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Práticas Educativas
em Saúde
Saúde não se trata de um estado de bem-estar, mas de uma busca, de um objetivo a ser
atingido, não é algo estático, faz parte de um processo e não um estado. (DEJOURS, 1986)
Saúde
Você acredita ser uma pessoa saudável, considerando o seu contexto amplo de definição de
saúde?
Processo saúde-doença
Política;
Econômica;
Ambiental;
Cultural;
Social;
Emocional e espiritual.
(DEJOURS, 1986)
Educação X Saúde
Considera a participação e foca na formação crítica e política dos sujeitos envolvidos nesse
processo.
SUS: produzir a saúde por meio da construção de ações inovadoras nas práticas cotidianas.
Saúde: liberdade (elemento fundamental) para o alcance dessa meta; produz possibilidades
de aproximação ao que seria o completo bem-estar físico, psíquico e social.
(MERHY, 2012)
SUS “utopia” X Saúde “utopia”
A intervenção profissional na área da saúde ocorre com o corpo vivo e em interação com o
social e com o ambiente, a partir de processos de subjetivação. (CARVALHO; CECCIM,
2009)
Formação em saúde
A formação dos profissionais de saúde tende a enfrentar o corpo vivo apenas ao final da
graduação, gerando uma tensão entre a imagem de dessecação do corpo apreendida ao
longo da formação e reduzindo a valorização da escuta, do contato e da diversidade.
(CARVALHO; CECCIM, 2009)
Essas diretrizes políticas e curriculares são recentes e pontuais, não esgotando a demanda
de discussão da formação em saúde. (CARVALHO; CECCIM, 2009)
Formação em saúde
As questões de natureza ética e humana têm sido preteridas na formação, à medida que não
se adotam metodologias de ensino que promovam a participação do aluno e a sua
responsabilização no processo de formação. (CARVALHO; CECCIM, 2009)
Educação permanente
A saúde e o adoecer são modos pelos quais a vida se manifesta; eles remetem a
experiências únicas e subjetivas que não podem ser reconhecidas e significadas
integralmente pela palavra.
Contudo, é por meio da palavra que a pessoa expressa o seu mal-estar, bem como o médico
dá significação às queixas de seu paciente.
A saúde não é objeto que se possa delimitar, não pode ser traduzida em conceito científico,
bem como o sofrimento que envolve o adoecer. (CAPONI, 1997)
A categoria classe social é a base para uma análise da produção e distribuição das
enfermidades. (LAURELL, 1983)
Promoção da saúde
Difere de muitas situações reais atuais de atenção à saúde, uma vez que os profissionais de
saúde não têm praticado ações de fortalecimento, mas sim a ministração de prescrições
comportamentais utilizadas no verbo imperativo:
“Não fume!”
Dentre outros.
(LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2007)
Processo ensino-aprendizagem
Diante dessa limitação teórica, sugere-se a busca de subsídios que fundamentem um ensino
que não apenas reitere as nossas vivências, mas que favoreça a formação profissional de
enfermeiros capazes de apreender e praticar um cuidado pautado no pensamento complexo.
(SILVA; CIAMPONE, 2003)
Processo ensino-aprendizagem
Discussão sobre a educação como uma práxis (processo, ação e reflexão, construção e
reconstrução):
Freire (2005) nos traz elementos importantes para pensarmos o diálogo; ele afirma que:
Se não há um profundo amor ao mundo e aos homens, não há diálogo.
Sem humildade também não há diálogo, pois a autossuficiência impede a aproximação
necessária ao diálogo.
Não há ignorantes totais, nem sábios absolutos, mas sim homens em comunhão que
almejam saber mais.
É um ato de troca.
Essa concepção foi inovadora, visto que, antes, a repressão e o autoritarismo faziam parte
da aprendizagem, sendo, hoje, estas concepções equivocadas e que não garantem o
aprendizado dos educandos, muito menos a troca de conhecimentos. (FREIRE, 2005)
Educação
Educar vem do latim educere, que significa conduzir. É preciso, então, entender que a
proposta educativa do tipo condutivista, na promoção da saúde, deve ser abandonada em
favor da proposta informativa, porque as pessoas não devem ser “educadas”, mas, ao
contrário, com a ajuda da informação e dialogando com a informação técnica, devidamente
decodificada, conduzir a sua vida. “Em vez de educar conduzindo, é preciso informar o
cidadão de modo claro, transparente...”. (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2007)
A organização política dos serviços de saúde no Brasil
Em 1986, a VIII Conferência Nacional de Saúde foi baseada nessas discussões e a nova
Constituição Brasileira, em 1988, instituiu o Sistema Único de Saúde – SUS.
SUS = modelo de atenção à saúde que surgiu como um ideal contra-hegemônico buscando
garantir a cobertura universal e equitativa, com a participação do setor privado.
Isso gera resultados negativos na equidade, no acesso aos serviços de saúde e nas
condições de saúde.
A PNEPS foi instituída pela Portaria GM/MS n. 198, de 13 de fevereiro de 2004 e foi alterada
pela Portaria GM/MS n. 1996, de 20 de agosto de 2007, que dispõe sobre as novas diretrizes
e estratégias para a implantação desta.
Constitui a estratégia que viabiliza as transformações do trabalho na saúde para que este
seja local de atuação crítica, reflexiva, propositiva, compromissada e, tecnicamente,
competente. (BRASIL, 2009; CECCIM, 2005)
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS)
Fonte: livro-texto.
Interatividade
A organização política dos serviços de saúde no Brasil vem sofrendo transformações ao longo
dos anos. Com relação a esse tema, assinale a alternativa incorreta:
a) Em 1970, a sociedade lutava por mudanças nas práticas e na organização dos serviços de
saúde, surgindo assim, o Movimento da Reforma Sanitária.
b) O SUS surgiu em 1988, com os princípios doutrinários de universalidade, equidade e
integralidade.
c) As interações entre os setores público e privado criaram contradições e uma competição
injusta que vai contra o princípio da equidade.
d) O SUS é um modelo de atenção à saúde que surgiu como
um ideal hegemônico para garantir a cobertura universal e
equitativa.
e) Antes do SUS, havia um cenário de atenção à saúde não
universal e restrito a parcelas da população.
Resposta
A organização política dos serviços de saúde no Brasil vem sofrendo transformações ao longo
dos anos. Com relação a esse tema, assinale a alternativa incorreta:
a) Em 1970, a sociedade lutava por mudanças nas práticas e na organização dos serviços de
saúde, surgindo assim, o Movimento da Reforma Sanitária.
b) O SUS surgiu em 1988, com os princípios doutrinários de universalidade, equidade e
integralidade.
c) As interações entre os setores público e privado criaram contradições e uma competição
injusta que vai contra o princípio da equidade.
d) O SUS é um modelo de atenção à saúde que surgiu como
um ideal hegemônico para garantir a cobertura universal e
equitativa.
e) Antes do SUS, havia um cenário de atenção à saúde não
universal e restrito a parcelas da população.
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa
Sabemos que a comunicação destaca-se como o principal instrumento para que a interação
e a troca aconteçam e, consequentemente, o processo de cuidar, no seu sentido mais
amplo, tenha espaço para acontecer.
Comunicação:
Não verbal – desenvolvida através de gestos, silêncio, expressões faciais, postura corporal,
entre outros. (SILVA, 2006)
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa
Com ou sem intenção, sempre há a transmissão de mensagens uma vez estabelecida a
interação. Não existe um fluxo de comportamento numa só direção. (MENDES, 1994)
Uma pesquisa desenvolvida com crianças cegas e surdas desde o nascimento e que, apesar
de nunca terem aprendido por imitação, pois nunca puderam olhar o rosto da mãe, elas
demonstram as emoções da mesma maneira que nós, que enxergamos. Seus olhos brilham
e sorriem quando estão felizes, choram quando estão tristes, ficam vermelhas e desviam a
direção do olhar quando estão com vergonha, levantam as sobrancelhas e abrem mais os
olhos e, conforme o grau de surpresa, também a boca.
As emoções básicas são expressas da mesma maneira em qualquer ser humano. (SILVA,
2006)
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa
Será que estamos atentos às expressões não verbais das pessoas com quem nos
relacionamos?
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa
O sentimento – como estamos nos sentindo quando nos comunicamos com a pessoa.
“... quando nos comunicamos com as pessoas não temos apenas o compromisso de passar
um conteúdo, uma informação, pois toda comunicação envolve um sentimento, ou seja, o
que é que sentimos quando ficamos diante do outro”. (SILVA, 2002, p. 74).
Comunicação humana: instrumento essencial para a prática educativa
Paralinguagem: qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do
sistema sonoro da língua usada.
Saber ouvir:
“Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio
dentro da alma.”
A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o
que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz, não fosse digno
de consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é
muito melhor.
A habilidade de escutar:
Para escutar, é necessário esvaziar a mente, é necessário a humildade para valorizar o que
o outro tem a dizer. Isso não é algo comum e simples, em especial em um mundo repleto de
ruídos, informações e pressa.
a) A paralinguagem é qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do
sistema sonoro da língua usada.
a) A paralinguagem é qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do
sistema sonoro da língua usada.