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Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

Janeiro de 2015

VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA


Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

A Revisão do Plano Diretor de Curitiba tem sido um grande desafio. Trata-se de retrabalhar um plano originalmente criado em 1966 e
revisado uma única vez, em 2014. Quase meio século depois da criação do Plano Diretor a cidade tornou-se muito mais populosa,
complexa e dinâmica. Cresceu, avançou em novas direções e estabeleceu conexões vitais com a Região Metropolitana, além de
concentrar uma população diversificada e uma economia pujante.

Diante deste contexto, o tripé indutor do crescimento de Curitiba formado por transporte coletivo, sistema viário e uso do solo já não
pode responder sozinho às demandas da cidade. À integração dos elementos deste tripé, tornou-se fundamental agregar o
desenvolvimento urbano sustentável, buscando o equilíbrio entre os ambientes naturais e o meio construído; a integração
metropolitana, com a definição dos eixos de transporte; e o favorecimento e incentivos à pluralidade de funções e atividades nos
compartimentos urbanos.

A cidade que se projetou para o mundo como exemplo de planejamento urbano e soluções inovadoras, agora busca a integração
multimodal do transporte, o desenvolvimento socioeconômico sustentável, a redução das distâncias entre o trabalho e a casa, a
diminuição dos deslocamentos em veículos particulares, a salvaguarda do patrimônio arquitetônico e cultural e a humanização dos
espaços públicos.

O trabalho realizado pelo corpo técnico do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba contou com a colaboração das
demais secretarias e órgãos municipais e foi objeto de ampla participação popular: 6.305 pessoas da comunidade se envolveram
diretamente nos debates em torno da Revisão do Plano Diretor de Curitiba em 146 eventos externos que, somados aos 376 eventos
internos, levaram à marca de 522 eventos sobre o tema. Acreditamos que é desta forma que estamos construindo uma cidade mais
humana, inovadora e participativa para todos.

Sérgio Póvoa Pires


Presidente do IPPUC
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

PLANO DIRETOR

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, dele originando-se as diretrizes,
princípios, objetivos e demais regramentos voltados à adequada integração do processo de planejamento da cidade.
Desde a década de sessenta, Curitiba já apresentava um Plano Diretor instituído pela Lei Municipal n. 2828, de 10 de agosto
de 1966. Com a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988 e do Estatuto da Cidade, fez-se necessária a adequação das
diretrizes municipais previstas no então Plano Diretor à orientação legislativa federal, o que se deu pela edição da Lei
Municipal n. 11.266 de 16 de dezembro de 2004.
O mesmo Estatuto da Cidade também criou a obrigação dos municípios revisarem seus Planos Diretores a cada dez anos. O
processo de revisão deverá contar necessariamente com mecanismos de participação de forma democrática, para que sejam
agregadas as diferentes perspectivas e interesses coletivos, aproximando o cidadão da política de planejamento urbano da
cidade.
Em Curitiba, compete ao IPPUC coordenar o processo de revisão do Plano Diretor, com posterior encaminhamento pelo
Prefeito de Curitiba de uma proposta de lei para análise da Câmara Municipal.
O Plano Diretor de Curitiba visa propiciar melhores condições para o desenvolvimento integrado, harmônico e sustentável de
Curitiba com a Região Metropolitana, sendo o instrumento básico, global e estratégico da política de desenvolvimento urbano,
determinante para todos os agentes, públicos e privados.

O Plano Diretor estabelece princípios, diretrizes e objetivos para as políticas:

de desenvolvimento urbana social e econômica de gestão democrática


urbano ambiental e participativa
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HISTÓRICO

1965 1966 1975 2000/2004


Plano Preliminar Plano Diretor Novo Zoneamento Revisão e Adequação ao
Estatuto da Cidade
Resultado de um concurso, A partir da promulgação, O plano fica mais detalhado Com a publicação do
o plano trazia diversas em 1966, o plano foi e elaborado:: limitação do Estatuto em 2001, o plano
concepções inovadoras, recebendo adensamento periférico e precisou ser adequado às
sendo a principal delas o complementações e incentivo àquele próximo novas regras. Entre elas
direcionamento do detalhamentos que aos eixos estruturais. estava a definição do prazo
crescimento através de viabilizaram a Destinação do térreo e do máximo de 10 anos para a
eixos estruturais que implementação das ideias 1º pavimento nas revisão do plano.
integravam as políticas de centrais iniciais. estruturais para comércio e
transporte coletivo, uso do serviços. Criação do
solo e sistema viário. conceito de vias coletoras.
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PROCESSO DE ELABORAÇÃO

O processo iniciou-se na 5ª Conferência da Cidade de Curitiba - COMCURITIBA – onde a sociedade discutiu “A Cidade
Preparação Que Queremos” e foram eleitos os os conselheiros do Concitiba para acompanhar a revisão do Plano Diretor.

A capacitação focou, primeiramente, as equipes internas da Prefeitura, passando às lideranças regionais e aos
segmentos sociais interessados. Também estendeu-se ao Concitiba. Estas atividades de capacitação e orientação
Capacitação e Orientação resultaram em um processo de discussão mais qualificado e transparente.

Dividido em três: o Retrato das Regionais – levantamento técnico detalhado em nível das Regionais, Diagnóstico
Comunitário – realizado pela comunidade, também no nível das Regionais e Diagnóstico Técnico do Plano Diretor, com
aprofundamento nas questões centrais do plano. Também compõe os diagnósticos o monitoramento constante do
Diagnósticos Plano Diretor, realizado pelo IPPUC. O diagnóstico final é uma combinação destas leituras.

Os prognósticos se dividem em dois grupos: um com a projeção da situação atual em momentos futuros e outro que
reflete os desejos de cidade futura identificados. O primeiro trata-se de uma visão inercial, que procura mostrar o
Prognósticos destino para o qual estamos caminhando, enquanto o segundo mostra o destino que gostaríamos de alcançar.

A partir das constatações propiciadas pelo diagnóstico, pelo prognóstico e pelas visões de cidade desejada, as propostas
advindas da sociedade, dos grupos técnicos e decisores da prefeitura são sistematizadas em
Sistematização função das suas motivações subjacentes.

As motivações sistematizadas são transformadas em propostas, primeiramente na forma de projetos e então em forma
de lei. O anteprojeto de lei, após diversas revisões, está pronto para seguir seu trâmite: Prefeitura para avaliação,
Plenária do CONCITIBA, para validação pelo Conselho da Cidade e pela sociedade, Prefeitura para encaminhamento da
Propostas proposta final e Câmara de Vereadores, para apreciação e votação.
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PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO

Desde a instauração do processo de revisão pelo Prefeito Municipal


em março de 2014 na Escola Municipal João XXIII, foram realizados 522
eventos, todos contando com mecanismos de participação da
população, sendo garantido ao cidadão o direito de opinar e
apresentar sugestões sobre as disposições previstas no Plano Diretor Os estudos, dados, informações e contribuições permitiram a formulação de
em vigor e na sua revisão. propostas para a revisão do Plano Diretor de Curitiba, sintetizadas e discutidas em
Audiências Públicas e na plataforma digital de participação.

Estas propostas constituíram-se em sementes para o debate da cidade que


6.305 queremos.
participações
da sociedade O gráfico abaixo mostra os temas mais tratados nas contribuições da sociedade.
em 146
eventos
externos 1.640 Região
Cultura Metodologia
propostas Desenvolvimento Metropolitana
12.884 1,5% 1,2%
Econômico 1,0%
contribuições 19 audiências
públicas 1,9%
à visão de
futuro pelos com 3.364 Segurança
Urbanistas 84 horas de participantes 3,8%
Mirins capacitação 522 EVENTOS Instrumentos
das equipes internos e Política Urbana
central e externos 6,6%
10 oficinas regionais 63 Reuniões e
comunitárias Gestão Mobilidade e
oficinas
com 789 Democrática Transporte
CONCITIBA
participantes III Seminário 6,7% 29,7%
Curitiba de
Amanhã Zoneamento e Uso
com 292 do Solo
12 oficinas, participantes 7,3%
seminários e
palestras com Estrutura Meio Ambiente
segmentos Urbana 11,0%
8,8%
Habitação Desenvolvimento
10,2% Social
10,5%
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PROCESSO DE ELABORAÇÃO

Os trabalhos de elaboração do Plano Diretor foram divididos entre 16 grupos técnicos, além de um grupo
de apoio logístico.
189 técnicos trabalharam vinculados de forma fixa nestes grupos de trabalho, somando-se a outros
técnicos e decisores que se incorporaram em situações específicas.
80 técnicos representaram as diversas secretarias e órgão municipais.
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ESTRUTURA DA LEI
TÍTULO I - DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURITIBA
A Lei Municipal nº 11.266 de 16 de
CAPÍTULO ÚNICO - DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL
dezembro de 2004 promoveu a adequação
do Plano Diretor de Curitiba (Lei Municipal n. TÍTULO II - DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

2828, de 10 de agosto de 1966) ao Estatuto TÍTULO III - DA POLÍTICA URBANA


da Cidade, que agora é revisada. CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO URBANA
CAPÍTULO II - DA MOBILIDADE URBANA
Propõe-se uma alteração na estrutura da lei, CAPÍTULO III - DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL NATURAL E CULTURAL
com criação de novos Títulos, Capítulos e CAPÍTULO IV - DA PAISAGEM URBANA E DO USO DO ESPAÇO PÚBLICO
CAPÍTULO V - DA HABITAÇÃO
Seções, dando especial atenção aos capítulos
da Mobilidade Urbana (criação de Seções TÍTULO IV - DA POLÍTICA SOCIAL E ECONÔMICA
específicas para circulação não motorizada – CAPÍTULO I - DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
CAPÍTULOII - DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
pedestres e bicicletas – e estacionamentos) e
Habitação (maior detalhamento das TÍTULO V - DA DEFESA SOCIAL
disposições relativas a habitação de interesse CAPÍTULO I - DA SEGURANÇA CIDADÃ
CAPÍTULO II - DA PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
social e regularização fundiária).

Ao lado a estrutura proposta. TÍTULO VI - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA


CAPÍTULO I - DOS INSTRUMENTOS EM GERAL
CAPÍTULO II - DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
CAPÍTULO III - DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
CAPÍTULO IV - DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR
CAPÍTULO V - DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
CAPÍTULO VI - DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
CAPÍTULO VII - DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
CAPÍTULO VIII - DO REDESENVOLVIMENTO URBANO – RDU
CAPÍTULO IX - DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

TÍTULO VII - DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE

TÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS


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REVISÃO DO PLANO DIRETOR

A revisão do Plano Diretor de Curitiba, de acordo com o disposto no artigo 40, § 3º, do Estatuto da Cidade, consolida as políticas públicas,
princípios, diretrizes e objetivos sucessivamente implantados no Município, incorpora novos princípios, diretrizes e objetivos alinhadas às
demais disposições legais, às dinâmicas demográfica, social, econômica, ambiental, e orienta as ações futuras de adequação da estrutura urbana.
O Plano Diretor de Curitiba abrange a totalidade do território do Município, completamente urbano, e estabelece princípios, diretrizes e
objetivos para:
• a política de desenvolvimento urbano
• a política urbana ambiental
• a política social e econômica
• a gestão democrática da cidade

O Plano Diretor visa propiciar melhores condições para o desenvolvimento integrado, harmônico e sustentável de Curitiba com a Região
Metropolitana, sendo o instrumento básico, global e estratégico da política de desenvolvimento urbano, determinante para todos os agentes,
públicos e privados

O Plano Diretor de Curitiba deverá ser compatível com:


• Planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social
• Planejamento da Região Metropolitana de Curitiba, sem prejuízo à autonomia municipal
• Plano Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável - PMDUS

O Plano Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável – PMDUS – é um processo contínuo, global, de longo prazo, macro orientador, do
planejamento municipal, que contempla princípios norteadores para o desenvolvimento urbano visando a sua sustentabilidade ambiental, social
e econômica. Este plano tem por objetivo alinhar todas as ações de planejamento e gestão da cidade, colocando o ser humano no centro do
planejamento urbano de forma a buscar a plena qualidade de vida e ambiental para as presentes e futuras gerações.

Legislação municipal que trata do planejamento urbano:


• Lei de Parcelamento e Uso do Solo
• Legislação de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo
• Legislação dos instrumentos de política urbana previstos neste Plano Diretor
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COMPONENTES DO PLANO DIRETOR


Planos Setoriais, onde estão descritos os projetos e ações a serem implementadas pelo Poder Público Municipal, considerando os princípios,
diretrizes e objetivos previstos no Plano Diretor :
• Plano Setorial de Mobilidade e Transporte Integrado
• Plano Setorial de Habitação
• Plano Setorial de Desenvolvimento Econômico
• Plano Setorial de Desenvolvimento Social
• Plano Setorial de Defesa Social e de Defesa Civil
• Plano Setorial de Desenvolvimento Ambiental
• Plano Setorial de Saneamento

Planos estratégicos, que contemplam ações e projetos específicos, com temas determinados dentro de uma área de atuação e que abrangem a
totalidade do território:
• Plano Cicloviário
• Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima
• Plano de Paisagem Urbana
• Plano de Zoneamento Subterrâneo
• Plano de Pedestrianização e Calçadas
• Plano de Acessibilidade
• Plano de Inovação e Design

Planos das Administrações Regionais, que são planos de ação desenvolvidos em cada uma das Administrações Regionais da cidade, conforme
suas necessidades e peculiaridades.

Planos de Desenvolvimento de Bairros.

Planos de Vizinhança.

Plano de Ação e Investimentos, conforme previsto na legislação estadual.

Outros Planos, Programas e Projetos.

Os Planos de Desenvolvimento de Bairros e os Planos de Vizinhança são facultativos, sendo elaborados conforme a discricionariedade do Poder Público
Municipal e o interesse da população envolvida, e se constituem em processos participativos e locais de priorização de ações físico-territoriais e
socioeconômicas orientados pelos princípios, objetivos e diretrizes previstos neste Plano Diretor e em demais Planos, Programas e Projetos.
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SISTEMA DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL

O sistema de planejamento municipal é o desenvolvimento de um processo dinâmico e contínuo, que articula as políticas públicas com os
diversos interesses da sociedade e promove instrumentos para a gestão e o monitoramento do desenvolvimento urbano. O sistema de
planejamento municipal dar-se-á de forma integrada, sob coordenação e monitoramento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de
Curitiba - IPPUC.

O sistema municipal de planejamento deve promover:

atualização das coordenação do


informações de planejamento da
interesse do Cidade
revisão e Município publicização das
adequação do gestão
informações
Plano Diretor e da democrática da
geradas pelo
legislação articulação entre cidade
Município ordenamento das
urbanística os sistemas de
informação de funções sociais da
interesse à gestão propriedade e da
territorial do cidade
Município

O sistema de planejamento municipal efetiva-se através:


do Plano de Ação e
Investimentos,
dos Planos setoriais conforme previsto
na legislação
do Sistema de dos Planos de estadual da gestão
Monitoramento do desenvolvimento democrática da
dos instrumentos Plano Diretor de Bairros cidade
previstos neste PD dos Planos de outros Planos,
e em legislações Estratégicos Programas e
da definição de ações e
urbanísticas políticas de Projetos
desenvolvimento dos Planos de do Conselho da
urbano geral e setorial, Vizinhança Cidade de Curitiba –
dos programas e da articulação entre CONCITIBA
projetos especiais dos Planos das
administrações os órgãos que
Regionais integram o Poder
Público Municipal
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SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DO PLANO DIRETOR

O sistema de monitoramento e controle do Plano Diretor tem por objetivo relacionar, estruturar e analisar as informações municipais com a
finalidade de correlacionar os princípios, diretrizes e objetivos do Plano Diretor com os resultados alcançados.

São diretrizes do sistema de monitoramento e controle do Plano Diretor :

fornecer através do monitoramento


informações necessárias às futuras
adaptações ou revisões do Plano Diretor,
de forma a contribuir para a melhoria da estabelecer parcerias com a sociedade civil
gestão municipal organizada, universidades, cartórios de
acompanhar o desempenho alcançado a registro de imóveis e demais órgãos e
partir da implantação dos princípios, entidades públicos e privados, visando à
diretrizes e objetivos previstos nesta lei obtenção ou acesso a informações
necessárias ao monitoramento do Plano
promover a publicidade das informações Diretor
monitoradas, permitindo maior controle
social e participação efetiva da população
na gestão democrática da cidade

Compete ao IPPUC gerenciar, disponibilizar e publicizar as informações do sistema de monitoramento e controle do Plano Diretor.

Os órgãos da administração municipal direta e indireta e as entidades paraestatais deverão fornecer periodicamente ao IPPUC informações e
dados necessários à atualização do sistema.

O Poder Público Municipal, através do IPPUC, poderá celebrar contratos, convênios, acordos ou outros ajustes, visando à obtenção de dados e
informações.
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PRINCÍPIOS DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

equilíbrio entre o
ambiente natural e
construído
integração entre o
observância das
sistema viário,
peculiaridades
transporte e o uso do
regionais e locais
solo
cumprimento da plena interligação e
função social da eficiência das
propriedade funções da cidade

acesso público a bens


gestão democrática
e serviços

prioridade do
integração
transporte público
metropolitana
coletivo
redução das
vulnerabilidades identidade da
socioeconômicas e paisagem urbana
ambientais justa distribuição dos
benefícios e ônus no
processo de
urbanização

Os princípios da política de desenvolvimento urbano da cidade deverão ser aplicados de forma harmônica, devendo ser observados
necessariamente quando da aplicação dos demais princípios, diretrizes e objetivos previstos neste Plano Diretor bem como para soluções
de omissões e conflitos.
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ESTRUTURAÇÃO URBANA

A política de estruturação urbana orienta o desenvolvimento da O centro tradicional possui os principais referenciais históricos da
cidade e define a distribuição espacial das atividades, o cidade e concentra cerca de 35% das atividades de comércio e
adensamento e a paisagem urbana. serviço do município e onde circulam mais de 400 mil pessoas
Curitiba mantém as principais diretrizes de estruturação urbana diariamente. Como elemento estruturante da cidade é
desde o Plano Diretor de 1966, que priorizou a conformação importante manter sua atratividade para novas moradias,
linear da cidade com a implantação de eixos de uso misto e atividades econômicas e de lazer.
transporte público. Estas diretrizes têm promovido a construção Os elementos naturais têm importância fundamental para o
de edifícios altos para moradia, lojas e escritórios ao longo dos direcionamento da estruturação urbana. A ocupação de regiões
principais corredores de transporte, conhecidos como Eixos com presença de grandes áreas verdes, próxima aos rios ou com
Estruturais. relevo mais acidentado deve ser diferenciada em relação a outras
Outro elemento da estruturação urbana é o Setor Especial do regiões da cidade. As Áreas de Proteção Ambiental -APA- do
“Linhão do Emprego”, eixo de transporte que liga o Boqueirão ao Iguaçu e do Passaúna foram criadas como elementos
Pinheirinho, onde se promove a interatividade de moradia e estruturadores, de proteção e conservação da qualidade
trabalho. ambiental. A APA do Passaúna tem a finalidade principal de
garantir a qualidade e quantidade de água para abastecimento da
A hierarquia do sistema viário classifica ruas que promovem população.
grandes ligações entre bairros e regiões, que são referências
comerciais dos bairros e por onde circulam ônibus, como Parques e bosques públicos, como o Barigui, Tingui, Tanguá,
alimentadores, interbairros e linhas convencionais. As ruas Cambuí e Guairacá, criados ao longo de rios, estruturam a
Francisco Derosso, Anita Garibaldi, Alberico Flores Bueno, e João ocupação da região e preservam as áreas de fundo de vale. Além
Bettega são exemplos desta hierarquização viária. de oferecem alternativas de lazer a população, tem importante
papel para a drenagem e controle de inundações.
Diversos instrumentos de política urbana definidos no Estatuto da
Cidade são utilizados em Curitiba desde a década de 1980 como
mecanismos de viabilização das propostas do Plano Diretor.
Terrenos foram incorporados aos parques Barigui, Tanguá,
Fazendinha, entre outros, com a utilização do instrumento
“transferência de potencial construtivo”. Complementações de
infraestrutura em áreas de habitação social são viabilizadas com
recursos do instrumento “outorga onerosa do direito de construir
- solo criado”.
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ESTRUTURAÇÃO URBANA
Diretrizes da política de estruturação urbana: Propostas:
• consolidar o crescimento e o adensamento da cidade com a Além da consolidação das diretrizes de estruturação urbana anteriormente
integração do uso do solo, o sistema viário e os transportes, citadas, propõe-se a incorporação das seguintes diretrizes:
valorizando os aspectos sociais, econômicos e naturais • Qualificação progressiva dos centros de bairros já consolidados que são
• estimular a distribuição espacial da população e de atividades referências para a comunidade local devido à infraestrutura, aos
econômicas em áreas dotadas de infraestrutura e equipamentos equipamentos públicos e às atividades comerciais e sociais existentes
públicos, em especial nos eixos estruturantes, eixos de adensamento e • Aprimoramento da regularização e a incorporação de assentamentos
área central, de forma a otimizar o aproveitamento da capacidade de interesse social consolidados à estrutura urbana
instalada bem como reduzir os custos e os deslocamentos
• Indução da ocupação das áreas não edificadas, subutilizadas ou não
• hierarquizar o sistema viário, considerando as extensões e os tipos de utilizadas que já possuem infraestrutura urbana
ligações promovidas pelas vias, de forma a propiciar o melhor
deslocamento de pedestres e veículos, atendendo as necessidades da • Fortalecimento de mecanismos para atender a maior demanda por
população e do sistema de transporte coletivo, individual e de bens equipamentos sociais
• requalificar o centro tradicional, estimulando o uso habitacional e
atividades econômicas, de animação e de lazer Demandas da sociedade*:
• revitalizar áreas e equipamentos urbanos como meio de
desenvolvimento social e econômico da comunidade Redução dos
• consolidar e ampliar áreas de uso preferencial ou exclusivo de deslocamentos
pedestres entre moradia Otimizar a
• promover a integração de usos, com a diversificação e mescla de e trabalho infraestrutura
atividades compatíveis, de modo a equilibrar a distribuição da oferta 12% existente
de emprego e trabalho na cidade
22%
• planejar a distribuição espacial dos equipamentos e serviços públicos
e buscar mecanismos para viabilizar sua implantação, de forma a
Planejamento
atender aos interesses e necessidades da população atual e projetada
• promover tipologias diferenciadas de edificações e de formas de Integrado com
ocupação do território a RMC
Fortalecimento
• aprimorar o sistema de fiscalização do uso e ocupação do solo urbano, 22%
das
integrando ações dos órgãos da Prefeitura, no que se refere a
centralidades
construções, atividades instaladas, assentamentos irregulares bem
como espaços e imóveis municipais de bairro
16%
Valorização do
comércio Revitalização
voltado para a de áreas
rua 16%
12%

* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
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ESTRUTURA URBANA

Cidade mais compacta, Qualificação do centro Criação de “conexões”.


qualificada e integrada espacial tradicional e centralidades de Potenciais novas centralidades
e socialmente bairros já consolidadas

Indução da ocupação das áreas Incorporação de assentamentos Ampliação de áreas de uso


vazias com infraestrutura urbana consolidados à estrutura urbana preferencial ou exclusivo de
pedestres

Os estudos de ocupação, de qualificação de áreas já ocupadas e de redefinição de compartimentos urbanos serão orientados por
diretrizes de longo prazo previstas no Plano Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável, fundamentado nos seguintes princípios:

• Integração entre o transporte coletivo, uso e ocupação do solo e sistema viário


• Aprimoramento do sistema integrado de transporte com a criação de eixos que, em conjunto com os existentes, propiciem novas
conexões e alternativas de deslocamento, além de definir compartimentos urbanos
• Valorização do suporte natural como elemento estruturante da cidade e sua paisagem urbana, com a busca do equilíbrio entre o
ambiente natural e o construído
• Pluralidade de funções e atividades nos compartimentos urbanos
• Integração metropolitana com a definição de eixos de transporte
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VISÃO DE FUTURO
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VISÃO DE FUTURO

Estruturação Reestruturação do eixo Mateus Leme -


Eixo Manoel Ribas Nilo Peçanha
Reserva dos trechos ferroviários para
Estruturação da Paisagem Edificada futuras soluções urbanas: Ligação São
Eixo Leste - Norte Josê dos Pinhais/ Rio Branco do Sul
Corredor de transporte do aeroporto
Eixo estrutural de drenagem
Corredor Tecnológico
Parque linear do rio Barigui
Apoio a desenvolvimento de empresas
Estruturação das Conectoras de alta tecnologia
novos corredores de transporte de CIC/ UP - UTFPR - Polo de Software/
alta capacidade em sistema trinário Rebouças e
Maior eficiência e proximidade com a ligação CIC - Pinhais
estrutura da cidade
Eixo Estrutural de Macrodrenagem
e de ocupação diferenciada
Novas Conexões Parque Linear Várzea do rio Belém
Maior possibilidade de acesso a
rede integrada de transporte
Redefinição dos compartimentos Eixo Estrutural de Drenagem
urbanos - Maior oferta de transporte Parque Linear do Rio Ponta Grossa
público
e maior identidade local
Estruturação e sustentabilidade Ampliação do Parque do Rio Iguaçu
econômica à região do tatuquara
Área de ocupação
Área de Ocupação Controlada: diferenciada
moradia, renda, equipamentos sociais
Estruturação
harmoniosos à UC
urbana da
UC Metropolitana - Refúgio do Bugio Região Sul
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MACROZONEAMENTO

Demandas da sociedade*:

Macrozoneamento é o estabelecimento de áreas Redução do


diferenciadas de adensamento, uso e ocupação do solo, impacto de zonas Revitalização de
dando a cada região melhor utilização em função de suas divergentes áreas através da
características ambientais e locacionais e das diretrizes de 4% alteração de
Diversidade no
crescimento e de mobilidade urbana, objetivando o parâmetros de
uso do solo /
uso e ocupação
desenvolvimento urbano sustentável e o bem estar da Ampliação do
19%
população. uso comercial
25%
Ajustes nas macrozonas fazem-se necessários para orientar
melhor a ocupação de determinadas áreas da cidade para
atender às diretrizes de Estruturação Urbana.
Manutenção das
Alteração dos áreas de baixa
parâmetros densidade
construtivos 29%
23%

* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
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MACROZONEAMENTO

Propostas:
• Subdivisão da macrozona “Áreas com Predominância
Residencial”, existente no atual Plano Diretor, em três,
diferenciando-as quanto à capacidade de adensamento,
com baixa, média e alta densidade, com propósito de
melhor definir as regiões residenciais e orientar a
implantação de infraestrutura de serviços e equipamentos
urbanos.
• Criação de “Áreas de Ocupação Controlada” nas regiões ao
sul e norte de Curitiba – Umbará, Cachoeira e São João –
devido às características naturais e à ocupação tradicional.
Nestes compartimentos será promovido o equilíbrio entre
ocupação e preservação ambiental, intensificando a
ocupação das áreas livres de cobertura vegetal de forma a
preservar e valorizar as áreas verdes - integrando a nova
ocupação ao sistema viário e transporte com a estruturação
de vias existentes e definição de novas vias.
• Estabelecimento de “Áreas com Predominância Residencial
de Média Densidade” com uma paisagem representativa de
habitação coletiva mesclada com usos comerciais e de
serviços para atendimento da população ali residente, em
função de sua proximidade aos eixos Estruturais e benefício
direto do sistema de transporte de alta capacidade.
• Definição de “Áreas com Predominância Residencial de
Baixa Densidade”.
• Reclassificação do Setor Histórico, saindo da macrozona
Áreas de Destinação Específica e passando a integrar a
macrozona Áreas de Ocupação Mista, em função do caráter
das atividades existentes e previstas para este setor.
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

EIXOS DE ESTRUTURAÇÃO VIÁRIA

Para orientar o crescimento e o adensamento, sempre integrado ao uso


do solo e sistema de transporte, a malha viária da cidade apresenta uma
hierarquia que constitui o suporte físico da sua circulação, com o objetivo
de induzir uma estrutura urbana linearizada. Esta hierarquização é
composta por: eixos estruturantes (Norte-Sul, Leste-Oeste e Boqueirão),
eixo estruturante metropolitano (Linha Verde), vias de ligação
metropolitana e vias principais existentes e projetadas, bem como as
rodovias e, potencialmente, as ferrovias.

Propostas:
• Vias de ligação metropolitana, com o objetivo de respaldar a
implantação de projetos de mobilidade em parceria com os Governos
Federal e Estadual. Estas vias promovem as principais ligações com as
cidades vizinhas e também estão incluídas nos planos da RMC
elaborados pela COMEC. Av. Anita Garibaldi (ligação a Almirante
Tamandaré), a Rua Eduardo Sprada (ligação a Campo Largo) e a Rua
Delegado Bruno de Almeida (ligação a Fazenda Rio Grande) são
exemplos de vias de ligação metropolitana
• Inclusão de algumas ruas como futuras vias principais, tais como a
Rua Ângelo Burbello (no Bairro do Umbará) e Rua João Goulart (no
Bairro Tatuquara), visando à estruturação de alguns compartimentos
da cidade
• Implantação de trinários nas conectoras 1, 2, 3 e 4
• Promoção da continuidade do sistema viário por meio de diretrizes de
arruamento integradas ao sistema em vigor
• Melhoria da qualidade do tráfego e da mobilidade, com ênfase na
engenharia e normatização técnica, educação, operação, segurança e
fiscalização
• Implantação de novas estruturas e sistemas tecnológicos de
informações (Sistema Integrado de Mobilidade -SIM) para
monitoramento e controle da frota circulante e do comportamento
dos usuários
• Modernização da rede semafórica e aprimoramento do sistema de
sinalização horizontal e vertical da malha viária
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

EIXOS DE ESTRUTURAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO

A estruturação do transporte público coletivo é composta por: Eixos


Estruturantes (Norte-Sul, Leste-Oeste e Boqueirão) e Eixo Estruturante
Metropolitano (Linha Verde), Eixos de Ligação (Av. Wenceslau Braz,
Linhão do Emprego (Isaac / Pioneiros) e Eng. Costa Barros/Filipinas),
Eixos Troncais (por exemplo a Av. Manoel Ribas) e Eixos Interbairros.
A principal característica dos Eixos Estruturantes e Eixos de Ligação é a
existência de canaletas ou faixas exclusivas. Cerca de 841.500
passageiros do transporte público coletivo utilizam diariamente estes
eixos.
Os Eixos Troncais e os Eixos Interbairros são utilizados diariamente por
cerca de 918.000 e 276.000 passageiros respectivamente.

Propostas:
• Criação de Eixos de Ligação nas Conectoras, através da
implantação de canaletas exclusivas para o transporte
• Prolongamento do eixo de transporte na Linha Verde em direção
aos municípios de Colombo e Fazenda Rio Grande promovendo a
mobilidade urbana integrada com a Região Metropolitana de
Curitiba e a estruturação das regiões norte (Cachoeira) e sul
(Tatuquara, Campo de Santana e Umbará) de Curitiba
• Inclusão nos Eixos de Estruturação de Transporte Público Coletivo
os Eixos Complementares, compostos pelas vias: Avenida Lothário
Meissner, Avenida das Torres, Avenida Batel, João Alencar
Guimarães, Hugo Simas e Nilo Peçanha. Estes eixos viabilizam a
ligação entre o centro da cidade e os bairros
• Articulação junto aos Governos Federal e Estadual para a
concessão das faixas de domínio das linhas férreas, após a
extinção da operação deste sistema, para o uso público municipal,
com ênfase em estruturação viária e de transporte
• Tratamento urbanístico adequado nas vias e corredores da rede
de transportes, de modo a proporcionar a segurança dos cidadãos
e a preservação do patrimônio histórico, ambiental, cultural,
paisagístico, urbanístico e arquitetônico da cidade
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

MOBILIDADE URBANA

A política municipal de mobilidade urbana tem o compromisso de facilitar os


deslocamentos e a circulação de pessoas e bens na cidade. Esta não é uma
tarefa trivial. O número de veículos em circulação na Cidade de Curitiba
continua crescendo. Em novembro de 2014 o índice de motorização era de
1,28 habitantes por veículo.
Apesar da amplitude do serviço de transporte coletivo do município e dos
investimentos públicos em infraestrutura e operação de transporte, este alto Demandas da sociedade*:
índice de motorização gera problemas de lentidão no trânsito, prejudicando
inclusive o transporte coletivo. Portanto, grande parte das novas diretrizes Outros
da mobilidade urbana destina-se ao melhoramento do desempenho do 9%
transporte público coletivo para estimular a população a utilizar este modo Metrô Ciclomobilidade
de deslocamento. Em contraponto, também foram indicadas diretrizes para 5% 20%
o desestímulo do uso de veículos particulares e para melhoramento da Restrição aos
infraestrutura de circulação dos modos de deslocamento não motorizados. automóveis
5%
Propostas: Melhoria do fluxo
• Permanência, como principal diretriz da mobilidade, da priorização no viário Acessibilidade
espaço viário do transporte público coletivo em relação ao individual e, 8% 10%
com mesma importância, inclui-se a prioridade do modo não motorizado
em relação ao motorizado conforme diretriz da Lei Federal de Mobilidade Expansão da RIT
Urbana 9%
• Adequação das condições da circulação de veículos, a fim de facilitar a Novas tecnologias
movimentação de pedestres e de incentivar o uso de modais não 13%
motorizados e do transporte público coletivo, com medidas de Reestruturação da
acalmamento de tráfego e de compartilhamento do espaço público, linha férrea
12% Integração modal e
garantidas as condições de segurança temporal
• Política pública de estímulos de uso de veículos não poluentes 9%
• Aprimoramento do processo de planejamento do transporte urbano e do
sistema viário
• Planejamento, execução e manutenção do sistema viário segundo
critérios de segurança e conforto da população, respeitando o meio
ambiente, obedecidas as diretrizes de uso e ocupação do solo e do
transporte de passageiros
• Revisão do Plano Setorial de Mobilidade e Transporte Integrado
* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

MOBILIDADE URBANA – TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO

Curitiba possui a Rede Integrada de Transporte – RIT que atende à


demanda do transporte coletivo na Cidade e que também se
integra a 13 municípios da Região Metropolitana, transportando
uma média de 2.225.908 passageiros/dia útil, com uma frota
operante de 1930 ônibus distribuídos em 355 linhas.

Propostas:

• Transporte público coletivo de qualidade e com tarifa


acessível à população
• Desestímulo ao uso de veículos motorizados utilizados de
forma individual
• Integração intermodal (bicicleta, ônibus, metrô, carro
compartilhado, pedestre, ...)
• Ampliação dos pontos de conexão da RIT e a sua
universalização, visando a integração física, operacional,
tarifária e intermodal
• Ampliação do sistema de pistas ou faixas exclusivas ao
transporte coletivo
• Atuação do Município junto aos Governos Federal e Estadual
para a obtenção de subsídios que possibilitem uma tarifa
acessível à população
• Utilização de tecnologias de controle de acesso ao
transporte, incluindo o aperfeiçoamento e aumento gradual
da bilhetagem eletrônica
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA MOBILIDADE URBANA E DO SISTEMA DE TRANSPORTE

Para subsidiar a política municipal de mobilidade urbana e


transporte, quando for de interesse público e compatível com as
diretrizes prevista neste Plano Diretor, poderão ser adotados os
seguintes instrumentos:

• Restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou


temporário, de veículos motorizados em locais e horários
predeterminados

• Estipulação de padrões de emissão de poluentes para locais e


horários determinados, podendo condicionar o acesso e a
circulação aos espaços urbanos

• Aplicação de tributos sobre modos e serviços de transporte


urbano pela utilização da infraestrutura urbana, visando
desestimular o uso de determinados modos e serviços de
mobilidade, vinculando-se a receita à aplicação exclusiva em
infraestrutura urbana destinada ao transporte público coletivo
e ao transporte não motorizado e no financiamento do
subsídio público da tarifa de transporte público

• Dedicação de espaço exclusivo nas vias e espaços públicos para


os serviços de transporte público coletivo e modos de
transporte não motorizados.
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

MOBILIDADE - CIRCULAÇÃO NÃO MOTORIZADA

As diretrizes indicadas na nova seção sobre a circulação não


motorizada destinam-se a melhoria das condições de deslocamento de
pedestres e ciclistas, permitindo a utilização das vias e espaços
públicos com autonomia e segurança, atendidas às premissas de
desenho universal/acessibilidade, em conformidade com a legislação
federal buscando equidade no uso do espaço público de circulação.

Propostas:

• Ampliação da rede de calçadas e de espaços públicos de circulação


de pedestres em locais e ruas que possibilitam a conexão entre os
equipamentos públicos e a ligação ao sistema de transporte
público coletivo
• Determinação de padrões de calçadas acessíveis e ações para a
eliminação de obstáculos à circulação de pedestres
• Desenvolvimento de ações voltadas à conscientização da
população quanto à importância das calçadas e das adaptações de
acessibilidade e à responsabilidade dos proprietários dos imóveis
na construção e manutenção das calçadas
• Definição da infraestrutura cicloviária focando acesso às principais
estruturas urbanas, integração intermodal e metropolitana,
conectividade entre a malha existente e novas estruturas, inclusive
com micro redes nos bairro e facilitação do acesso aos
equipamentos públicos
• Desenvolvimento de programas e campanhas educativas
objetivando o incentivo à utilização do modal bicicleta e à difusão
das normas de trânsito para a circulação segura e o convívio do
trânsito motorizado e não motorizado
• Implantação de um sistema de bicicletas compartilhadas integrado
à rede de transporte coletivo
• Implementação do Plano Cicloviário
• Implementação do Plano de Pedestrianização e Calçadas
• Revisão do Plano de Acessibilidade
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

MOBILIDADE - TRANSPORTE DE CARGAS E ESTACIONAMENTOS

Propostas para o transporte de cargas:

• Adoção de medidas reguladoras para o transporte de cargas;


• Integração do sistema de transporte de cargas rodoviárias aos
terminais de grande porte, compatibilizando-o com os programas de
desenvolvimento aeroportuário e ferroviário e com a racionalização
das atividades de carga e descarga na cidade;
• Definição das principais rotas, dos padrões de veículos e dos pontos
de carga e descarga a serem utilizados no abastecimento e na
distribuição de bens dentro do Município
• Fixação de horários especiais de tráfego de veículos de transporte
de cargas bem como restrições de tonelagem nos principais eixos ou
áreas da cidade
• Definição de medidas reguladoras para o uso de veículos de
propulsão humana e tração animal
• Estabelecimento da política de distribuição urbana de mercadorias
incluindo a implantação de terminais intermodais e centros de
distribuição nos âmbitos municipal e metropolitano

Propostas para os estacionamentos:

• Adoção de medidas reguladoras para a construção e operação de


estacionamentos em lotes públicos e privados, com e sem
pagamento pela sua utilização
• Ampliação, aperfeiçoamento e modernização do sistema de
rotatividade de vagas de estacionamento nas vias públicas
• Realização de estudos de localização e de viabilidade de
estacionamentos coletivos, favorecendo a integração intermodal

Poderão ser adotadas medidas de restrição e supressão de


estacionamentos, em vias públicas ou no interior de lotes, visando
estimular o uso do sistema de transporte público coletivo, melhorias na
operação deste sistema ou ainda implantação de vias preferenciais ou
exclusivas de pedestres e de infraestrutura cicloviária.
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

PATRIMONIO AMBIENTAL NATURAL

A tendência mundial é a promoção de cidades inteligentes, resilientes,


compactas, que proporcionem ao usuário-cidadão serviços de qualidade,
mas de baixo custo, de forma socialmente justa e, principalmente, de baixo
impacto ambiental, ratificando os preceitos da sustentabilidade.
Hoje se sabe que a interferência humana na mudança do clima é inequívoca
e é urgente o estabelecimento de políticas de adaptação e mitigação. A
sociedade começa a sofrer os efeitos graves da falta de água, inundações e
grandes tempestades, que tem afetado cada vez mais as cidades, bem como
a população menos preparada para tais eventos.
As diretrizes propostas para esta revisão do Plano Diretor de Curitiba tratam
de forma mais evidente temas como a gestão de riscos ambientais, a gestão
de resíduos sólidos, a eficiência energética, o consumo consciente de água e
principalmente a melhoria da qualidade ambiental da cidade e da qualidade
de vida da população. Propostas:
• Pagamento por serviços ambientais através do princípio do protetor-
recebedor, que compensa pessoas jurídicas ou físicas que atuam na
conservação e melhoria ambiental da cidade
Demandas da sociedade*: • Planejamento urbano por bacia hidrográfica e integrado com a região
Incentivos metropolitana
ambientais • Aprofundamento na tratativa do saneamento básico, com ênfase em
7% Recuperação do abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e
Microclima e
energias meio ambiente manejo das águas pluviais, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
renováveis 26%
• Aprimoramento das políticas de proteção, conservação e recuperação dos
12%
ambientes naturais
• Consideração dos impactos das mudanças climáticas, buscando-se o
Saneamento fortalecimento da consciência da população, da eficiência energética, da
básico baixa emissão de gases de efeito estufa e de critérios de concepção de
17% infraestruturas resistentes aos eventos climáticos extremos
• Incentivo à geração distribuída de energia elétrica por fontes renováveis
Fortalecimento ou cogeração qualificada
Educação e dos aspectos
estudos naturais no • Inovação, descentralização e participação popular na gestão ambiental
ambientais Envolver a
comunidade planejamento • Implantação do Plano Setorial de Saneamento
10% 21%
com o meio • Elaboração do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima
ambiente
7% • Revisão do Plano Setorial de Desenvolvimento Ambiental
* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

PATRIMONIO AMBIENTAL CULTURAL

O patrimônio cultural é definido como o conjunto de bens de


natureza material e imateriais portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores
da sociedade.
Nesse sentido, a política de proteção ao patrimônio cultural deve
prever ações de defesa, valorização e difusão dos bens culturais,
com o planejamento e desenvolvimento de estudos e ações
visando a proteção, a preservação, a restauração e a manutenção
dos bens de valor cultural.
Também se faz necessária a criação e implantação de políticas
públicas para a dinamização e difusão de acervos e fruição dos
bens de valor cultural e programas de educação patrimonial,
promovendo a ampliação do acesso da população. Essa relação
fortalece os laços sociais e de identidade garantindo o
monitoramento compartilhado dos bens culturais entre sociedade
civil e Município.

Propostas:
• Criação de uma lei municipal específica que consolide a política
de proteção e gestão do patrimônio cultural
• Atualização e ampliação dos inventários e acervos dos bens
culturais protegidos
• Criação de um sistema metropolitano de gestão do patrimônio
cultural, em conjunto com os demais municípios da região
metropolitana
• Mapeamento arqueológico de Curitiba
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

PAISAGEM URBANA

A paisagem urbana é entendida como a composição dos elementos


naturais e culturais que configuram a cidade. Embora o tema já
fizesse parte do corpo do plano diretor, nesta revisão busca-se
proporcionar a toda população o direito de usufruir de uma
paisagem urbana com qualidade.
Considerando que a paisagem é um elemento importante na
produção do espaço urbano, a proposta busca preservar a
identidade própria de cada lugar respeitando a diversidade do
conjunto urbano.

Propostas:

• Elaboração de um Plano Setorial de Paisagem Urbana


• Implementação e articulação de instrumentos de gestão da
paisagem, como, por exemplo, controle de altura dos edifícios
nos pontos panorâmicos
• Promoção do equilíbrio visual entre os diversos elementos que
constituem a paisagem urbana
• Instituição de instrumentos de avaliação e monitoramento da
paisagem urbana
• Envolvimento da população na identificação, valorização,
conservação e proteção da paisagem urbana e marcos
referenciais
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

ESPAÇO PÚBLICO

A política municipal do uso do espaço público tem como prioridade


a melhoria das condições ambientais e da paisagem urbana.
Partindo-se da ideia de que o espaço público é uma área de fruição
coletiva, a proposta do plano é destacar a importância de seu
ordenamento na qualificação da paisagem urbana, bem como
promover a ampliação e diversificação destes espaços e seus usos.

Propostas:
• Ações educativas de valorização e respeito ao patrimônio
natural e edificado
• Distribuição equitativa de espaços de lazer, mobiliário urbano e
infraestrutura de serviços públicos em todo município;
• Elaboração de um Plano de Zoneamento Subterrâneo,
disciplinando a infraestrutura de serviços no subsolo;
• Pacto com as concessionárias de energia e telecomunicações
para a substituição gradual das redes de distribuição aérea pelo
sistema subterrâneo
• Regulamentação da disposição de publicidade ao ar livre e
compatibilização dos projetos de sinalização viária, de modo a
priorizar a percepção e a visualização do espaço urbano pelo
cidadão
• Proteção a parques e bosques, estabelecendo ou fortalecendo o
manejo das zonas de amortecimento nos respectivos entornos
• Promoção da reforma ou implantação de calçadas na cidade,
visando o atendimento da acessibilidade universal no uso dos
espaços públicos
• Identificação e preservação das calçadas de interesse cultural
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

HABITAÇÃO
De acordo com o Censo do IBGE, em 2010 Curitiba possuía 650.620 Propostas:
domicílios. Entre 2000 e 2010 houve um acréscimo de 156.290 novos • Cidade mais compacta e qualificada, no sentido espacial, e mais
domicílios. De acordo com a renda domiciliar, 28% destes domicílios integrada, no sentido social, propiciando qualidade de vida e
estão na faixa de até 3 salários mínimos, 21% entre 3 e 5 salários diminuição dos deslocamentos casa-trabalho
mínimos, 27% entre 5 e 10 salários mínimos e 24% acima de 10
salários mínimos. • Consolidação da proposta do Plano Diretor de 1966, estimulando
a concentração da população ao longo dos eixos estruturais e de
A produção de habitações pelo mercado imobiliário teve um adensamento através da indução da ocupação dos lotes vazios,
incremento significativo que atingiu seu pico entre 2010 e 2011. subutilizados ou não utilizados em áreas dotadas de
Somente nestes dois anos foram entregues mais de 21.000 novos infraestrutura
apartamentos. Na área de Habitação de Interesse Social a produção
também foi significativa. Contando empreendimentos iniciados a • Incentivo à mescla de diferentes classes sociais em espaços
partir do lançamento do programa Minha Casa Minha Vida em 2008, compactos através da reserva de áreas para produção de
a COHAB produziu 4.568 unidades habitacionais para faixa de renda habitação de interesse social, bem como garantia do direito à
de 0 a 3 salários mínimos, sendo 2.319 para reassentamento e 2.249 moradia da população residente em assentamentos irregulares
para atendimento da fila, enquanto que na faixa de 3 a 6 salários
mínimos foram produzidas 5.136 unidades habitacionais.
Demandas da sociedade*:
Apesar desta grande produção, o déficit habitacional em 2010 de
acordo com a Fundação João Pinheiro era de 49.164 domicílios. As HIS em regiões
ZEIS centrais e
faixas atendidas pela COHAB compõem a maior parte deste déficit: 11% estruturadas
28.119 domicílios ou 59% na faixa de até 3 salários mínimos e 5.721 Orçamento
16%
ou 12% na faixa de 3 a 6 salários mínimos. destinado à
Moradia
habitação
O Plano Municipal de Habitação de 2008 estimou que, para o articulada às
8%
atendimento de todo o déficit habitacional daquele momento, seria demais políticas
6%
necessário no mínimo 3 milhões de m² de terra, no caso de uma
Aluguel Social
expansão totalmente na forma de edifícios de 4 pavimentos. 8%
Percebe-se então que o crescimento habitacional tem ocorrido em Diversidade na
bairros mais periféricos, e que mesmo o aumento da produção oferta de moradia
habitacional na última década não foi suficiente para atender o déficit Evitar processos 5%
habitacional, especialmente nas faixas de renda mais vulnerável, de de relocação
até 3 salários mínimos. 11%

Prioridade aos Regularização


grupos mais fundiária
vulneráveis 30%
5%
* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Propostas:
• Ampliação dos recursos do Fundo Municipal de Habitação de Interesse
Social - FMHIS, garantindo que ele priorize o atendimento a faixa da
população com até 3 salários mínimos, através, inclusive, do
reequilíbrio e monitoramento dos instrumentos de política urbana,
buscando a ampliação dos recursos de Outorga Onerosa que são
destinados exclusivamente para Habitação de Interesse Social através
do FMHIS
• Estabelecimento de Cotas de Habitação de Interesse Social, que é a
destinação por determinados empreendimentos privados de grande
porte de um percentual mínimo de terra ou de unidades habitacionais
de interesse social no mesmo terreno ou num raio próximo como forma
de estimular a integração social
• Atualização do Plano Diretor com os conceitos da lei federal
11.997/2009 – Minha Casa Minha Vida, reforçando os instrumentos de
regularização fundiária
• Aprimoramento do o instrumento Setor Especial de Habitação de
Interesse Social – SEHIS – com três situações de aplicação:
• Regularização fundiária - Área ocupada por assentamentos
irregulares passíveis de consolidação com o objetivo de
implantar a regularização fundiária de interesse social
• Requalificação - Áreas de habitação de interesse social
produzidas pela COHAB-CT que necessitam de qualificação
urbana
• Vazio Urbanos - Área não edificada, subutilizada ou não
utilizada, pública ou privada, dotada de infraestrutura urbana
com o objetivo produzir novas habitações de interesse social
• Desenvolvimento de estudos e projetos pilotos de aluguel social, como
uma nova forma de acesso à habitação de interesse social, através de
imóveis destinados a locação social para auxiliar a população de baixa
renda com suas necessidades específicas: proximidade do trabalho,
casais sem filhos, idosos, grandes famílias, pessoas com necessidades
especiais
• Revisão do Plano Setorial de Habitação
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Muitos dos questionamentos da população, não só em nosso


Município, mas em todo do território nacional, remetem à melhoria
das condições da educação e saúde, abrangendo as condições de
infraestrutura do equipamento e do entorno, de acesso e,
sobretudo, a qualidade do serviço prestado.
Assim, as propostas aqui apresentadas buscam adequar as políticas
públicas de desenvolvimento social aos anseios da população,
sempre mantendo o equilíbrio com os demais elementos de
planejamento da cidade.
A motivação para a revisão das diretrizes do capítulo
Desenvolvimento Social é a manutenção e otimização da qualidade
do atendimento, a busca permanente do aperfeiçoamento de
gestão, ampliação de parcerias com a sociedade civil e a cobertura
espacial abrangendo todo o território do Município de Curitiba.
Buscou-se também uma revisão das diretrizes e objetivos previstos
no Plano Diretor adequada e compatibilizada com as recentes
mudanças legislativas, de forma a orientar as ações municipais e a Demandas da sociedade*:
visão sistêmica de desenvolvimento social que vem sendo
empregada em nosso país. Equipamentos e
atividades
Políticas culturais Melhoria e
públicas 13% ampliação do
Propostas:
voltadas à serviço da saúde
• Inserção no Plano Diretor de ações intersetoriais continuadas criança e o 35%
como diretriz. Como exemplo os programas “Piá Bom de Bola”, jovem
“Câmbio Verde” e o novo programa do idoso em parceria com a 4%
Inclusão e
FAS e SMS assistência
• Concentração de esforços e investimentos em territorios que social
12%
demandem maior atenção, por exemplo as ações integradas
que ocorreram na “Operação Cajuru”
• Otimização na utilização de equipamento sociais Infraestrutura
• Preparação às mudanças na faixa etária de atendimento da do esporte e
educação infantil lazer
15% Infraestrutura
• Revisão do Plano Setorial de Desenvolvimento Social da educação
21%
* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Curitiba tem se mostrado uma cidade dinâmica e de O crescimento da produtividade e do valor agregado numa
oportunidades para os trabalhadores e empreendedores. Em sua economia baseada em serviços depende principalmente do
história recente, a primeira grande intervenção na cidade foi a nível educacional da população, da capacitação e criatividade
implantação em 1973 do maior polo industrial do estado do das pessoas no mundo do trabalho e da competitividade
Paraná, a Cidade Industrial de Curitiba - CIC. inovativa dos negócios.
Nos anos 90 a segunda grande intervenção urbana deu-se através Curitiba ocupa a segunda posição entre as cidades brasileiras na
do “Linhão do Emprego”. Na mesma época criou-se o primeiro retenção e atração de talentos. Com isto nossas empresas
parque tecnológico do Brasil, o “Parque de Software”. podem avançar mais rapidamente no incremento da
A terceira grande intervenção foi à implantação do “Curitiba competitividade com impactos positivos na renda das pessoas e
Tecnoparque” em 2007, programa que deu ênfase na pesquisa e também na qualidade de vida da população.
na inovação tecnológica. Este é o caminho que se persegue para Curitiba. Esta é a
Na revisão do Plano Diretor, tem-se a oportunidade de garantia de uma alta qualidade de vida sustentável dos
estabelecer uma estratégia para o enfrentamento dos desafios da curitibanos. A cidade precisa fortalecer sistematicamente a
reorganização da economia global, caminhando rumo a uma cultura empreendedora em sintonia com as suas diversas
economia verde, criativa, inovadora e sustentável. As cidades potencialidades econômicas.
mais competitivas do mundo estão dominadas por inovações que
substituem recursos naturais não renováveis, pelo conhecimento,
tecnologia e talentos humanos como insumos básicos das suas
economias. As indústrias, por fatores de custos, territoriais,
logísticos e ambientais, estão deixando as grandes cidades,
cedendo espaço ao setor de serviços, tecnologia e inovação.
Cada vez mais a vitalidade empreendedora e criativa das pessoas
são os ativos que garantem a competitividade das cidades e, por
consequência, a qualidade de vida das comunidades no mundo
globalizado. A estratégia de desenvolvimento de Curitiba visa
promover a melhoria continua de forma a mantê-la entre as
principais cidades inovadoras do mundo.
Curitiba transformou-se rapidamente em uma economia baseada
fundamentalmente em serviços, atualmente responsável pela
geração de 80% da produção econômica da cidade, enquanto a
indústria responde por menos de 20% do nosso Produto Interno
Bruto (PIB).
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Demandas da sociedade*:
Propostas:

Incentivos ao
• Visão do desenvolvimento econômico como elemento de
desenvolvimento
contribuição para o crescimento sustentável das atividades
econômico
econômicas e competitividade da cidade, alinhado ao 15% Revitalização de
desenvolvimento social e ao meio ambiente, com a contínua centros comerciais
melhoria da qualidade de vida da população e bem estar da dos bairros
sociedade 31%
• Apoio ao desenvolvimento tecnológico, à atração e retenção
de novos talentos e negócios e à maior integração com a Economia verde e
Região Metropolitana sustentável
15%
• Possibilitação de atrativos para permanência, fortalecimento
e renovação das empresas da cidade de Curitiba
• Incentivo ao desenvolvimento da economia criativa, da
economia verde e das tecnologias de informação e
comunicação
• Promoção do desenvolvimento econômico sustentável e
apoio aos pequenos e novos negócios Desenvolvimento
turístico
• Revisão do Plano Setorial de Desenvolvimento Econômico
39%

* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

SEGURANÇA CIDADÃ

O planejamento da cidade tem que buscar o equilíbrio entre o


desenvolvimento da cidade e a manutenção de um estado de segurança ao
cidadão. Busca-se, assim, a evolução do conceito de segurança pública,
prevista no Plano Diretor em vigor, para uma segurança cidadã.
A segurança cidadã é uma construção interinstitucional, governamental e
social de uma cultura de prevenção à violência. Tem por objetivo dar
efetividade às ações de prevenção à violência e da criminalidade,
garantindo a inclusão social e a igualdade de oportunidades.
O impacto da violência acontece de forma localizada, ou seja, no município.
O Poder Público Municipal possui um papel muito importante na
elaboração, implantação e aperfeiçoamento de políticas voltadas à
prevenção da violência e cultura da paz, podendo contribuir com a
segurança pública em âmbito local, aproveitando sua capacidade de gestão
e conhecimento privilegiado da realidade local.
É necessária a passagem da atual política de segurança pública para as Demandas da sociedade*:
modernas políticas públicas de segurança. Também é preciso priorizar a
integração das ações de prevenção à violência (realizadas pelo Município) Gestão e
às de repressão ao crime (executadas pela União e pelo Estado), visando Segurança em Monitoramento
potencializar os resultados das políticas públicas de segurança, mediante equipamentos 4%
adoção de estratégias integradas de prevenção e combate à criminalidade. públicos
18% Ações de
prevenção e
Propostas repressão
39%
• Evolução do conceito de “segurança pública” para “segurança cidadã”
• Criação de um novo título, composto por uma seção de segurança cidadã Prevenção e
e outra de defesa civil, diferente da lei em vigor, que trata da segurança e combate às
defesa social numa mesma seção drogas
26%
• Utilização do planejamento e do desenho urbano na criação de espaços
facilitadores das ações de segurança e de prevenção à criminalidade
• Implantação de programas voltados à prevenção da violência e redução Atribuição dos
da criminalidade Envolvimento da
guardas
comunidade nas
• Fortalecimento da estrutura da Guarda Municipal como forma de municipais
ações de
garantir sua presença qualificada e suficiente em ambientes, eventos e 4%
segurança
situações de interação social 9%
• Promoção de ações conjuntas com os municípios da região
metropolitana para prevenção à violência * Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
Plano Diretor de Curitiba VERSÃO PARA AVALIAÇÃO NA PLENÁRIA EXPANDIDA DO CONCITIBA

PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

Defesa civil é um conjunto de ações preventivas, de socorro,


assistenciais e recuperativas destinadas a evitar desastres e
minimizar seus impactos para a população e restabelecer a
normalidade social.
O Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil integra todas as
Secretarias Municipais nas ações de prevenção, preparação e
mitigação, bem como ações de resposta, assistência, socorro,
restabelecimento, recuperação e reconstrução, voltadas à gestão
integrada para a minimização de riscos e vulnerabilidades
socioambientais.
As propostas de revisão do Plano Diretor no tocante à Proteção e
Defesa Civil buscam desenvolver atividades para ampliar a
capacidade de proteção e defesa da população, com práticas à
construção de uma cidade resiliente.

Propostas:

• Mapeamento e promoção da gestão dos riscos e


vulnerabilidades socioambientais, como fundamento ao
planejamento e controle do uso do solo
• Sensibilização da população para práticas e atitudes
prevencionistas, como princípio à sua proteção e defesa
• Elaboração de um Programa Municipal de Proteção e Defesa
Civil prevendo atividade de prevenção, preparação, mitigação,
resposta e reconstrução nas situações de desastres
• Revisão do Plano Setorial de Defesa Social e de Defesa Civil
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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

Instrumentos de Política Urbana são ferramentas que auxiliam a


administração pública a transformar em realidade o planejamento
projetado para a cidade.
Demandas da sociedade*:
Eles regulamentam a ocupação da cidade e garantem que o
desenvolvimento urbano esteja de acordo com as diretrizes e os
objetivos definidos no Plano Diretor.
Operação Urbana
Nesse processo de revisão, sugere-se não apenas a revisão dos atuais Contrapartida em Consorciada
instrumentos de política urbana, mas também, a criação de novos, HIS
6%
6% IPTU progressivo
como forma a melhor disciplinar e organizar o planejamento da
22%
cidade. Contribuição de
melhoria
5%
O Município adotará os seguintes instrumentos da política urbana:
• Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios Estudo de Impacto
• Imposto Predial e Territorial Progressivo no Tempo de Vizinhança
• Desapropriação com Pagamento Mediante Títulos da Dívida 11%
Pública
• Direito de Preempção
• Outorga Onerosa do Direito de Construir Distribuição de Outorga Onerosa /
• Transferência do Direito de Construir recursos de acordo Transferência do
com a região de potencial
• Operação Urbana Consorciada
arrecadação construtivo
• Plano de Desenvolvimento Regional 22%
11%
• Redesenvolvimento Urbano Direito de
• Estudo de Impacto de Vizinhança preempção
17%
Lei Municipal específica poderá instituir concessão urbanística, como
instrumento de política urbana adotado para a implantação de
projeto de intervenção elaborado pelo Poder Público
Nos casos de planos, programas e projetos habitacionais de interesse
social desenvolvidos pelo Poder Público, a concessão de direito real
de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente
Os instrumentos de política urbana que demandem dispêndio de
recursos por parte do Poder Público Municipal devem ser objeto de
controle social, garantida a participação da população * Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
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PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

O Parcelamento, a Edificação ou Utilização Compulsórios, o Imposto


Predial e Territorial Progressivo no Tempo e a Desapropriação com
Pagamento Mediante Títulos da Dívida Pública permitem ao
município estimular e intervir para que áreas, terrenos ou prédios
que estão sem uso, pouco utilizados ou vazios e localizados em
regiões com boa infraestrutura, cumpram com a sua função social,
aumentando a oferta de terrenos e construções na cidade. O
objetivo é promover o adensamento em áreas com infraestrutura.
Estes instrumentos já existem no Plano Diretor, mas para que sua
utilização se torne efetiva foram estabelecidos critérios para a
definição clara de Subutilizado, Não Utilizado e Não Edificado.

O processo de aplicação é o seguinte:

• Identificação do imóvel passível de aplicação do instrumento


• Notificação do proprietário
• Aplicação de IPTU Progressivo no Tempo
• Desapropriação

Aplica-se o instrumento em imóveis não edificados, subutilizados e


não utilizados situados nas seguintes áreas::

• Macrozonas: eixo estruturante, eixo de adensamento, área com


predominância residencial de média densidade, área de
ocupação mista
• SEHIS de Vazios
• Área delimitada de Operação Urbana Consorciada
• Área delimitada de RedesenvolvimentoUrbano
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DIREITO DE PREEMPÇÃO

O Direito de Preempção é o exercício do direito preferencial de


compra pelo Município de terrenos que se mostram
estratégicos para o planejamento da cidade.

Esse instrumento poderá ser utilizado com os seguintes


propósitos:

• Regularização fundiária
• Execução de programas e projetos habitacionais de
interesse social
• Constituição de reserva fundiária
• Ordenamento e direcionamento da ocupação urbana
• Implantação de equipamentos urbanos e comunitários
• Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes
• Criação de unidades de conservação ou proteção de outras
áreas de interesse ambiental
• Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou
paisagístico
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OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

A Outorga Onerosa do Direito de Construir, instrumento também


denominado solo criado, é uma concessão do poder público ao
empreendedor, mediante contrapartida financeira, que permite
ampliar a área construída e busca intensificar o adensamento,
potencializando o uso da infraestrutura instalada.
A outorga onerosa há mais de 20 anos vem sendo utilizada com bons
resultados, no entanto, para potencializar esse instrumento, propõe-se
rever as formas de aplicação, atualizar a base de cálculo vinculado aos
benefícios obtidos e recuperar os investimentos públicos. Propõe-se
ainda aperfeiçoar os mecanismos de monitoramento do instrumento.

Os recursos arrecadados são destinados para as seguintes finalidades:


• Execução de programas e projetos habitacionais de interesse
social e regularização fundiária
• Promoção, proteção e preservação do patrimônio ambiental
natural e cultural
• Ordenamento e direcionamento da ocupação urbana
• Criação de espaços de uso público de lazer e áreas verdes
• Implantação de equipamentos urbanos e comunitários

A transferência do direito de construir poderá ser aplicada nas


seguintes macrozonas e com os respectivos coeficientes máximos:
• Eixos estruturantes: até 2
• Eixos de adensamento: até 2
• Áreas de ocupação mista: até 2
• Áreas com predominância de ocupação residencial de média e
baixa densidade: até 1
• Áreas de ocupação controlada: até 1
• Áreas com destinação específica: até 1

E também:
• Nos lotes com testadas para vias hierarquizadas do sistema viário:
até 1
• Para a regularização de edificações
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TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR


A transferência do direito de construir, também denominada transferência de
potencial construtivo, é a autorização expedida pelo Município ao proprietário do
imóvel urbano, para edificar em outro local ou alienar mediante escritura pública o
potencial construtivo de determinado lote, ou seja, permite ao proprietário
transferir o potencial não utilizado para outro imóvel.
A transferência vem sendo utilizada com sucesso há mais de 30 anos e possibilitou,
por exemplo, a incorporação de áreas aos parques da cidade, restauro de
edificações históricas e aquisição de áreas para regularização fundiária no Parolin.
Propõe-se rever as formas de aplicação, buscando o equilíbrio entre os diversos
instrumentos de mesma natureza e a melhoria nos mecanismos de
monitoramento.
O instrumento pode ser utilizado para as seguintes finalidades:
• Promoção, proteção e preservação do patrimônio ambiental cultural e natural
• Programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda e habitação de interesse social
• Implantação de equipamentos urbanos e comunitários, e espaços de uso
público
• Melhoramentos do sistema viário básico
• Proteção e preservação dos mananciais da Região Metropolitana de Curitiba
mediante convênio ou consórcio entre os municípios envolvidos

A transferência do direito de construir poderá ser aplicada nas seguintes


macrozonas e com os respectivos coeficientes máximos:
• Eixos estruturantes: até 2
• Eixos de adensamento: até 2
• Áreas de ocupação mista: até 2
• Áreas com predominância de ocupação residencial de média e baixa
densidade: até 1
• Áreas de ocupação controlada: até 1
• Áreas com destinação específica: até 1

E também:
• Nos lotes com testadas para vias hierarquizadas do sistema viário: até 1
• Para a regularização de edificações

Nas operações urbanas consorciadas, a utilização da transferência do direito


de construir, bem como os parâmetros máximos e mínimos de coeficiente e
altura, serão definidos em lei específica.
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OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA

A Operação Urbana Consorciada tem por objetivo promover


transformações urbanísticas, melhorias sociais e valorização
ambiental em áreas delimitadas da cidade.
É proposta pelo município, mas depende do envolvimento de
investidores, proprietários, moradores e usuários. As obras são
financiadas pela arrecadação que é feita com a venda do direito de
construir pelo Município. Em relação ao Plano Diretor, o
instrumento já existe e está em andamento a primeira operação
urbana (Linha Verde).

As operações urbanas consorciadas têm como finalidades:


• Implantação de espaços e equipamentos públicos de
atendimento social e de lazer
• Ampliação de unidades de conservação
• Intervenções urbanísticas de porte e a otimização de áreas
com infraestrutura
• Reabilitação de áreas não edificadas, subutilizadas ou não
utilizadas
• Implantação e regularização de programas de habitação de
interesse social
• Ampliação e melhoria do sistema de transporte público
coletivo
• Proteção e recuperação do patrimônio ambiental cultural e
natural
• Melhoria e ampliação da infraestrutura e da rede viária
• Dinamização de áreas visando à geração de empregos
• Reurbanização e tratamento urbanístico de áreas

Áreas indicadas para as operações urbanas consorciadas: METRÔ


• Área central LINHA VERDE
• Eixos estruturantes
• Eixo de Adensamento Marechal Floriano
• Eixo estruturante metropolitano – Linha Verde
• Setores conectores
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PLANO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

O Plano de Desenvolvimento Regional é um instrumento de


planejamento e gestão territorial de escala intermediária, tendo por
finalidades a estruturação, qualificação ou renovação de
compartimentos urbanos.
O Plano de Desenvolvimento Regional será elaborado pelo IPPUC e
aprovado por ato do Poder Executivo Municipal.

O Plano de Desenvolvimento Regional deverá conter no mínimo:


• Definição das finalidades buscadas com a aplicação do instrumento
• Delimitação da área diretamente e indiretamente envolvida, que
deverá considerar territórios homogêneos e as áreas de impacto
das intervenções propostas;
• Diagnóstico urbano, ambiental, social e econômico
• Mecanismos de monitoramento do plano
• Proposta de ordenamento territorial prevendo a melhoria e a
eficiência das parcelas de terrenos ou glebas incluindo:
• intervenções urbanísticas de caráter local, municipal e
intermunicipal de adequação da infraestrutura urbana,
social, ambiental e econômica da área sujeita ao plano;
• parâmetros de uso, ocupação e parcelamento do solo
básicos, máximos e mínimos, de acordo com a capacidade
de infraestrutura existente e projetada e respeitadas as
diretrizes contidas neste Plano Diretor;
• áreas de interesse para incorporação ao espaço público
ou de uso público destinadas ao sistema viário,
equipamentos urbanos ou comunitários e áreas de lazer;
• mecanismos e ações para a viabilização das propostas de
intervenções urbanas, assim como para a distribuição
equitativa de ônus e benefícios decorrentes, dentre eles
aplicação de instrumentos de política urbana, programas
e projetos.
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REDESENVOLVIMENTO URBANO
Para cumprir suas finalidades, o redesenvolvimento urbano poderá prever,
dentre outros:
O redesenvolvimento urbano é um instrumento de gestão do solo
que permite a implantação de projetos urbanos de reconhecido • Modificação de índices e características de parcelamento, uso e
interesse público, mediante reparcelamento, modificação ou ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias,
aquisição de direitos, com a adesão dos proprietários, promovendo o respeitados os limites estabelecidos no macrozoneamento
melhor e maior uso da propriedade, pública ou privada, com a • Destinação de áreas públicas ou de uso público compatíveis ao
finalidade de criação, aumento ou requalificação de espaço público redesenvolvimento proposto
ou de uso público. • Construção de equipamentos urbanos e comunitários além daqueles
O redesenvolvimento urbano poderá ser aplicado em áreas sujeitas exigidos na legislação de parcelamento do solo
ao Plano de Desenvolvimento Regional, operações urbanas • Medidas para promoção da sustentabilidade do projeto urbano
consorciadas, setores especiais de habitação de interesse social e • Cota mínima de usos, inclusive para oferta de habitação de interesse
eixos estruturantes e de adensamento. social
• Obrigatoriedade de unificação ou reparcelamento de lotes, glebas ou
áreas públicas inseridas no perímetro do redesenvolvimento urbano
O redesenvolvimento urbano deve considerar o seguinte conteúdo • Incentivos municipais
mínimo: • Investimento público em equipamentos de interesse social ou
infraestrutura
• Definição de percentual mínimo de adesão ao
redesenvolvimento urbano
• Conteúdo mínimo do projeto urbanístico e plano de obras CIDADE QUALIFICADA COM PARTICIPAÇÃO
correspondente
• Conteúdo mínimo do plano de modificação ou aquisição de PROJETO URBANÍSTICO
direitos
• Restrições para a não adesão ao projeto ou desistência
• Definição dos mecanismos de execução do redesenvolvimento
urbano, em especial das formas de financiamento COTA DE USOS SUSTENTABILIDADE REPARCELAMENTO
• Previsão de contrapartida a ser exigida de forma equitativa de
todos os proprietários dos imóveis contidos no perímetro de GANHA-GANHA
MAIS VALIA COMPARTILHADA
intervenção Melhor e maior uso ao
• Mecanismos de gestão transparente do redesenvolvimento empreendedor
urbano, prevendo a participação da população, dos proprietários
das áreas envolvidas e do Poder Público Municipal Melhor e mais áreas públicas
para o cidadão
• Solução habitacional para os casos em que haja necessidade de
relocação provisória de moradores
• Prazo de vigência ADESÃO DOS ENVOLVIDOS
% MÍNIMO DE ADESÃO
SIM
Proteção dos afetados
Utilização de mecanismos de
mercado para adesão
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

O Estudo de Impacto de Vizinhança-EIV é um instrumento que analisa


os impactos positivos e negativos que determinados empreendimentos
podem causar no meio ambiente urbano, no sistema viário e para a
população que habita a sua vizinhança. Os impactos poderão ser
produzidos durante a construção, reforma, ampliação ou
funcionamento do empreendimento.
Proposta
• Implantação de um sistema de análise diferenciado conforme a
complexidade de cada empreendimento, prevendo as seguintes
formas de apresentação do Estudo:
• Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança Completo (EIV
Completo
COMPLEMENTAÇÃO DE
INFRAESTRUTURAS
• Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança Simplificado (EIV
Simplificado)
• Relatório Ambiental Prévio (RAP)

Independentemente da forma como apresentado, o estudo deverá


contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
• Descrição do empreendimento ou atividade PRESERVAÇÃO DE
• Delimitação das áreas de influência direta e indireta BOSQUES
• Análise e identificação dos impactos a serem causados nas fases de
planejamento, implantação, operação e desativação, quanto a:
• adensamento populacional
• equipamentos urbanos e comunitários
• uso e ocupação do solo MITIGAÇÃO DE
• valorização imobiliária
IMPACTOS AMBIENTAIS,
• geração de tráfego e demanda por transporte público
• ventilação e iluminação SOCIAIS E ECONÔMICOS
• paisagem urbana e patrimônio natural e cultural
• cronograma previsto para a obra
• custo estimado da obra
• acessibilidade
• Identificação das medidas de controle ambiental, mitigadoras ou
compensatórias
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GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática é a garantia da participação popular em


conjunto com o Poder Público Municipal nos processos de
planejamento, gestão e desenvolvimento da cidade, considerando
as diretrizes, princípios e objetivos previstos neste Plano Diretor.

Demandas da sociedade*:
São princípios da gestão democrática da cidade:

Relacionamento com
• Transparência no acesso à informação de interesse público Apoio às entidades e a academia
• Incentivo à participação popular lideranças 6% Cadeiras e atribuição
6% do Concitiba
• Integração entre Poder Público Municipal e população na 17%
gestão da cidade Jovens nos processos
de participação
6%
São diretrizes gerais da gestão democrática:
Processos de
• Valorizar o papel da sociedade civil organizada e do cidadão participação
como participes ativos e colaboradores, co-gestores, e interativos Transparência de
fiscalizadores das atividades da administração pública 11% informações
• Ampliar e promover a interação da sociedade com o poder municipais
22%
público
• Garantir o funcionamento das estruturas de controle social Processos de
• Promover formas de participação e organização, ampliando a participação amplos,
frequentes e Sistema de
representatividade social informações
associados
Processos de 5%
22% participação
Será assegurada a participação da população e de associações descentralizados
representativas mediante as seguintes instâncias de participação: 5%

• Conselho da Cidade de Curitiba – Concitiba


• Debates, audiências e consultas públicas
• Conferência Municipal da Cidade
• Iniciativa popular de projetos de lei, de planos, programas e
projetos de desenvolvimento urbano
* Os gráficos apresentam a demanda consolidada até o início da segunda rodada de audiências públicas
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GESTÃO DEMOCRÁTICA

A Conferência Municipal da Cidade será realizada periodicamente, observado o calendário estabelecido para a Conferência Nacional.
Os processos de revisão deste Plano Diretor, e dos pplanos que o integram, serão coordenados pelo IPPUC e contarão com a participação popular
em todas as etapas do procedimento.
Os processos de revisão e elaboração dos Planos Setoriais deverão observar o seguinte:
• realização de Audiência Pública
• abertura de canais de consulta pública, permitindo a participação popular na elaboração de propostas e sugestões
• apreciação e validação da proposta da minuta de Plano Setorial pelo Concitiba
• publicação e disponibilização do Plano Setorial
Qualquer proposta de alteração da Lei do Plano Diretor deve contar com a participação da população e do Concitiba.
O Município promoverá oficinas, programas e eventos de capacitação da população, dos membros de órgãos colegiados e lideranças comunitárias
para melhor compreensão e participação no processo de gestão democrática da cidade.
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CURITIBA

+ HUMANIZADA + INOVADORA + PARTICIPATIVA

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