropical
Manaus 54 30 16/06/1999 - 21/09/2000
Cueiras Primária

Floresta Nacional Floresta Tropical


Santarém km 67 65 40
do Tapajós Primária 19/06/2002 - 28/08/2003

Santarém km 83 Floresta Nacional Floresta Tropical 29/06/2000 - 28/06/2001


do Tapajós Primária 65 40

Reserva Biológica 08/01/2004 - 31/12/2005


Jaru Floresta Primária 60 30
do Jaru
Floresta Primária de
Sinop Fazenda Maracaí 42 28 01/01/2000 - 31/12/2003
Transição

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Material e Métodos

Técnica de filtragem

Os dados de entrada necessários para estimar as variáveis


descritas são:

 Temperatura
 Umidade do ar
 Velocidade horizonta do vento
 Fluxo de calor latente e sensível
 Pressão atmosférica
 Velocidade de atrito

26
Material e Métodos

Os dados de CE são conhecidos por estarem associados


com problemas de fechamento do balanço de energia

Guita et al. (2000), por exemplo, aumentaram H e LE na


mesma proporção para corresponder Rn, mantendo a proporção
constante de Bowen.

Outros, optam por não fazer qualquer correção dos dados de


covariância turbulenta

27
Material e Métodos

Os dados que passam por um desequilíbrio energético mais


estreito (d menor), têm melhor qualidade, embora o número
de pontos de dados que passam neste limite ser
correspondentemente menor;

Filtrando os dados com essa questão de fechamento de


energia, maximiza-se o número de pontos de dados com
qualidade aceitável, sem polarização significativa dos
resultados.
28
Material e Métodos

Importante

Se os dados não são filtrados, estimativas muito


mais baixas de ET são geradas, como previsto a
partir da subestimação típica de fluxos de
energia de covariância turbulenta.

29
Material e Métodos

Componentes bióticos e abióticos

 A evapotranspiração é influenciada por quatro variáveis ​


principais:

 Radiação líquida disponível na superfície (Rn)

 Déficit de vapor de pressão entre a superfície de evaporação e a


atmosfera (DPV)

 Condutâncias do fluxo de vapor de água conhecido como a


condutância aerodinâmica (GA), e de superfície

 Condutância estomática (gs). 30


Material e Métodos

Para caracterizar o processo de evapotranspiração e


como esse processo é controlado em diferentes
períodos por fatores bióticos e ambientais,
calculamos de hora em hora e, em seguida, médias
mensais de condutância aerodinâmica e superfície.
31
Material e Métodos

Tais fatores são analisados ​em conjunto com outras variáveis ​


medidas em cada local:

 Saldode radiação (Rn)


 Evapotranspiração (ET)
 Déficit de pressão de vapor (DPV)

Cada variável foi estimada a cada meia hora ou por hora,


dependendo da disponibilidade de dados. A média horária
constitui a média diária, que a partir desta se calculou a
mensal, desta forma, a variação anual pode ser construída. 32
Resultados e Discussão

Em Jaru e Sinop Rn é
A condutância daVPD na estação seca é
constante (gs),Háésignificativamente
relativamentesuperfície uma tendência no aumento
o único maior
ao longo do ano da ET ao fim da estação seca
controle biótico emem Jaru
ET e Sinop

Em Santarém,
Não mostra o aumento
uma do VPD Maior durante
é maior na atemporada
estação
Rn durante a Este decréscimo é devido a
temporada
variabilidade sazonal secadodoque
seca quenadurante
estaçãoa
resposta
seca ésignificativa
significativa ao biológica dos
nível chuvosa
estação chuvosa
estômatos
de 5% de significância

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Resultados e Discussão
Tabela 2 - Médias anuais, variabilidade sazonal e aumento percentual no valor da estação seca comparado com
o valor da estação úmida e as variáveis ​atmosféricas em 4 sítio da floresta Amazônica , filtrado usando d= 0.3

Sítios Sessão P (mm d-1) T (ºC) ET (mm d-1) Rn (W m-2) VPD (hPa) ga (m s-1) gs (m s-1)
Ano 8.4 25.6 3.58 135 6.0 0.062 0.02
Manaus Úmido 10.9 25.3 3.4 129.9 4.9 0.062 0.022
Seco 5.9 25.9 3.7 140 7.1 0.062 0.018
Incremento 10% 8% 45% 0% -22%
Ano 5.7 25.2 3.49 128.8 4.1 0.083 0.015
Santarém Úmido 7.3 24.8 3.4 117.9 3.6 0.081 0.015
Seco 4.1 25.6 3.59 139.6 4.6 0.084 0.014
Incremento 5% 18% 27% 3% -6%
Ano 4.5 22.9 3.57 135.8 6.8 0.046 0.013
Jaru Úmido 7.5 20.9 3.86 136.1 4.1 0.044 0.017
Seco 1.4 24.9 3.27 135.4 9.4 0.047 0.008
Incremento -15% -1% 129% 6% -53%
Ano 5.0 25.5 3.11 130.2 10.1 0.069 0.01
Sinop Úmido 9.5 25.5 3.04 130.7 7.2 0.066 0.013
Seco 0.6 25.5 3.18 129.6 13 0.071 0.007
Incremento 5% -1% 80% 8% -46%

Rocha et al. (2004), Souza-Filho et al.


ET > na estaçãoAguiar
seca et al.
(2005),
(2006)Hasler e Avissar
e Rocha et al.(2007),
(2009)e Rocha
Não são significativamente diferente ao nível de 5%
et al. (2009) 34
Conclusão

 As floresta úmidas e sazonalmente secas são


diferentes?

 Principal conclusão: a evapotranspiração nas florestas


equatorial úmida são impulsionadas por fatores
ambientais abióticos, enquanto que nas florestas
tropicais sazonalmente secas é controlada por fatores
bióticos.

 Desenvolvimento de modelos de vegetação-atmosfera,


uso do solo e planejamento de conservação na região.

35
Conclusão

 Melhorar a estrutura e calibração de modelos


climáticos da floresta amazônica.

 Há diferença regional do controle biológico da


evapotranspiração em relação a intensidade e duração
da estação seca ou está relacionada com a composição
e influência das florestas na sazonalidade observada?

36
Agradecemos a atenção!

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