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Instituto Educacional Magnólia

Profº Adriel Rodrigues


Figuras de pensamento
Gramática
Figuras de Pensamento
Caracterizam-se por um novo dimensionamento dado à
frase; São aquelas que interferem no raciocínio que
seguimos habitualmente para compreender os
enunciados. As principais figuras desse grupo são:
hipérbole, gradação, personificação ou prosopopeia,
sinestesia, ironia, eufemismo, antítese e paradoxo.
As figuras de pensamento referem-se a recursos
linguísticos utilizados para dar mais ênfase,
expressividade e criatividade ao discurso. Essas figuras
são utilizadas para desviar do sentido literal das
palavras e transmitir significados mais profundos e
impactantes.
Podemos dividir as figuras de pensamento em várias
categorias, como a hipérbole, a ironia, a antítese, entre
outras.
● Metáfora;
● Sinestesia;
● Antítese;
● Ironia;
Figuras de ● Eufemismo;
● Apóstrofe;
Pensamento ● Hipérbole;
● Prosopopeia (Personificação);
● Perífrase e
● Gradação (Clímax).
● Metáfora

Consiste em fazer uma comparação


implícita entre dois termos, atribuindo uma
característica de um elemento a outro. Por
exemplo, quando dizemos "o aluno é um
sol", estamos comparando o brilho e a
importância do sol com a inteligência e
ATENÇÃO !
destaque do aluno.
A metáfora é uma figura de palavra e de
pensamento.
Ela reproduz um pensamento através de uma imagem c
riada por palavras ou frases cujo sentido literal não repo
rta àquele pensamento
ou ideia.
Ou seja, ela estabelece uma relação de similaridade
entre dois termos diferentes, por meio de uma
comparação implícita. Ela é utilizada para expressar
uma ideia ou conceito de forma mais poética e
imaginativa.
Na metáfora, um dos termos é o referente, que
representa algo concreto, enquanto o outro termo é o
comparante, que representa algo abstrato. A
comparação é estabelecida ao afirmar que o referente é
o comparante, sem utilizar os termos "como" ou
"parecido com". Por exemplo, a frase "o sorriso é um
raio de sol" estabelece uma metáfora ao comparar o
sorriso (referente) com um raio de sol (comparante).
A metáfora permite a exploração de um maior poder de
sugestão e emoção na linguagem, ao transmitir
significados além do seu sentido literal. Ela oferece uma
forma criativa de se comunicar, estimulando a imaginação
do leitor ou ouvinte.
Além disso, pode ser utilizada para transmitir conceitos
complexos de forma mais acessível, simplificando a
compreensão e aproximando o leitor da mensagem. Por
exemplo, quando se diz que "o amor é uma fogueira que
aquece o coração", está-se utilizando metáfora para
descrever a sensação e o impacto emocional do
sentimento.
Em suma, As metáforas podem ser encontradas em
diversos contextos, como na literatura, poesia, música,
publicidade e até mesmo na comunicação cotidiana. Ao
utilizar metáforas, busca-se tornar a comunicação mais
interessante, vívida e memorável, enriquecendo o texto
ou discurso. Ela é uma ferramenta poderosa para
expressar ideias de forma mais criativa, sugestiva e
emocional, tornando a comunicação mais rica e
envolvente.
● Sinestesia

É um fenômeno sensorial que um estímulo em um sentido


provoca automaticamente uma experiência perceptiva em outro
sentido. Por exemplo, associar uma cor a um som ou uma
textura a um sabor.
Enquanto figura de palavra, a sinestesia é uma figura
retórica, pois utiliza uma combinação de diferentes sensações
para transmitir uma imagem mais vívida ou expressiva em um
texto literário. Por exemplo, "um grito azul" ou "um sabor doce".
Por outro lado, a sinestesia também pode ser considerada um
fenômeno cognitivo, pois envolve a interconexão entre diferentes
áreas do cérebro responsáveis por diferentes sentidos. Portanto,
não é apenas uma figura de palavra, mas também um fenômeno
de pensamento.
A sinestesia é uma figura de pensamento que consiste em relacionar diferentes sensações ou percepções de diferentes sentidos, como se misturasse os sentidos em um só. É uma figura de pensamento bastante interessante e
poética, pois permite uma experiência sensorial única e incomum.
Na sinestesia, uma pessoa pode, por exemplo, ver cores ao ouvir música, saborear um aroma ou perceber sons ao tocar um objeto. Essa mistura de sensações pode ocorrer de diferentes maneiras e varia de pessoa para
pessoa, o que torna cada experiência sinestésica única.
Um exemplo comum de sinestesia é quando uma pessoa descreve o sabor de um alimento como "doce como a cor azul". Nesse caso, a pessoa está relacionando o paladar (doce) com a percepção visual da cor azul,
misturando os sentidos em uma única experiência.
Outro exemplo de sinestesia é quando uma pessoa descreve uma música como "brilhante". Nesse caso, a pessoa está relacionando a audição da música com a percepção visual do brilho, criando uma experiência sensorial
única e pessoal.
A sinestesia pode ocorrer de forma involuntária e natural, ou pode ser explorada de maneira artística e poética. Alguns artistas utilizam essa figura de pensamento em suas obras para criar uma experiência sensorial mais
intensa e provocar emoções no espectador.
Também pode estar presente em expressões idiomáticas, como quando dizemos que algo "tem um cheiro verde". Essa expressão relaciona o olfato com a percepção visual da cor verde, criando uma imagem sensorial na
mente do ouvinte.
Em resumo, a sinestesia é uma figura de pensamento que permite a mistura de diferentes sensações e percepções de diferentes sentidos, criando
experiências sensoriais incomuns e poéticas. É uma forma de ampliar nossa percepção do mundo e enriquecer nossa experiência sensorial.
● Hipérbole
Acontece quando o texto apresenta expressão
exagerada de uma ideia ou emoção, a fim de
intensificá-la.
A figura de pensamento chamada hipérbole é uma
forma de expressão que consiste em exagerar de
forma intencional uma ideia ou uma situação com o
objetivo de enfatizá-la ou torná-la mais chamativa.
No contexto da hipérbole, são utilizadas palavras, frases ou descrições exageradas que não devem ser interpretadas literalmente, mas sim como uma forma de transmitir emoção, exaltação ou ênfase
em relação ao que está sendo comunicado.
Essa figura de pensamento pode ser encontrada em diversos campos, como na literatura, na música, no cinema, na publicidade e até mesmo no diálogo cotidiano. Ela é uma ferramenta importante para
a construção de discursos marcantes e cativantes, pois provoca uma reação emotiva no receptor da mensagem.
Um exemplo clássico de hipérbole é a famosa
expressão "Estou morrendo de fome!". Nesse caso, o
indivíduo não está literalmente prestes a morrer, mas usa
a hipérbole para enfatizar a intensidade da sua fome.
Outro exemplo comum é o uso de adjetivos
superlativos, como "muito", "enorme", "imensa", "incrível",
entre outros. Por exemplo, alguém pode dizer que uma
quantidade de comida é "um monte", mesmo que na
realidade ela seja apenas um pouco maior do que o
normal. Essa forma de expressão exagerada serve para
despertar interesse e atenção.
Na literatura, a hipérbole é utilizada para criar imagens
potentes e memoráveis. Autores como William
Shakespeare, na peça "Romeu e Julieta", utilizaram dessa
figura de pensamento para descrever a intensidade do
amor entre os protagonistas.
A hipérbole também é uma estratégia muitas vezes
empregada na publicidade, onde é comum encontrar
slogans ou propagandas exageradas para chamar a
atenção do público-alvo. Por exemplo, uma propaganda
pode afirmar que um determinado produto é "o melhor do
mundo", mesmo que essa afirmação não seja literalmente
verdadeira.
Em suma, a hipérbole é uma figura de pensamento
que consiste no exagero de ideias e situações, com o
propósito de enfatizar, chamar a atenção ou criar uma
imagem marcante. É uma ferramenta bastante utilizada
na comunicação, seja na literatura, na música, na
publicidade ou no cotidiano, e desempenha um papel
fundamental na construção de mensagens persuasivas.
● Antítese

É uma figura de pensamento que consiste na aproximação de termos ou ideias opostas, contrastantes ou contraditórias em uma mesma frase, verso ou texto. É uma forma de expressão que cria um contraste entre dois elementos,
enfatizando as diferenças entre eles para criar um efeito estilístico.
A antítese utiliza-se de palavras ou expressões que possuem
significados opostos ou diferentes, mas que são colocadas lado a
lado para gerar um impacto no leitor ou ouvinte. Ela tem a
intenção de destacar essas diferenças, enfatizar um contraste ou
fornecer um contraponto para enfatizar uma ideia.
Um exemplo clássico de antítese é a frase "Amor e ódio".
Nessa expressão, o amor e o ódio são conceitos antagônicos,
opostos um ao outro. Ao unir essas palavras em uma só frase,
temos um exemplo claro de antítese. Outros exemplos são "bem
e mal", "claro e escuro", "frio e calor", "velho e novo", entre
outros.
A antítese também pode ser utilizada para enfatizar uma
ideia através da contraposição de conceitos. Por exemplo, a
expressão "a beleza da natureza e a destruição do homem" cria
um contraste entre a preservação da beleza natural e a
devastação causada pelas ações humanas. Nesse caso, a
antítese é utilizada para ressaltar o impacto negativo das ações
humanas em contraste com a beleza natural.
Essa figura de pensamento pode ser encontrada em
diversos tipos de textos, como poemas, prosa, discursos, letras
de música, entre outros. É uma ferramenta de linguagem muito
presente na literatura, pois permite ao autor transmitir ideias
de forma mais impactante, despertando a atenção do leitor e
proporcionando uma reflexão mais profunda sobre os
conceitos abordados.
Em resumo, a antítese é uma figura de pensamento que consiste em aproximar conceitos ou palavras contrastantes, opostas ou contraditórias em uma mesma frase ou
texto, com o objetivo de criar um efeito estilístico, enfatizar um contraste ou fornecer um contraponto. É uma forma de expressão muito utilizada na literatura para
transmitir ideias de forma mais impactante e despertar a reflexão do leitor.
● Ironia
É uma figura de pensamento que consiste em expressar uma ideia contraditória ou oposta ao que realmente se quer dizer. É uma forma de linguagem indireta que muitas vezes é utilizada para transmitir
sarcasmo, humor ou críticas sutis.
A figura de pensamento da ironia geralmente envolve a utilização de palavras ou frases que, em seu sentido literal, têm um significado completamente diferente do que se pretende comunicar. É um
recurso muito comum na literatura, na poesia, na música e na comunicação do dia a dia.
Um exemplo clássico de ironia é quando alguém diz "Que dia bonito para passear!" enquanto está chovendo intensamente. Nesse caso, a pessoa está usando a ironia para expressar sua insatisfação com o mau tempo.
Outro exemplo de ironia é quando alguém diz "Você realmente tem uma memória incrível" para alguém que costuma esquecer de tudo. Nesse caso, a pessoa está expressando de forma irônica o oposto do que realmente
acredita sobre a capacidade de memória do outro.
A ironia também pode ser utilizada como uma forma de
crítica social ou política. Por exemplo, quando alguém diz
"Nossa, que país desenvolvido!" ao se referir a um lugar
com graves problemas sociais e econômicos. Essa ironia é
usada para chamar a atenção para as contradições
presentes na sociedade.
Na literatura, a ironia é frequentemente utilizada para
transmitir mensagens mais profundas e complexas. Por
exemplo, no livro "1984" de George Orwell, a descrição da
sociedade totalitária é feita de forma irônica, contrastando
a propaganda oficial com a realidade opressora.
A ironia também pode ser empregada como uma forma
de autoproteção ou autodepreciação. Por exemplo,
quando alguém diz "Eu adoro ser pontual, por isso sempre
chego atrasado". Nesse caso, a pessoa está usando a
ironia para suavizar sua própria falha em ser pontual.
Em resumo, a ironia é uma figura de pensamento que
consiste em expressar o oposto do que realmente se quer
dizer. É uma forma de comunicação indireta que pode
transmitir sarcasmo, humor, críticas sutis ou até mesmo
mensagens mais complexas e profundas. É uma figura
muito presente na literatura, na comunicação cotidiana e
em diversas formas de expressão artística.
● Eufemismo

É uma figura de pensamento que consiste em suavizar ou amenizar uma expressão considerada rude, desagradável, ofensiva ou constrangedora. É um recurso linguístico utilizado para substituir palavras ou frases que possam causar desconforto, substituindo-as por expressões mais amenas.
O eufemismo pode ser utilizado em diversos contextos, como na política, na religião, na saúde, entre outros. Um exemplo comum é o uso dos termos "falecer" ou "partir" para se referir à morte, ao invés de usar a palavra "morrer".
Outro exemplo de eufemismo é o uso do termo "terceira
idade" ao invés de "velhice". Isso ocorre porque a palavra
"velhice" pode soar pejorativa ou ofensiva para algumas pessoas,
enquanto "terceira idade" é uma expressão mais neutra, que
busca valorizar a experiência e a sabedoria adquiridas ao longo
dos anos.
No ambiente empresarial, o eufemismo também pode ser
utilizado, como por exemplo, substituir o termo "demissão" por
"redução de quadro" ou "recursos humanos". Isso faz com que a
notícia seja apresentada de uma forma mais suave, evitando
possíveis constrangimentos ou ressentimentos.
O uso do eufemismo pode ter diferentes propósitos, como proteger a sensibilidade das pessoas, evitar conflitos ou preservar a harmonia social. No entanto, é importante ter consciência de que o
eufemismo pode também esconder a verdade ou minimizar a gravidade de determinadas situações.
É necessário ter cautela ao utilizar o eufemismo, pois em algumas situações pode gerar confusão ou mal-entendidos. É importante considerar o contexto e as pessoas envolvidas, para que o eufemismo
não seja interpretado como uma forma de engano ou de manipulação da realidade.
Em resumo, o eufemismo é uma figura de pensamento que busca substituir palavras ou expressões consideradas
ofensivas, grosseiras ou desagradáveis por termos mais amenos, suavizando o impacto da mensagem transmitida.
● Apóstrofe

É uma figura de pensamento que consiste em dirigir-se a algo ou alguém ausente, imaginário ou personificado como se estivesse presente e pudesse responder. É uma forma de interpelação poética, uma fala direcionada a algo que está além do alcance físico ou que não
tem a capacidade de responder. Essa figura de pensamento é amplamente utilizada na literatura, especialmente na poesia, como uma maneira de expressar emoções intensas, dar ênfase a certos elementos ou criar um diálogo fictício entre o eu lírico e outro ser ou objeto.
Um dos exemplos mais famosos de apóstrofe é o poema "Marília de Dirceu", de Cláudio Manuel da Costa. Nesse poema, o eu lírico se dirige à amada Marília em
diversos momentos, mesmo sabendo que ela não está presente. Através dessa figura de pensamento, o poeta consegue expressar seus sentimentos e emoções de
maneira intensa, como se estivesse conversando diretamente com ela.
Outro exemplo de apóstrofe pode ser encontrado no poema "Soneto de Fidelidade", de Vinicius de Moraes. No verso "Como eu queria você, meu bem, meu bem-
querer", o eu lírico se dirige à pessoa amada, mesmo sabendo que ela não está presente. Essa figura de pensamento é utilizada para expressar o desejo intenso de estar com
a pessoa amada.
A apóstrofe também pode ser utilizada para se dirigir a
elementos abstratos, como a natureza, o tempo, a morte, entre
outros. Por exemplo, no poema "Quadrilha", de Carlos
Drummond de Andrade, o eu lírico se dirige ao ano-novo,
personificando-o como se fosse uma pessoa. Nesse caso, a
apóstrofe é utilizada para expressar a passagem do tempo e a
reflexão sobre a chegada de um novo ano.
Em resumo, a apóstrofe é uma figura de pensamento que
consiste em se dirigir a algo ou alguém ausente, criando um
diálogo fictício. É uma forma de expressar emoções intensas,
dar ênfase a certos elementos ou personificar algo abstrato. É
amplamente utilizada na literatura e na poesia como uma
maneira de transmitir sentimentos e criar uma conexão
emocional entre o eu lírico e o objeto de sua fala.
● Prosopopeia / Personificação
A prosopopeia, também conhecida como
personificação, é uma figura de pensamento que consiste
em atribuir características humanas, como sentimentos,
ações e características físicas, a entidades abstratas,
objetos inanimados ou seres irracionais.
Essa figura retórica é especialmente usada na
literatura, sendo uma técnica comum tanto na poesia
quanto na prosa. Com ela, o autor busca dar vida às
figuras e tornar a comunicação mais impactante e
envolvente.
A personificação permite ao autor criar um diálogo
imaginário com o objeto personificado, fazendo com que ele
se torne sujeito ativo na narrativa. Dessa forma, o objeto
ganha vida e passa a ter uma importância e uma perspectiva
própria na história. Essa figura de pensamento contribui
para a expressividade e para a criação de uma imagem mais
vívida na mente do leitor.
Existem diferentes formas de expressar a personificação. Pode-se apresentar seres inanimados com características humanas, como dar-lhes a
capacidade de falar, de sentir emoções ou de tomar decisões. Por exemplo, em um poema, um rio pode ser personificado como uma mulher que chora,
mostrando tristeza por suas águas estarem poluídas.
Além disso, a personificação pode ser usada para atribuir uma ação humana a algo que normalmente não teria essa capacidade. Um exemplo clássico
é o sol "nascendo" pela manhã ou a lua "adormecendo" ao amanhecer. Essas ações são características dos seres humanos, mas, ao personificar esses
elementos naturais, eles se tornam mais próximos do leitor e mais facilmente relacionáveis.
A personificação também pode ser usada para atribuir características físicas aos seres inanimados. Por exemplo, é comum vermos os campos sendo
descritos como "verdes" ou as rosas sendo personificadas como "belas". Ao atribuir essas características físicas, o autor busca criar uma imagem mais
vívida e sensorial para o leitor.
A prosopopeia pode ser usada tanto com fins estéticos e poéticos quanto com objetivos comunicativos, como emocionar o leitor ou criar empatia por um objeto ou
entidade abstrata. Essa figura também pode ser usada para criticar ou sátirar uma situação, uma vez que a personificação permite que objetos ou conceitos abstratos sejam
tratados como seres humanos sujeitos às mesmas falhas e contradições.
Em resumo, a prosopopeia ou personificação é uma figura de pensamento que atribui características humanas a objetos inanimados, entidades abstratas ou seres irracionais.
Por meio dela, o autor busca criar uma narrativa mais envolvente, permitindo uma identificação maior do leitor e tornando a comunicação mais criativa e expressiva.
● Perífrase

É uma figura de pensamento que consiste em utilizar palavras ou expressões em substituição a uma outra palavra, com o objetivo de enfatizar ou ampliar o sentido da mensagem transmitida.
Essa figura de pensamento é muito utilizada na linguagem cotidiana, na literatura e na retórica, principalmente para evitar a repetição de uma palavra já mencionada anteriormente ou para trazer uma maior riqueza de significados à expressão.
A perífrase é uma figura de pensamento que consiste em
expressar uma ideia de forma mais longa e complexa, em vez de
usar uma palavra ou expressão direta e simples. É uma forma de
enriquecer o discurso, tornando-o mais elaborado e elegante.
Um exemplo de perífrase é quando queremos dizer que
alguém está dormindo, mas em vez de simplesmente dizer "ele
está dormindo", utilizamos uma expressão mais elaborada como
"ele está repousando os olhos, entregue ao sono profundo". Nessa
frase, utilizamos palavras e termos extras para descrever a ação
de dormir, tornando-a mais expressiva e poética.
Existem diferentes tipos de perífrase, sendo os mais comuns:
1. Circunlóquio: é quando a palavra é substituída por uma
expressão que a descreva de forma mais detalhada. Por
exemplo, em vez de dizer "o país das Pirâmides", pode-se
utilizar a perífrase "o país dos monumentos erguidos pelos
antigos egípcios".
2. Antonomásia: consiste em utilizar um nome próprio em
substituição a uma palavra comum. Por exemplo, em vez de
dizer "ele é um grande pintor", pode-se utilizar a perífrase "ele
é o Picasso da pintura".
3. Eufemismo: é quando uma palavra ou expressão mais suave é utilizada para substituir uma palavra mais forte ou desagradável, a fim de amenizar o impacto da mensagem. Por exemplo, em vez de dizer "ele morreu",
pode-se utilizar a perífrase "ele nos deixou".
4. Perífrase descritiva: é quando a palavra é substituída por uma descrição que a caracterize. Por exemplo, em vez de dizer "o rei da floresta", pode-se utilizar a perífrase "o animal de quatro patas, com juba e que ruge".
É importante ressaltar que a perífrase não tem uma função apenas estética, mas também pode desempenhar um papel persuasivo ou retórico na comunicação. Ela permite criar uma imagem mental mais elaborada,
despertando o interesse e a curiosidade do interlocutor.
Dessa forma, a figura de pensamento perífrase é uma valiosa estratégia linguística para enriquecer a expressão e tornar a mensagem mais marcante e impactante, seja na literatura, na poesia ou na comunicação do dia a dia.
A perífrase pode ser utilizada em diferentes contextos e situações, como na literatura, na música e até mesmo na comunicação cotidiana. Ela nos permite expressar de maneira mais rica e sofisticada as nossas ideias e
emoções.
Porém, é importante destacar que a utilização da perífrase depende do contexto e do objetivo comunicativo. Nem sempre é necessário ou adequado utilizar uma figura de pensamento tão elaborada. Às vezes, uma
comunicação mais direta e simples é mais eficaz.
Em resumo, a perífrase é uma figura de pensamento que consiste em expressar uma ideia de forma mais longa e complexa, utilizando palavras e termos extras. Ela torna
o discurso mais elaborado e elegante, permitindo expressar de maneira mais rica e poética as nossas ideias e emoções. No entanto, é necessário utilizar a perífrase com
cautela, levando em consideração o contexto e o objetivo comunicativo.
● Gradação (Clímax)
A figura de pensamento gradação (clímax), é uma técnica
retórica utilizada para enfatizar uma ideia ou argumento através
de uma sequência progressiva de termos ou ideias. Nesta figura,
as palavras ou frases são organizadas de forma crescente,
intensificando o impacto emocional ou persuasivo do discurso.
Pode ser identificada em diversos contextos, como discursos
políticos, obras literárias, discursos religiosos, entre outros. Seu
objetivo é criar um efeito de intensificação, conduzindo o ouvinte
ou leitor a um ponto culminante, onde a mensagem ou argumento
atinge seu ápice.
No contexto literário, a gradação pode ser observada em poemas, onde a sequência de palavras é estruturada de forma a criar um crescendo na cadência
e força das expressões utilizadas. Nesse sentido, a figura permite ao poeta expressar emoções, sentimentos ou ideias de maneira mais vívida e impactante.
Um exemplo clássico de gradação pode ser encontrado na Ode à Alegria, escrita pelo poeta alemão Friedrich Schiller e utilizada por Ludwig van Beethoven como
base para o quarto movimento de sua Nona Sinfonia. Neste poema, a gradação é utilizada para criar uma sequência de sentimentos que culmina na exaltação da alegria.
Outro exemplo de gradação pode ser identificado em discursos políticos, onde os líderes utilizam a figura para aumentar o impacto de suas palavras e persuadir a
platéia. Um exemplo famoso dessa figura pode ser encontrado no discurso de Martin Luther King Jr., conhecido como "Eu Tenho um Sonho". Nesse discurso, King
utiliza uma progressão ascendente de termos para criar um ápice emotivo que envolve e inspira a audiência.
É importante ressaltar que a gradação não se limita apenas ao uso de palavras. Ela também pode ser observada em aspectos como a estrutura de um argumento, o
desenvolvimento de uma narrativa ou a organização de ideias em um texto. Através dessa técnica, é possível criar um efeito de construção gradual, conduzindo o leitor ou
ouvinte a uma conclusão ou ideia final de forma mais contundente.
Em suma, a figura de pensamento gradação (clímax) é uma técnica retórica muito utilizada para criar um efeito de intensificação, conduzindo o receptor da mensagem a
um ponto culminante. Seja em obras literárias, discursos políticos, ou outros contextos, a gradação é uma poderosa ferramenta que amplifica a persuasão e o impacto
emocional das palavras.
Referências
As 9 Figuras de Pensamento: o que são, quais são e exemplos! Disponível em:
<https://beduka.com/blog/materias/portugues/figuras-de-pensamento/>. Acesso em: 17 jul. 2023.

BERQUÓ, D. Figuras de pensamento. Disponível em:


<https://www.portugues.com.br/gramatica/figuras-de-pensamento.html>. Acesso em: 17 jul. 2023.

DIANA, D. Figuras de Pensamento. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/figuras-de-


pensamento/>. Acesso em: 17 jul. 2023.

DOS SANTOS, J. E. Figuras de Pensamento - Português Enem. Disponível em:


<https://blogdoenem.com.br/figuras-de-pensamento-portugues-enem/>. Acesso em: 17 jul. 2023.

Figuras de pensamento: quais são, usos, exemplos. , 1 set. 2011. . Acesso em: 17 jul. 2023.

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