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Gabrieli Martins
Assistente social (HFCF)
Especialista em Oncologia (INCA)
Mestre em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz)
Doutoranda em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz)
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A educação em saúde é o processo educativo que
envolve as relações entre os profissionais de saúde, os
gestores que apoiam esses profissionais e a população
que necessita construir seus conhecimentos e aumentar
sua autonomia nos cuidados individual e coletivamente.
Visa o desenvolvimento crítico e reflexivo do indivíduo
sobre sua saúde, capacitando-o para opinar nas decisões
de sua saúde (BRASIL, 2006).
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
O Ministério da Saúde define educação em saúde como:

“Processo educativo de construção de conhecimentos em


saúde que visa à apropriação temática pela população [...].
Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a
autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os
profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de
saúde de acordo com suas necessidades” (BRASIL, 2006).
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A educação em saúde como processo político
pedagógico requer o desenvolvimento de um pensar
crítico e reflexivo, permitindo desvelar a realidade e
propor ações transformadoras que levem o indivíduo à
sua autonomia e emancipação como sujeito histórico e
social, capaz de propor e opinar nas decisões de saúde
para cuidar de si, de sua família e de sua coletividade
(MACHADO; et al, 2007).
LINHAS PEDAGÓGICAS
Tradicional

Foi a primeira a ser instituída no Brasil por motivos


históricos. Nesta tendência o professor é a figura central
e o aluno é um receptor passivo dos conhecimentos
considerados como verdades absolutas. Há repetição de
exercícios com exigência de memorização.
LINHAS PEDAGÓGICAS
Tecnicista

Neste método de ensino o aluno é visto como depositário passivo dos


conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de
associações. O professor é quem deposita os conhecimentos, pois ele é
visto como um especialista na aplicação de manuais; sendo sua prática
extremamente controlada. Articula-se diretamente com o sistema produtivo,
com o objetivo de aperfeiçoar a ordem social vigente, que é o capitalismo,
formando mão de obra especializada para o mercado de trabalho.
LINHAS PEDAGÓGICAS
Libertadora
Também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, essa
tendência vincula a educação à luta e organização de classe do
oprimido. Onde, para esse, o saber mais importante é a de que ele
é oprimido, ou seja, ter uma consciência da realidade em que vive.
Além da busca pela transformação social, a condição de se libertar
através da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua
organização de classe. Centraliza-se na discussão de temas sociais
e políticos; o professor coordena atividades e atua juntamente com
os alunos.
INTERDISCIPLINARIDADE

• Intersetorialidade é um termo polissêmico (CARMO; GUIZARDI; 2017,


NASCIMENTO, 2010).

• Estratégia de gestão voltada para a construção de interfaces entre setores e instituições


(MONNERAT; SOUZA, 2014).

• Instrumento de otimização de saberes, competências e relações sinérgicas em prol de


um objetivo comum e prática social compartilhada (PEREIRA, 2014).

• A intersetorialidade é uma nova maneira de tratar os problemas sociais, pois engloba a


ideia de integração e de equidade (JUNQUEIRA; INOJOSA, 1997 apud
JUNQUEIRA, 2004)
PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES

• Membros trabalham em conjunto e se comunicam com freqüência


• Trabalho organizado em se resolver um conjunto um problema em comum
• Trabalho em colaboração e sinergia de conhecimentos, levando em
consideração as contribuições dos outros membros
• Existem funções especializadas, porém com cada membro se colocando no
centro dum contínuo de responsabilidades e interações
• Oposto absoluto do trabalho multidisciplinar
• Cada membro da equipe tem que estar familiar com as concepções dos
outros membros, de forma a poder assumir porções significativas dos
papéis dos outros membros
BIBLIOGRAFIA
Brasil . Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão e da
Regulação do Trabalho em Saúde . Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde. Brasília: MS; 2006.

JUNQUEIRA, L.A.P. A gestão intersetorial das políticas sociais e o terceiro setor. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 13, n. 1,
jan./abr. 2004

MONNERAT, G.L; SOUZA, R.G. Intersetorialidade e Políticas Sociais: um diálogo com a literatura atual. In Monnerat, G.L.;
Almeida, N.L.T.; Souza, R.G. (org). A intersetorialidade na agenda das políticas sociais. Campinas: Papel Social, 2014.

Machado MFAS, Monteiro EMLM, Queiroz DT, Vieira NFC, Barroso MGT. Integralidade, formação de saúde, educação em
saúde e as propostas do SUS - uma revisão conceitual. Cien Saude Colet 2007; 12(2):335-342
NASCIMENTO, S. Reflexões sobre a intersetorialidade entre as políticas públicas. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n.
101, 2010.

PEREIRA. P.A.P. A intersetorialidade das políticas sociais na perspectiva dialética. In: MONNERAT, G. L.; ALMEIDA,
N.L.T.; SOUZA, R.G. A intersetorialidade na agenda das políticas sociais. Campinas, SP: Papel Social, 2014.
gabrielimartins@id.uff.br

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