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POPULAÇÕES INDÍGENAS

BRASILEIRAS
No Brasil até meados dos anos 70
acreditava-se que o desaparecimento
dos povos indígenas seria algo
inevitável, a partir dos anos 80,
entretanto, verificou-se uma tendência
de reversão da curva demográfica e,
desde então, a população indígena no
país tem apresentado sensível
crescimento, indicando uma retomada
demográfica por parte da maioria
desses povos.
• Estima-se que existam hoje no mundo pelo
menos 5 mil povos indígenas, somando
mais de 370 milhões de pessoas.

• No Brasil temos, atualmente, cerca de 700 TIs e


uma estimativa de 250 povos ou etnias indígenas.
Desses povos
As TI ocupam 5013%
hoje têm
do parte denacional
território sua população
residindo também em país(es) vizinhos.
• Terras Indígenas são territórios legalmente
demarcados pelo Estado brasileiro, que
tem por obrigação protegê-los. A entrada
de não indígenas nessas terras deve ser
realizada com a autorização da
comunidade indígena ou da Funai.
A maior parte das Terras Indígenas (TI)
estão concentradas na Amazônia Legal
(Acre, Amapá, Pará, Amazonas,
Rondônia, Roraima e parte dos estados
do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão)

São 115.342.101 hectares, representando


23% do território amazônico e 98.33%
da extensão de todas as TIs do país. O
restante, 1.67%, espalha-se pelas regiões
Nordeste, Sudeste, Sul e estado do Mato
Grosso do Sul.
Os mais de 240 povos indígenas somam,
segundo o Censo IBGE 2010, 896.917
pessoas. Destes, 324.834 vivem em
cidades e 572.083 em áreas rurais, o que
corresponde aproximadamente a 0,47% da
população total do país.
Além da fronteira
• Os Guarani, por
exemplo, vivem
estendem-se por cinco
países: Brasil, Bolívia,
Paraguai, Uruguai e
Argentina.
DADOS LINGUÍSTICOS

As diversas línguas faladas pelos índios do Brasil estão reunidas em troncos linguísticos. Os
principais troncos das línguas indígenas são:
Tupi ou Macro-Tupi
Macro-Jê
Aruak
Atualmente, mais de 150 línguas e
dialetos são falados pelos povos TRONCOS LINGUÍSTICOS
indígenas no Brasil.

Antes da chegada dos portugueses, só


no Brasil esse número devia ser
próximo de mil.

No processo de colonização, a língua


Tupinambá, por ser a mais falada ao
longo da costa atlântica, foi
incorporada por grande parte dos
colonos e missionários, sendo
ensinada aos índios nas missões e
reconhecida como Língua Geral ou
Nheengatu.

Até hoje, muitas palavras de origem


Tupi fazem parte do vocabulário dos
brasileiros.
Por exemplo:
Abacaxi, amendoim, açaí, aipim, arara,
caatinga, caju, capim, carijó, babaçu,
beiju, caboclo, caipira, canoa, capenga,
carioca, Goitacá, guri, Guarani,
Guaratinguetá, Iguaçu, Ipanema,
Ipiranga, Itajubá, Iracema, Itu, Iguaçu,
jacaré, jabuticaba, jiboia, jabuti, jururu,
lambari, mandioca, pajé, Paraíba,
Paraná, pereba, Pernambuco, Piauí,
pitanga, pindaíba, saci, Sergipe,
tamanduá, tatu, tapioca, Tocantins,
urubu, xará, etc.
Línguas não classificadas

Existem alguns povos que falam línguas que


não foram classificadas dentro dos troncos
linguísticos. Geralmente, são povos
indígenas que vivem isolados. Isso acontece
com a língua falada pelos seguintes povos:
Túkunas, Trumais e Irântxe.
Em decorrência da história de
contato com os não-índios, muitas
populações indígenas foram
deixando sua língua, passando a
falar o português.
Povos indígenas como objeto de investigação nas
ciências humanas
As populações indígenas são objeto de estudo da Etnologia
Indígena – campo de pesquisa da Antropologia
Temas abordados pelos etnólogos: xamanismo, mitos e
cosmologias, questão de gênero, educação escolar, Rituais,
artesanato, economia, relação com o meio ambiente entre
outros
Mestrado: A questão de gênero na Etnologia Jê a partir de um
estudo sobre os Apinajé.
Doutorado: “O tempo do primeiro” e o “tempo de agora”
Transformação social e etnodesenvolvimento entre os Apinajé.

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