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GUIA
DE BOAS PRÁTICAS
EM POLÍTICAS PÚBLICAS
Mohit/Unsplash
APRESENTAÇÃO 4
PROGRAMA
CIDADES SUSTENTÁVEIS 6
ENTRE DESAFIOS E SOLUÇÕES 10
Novo
OCiclo
CICLO de Ação
DO PCS
PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS PCS - Programa Cidades Sustentáveis
O QUE É de social e para a construção de cidades mais justas e sustentáveis. Trata- • Indcadores de Referência Temáticos
• Prêmio Cidades Sustentáveis
• Boas práticas
• Guias, mapas, pesquisa
Inspirado nos Compromissos Esse trabalho se apoia em livre, no qual os gestores 04 • Adesão ao PCS
• Diagnósticos locais
• Plano de Metas
Incentivo à Construção
de Aalborg, pacto político metodologias para estimu- públicos encontram ferra- de Políticas Públicas
pelo desenvolvimento sus- lar o planejamento urbano mentas e conteúdos para o • Lei de Metas
03
• PEC das Metas
• Advocacy
tentável firmado em 2004 integrado e a participação exercício de suas atividades
por aproximadamente 650 social na gestão pública de planejamento e gestão. Estímulo à Participação
da Sociedade
municípios europeus, durante local, no uso de indicado- • Moblização da Soc. Civil local:
propostas e monitoramento
a Conferência Aalborg+10, res para a realização de Constituída por módulos • Coalizões
• Criação de espaços
institucionais de participação
na Dinamarca, o PCS foi lan- diagnósticos, planejamen- temáticos, a plataforma
çado em 2012 para auxiliar to e monitoramento das apresenta ferramentas e
a gestão pública e o planeja- ações do governo e no in- funcionalidades especí-
mento das cidades brasilei- centivo ao estabelecimento ficas, articuladas em um Essa abordagem reúne diversos meios das cidades signatárias do programa, bem
ras por meio de um conjunto de metas para a gestão ambiente de capacitação, de monitoramento das características como monitorar a evolução da gestão ao
de metodologias, ferramen- pública. estímulo, mobilização, territoriais, sociais, ambientais, culturais, longo do tempo.
tas e conteúdos associados informação e organização econômicas e institucionais. Para o gestor
às atividades típicas da Esses recursos são dispo- de atividades envolvendo público, a plataforma serve como ferra- Desse modo, a plataforma se constitui como
administração municipal, nibilizados na Plataforma a sociedade civil, o poder menta de gestão e planejamento. Para a um importante meio de controle social e de
independentemente de seu Cidades Sustentáveis (www. público, instituições técni- sociedade civil, também funciona como um prestação de contas, uma vez que os dados
porte populacional ou perfil cidadessustentaveis.org.br), um co-científicas e a iniciativa observatório cidadão, pelo qual os usuários disponibilizados pelas prefeituras são abertos
socioeconômico. ambiente aberto e de acesso privada. podem acompanhar os dados e indicadores a qualquer cidadão.
8 PCS – Programa Cidades Sustentáveis GPS – Guia de Boas Práticas em Políticas Públicas 9
O PCS oferece ainda um programa de for- gia e Inovações (MCTI), com apoio do Fundo OS 12 EIXOS DO PCS
mação e capacitação para gestores públicos Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla
municipais, documentos de orientação técni- em inglês), implementação do Programa das Os 12 eixos do PCS
ca, guias, manuais e conteúdos informativos Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnu-
para o público geral. ma) e executada em parceria com a Agência
Recife para Inovação e Estratégia (Aries) e
Nos últimos anos, esse conjunto de conteúdos Porto Digital, o Centro de Gestão e Estudos
e ferramentas foi aprimorado com o apoio do Estratégicos (CGEE), o Programa Cidades
Projeto CITinova, uma iniciativa multilateral Sustentáveis (PCS) e a Secretaria do Meio
realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnolo- Ambiente do Distrito Federal (Sema-GDF).
Em 2015, com o lançamento da Agenda 2030 pela Organização das Nações Unidas
(ONU), o Programa Cidades Sustentáveis iniciou um trabalho de análise de todos os Ob-
jetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a fim de estabelecer a correlação dos 17 Planejamento Cultura para Educação para Economia loca
e desenho urbano
Bens naturais a sustentabilidade
Equidade, justiça social a sustentabilidade criativa e su
ODS e suas 169 metas com os 12 eixos temáticos e 260 indicadores do programa. As- Governança Gestão localde
para a
Os 12 eixos do PCS comuns e cultura de paz e qualidade vida
sustentabilidade
sim, o PCS assumiu um papel pioneiro na implementação e municipalização dos ODS no
Brasil, reafirmando-se como uma importante ferramenta para ação dos gestores públi-
cos no cumprimento da Agenda 2030.
Assim como os eixos e indicadores, as boas práticas publicadas pelo programa também
foram classificadas e correlacionadas aos ODS, de acordo com o tema que abordam.
Desse modo, os gestores públicos têm à disposição um conjunto de conteúdos organiza-
dos de tal forma que possam identificar as ações e políticas de acordo com suas neces- Consumo responsável Melhor mobilidade, Ação local para Do local
Planejamento e opções de estilo
Cultura parade vida menos tráfego
Educação para Economia a local
saúdedinâmica, o glob
sidades e prioridades, além de observar aquelas que estão alinhadas aos
e metas da Agenda 2030.
Governança
Os 12 eixos do PCS
compromissos Bens naturais
e desenho urbano
comuns
Equidade, justiça social
aesustentabilidade
cultura de paz
Gestão local para a
a sustentabilidade
sustentabilidade
e qualidade de vida
criativa e sustentável
Dieny Portinanni/Unsplash
De modo geral, as boas práticas divulga- de uma área degradada da cidade, um A implantação de uma boa prática pode ter de uma iniciativa, conforme as necessidades
das pelo PCS podem auxiliar a melhoria dos plano de expansão de ciclovias mais am- um papel importante para o engajamento da população e o programa de governo.
indicadores da cidade, apontar caminhos para bicioso ou a remodelação do sistema de da população e a integração entre áreas e
resolver um problema específico ou promover drenagem do município. secretarias das prefeituras. Também pode A multiplicação de boas práticas implica,
transformações mais profundas, de diferentes promover a interlocução entre a administração portanto, uma dimensão de transferência do
ordens ou grandezas. Elas podem ser um pla- Os exemplos são muitos e diversos, mas de diferentes cidades, uma vez que a troca de conhecimento e outra de mudança organiza-
no ou uma política pública estruturante, uma não se limitam a políticas que impactem conhecimento e experiências deve ser estimu- cional em que a capacidade de planejamento
lei que traga avanços em termos de gestão e um grande número de pessoas. Há ações lada e ampliada sempre que possível. e gestão tem papel fundamental. Processos
planejamento ou promova mudanças institu- pontuais que produziram bons resultados e participativos para a escuta da população,
cionais e administrativas importantes. se mostraram bem-sucedidas ao atender Para facilitar a adaptação de uma boa prá- diagnósticos locais com base em indicadores,
demandas específicas, porém necessárias tica, é essencial que os governos se guiem o Plano de Metas e o Mapa da Desigualdade
As boas práticas também podem induzir e relevantes em seu contexto. Um projeto de por um conjunto de ferramentas que pos- são instrumentos úteis para identificar de-
transformações culturais e comportamen- zeladoria para conscientizar a população sam ajudá-los a estabelecer as prioridades mandas e prioridades para a gestão pública.
tais que fortaleçam a cidadania ou contri- sobre a preservação de calçadas, a oferta locais. Tais ferramentas também podem
buam para a preservação do meio ambien- de cursos de capacitação para populações auxiliar os gestores a identificar áreas e Como ferramentas de gestão e planejamen-
te. Por exemplo, um projeto de revitalização desassistidas e programas de fortalecimento temas de interesse para a implementação to, tais instrumentos auxiliam os gestores na
16 PCS – Programa Cidades Sustentáveis GPS – Guia de Boas Práticas em Políticas Públicas 17
elaboração e construção de políticas públicas No mais, tais experiências podem partir do 4. Apresentar resultados concretos e mensu- • Não ter fins político-partidários;
e, por consequência, na identificação de boas governo municipal, mas também de associa- ráveis, ou seja, experiências que compro- • Não ter fins comerciais.
práticas necessárias para o contexto local. ções setoriais ou de classe, de organizações vadamente deram certo, por meio do uso
Estas, por sua vez, podem complementar um da sociedade civil ou, preferencialmente, da de indicadores e da verificação das metas As boas práticas publicadas pelo progra-
bom processo de planejamento municipal e, integração de todos esses atores. Num sentido atingidas, e que apontem melhorias visíveis; ma também são estruturadas em tópicos e
posteriormente, materializar o que foi pensado mais amplo, a integração entre atores pode 5. Ter potencial de escala, com caráter inova- organizadas de acordo com uma metodologia
e previsto num projeto ou programa de governo. criar uma agenda comum e fóruns de articu- dor e capacidade de ser adaptada a outros própria, que abrange os seguintes itens:
Elas são o resultado efetivo, a ação concreta, a lação entre municípios, de modo que se possa contextos;
própria política pública implantada e gerando dar escala e perenidade para algo que deu 6. Estar preferencialmente em funcionamento • Resumo descritivo;
impacto na sociedade. certo em outra realidade. há pelo menos dois anos, com apresenta- • Objetivo geral;
ção de resultados; • Objetivos específicos;
Diego Carneiro/Unsplash
7. Utilizar preferencialmente parcerias para o • Relação com os eixos do PCS;
desenvolvimento do projeto; • Relação com os ODS;
8. Contribuir para a melhoria da qualidade de • Etapas de implementação;
vida nas cidades. • Público atingido;
• Principais resultados;
Para contemplar a diversidade de caracte- • Um aprendizado fundamental;
rísticas espaciais e socioeconômicas das • Parceiros envolvidos;
cidades brasileiras, o PCS incorporou as • Resultados quantitativos;
seguintes diretrizes para a elaboração de seu • Resultados qualitativos;
Banco de Boas Práticas: • Parâmetros contemplados;
CARACTERÍSTICAS E CRITÉRIOS • Fontes de referência;
• Ter abrangência geográfica mundial; • Contatos;
• Apresentar diversidade de portes de cidades; • Galeria de imagens.
BOAS PRÁTICAS DAS PREFEITURAS SIGNATÁRIAS comunidade e em que medida contou com a signatárias. A equipe do PCS não seleciona
sua participação. nem faz qualquer tipo de curadoria ou edição
Sebastien Goldberg/Unsplash dos conteúdos e informações fornecidos. A
Recomenda-se, ainda, que as boas práticas veracidade, retidão, precisão, rigor e transpa-
publicadas pelas prefeituras atendam a crité- rência dos dados e conteúdos disponibiliza-
rios técnicos e estejam relacionadas a políticas dos nesta seção específica cabem, portanto,
públicas que promovam impactos positivos na ao responsável designado pela prefeitura
sociedade. É fundamental, portanto, que não para a publicação da boa prática. Desse
estejam associadas a ações de publicidade e modo, a cidade signatária se torna integral-
propaganda política, não identifiquem marcas mente responsável pelo conteúdo por ela
e produtos comerciais e nem se vinculem a publicado na plataforma do PCS.
projetos que visem à promoção pessoal ou de
grupos e organizações específicos. Informações e orientações sobre a definição
da pessoa responsável pela boa prática na
É importante destacar também que o Pro- prefeitura e para o cadastramento de con-
grama Cidades Sustentáveis não tem in- teúdos na página da cidade signatária estão
gerência ou responsabilidade pelas boas disponíveis no Guia de Uso do Sistema da
práticas divulgadas por gestores das cidades Plataforma Cidades Sustentáveis.
Conheça a seguir algumas iniciativas inspiradoras pelo mundo, exemplos de como a troca de
experiências pode trazer soluções para desafios e problemas comuns.
Uma imensa rede fotovoltaica com mais Com projetos de educação ambiental com
de 1.300 painéis criou o maior projeto de ênfase no desenvolvimento sustentável, a
energia solar do Hemisfério Sul, forne- cidade de Helsingborg promove a cons-
cendo energia suficiente para abastecer cientização e o engajamento em temas
dezenas de casas na cidade de Melbour- ambientais voltados para o estímulo à
ne. Instalado no teto do histórico Mercado participação no processo de planejamento
Rainha Vitória, o sistema ainda reduz as emissões de CO2 em 369 toneladas por ano, urbano, especialmente de novas gerações. As atividades propostas para os alunos com
um projeto de energia limpa local, com efeitos globais no meio ambiente. idade entre 5 e 18 anos tratam de processos e iniciativas que visam reduzir o impacto
ambiental e a construção de uma cidade sustentável, justa e democrática.
ECONOMIA LOCAL, DINÂMICA, CRIATIVA E SUSTENTÁVEL EQUIDADE, JUSTIÇA SOCIAL E CULTURA DE PAZ
AFEGANISTÃO CUBA
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Diário Oficial da União,
05 out. 1988.
______. Lei Federal no 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da
Aline Redorat Laura Dourado
Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Bra- Assistente de coordenação Assessora de Mídias Sociais
sília: Diário Oficial da União, p. 1, 11 jul. 2001.
Airton Goes Luanda Nera
Assessor de conteúdo Coordenadora de Comunicação e Assessoria de
______. Lei Federal no 11.124, de 16 de junho de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Imprensa
Ana Cândida
Habitação de Interesse Social (SNHIS), cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social Assessora de Boas Práticas Natalia Mendes
(FNHIS) e institui o Conselho Gestor do FNHIS. Brasília: Diário Oficial da União, p. 1, 17 jun. 2005. Assessora de Comunicação
Beto Gomes
Coordenador de conteúdo Paloma Lima
HARVEY, D. “O Direito à Cidade”. Artigo publicado originalmente na New Left Review, n. 53, Estagiária de Projetos
Camila Abeid
2008. Disponível em português em https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/272071/mod_ Recepcionista Sérgio Frazão Helene
resource/content/1/david-harvey%20direito%20a%20cidade%20.pdf. Assessor de Planejamento
Carolina Guimarães
Coordenadora da Rede Nossa São Paulo Thiago Valentim
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). A Nova Agenda Urbana e o Brasil: Coordenador Administrativo Financeiro e Recursos
Carolina La Terza Humanos
insumos para sua construção e desafios a sua implementação. Organizadores: Marco Aurélio Assessora de Projetos
Costa, Marcos Thadeu Queiroz Magalhães, Cesar Buno Favarão. Brasília, 2018 Valquíria Mendes
Clara Meyer Cabral Serviços Gerais
Coordenadora de Indicadores
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Agenda 21 Global. 2019. Disponível em: https://www.mma. Zuleica Goulart
Igor Pantoja Coordenadora do Programa Cidades Sustentáveis
gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global/. Acesso em: 27 jul. 2020. Assessor de Mobilização
Jorge Abrahão
PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. Guia GPS – Gestão Pública Sustentável. São Paulo, Coordenador Geral
2017. Disponível em: <https://www.cidadessustentaveis.org.br/arquivos/Publicacoes/GPS_Guia_
Gestao_Publica_Sustentavel.pdf>.
PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. GPS – Guia para Elaboração do Plano de Metas. São
Paulo, 2020. Disponível em: https://www.cidadessustentaveis.org.br/arquivos/Publicacoes/Guia_ Guia de Boas Práticas em Políticas Públicas é uma publicação produzida pela equipe do
para_Elaboracao_do_Plano_de_Metas.pdf. Programa Cidades Sustentáveis, com apoio do Projeto CITinova – Planejamento Integrado
e Tecnologias para Cidades Sustentáveis. Trata-se de um projeto multilateral realizado pelo
PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. Guia Orientador para a Construção de Mapas Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com apoio do Fundo Global para o Meio
da Desigualdade nos Municípios Brasileiros. São Paulo, 2017. Disponível em: https://www. Ambiente (GEF, na sigla em inglês), implementação do Programa das Nações Unidas para o Meio
cidadessustentaveis.org.br/arquivos/Publicacoes/Guia_Mapa_da_Desigualdade.pdf. Ambiente (PNUMA), e executado em parceria com Agência Recife para Inovação e Estratégia
(ARIES) e Porto Digital, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Programa Cidades
Sustentáveis (PCS) e Secretaria do Meio Ambiente (SEMA/GDF).
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