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Identificação e Classificação do Património

Powerpoint Estudantes 2

Várias Aulas: Bibliografia


Noção de cultura:

Clifford Geertz, (1926- 2006) – The Interpretation of Cultures (1973)


“A cultura é um conjunto de ideias comuns a determinado grupo que são retrabalhadas
continuamente de maneira imaginativa, sistemática e explicável mas não previsível. É a teia
de significados que o próprio homem tece vivendo em sociedade e que permite aos
membros de um grupo interpretar a sua experiência e guiar as suas ações.” (1973: 64)
“A cultura tem um caráter público partilhado. É um sistema de conceções herdadas,
expressas em formas simbólicas por meio das quais os seres humanos comunicam,
perpetuam e desenvolvem o seu conhecimento e as suas atividades em relação à vida.”
(1973: 66)

(Geertz, cap 2 – cultura como mecanismos de controle dos comportamentos; não há ser
humano sem cultura, nem cultura sem seres humanos;
contra a ideia da “natureza humana” única, a diversidade cultural)

Geertz, Clifford [1973] (1989). A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora.
Tnoções teóricas de “tradição Inventada” e “comunidade imaginada”:

Hobsbawm, Eric & Ranger, Terence [1983] (1997). A Invenção das Tradições. S. Paulo:
Terra e Paz.

Anderson, Benedict [1983] (1991). Comunidades Imaginadas. Reflexões sobre a Origem e


Expansão do Nacionalismo. Lisboa: Edições 70.
Algumas iniciativas legislativas do século XX e XXI:
1)1931, Atenas – I Conferência Internacional para a Conservação dos Monumentos Históricos;

2) 1954, Haia – Convenção para a Proteção de Bens Culturais em Caso de Conflito Armado;

3)1964, Veneza - II Conferência Internacional para a Conservação dos Monumentos Históricos;

4)1972, Conferência Geral da Unesco – Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural = Convenção do Património
Mundial;
=“valor excecional universal”

5)1982, Declaração do México (ICOMOS - Conselho Internacional de Monumentos e Sítios) – Conferência Mundial sobre Políticas Culturais;

6)1989 – Recomendação para a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular;

7)1997 – Programa da Proclamação das Obras-Primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade =Proclamações de 2001, 2003 e 2005 =
90 Obras-Primas);

8)2003 – Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial = Convenção do PCI.


O PCI significa as práticas, as representações, as expressões, o conhecimento, as
competências – assim como os instrumentos, os objetos, os artefactos e os espaços
sociais associados – que as comunidades, os grupos e, nalguns casos, os indivíduos
reconhecem como parte do seu património cultural. Este PCI, transmitido de geração
em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e pelos grupos em resposta
ao seu ambiente, à sua interação com a natureza e à sua história, e fornece-lhes um
sentido de identidade e continuidade, assim promovendo o respeito pela diversidade
cultural e pela criatividade humana.” (Unesco, 2003, Artigo 2)

9) 1994 - Carta/Documento de Nara

10) 2001 – Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural


Interpretação/Mediação/Educação Patrimonial

1)Freeman Tilden (1957);


2) Hugues de Varine e George Henri Rivière;
3)Beck e Cable (1998);
4) Sam Ham – interpretação temática (ser relevante, divertida, estruturada, torno de tema)

A – ferramenta de comunicação

B – divertimento e lazer (diferente educação formal = escolar)

C – narrativa

D – resultado = experiência vivida + vestígio da experiência


Bibliografia sobre Interpretação patrimonial:
1)Beck, Larry & Cable, Ted (1998). Interpretation for the 21st Century – Fifteen Guiding
Principles for Interpreting Nature and Culture. Campagne: Sagamore Publishing.

2)Colquhoun, Fiona (ed.) (2005). Interpretation Handbook and Standard. Distilling the
Essence. Department of Conservation: Wellington (www.doc.govt.nz)

3)Ham, Sam (1992). Environmental Interpretation - a pratical guide for people with big ideas
and small budgets. Colorado, USA: North America Press. (interpretação temática)

4)Tilden, Freeman (2006). La Interpretación de Nuestro Patrimonio. Pamplona: Asociación


para la Interpretación del Patrimonio. [1957, Interpreting our Heritage]

5)Journal of Interpretation Research

6)Gob, André & Drouguet, Noémie (2008) [2003]. La Muséologie. Histoire,


Développements, Enjeux Actuels. Paris: Armand Colin.
(6 = exemplos sobre modalidades de animação/interpretação /mediação patrimonial,
sobretudo no Museu)
Modernidade Tardia e ethos preservacionista - Bibliografia:

Ahmad, Y. (2006). “The Scope and Definitions of Heritage: from Tangible to Intangible”.
International Journal of Heritage Studies, 12 (3): 292-300.
Byrne, Denis (2009). “A Critique of Unfeeling Heritage”. In Laurajane Smith (ed.) Intangible
Heritage. Oxon: Routledge, 226-252.
Carman, John (2002). Archaeology and Heritage: An Introduction. London & New York:
Continuum.
Davallon, Jean (2002). “Comment se Fabrique le Patrimoine?”. Sciences Humaines (hors
série),36: 74-77.
Duarte, Alice (2010). "O Desafio de Não Ficarmos pela Preservação do Património Cultural
Imaterial". I Seminário de Investigação em Museologia dos Países de Língua Portuguesa e
Espanhola, Vol. I. Porto: Universidade do Porto, 41-61. ISBN: 978-972-8932-61-9
Fielden, B & Jokilehto, J. (1993). Management Guidelines for World Cultural Heritage Sites.
Rome: ICCROM.
Hall, C. M. (2007). “Response to Yeoman et al: the Fakery of the Authentic Tourist”. Tourism
Management, 28(4): 1139-1140.
Holtorf, Cornelius (2006). “Can Less Be More? Heritage in the Age of
Terrorism”. Public Archaeology, 5 (2): 101-110.
Lowenthal, David (1985). The Past Is a Foreign Country
Cambridge: Cambridge University Press.
Nora, Pierre (1989). “Between Memory and History: Les Lieux de Memoires”.
Representations, 26: 7-24.
Nora, Pierre (1997). Les Lieux de Memoire. Paris: Gallimard.
Smith, Laurajane (2006). Uses of Heritage. London: Routledge.
Smith L. & Waterton, E. (2009).”The Envy of the World? Intangible Heritage in
England”. In L. Smith (ed.) Intangible Heritage. Oxon. Routledge, 289-302.
Thompson, Michael (1979). Rubbish Theory: the Creation and Destruction of
Value. Oxford: Clarendon.
www.unesco.org
www.imc.org
Smith (2006)

1) ; “Discurso autorizado do Património” ;

2) “Comunidades Praticantes” = conservação e preservação dos bens devem ser


articuladas com o potencial criativo dos ambientes culturais em que existem;

Património /Patrimonialização implica sempre esfera de decisões:


= questões de poder e pessoas
Candidatura a Inscrição como PCI:

1) da Convenção de 2003 resultam 2 possibilidades:


a) inscrição na Lista Representativa do PCI da Humanidade;
b) inscrição na Lista do PCI que Necessita de Salvaguarda Urgente;

2) Para inscrição em qualquer uma das Listas, antes os bens têm de figurar no Inventário
Nacional do PCI (MatrizPCI = plataforma do Inventário Nacional Português); ( Inventários
Regionais Açores e Madeira)

3)Formulário próprio de inscrição no Inventário Nacional é disponibilizado pelo Decreto-


Lei nº 139/2009 (e Decreto-Lei º 149/2015);
Noção de Inventário Participativo = objetivo de levantamento dos ativos patrimoniais
de uma localidade; reconhecimento pela comunidade dos seus patrimónios;
fortalecimento da articulação entre património e desenvolvimento;

A reter:
1) qualquer Património com diversos atributos materiais é valorizado através da
dimensão imaterial que lhe está associada;

2) é a interação humana e o pensamento sobre o Património que permite a comunicação


dos seus possíveis valores e significados;

3) conceitos imateriais como valores, significados e representações têm de surgir no


âmago do entendimento de Património;

4) como entidade dinâmica, o Património vive na continuidade da reinterpretação;

5) interpretação e gestão do património precisa atender a estas questões;


Santos, Maria da Graça M. P. (org.) (2010). Turismo Cultural, Territórios e Identidades.
Porto. Edições Afrontamento/Instituto Politécnico de Leiria. (caps. 7, 8, 9 e 13):

Cap. 7 – Paulo Carvalho


Turismo Cultural, Património e Políticas Públicas em Territórios Rurais de Baixa
Densidade

Cap. 8 – Gilberto Moiteiro


Turismo Cultural e Património. Uma Reflexão em torno do tópico da Interpretação do
Património…

Cap. 9 – Sylvia Couceiro e Gabriela Paiva


Património, Identidade e Turismo: Representações das Camadas Populares sobre o
Património Histórico de Olinda, Pernambuco (Brasil)

Cap. 13 – Romeu Gerardo e Elisabete Pinheiro


A Valorização turística do Mosteiro de Santa Maria da Vitória

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