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Os tons e os MilTons Encontro 4

5 de outubro de 2021

Programa de Pós-graduação em Educação Matemática


Pós-Humanismo, Matemática, Educação Matemática e o Corpo
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3

Eu sou
Devir-ser

Rodrigo Rios Nascimento

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Eu sou
Devir-ser

Blanca María Peralta Guachetá

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Eu sou
Devir-ser

Maria Aparecida de Souza


Leonardo

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Eu sou
Devir-ser

Jamaal Adetoro Ince

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Eu sou

Devir-ser

Carolina
Higuita Ramírez Programa de Pós-graduação em Educação Matemática
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Elemento-surpresa: Playlist
Link:
https://youtube.com/playlist?list=PLR-Q0DuLbVbHvSXvIU0XhlA5BhCHWCiHo

Você pode desfrutar das


músicas ao longo da semana!

Leitura complementar: “Notes on the conception of the self among the

wintu indians” de Dorothy Lee

Dos conceitos que atravessam os textos (capítulo Dê


Experimentação: seu conceiTOM
4, playlist e texto complementar) escolha pelo menos um
deles e, com utilização do seu corpo e/ou outros corpos, apresente uma expressão que possa relacioná-lo,
movê-lo, atravessá-lo, entendê-lo, problematizá-lo…
Esta expressão precisa ser algo que possa ser transformado em imagem ou vídeo (máximo de 30 segundos de
duração).

O nome do arquivo a ser enviado ao grupo provocador deve ser o nome do conceito escolhido.
O prazo para entrega é até segunda-feira, 3 de outubro de 2021, no e-mail:
carolina-higuita.ramirez@unesp.br
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Apresentação inicial
Momento 1.
Responsável: Maria Aparecida de Souza Leonardo
Tempo: 20 min.

O corpo-sala pode apresentar reflexões da experimentação e/ou da leitura do capítulo.

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Apresentação inicial

Momento 2.
Responsável: Todxs
Tempo: 15 min.

Conversa entre o grupo provocador a partir da recuperação dos conceitos dos capítulos
anteriores a ser trabalhados e que são chaves no capítulo 4.

Mente/Corpo, Corpo, Gestos/Diagramas, Humano/não-humano, Real/Virtual,


Pedagogia do conceito.

https://prezi.com/v/icehkdd130d4/

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Dó Fá
Sol

Blanca Peralta Guacheta


Maria Aparecida de Rodrigo Rios
Jamaal Adetoro Ince
Souza Leonardo Nascimento
Carolina Higuita Ramírez

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Apresentação da atividade

Que matemática um
corpo pode fazer?
Como a matéria e a medida Como a medida e o poder se
se relacionam? relacionam?

Que pode uma história da medição da América?

Sugestão: apresentação com seu próprio corpo. Até 10 min


Tempo: 1 h.

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Creencias en torno a las medidas y la medición

Quedamos, pues en que las medidas fueron


inventadas por Caín. Contar y medir equivale a pecar. Que el
Sol recuento (—particularmente de personas— es pecado, lo avala
el conocido hecho de que la idea de hacer el censo de las
gentes del Señor le fue sugerida a David por el mismo diablo.
Es igualmente pecaminoso tomarle las medidas a un
ser humano. <<Entre los checos, a finales del siglo XVIII,
reinaba las creencias de que los niños menores de seis años
dejaban de crecer, convirtiéndose en enanos llamados
mierzyny [de miara: medida], tan sólo a consecuencia de
medir el paño destinado a sus camisas o vestidos>>
Las dimensiones de una persona, o las de cualquier
parte de su cuerpo, con simbolizadas con la consecuente
ambivalencia. Un hilo o una cinta del largo de la
circunferencia cefálica puede ser ofrendada como voto por la
salud de un enfermo; o utilizada en la magia negra para
Blanca Peralta Guacheta perjudicarlo; o —tratándose de un muerto— colgada ante el
Jamaal Adetoro Ince altar para impedir su tan deseado retorno.
Carolina Higuita Ramírez

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Crenças em torno das medições

Portanto, concordamos que as medidas foram


inventadas por Caim. Contar e medir é igual a pecado. Que a
Sol contagem (principalmente de pessoas) é pecado, é apoiado
pelo fato bem conhecido de que a ideia de fazer o censo do
povo do Senhor foi sugerida a Davi pelo próprio diabo. É
igualmente pecaminoso tomar as medidas de um ser humano.
<< Entre os tchecos, no final do século XVIII, acreditava-se
que crianças menores de seis anos pararam de crescer,
tornando-se anões chamados mierzyny [de miara: medida],
apenas como resultado da medição do pano destinado a suas
camisas ou vestidos >>
As dimensões de uma pessoa, ou de qualquer parte
de seu corpo, são simbolizadas com a consequente
ambivalência. Um fio ou uma fita do comprimento da
circunferência da cabeça pode ser oferecido como um voto
pela saúde de uma pessoa doente; ou usado em magia negra
Blanca Peralta Guacheta para prejudicá-lo; ou- no caso de um homem morto -
Jamaal Adetoro Ince pendurado diante do altar para evitar seu tão desejado retorno.
Carolina Higuita Ramírez

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Beliefs around measurements

Therefore, we agree that the measures were


invented by Caim. Count and measure and equal sin. That
Sol contagem (mainly from people) and sin, and supported by
fate, I was aware that the idea of ​fazer or census of the povo
do Senhor was suggested to Davi by his own devil. It is
equally sinful to take the measures of a human being. <<
Among the Czechs, not the end of the 18th century, it is
proven that children under six years of age will stop growing
up, turning into years called mierzyny [from miara: measure],
just as a result of the measurement of cloth destined for their
shirts or dresses >> As dimensions of a person, or of any part
of your body, are symbolized with a consequent ambivalence.
Um fio or a fit of the compromise of the circumference of the
head can be offered as a vote pela saúde de uma pessoa
doente; ou used in black magic to prejudice it; ou- no case of
a dead home - hung from the altar to avoid his unwanted
Blanca Peralta Guacheta return.
Jamaal Adetoro Ince
Carolina Higuita Ramírez

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Creencias en torno a las medidas y la medición

Pero no sólo es malo medir a las personas. En


Macedonia, a finales del siglo XIX, los campesinos temían
Sol comer lo que hubiera sido medido o contado (so perna de
contraer bocio). En la región de Wlodzimierz, a principios de
la segunda mitad del siglo XIX, los campesinos se oponían al
inventario de las cosechas <<Lo que el Señor quiera dar, irá al
granero, pero es osadía controlar la voluntad de la
Providencia. ¿Ante qué juez pleitearás con Dios? El que
cuenta las consechas de su campo, peca. ¿De qué sirve?>> en
la misma época, en la región de Krzywich, ayuntamiento de
Wilja, los etnógrafos recogían creencias propulares en el
sentido de que las cosechas eran abundantísimas, hasta que se
midieron las tierras. En Kujawy, y siempre en la misma época
hay testimonios de que los naturales del lugar —al comprar un
medicamento— pedían que fuera vertido al fracaso <<a ojo>>
y no con medida, pues <<únicamente puede curar al enfermo
Blanca Peralta Guacheta el remedio que no es medido, sino dado de corazón y con
Jamaal Adetoro Ince mano generosa>>.
Carolina Higuita Ramírez
(KULA, 1980, p. 17)
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Crenças em torno das medições

Mas não é apenas ruim medir pessoas. Na


Macedônia, no final do século 19, os camponeses tinham
Sol medo de comer o que era medido ou contado (ou de ter
bócio). Na região de Wlodzimierz, no início da segunda
metade do século XIX, os camponeses se opunham ao
inventário das colheitas << O que o Senhor quer dar, vai para
o celeiro, mas é ousado controlar a vontade da Providência .
Diante de qual juiz você pleiteará com Deus? Aquele que
conta a colheita de seu campo peca. De que adianta? >> Ao
mesmo tempo, na região de Krzywich, prefeitura de Wilja,
etnógrafos reuniram crenças comuns de que as colheitas eram
extremamente abundantes, até que as terras foram medidas.
Em Kujawy, e sempre ao mesmo tempo há testemunhos de
que os nativos do lugar - ao comprarem um medicamento -
pediam que fosse vertido até à falência << a olho >> e não
com medida, porque << só o medicamento pode curar o
Blanca Peralta Guacheta doente que não é medido, mas dado de coração e com mão
Jamaal Adetoro Ince generosa >>.
Carolina Higuita Ramírez (KULA, 1980, p. 17)

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Beliefs around measurements

But it is not only bad to measure people. In


Macedonia, at the end of the 19th century, peasants were
Sol afraid to eat what had been measured or counted (or to get
goiter). In the Wlodzimierz region, at the beginning of the
second half of the 19th century, the peasants opposed the
inventory of crops << What the Lord wants to give, will go to
the barn, but it is daring to control the will of Providence.
Before which judge will you plead with God? He who reckons
the fruits of his field sins. What's the use of it? >> At the same
time, in the Krzywich region, Wilja town hall, ethnographers
were picking up common beliefs that the crops were plentiful,
until the land was measured. In Kujawy, and always at the
same time there are testimonies that the natives of the place -
when buying a medicine - asked that it be poured to failure <<
by eye >> and not with measure, because << only the remedy
can cure the sick that is not measured, but given from the
Blanca Peralta Guacheta heart and with a generous hand >>.
Jamaal Adetoro Ince
Carolina Higuita Ramírez

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¿Cómo se medía la tierra? aunque


mucho menos exacta <<[La
Desde la Alta Edad medida]…que los franceses
Media hasta la introducción del Dó llaman arpent y los naturales
sistema métrico, se utilizan en de Borgoña, Champaá y otras
Europa dos clases de medidas provinciais journau, proviene
para las superficies agrarias: de la palabra latina iugerum
medición por el tiempo de [¡sic! etimología absurda], y
trabajo humano y medición por equivale a la superficie tierra
la cantidad de granos que dos bueyes o caballos [aquí
sembrados. reside la inexactitud] pueden
La medición por el arar en un día>>. En Bretaña se
tiempo de trabajo se encuentra conocía el journal à charru
en toda la Europa cristiana. A (campo arado), journal à
principios del siglo XVII, nos foucher (pastizales) y journal á
encontramos en Polonia con la becheur (huertas y viñedos). En
siguiente definición exacta, Alemania, la unidad de
aunque no original <<iuger superficie cultivable en un día
autem est, quod duobus bobus Maria Aparecida de se llama Morgenland. En la
uno die arari potest>>. En la Souza Leonardo
Cataluña del siglo XVIII aún se
misma época encontramos en diferenciaban dos journals:
en Francia una definición
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parecida Pós-Humanismo, Matemática, Educação Matemática e o Corpo
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Como a terra era medida?


muito menos exata << [A
Desde a Alta Idade
medida]… que os franceses
Média até a introdução do Dó chamam de arpent e os nativos
sistema métrico, dois tipos de
da Borgonha, Champaá e outros
medidas são utilizadas na
provinceis journau, vem da
Europa para áreas agrícolas:
palavra latina iugerum [sic!
medida pelo tempo de trabalho
etimologia absurda], e é
humano e medida pela
equivalente à superfície da terra
quantidade de grãos semeados.
que dois bois ou cavalos [aqui
A medição por tempo
está a imprecisão] podem arar
de trabalho é encontrada em
em um dia >>. Na Bretanha, o
toda a Europa cristã. No início
journal à charru (campo arado),
do século XVII, encontramos
o journal à foucher (pastagens) e
na Polônia a seguinte definição
o journal à becheur (pomares e
exata, embora não original: <<
vinhas) eram conhecidos. Na
iuger autem est, quod duobus
Alemanha, a unidade de terra
bobus uno die arari potest >>.
arável em um dia é chamada de
Ao mesmo tempo, encontramos Maria Aparecida de
Souza Leonardo Morgenland. Na Catalunha do
na França uma definição
século XVIII, duas revistas
semelhante embora
ainda divergiam:
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el común para tierras sino en tres partes,


sembradas el journal de Separadas por las dos comidas
cadura, que establecía la del día laborable.
superficie de viñedo cultivable Dó Por tanto, desde España hasta
por un hombre durante un día. Rusia comprobamos la
Análogamente en Borgoña, existencia del sistema de medir
desde la segunda mitad del la tierra por la cantidad de
siglo XI, se generaliza la trabajo humano. Las pequeñas
medición de los campos diferencias geográficas y
cereales en journaux, los cronológicas (campo de
viñedos en ouvrées y los cereales o viñedos, arado de
pastilazales en soitures, siendo bueyes o de caballos,
las tres medidas laborales […] etc. )tienen importancia
En Letonia, la tierra se medía secundaria. Lo importante es la
por un día de trabajo con un identidad de la actitud mental,
caballo. En Ucranía se conocía de la relación del hombre con
uma medida agraria llamada la tierra.
>>dçia>> de tierra […] Parece
que entre los eslavos, la Maria Aparecida de (KULA, 1980, p.36)
superficie del campo medida Souza Leonardo
por la labor humana cotidiana
no se dividía en dos mitades
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o comum para as terras mas em três partes, separado


semeadas o jornal de cadura, pelas duas refeições da semana.
que estabelecia a área de vinha Portanto, da Espanha à Rússia,
cultivável por um homem Dó verificamos a existência do
durante um dia. Da mesma sistema de medição da terra
forma, na Borgonha, a partir da pela quantidade de trabalho
segunda metade do século XI, humano. As pequenas
generalizou-se a medição dos diferenças geográficas e
campos de cereais em cronológicas (campo de cereais
journaux, vinhas em ouvrées e ou vinha, arado de cavalos ou
pastilagens em soitures, sendo bois, etc.) são de importância
as três medidas o trabalho [...] secundária. O que é importante
Na Letónia, a terra era medida é a identidade da atitude
por um dia de trabalho com um mental, da relação do homem
cavalo Na Ucrânia, uma com a terra.
medida de terra chamada >> (KULA, 1980, p.36)
dçia >> era conhecida [...]
Parece que entre os eslavos, a
área de terra medida pelo Maria Aparecida de
trabalho humano diário não era Souza Leonardo
dividida em duas metades
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Las condiciones sociales de la formación de las medidas
convencionales

¿Qué significa, desde el punto de vista sociológico,


el paso de las medidas significativas —en cierto sentido Fá
humanas —a las medidas abstractas, convencionales, sin
significado alguno? Significa la necesidad de coeficientes
comunes, intersubjetivos, verificables e independientes de la
individualidad humana. El principio de Pitágoras, según el
cual <<el hombre es la medida de todas las cosas>>, se ve
desplazado por la búsqueda de lo objetivo y lo inmutable. ¡No
es fácil hallar elementos estables en un mundo donde todo se
transforma! Por tanto, el cuadro de los esfuerzos tendientes a
hallar puntos de apoyo permanentes tiene un rico contenido
social. Y no es de extrañar que, en esa búsqueda de una
magnitud invariable, el hombre considerara como tal una
cierta característica del planeta en el que debe vivir y que
constituye su único punto de apoyo. Lástima que más tarde se
descubriera que aún no se puede medir exactamente ese Rodrigo Rios
planeta y que éste tampoco es inmutable. Entonces se
implantó la convención pura.
KULA
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As condições sociais da formação das medidas
convencionais

O que significa, do ponto de vista sociológico,


passar de medidas significativas - no sentido humano - para Fá
medidas abstratas, convencionais, sem sentido? Significa a
necessidade de coeficientes comuns, intersubjetivos,
verificáveis ​e independentes da individualidade humana. O
princípio pitagórico, segundo o qual "o homem é a medida de
todas as coisas", é deslocado pela busca do objetivo e do
imutável. Não é fácil encontrar elementos estáveis ​em um
mundo onde tudo se transforma! Portanto, a imagem dos
esforços para encontrar pontos de apoio permanentes tem um
rico conteúdo social. E não é de estranhar que, nesta busca de
magnitude invariável, o homem tenha considerado como tal
uma certa característica do planeta em que deve viver e que
constitui o seu único ponto de apoio. Pena que mais tarde foi
descoberto que este planeta ainda não pode ser medido com
exatidão e que também não é imutável. Então a convenção Rodrigo Rios
pura foi implantada.

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Solo un reducido porcentaje de seres humanos sería


capaz de comprender esta definición. Desde ahora no será
fácil explicarle a un colegial en qué consiste el metro. Hemos
recorrido un largo camino desde las medidas plenas de Fá
expresión humana de la época feudal. La
<<deshumanización>> de la herramienta tan estrechamente
ligada a la vida cotidiana de cada hombre —el metro — ha
alcanzado cumbres específicas.
[…]
Las medidas tradicionales eran multilateralmente <<
humanas>>. Expresaban al hombre y su trabajo, dependían a
veces de su voluntad, de su carácter y de sus relaciones con
los demás. Por otra parte, las medidas tradicionales abrían un
campo infinito para los abusos, daños y prepotencias del más
fuerte en detrimento de más débil.
El metro —deshumanizando — las medidas,
independizándolas del hombre, haciéndolas objetivas,
moralmente neutrales — convierte la herramienta para hacer Rodrigo Rios
daño a los hombres en un medio que facilita la comprensión y
colaboración entres lo hombres.
(KULA, 1980, p. 161)
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Apenas uma pequena porcentagem de seres
humanos seria capaz de entender esta definição. A partir de
agora não será fácil explicar a um estudante em que consiste o
metro. Percorremos um longo caminho desde as medidas
completas da expressão humana da era feudal. A Fá
“desumanização” da ferramenta tão intimamente ligada ao
cotidiano de cada homem - o metro - atingiu patamares
específicos.
[…]
As medidas tradicionais eram multilateralmente
"humanas". Expressavam o homem e sua obra, às vezes
dependiam de sua vontade, de seu caráter e de seu
relacionamento com os outros. Por outro lado, as medidas
tradicionais abriram um campo infinito para os abusos, danos
e arrogância dos mais fortes em detrimento dos mais fracos.
A métrica - desumanizadora - das medidas,
tornando-as independentes do homem, tornando-as objetivas,
moralmente neutras - torna a ferramenta de prejudicar os
homens um meio que facilita o entendimento e a colaboração Rodrigo Rios
entre os homens.
(KULA, 1980, p. 161)

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Si

Provocações/discussões

40 min.
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Finalização
15 min.
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Referências

FREITAS, E. e SINCLAIR, N. (2014). Mathematics and the body. Material Entanglements in the Classroom.
Cambridge University Press.

FREITAS, E. e SINCLAIR, N. (2020). Measurement as relational, intensive and analogical: Towards a minor
mathematics. The Journal of Mathematical Behavior. Volume 59, September 2020, 100796.
https://doi.org/10.1016/j.jmathb.2020.100796

LEE, D. (1950). Notes on the conception of the self among the Wintu Indians. The Journal of Abnormal and
Social Psychology, 45(3), 538–543. https://doi.org/10.1037/h0054672

KULA, W. (1980). Las medidas y lo hombres. Siglo Veintiuno Editores.


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