O PROCESSO DE

MUNICIPALIZAÇÃO DO
PROGRAMA AGITA SÃO PAULO

PROF. ME. DOUGLAS ROQUE ANDRADE

PROFA. DRA. MARCIA FARIA WESTPHAL
ORIENTADORA

Financiado pela FAPESP

FSP-USP, 2010
POLÍTICA NACIONAL DE
PROMOÇÃO DA SAÚDE
ATIVIDADE FÍSICA

PRÁTICAS CORPORAIS

ALIMENTAÇÃO

TABAGISMO

ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

ACIDENTES DE TRÂNSITO

CULTURA DE PAZ

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Aprovada em 30 de março de 2006

1987
Descentralização
 Diretrizes do SUS Artigo 198 – Constituição Federal

Rede regionalizada e hierarquizada e constituem um

sistema único.
• I - descentralização, com direção única em cada esfera
de governo;
• II - atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
• III - participação da comunidade.
 Norma operacional básica (1/92)
• O processo de municipalização é reforçado
• Autonomia:
– Planejamento
– Implementação
– Monitoramento
– Avaliação
– Gestão

Silva-Vieira, 1999
Pacto de gestão (2006)

Todas as cidades se tornaram municipalizadas

e assumiram o compromisso das ações

básicas de saúde.

A média e alta complexidade ficaram para os

outros níveis de governo.

Objetivos

1- Incrementar o nível de conhecimento...

2- Aumentar o nível de atividade física...

3- Aumentar o número de municípios que

tenham políticas municipais de promoção da

atividade física...

MATSUDO et al 2008
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2005 - 2006

Em 1997 6 prefeituras já haviam tornado-se parceiras

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2005 - 2006
 PROGRAMAS -ATIVIDADE E SAÚDE – SÃO PAULO

49 % Possuem programas

45%

55%

462 prefeituras responderam o questionário

BANKOFF, ADP et al., 2005

O ESTADO DE SP ESTÁ
DIVIDIDO EM
17 DRS
 DRS Nº de Municípios vinculados Pop. representada

DRS II – Araçatuba 40 710.434

DRS VII – Campinas 42 3.970.220

 DRS Nº de Municípios vinculados Pop. representada

DRS IV – Baixada Santista 9 1.687.096

DRS XV – São José do Rio Preto 101 1.470.237

Intervenções na América Latina e no Brasil

• Política e planejamento de amplitude comunitária

• Entrega de mensagens curtas de AF

• Aulas de AF em ambientes comunitários

Guide for Useful Interventions for Activity in Brasil and Latin America

HOEHNER CM et al, 2008

Descritor Número de
referências

Municipalização ou descentralización ou descentralization 2732

Saúde ou Health ou Salud 2428

Publicações no Brasil 1115

Publicações no Brasil: 2000 – 2010 458

Municipalização + Saúde + Atividade Física 0

OBJETIVO
Objetivo
Avaliar o processo de municipalização do PASP, no
Estado de São Paulo, no que se refere aos aspectos
conceituais, aos aspectos processuais relacionados à
implantação, monitoramento e avaliação e aos
aspectos políticos expressos pelos apoios econômicos
e estruturais oferecidos pelos níveis central, regional
e local.
MÉTODO
ESTUDO DE CASO
Delineamento
FASE FASE
EXPLORATÓRIA DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

CARTA SÃO PAULO

ENTREVISTA

CURSOS DE
FORMAÇÃO
COORDENAÇÃO INTERLOCUTOR
FASE
PROGRAMA REGIONAL ANÁLISE
n=7 n=17 SISTEMÁTICA
LIVROS
BOAS PRÁTICAS
INTERLOCUTOR
MUNICIPAL
n=66
MATERIAL TÉCNICO

CIDADES PAULISTAS
FINANCIAMENTO MS
Entrevistas
• Formulários - questões abertas e fechadas
• Realização de pré-teste Perda
Amostral
• Pessoalmente e por telefone
6 cidades
• Duração de 50 min. (9%)
• Gravação digital
• Audição
• Transcrição dos pontos chaves
• Análise temática
• Depoimentos típicos

BARDIN, 2009
Método – Análise sistemática
• Sínteses - Tabelas
• Porte das cidades:
– Pequeno porte: até 50.000 habitantes
– Médio porte: 50.001 até 100.000 habitantes
– Grande porte: de 100.001 até 900.000 habitantes e
metrópole: acima de 900.000 habitantes
RESULTADOS
FASE EXPLORATÓRIA
 Cidades - Recurso do Ministério da Saúde

66 CIDADES
 Cidades Parceiras - Fevereiro 1997 – Julho de 2009

DAUGBJERG, 2009
Efetividade de políticas
públicas
META

CIDADES PARCEIRAS

VARIOU entre 8 e 47

Média 28 assinaturas

260 CIDADES
 Cidades Parceiras – assinatura em 2009

144 CIDADES
FASE DELIMITAÇÃO
DO ESTUDO
 Ações do processo de municipalização
Coordenadores 0 1 2 3 4 5 6
f

Formação dos profissionais

Determinação da municipalização como prioridade

Realização de reuniões internas, com o DRS e municípios

Estabelecimento de parcerias no âmbito regional e municipal

Formação de um colegiado regional e ou municipal

Disseminação do PASP em eventos (estadual, regional ou local)

Avaliação de ações pontuais e permanentes

Desenvolvimento de material técnico auxiliar

Incentivo para a celebração de eventos pontuais em rede

 Estratégias bem sucedidas - Gestão
Coordenadores 0 1 2
f

Reunião mensal exclusiva para municipalização

Parceria estratégica

Intermediação dos interlocutores do DRS junto aos municípios

Conscientização dos diretores dos DRS

Utilização de espaços ociosos ou alternativos

Trabalho conjunto com serviços de saúde

Elaboração de um relatório anual dos DRS de caráter avaliativo

 Estratégias bem sucedidas - Empoderamento
Coordenadores 0 1 2 3
f

Criação de colegiados municipais e regionais

Formação de recursos humanos nos municípios

Sugestão de adequação na agenda dos parceiros

Publicação do livro de boas práticas

Envolvimento de todos os departamentos de saúde

Exemplos de ações de promoção da atividade física

Cursos de formação

Envolvimento dos interlocutores

 Entraves do processo de municipalização
Coordenadores f 0 1 2 3 4 5 6 7

Questões políticas

Falta de envolvimento dos diretores dos DRS

Falta de adesão dos municípios

Falta de recursos financeiros

Espaço dado ao programa

Falta de recursos humanos

Falta de entendimento do caráter perene do programa

Problemas no repasse das informações

 Conhece o Programa Agita São Paulo

Geral 80.3

Pequeno 93.3

Médio 77.8

Grande 63.6

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
%
*p<0,01
 Participação no processo de municipalização

PASP 39
Geral

DRS 33
Pequeno

PASP 47

DRS 50

PASP 33
Médio

DRS 22

PASP 32
Grande

SPEDO, 2009
DRS 14 REGIONALIZAÇÃO
- 10 20 30 40 50 60
*p<0,01 %
Participação das cidades (Adesão ≥ 50%)
0 1 2 3 4

Grande SP
Araçatuba
Araraquara Parcerias
Baixada Santista Curso de formação
Barretos Publicação – Boas Práticas
Bauru
Financiamento – Ministério da Saúde
Campinas
Franca
Marília
Piracicaba
Presidente Prudente
Registro
Ribeirão Preto
S.J. da Boa Vista
S.J. do Rio Preto
Sorocaba
Taubaté
“muitas vezes o que aparece é a caminhada, um evento grande e não
necessariamente o que o PASP realmente quer trabalhar”
Coordenador

“os gestores priorizam a prevenção, que está muito pautado na

questão da doença mesmo...” Coordenador

“alguns gestores não estão preparados tecnicamente Não têm

pessoas formadas com visão na saúde de prevenção e promoção,
têm visão curativa e não preventiva” Interlocutor Regional
“A principal diferença é que a cada nova parceria, novos cursos
realizados, novas etapas eram inseridas no processo, num processo
dinâmico e aberto...” Coordenador

“fizemos aqui uma oficina de grande adesão, onde pessoas de

diversas áreas (saúde, educação e esporte) mostraram interesse,
querendo saber mais e participar” Interlocutor Regional

“tentamos incluir também a Educação, Saúde e Esportes, mas

ficamos só nós (saúde) e o Esporte” Interlocutor Municipal
“O PASP necessita de dois suportes básicos, as organizações civis e
o poder público do município, essas duas instâncias de comando ou
de poder precisam estar sensibilizadas... ...todo esse lado não político,
não oficial do município e ao mesmo tempo as instâncias oficiais, as
Secretarias de saúde, educação, esporte, assistência social, poder
legislativo é importante, porque ele é quem vai orientar as leis que
efetivamente servirão de base para o programa, eu acho que é isso,
acho que esse é o caminho para se chegar à maior eficácia”
Coordenador
Instalação e Construção Reformas
Academia ao ar livre Acesso para deficientes físicos
Ciclovias Adequação piso parte externa da UBS
Cobertura de espaços em UBSs Ampliação de UBS
Coberturas de praças de esportes Asfaltou ruas
Criou um parque para atividade física Calçadão da orla da prainha
Equipamentos de ginástica Calçamento das praças
Fecham vias públicas para realização de Centros de Convivência do Idoso
eventos pontuais Ginásio de Esporte
Piscina no Centro de Apoio à Melhor Idade Pistas de caminhadas
Pista de caminhada Praças
Quadras em escolas Reestruturação de pista de cooper
Sala de atividade física Via pública colocando placas de avisos
Sala de palestras educativas
Princípios da promoção da saúde
Interlocutor Interlocutor
Princípios da Coordenadores
Regional Municipal
Promoção da Saúde n=7
n=17 n=61

Concepção Holística 5 2 3

Participação Social 7 9 29

Intersetorialidade 6 3 8

Equidade 7 16 61

Ações Multiestratégicas 7 16 61

Sustentabilidade 7 16 12
Considerações finais
A municipalização

• Criação informal e espontânea

• Projeto formal depois de 8 anos
• A SES-SP se envolveu, porém sem garantir infra-estrutura
– Recursos humanos e financeiros (Nível Regional e local)

• Envolvimento dos interlocutores se deu por questões mais

individuais
• Apoio técnico mobilizou diversas redes
• Os coordenadores mesmo sentido restrições estruturais não
se mobilizaram para encontrar soluções junto a SES-SP
Avaliação da municipalização

• Até julho de 2009 40% das cidades

• 70% das cidades que receberam verba do MS são parceiras
• Aumentar 100% até 2011, não há uma base
• Reconhecimento de 39% e 33% do IM a participação do
PASP e do DRS
• Principal atividade do DRS repasse de informação
• O envolvimento dos interlocutores do DRS não é
homogêneo
Princípios da Promoção da Saúde

• Impacto da AF nas doenças crônicas

• Reduz de custos
• Disseminação da mensagem: 30 minutos de AF
• As ações de municipalização foram mais amplas
• Processo amplo e aberto (ex. modelo ecológico)
• Empoderamento dos interlocutores
• Criação de diversas redes
Sugestões

• Refletir e rever constantemente o referencial teórico

• Construção de indicadores

• Como a atividade física está nos pactos de gestão ?

• Cruzamento das informações do processo de

municipalização com os outros indicadores