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Bem vindos à

cadeira de
Electrodinâmica
Clássica
2017
Quem somos?

Maria Lúcia Fernando


Nádia Yolanda Bruno dos Santos
Plano Temático
1. Competências
Ao culminar a disciplina de Electrodinâmica Clássica o estudante
deve ser capaz de:
 Usar a sua iniciativa criadora para criar situações de
motivação dos alunos para a aprendizagem;
 Conceber, resolver, gerir e avaliar tarefas adequadas para o
nível dos alunos, tanto do tipo qualitativo como prático e
experimental, em sala de aulas, visando desenvolver as
competências dos seus alunos;
 Produzir e usar meios de ensino, experimentais e editoriais que
necessite para a realização de uma aula mais activa e
interessante para os seus alunos.
2. Objectivos gerais
 Criar motivação, abrir o horizonte e dar ao estudante os pré-
requisitos necessários para possíveis estudos mais profundos
nalgumas áreas de física;
 Proporcionar uma abordagem teórica mais profunda dos fenómenos
tratados na electricidade e magnetismo e na física escolar;
 Desenvolver no aluno a auto-confiança na compreensão física dos
conceitos básicos da electrodinâmica, dos fenómenos ligados a ela
bem como suas interações, das leis que regem esses fenómenos e na
capacidade de resolução de problemas;
 Dar ao aluno as bases teóricas da teoria da electricidade e
magnetismo evidenciando as técnicas de cálculo das múltiplas
situações que se apresentam na prática.
3. Pré-requisitos
A cadeira de Electrodinânica Clássica tem como pré-requisito a
aprovação na cadeira de Electricidade e Magnetismo.
4. Plano Temático
Avaliação e Bibliografia
Avaliação
• Os instrumentos de avaliação serão testes escritos (02), exames escritos ou orais e
relatórios de pesquisa bibliográfica.

Bibliografia
• BUTKOV - Física Matemática– Rio de Janeiro – 1988
• KRASNOV, Makarenko - Análise vectorial - Editora Moscovo –1981
• BOAS, Mary - Mathematical methods in the Physical science- New York- 1983
• MARTINS, Nelson - Introdução à teoria da electricidade e magnetismo, Editora
Edgard Blücher Ltda, São Paulo 2000
• UTHUI, Rogério – Manual de Electrodinâmica Clássica para o Ensino Superior
de Física. Maputo-UP 2009, no prelo
• LANDAU, Lev e LIFSHITZ, Evgeny - Teoria de campo, Editora Mir Moscovo
1980
• Livros/manuais de electrodinâmica clássica
Ainda sobre a cadeira...

No cumprimento do plano temático apresentado, é aqui


proposto um plano analítico que irá permitir o alcance
dos objectivos formulados acima…
1. Análise Vectorial
1.1. Álgebra Vectorial
1.2. Cálculo diferencial
1.3. Cálculo integral
1.4. Coordenadas curvilíneas
1.5. A função Delta de Dirac
1.6. A teoria dos campos vectoriais
2. Electrostática
2.1. O campo eléctrico
2.2. Divergente e rotacional de campos electrostáticos
2.3. Potencial eléctrico
2.4. Trabalho e energia na electrostática
2.5. Condutores
2.6. Campos eléctricos na matéria
3. Magnetostática
3.1. Lei de força de Lorentz
3.2. Lei de Biot-Savart
3.3. Divergente e rotacional de B
3.4. Potencial vectorial magnético
3.5. Campos magnéticos na matéria
4. Electrodinâmica
4.1. Força electromotriz
4.2. Indução electromagnética
4.3. Equações de Maxwell
5. Leis de conservação
5.1. Carga e energia
5.2. Momento
6. Ondas
Electromagnéticas
6.1. Ondas em uma dimensão
6.2. Ondas electromagnéticas no vácuo
6.3. Ondas electromagnéticas na matéria
7. Electrodinâmica e
Relatividade
7.1. A teoria especial da Relatividade
7.2. Electrodinâmica Relativistica
Vamos planificar o
semestre...
Semana Data Actividade
01 16/07/2018 ---
02 23/07/2018 Introdução à Cadeira, AT1
03 02/08/2018 AT2 + AT3
04 09/08/2018 AT4
05 16/08/2018 SEMINARIO 1
06 23/08/2018 AT5
07 30/08/2018 AT6
08 06/09/2018 SEMINARIO 2
09 10/09/2018 SEMANA DE JORNADAS CIENTÍFICAS
10 20/09/2018 TESTE 1 + AT7
11 27/09/2018 AT8
12 04/10/2018 AT9
13 11/10/2018 AT10
14 18/10/2018 SEMINARIO 3
15 25/10/2018 Teste 2
16 01/11/2018 AT11+Exercícios
17 05/11/2018 SEMANA DE PREPARAÇÃO PARA OS EXAMES
Intervalo…
10 min
1. Análise Vectorial
1.1. Álgebra Vectorial
1.2. Cálculo diferencial
1.3. Cálculo integral
1.4. Coordenadas curvilíneas
1.5. A função Delta de Dirac
1.6. A teoria dos campos vectoriais
1.1. Álgebra Vectorial
• Operação com vectores:
1. Soma de vectores
2. Multipicação por um escalar
3. Produto interno (produto escalar)
4. Produto externo (produto vectorial)
5. Produtos triplos (escalar e vectorial)
6. Vector posição e deslocamento
Exemplos práticos (1)
Considere que , e calcule o produto interno de C consigo mesmo.
Exemplos práticos (2)
para casa
1. Usando as definições e , bem como os diagramas
apropriados, mostre que os produtos escalar e vectorial são
distributivos:
a) Quando os três vectores são coplanares;
b) No caso geral.

2. O produto vectorial é associativo?

Em caso afirmativo, prove; se não, forneça um contraexemplo.


Exemplos práticos (3)
• Encontre o ângulo entre as diagonais das faces de um cubo.
• Suponhamos que o cubo tenha 1 (não importa a unidade)de lado, com
os vértices na origem. As rectas que representam as diagonais das faces
A e B são:

• e
• Na forma de components:
• Na forma abstracta: =2
• Portanto: ou
• De maneira mais rápida/fácil se pode encontrar o ângulo, traçando uma
diagonal no alto do cubo completando um triângulo equilátero com as
diagonais das faces A e B. mas nos casos em que a geometria não é tão
simples, este recurso de comparer a forma abstacta e os components
para o produto escalar pode ser um meio muito mais eficiente para
determiner ângulos.
Para casa...
1. Encontre o ângulo entre as diagonais de um cubo.
2. Use o produto vectorial para encontrar os componentes do
vector unitário , perpendicular ao plano mostrado na figura
abaixo.
Mais exemplos práticos...
Para casa
Demonstre a regra abaixo, escrevendo ambos lados na
forma de componentes.

PARA REFLECTIR
Em que condições
?
1.2. Cálculo Diferencial
• Gradiente
• Operador
• Divergente
• Rotacional
• Regra dos produtos
O gradiente
• No cálculo vetorial o gradiente (ou vector gradiente) é um
vector que indica o sentido e a direção na qual, por
deslocamento a partir do ponto especificado, obtém-se o maior
incremento possível no valor de uma grandeza a partir da qual
se define um campo escalar para o espaço em consideração.
• Constrói-se assim, a partir do campo escalar e de
um operador denominado operador gradiente, um campo
vetorial, que atrela a cada ponto do espaço o correspondente
vetor gradiente para a grandeza em consideração.
• O módulo do vetor gradiente indica a taxa de variação da
grandeza escalar com relação à distância movida quando
desloca-se na direção e sentido do vector gradiente
(deslocamentos infinitesimais).
• Resumindo, o gradiente aponta na direcção de aumento
máximo da função.
• O campo vetorial e o operador gradientes possuem diversas
aplicações em matemática e ciências naturais, indo desde o
cálculo de derivadas direcionais à maximização das mesmas.
A exemplo, a partir do gradiente do potencial
elétrico determina-se o campo elétrico; e a partir do gradiente
da energia potencial determina-se o campo de força associado.
• Ex: ∇= distância vertical/ distância horizontal= Gradiente. O
símbolo ∇, isto é, nabla é uma representação da gradiente.
• Matematicamente:

• Encontre o gradiente de
• Qual é o significado físico desse resultado?
Exercícios
• Encontre os gradientes para as seguintes funções:
O Operador
• O operador nabla, não tem significado algum, se a ele não for
acoplada uma função na qual ele possa operar.

• Ele pode actuar de 03 maneiras:


O Divergente

• O divergente de uma função vectorial, é um escalar, e mostra


de que maneira uma determinada função emerge (diverge) de
um determinado ponto.
• Suponha que: , e
• Calcule os seus divergentes , e
Exercícios para casa
1. Calcule o divergente das seguintes funções vectoriais:

2. Esboce a função vectorial , e calcule o seu divergente.


Explique a resposta.
O rotacional
• O rotacional surge como a acção do operador , numa função
vectorial, isto é, é o produto vectorial entre o operador e a
função vectorial.

• Como qualquer produto vectorial, o resultado do rotacional é


um vector.
• Geometricamente, o rotacional representa o quanto um dado
vector V gira em torno de um dado ponto.

• Portanto, vamos determinar alguns rotacionais


Exercícios Práticos

1. Para as figuras acima, calcule o rotacional, assumindo que e .


2. Determine o divergente dessas mesmas funções. Interprete o
resultado.
Regra dos produtos
• No cálculo das derivadas ordinárias é feito por uma série de
regras, tais como:
• A soma,
• A multiplicação por uma constante e
• A regra do produto,
• E a regra do quociente
• Para as derivadas vectoriais:

• Para fazer um escalar:

• Para fazer um vector:


• Existem 2 regras dos produtos para os gradientes:

• Existem 2 regras dos produtos para os divergentes:

• Existem 2 regras dos produtos para os rotacionais:


De forma análoga, a regra dos quocientes:
Exercícios práticos
Segundas derivadas
• Para vossa demonstração em casa:

• A operação nr. 1 é também conhecida como Laplaciano.


Para casa
Para a próxima aula
• CÁLCULO INTEGRAL
• COORDENADAS CURVILÍNEAS

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