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PROJETO ELÉTRICO INDUSTRIAL

PARTE 02

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE ALTA TENSÃO

PROF. MAGNO MEDEIROS DE ARAÚJO


DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES
CABOS
ISOLAÇÃO

• PVC (Cloreto de Polivinila) – 70 °C


• Não propaga chama, mas sua combustão emite grandes quantidades de
fumaça, gases corrosivos e tóxicos;
• EPR (Borracha etileno-propileno) – 90 °C
• Possui uma ótima resistência às descargas e radiações ionizantes e grande
resistência à deformação que permite temperaturas de 250º C durante os
curtos-circuitos;
• XLPE (Polietileno reticulado) – 90 °C
• Tem excelente rigidez dielétrica, resistência à deformação térmica em
temperaturas de até 250º C. Também suporta bem o contato com as
intempéries.
ISOLAÇÃO

• A isolação dos condutores isolados é designada pelo valor


nominal da tensão entre fases que suportam e é padronizada
pela NBR 6148 em 750 V.
• Já a isolação dos condutores unipolares é designada pelos
valores nominais das tensões que suportam respectivamente
entre fase e terra e entre fases e é padronizada pela NBR 6251
em:
• 0,6/1 kV para fios e cabos de baixa tensão e;
• em 3,6/6 kV – 6/10 – 8,7/15, 12/20 e 20/35 kV para cabos de média
tensão.
CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES
• Capacidade de condução de corrente ou simplesmente
ampacidade.
• Limites de queda de tensão.
• Capacidade de condução de corrente de curto-circuito por tempo
limitado.
AMPACIDADE

• Este critério consiste em determinar o valor da corrente máxima


que percorrerá o condutor e, de acordo com o método de
instalação, a sua seção nominal.

• Fatores de correção ainda devem ser aplicado (temperatura e


agrupamento).
AMPACIDADE

• Corrente terminal de motores

• Ic – corrente mínima que o condutor deve suportar, em A;

• Inm – corrente nominal do motor, em A;

• Fs – fator de serviço do motor: quando não se especificar o fator de serviço do


motor, considerar igual a 1.
• Quando os motores possuírem fatores de potência muito diferentes, o
valor de Ic deverá ser calculado levando-se em consideração a soma
vetorial dos componentes ativo e reativo desses motores.
AMPACIDADE

• Corrente nominal de banco de capacitor

• Inc– corrente nominal do capacitor ou banco.


QUEDA DE TENSÃO
• Após o dimensionamento da seção do condutor pela capacidade de corrente de carga, é
necessário saber se esta seção está apropriada para provocar uma queda de tensão no
ponto terminal do circuito.
• Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4 %.
QUEDA DE TENSÃO

• Sistemas Monofásicos

• ρ – resistividade do material condutor (cobre): 1/56 Ω·mm²/m;


• Lc – comprimento do circuito, em m;
• Ic – corrente total do circuito, em A;
• ΔVc – queda de tensão máxima admitida em projeto, em %;
• Vfn – tensão entre fase e neutro, em V.
QUEDA DE TENSÃO

• Sistemas Trifásicos

• ρ – resistividade do material condutor (cobre): 1/56 Ω·mm²/m;


• Lc – comprimento do circuito, em m;
• Ic – corrente total do circuito, em A;
• ΔVc – queda de tensão máxima admitida em projeto, em %;
• Vff – tensão entre fases, em V.
CRITÉRIO DA CORRENTE DE CURTO-
CIRCUITO
• Limitação da Seção

• Ics – corrente simétrica de curto-circuito trifásica ou fase e terra, a que for maior, em
kA;
• Te – tempo de eliminação de defeito, em s;
• Tf – temperatura máxima de curto-circuito suportada pela isolação do condutor, em °C;
• Ti – temperatura máxima admissível pelo condutor em regime normal de operação, em
°C.
• Os valores de Tf e Ti são estabelecidos por norma:
• Condutor de cobre com isolação PVC/70 ºC: Tf = 160 ºC e Ti = 70 ºC
• Condutor de cobre com isolação XLPE: Tf = 250 ºC e Ti = 90 ºC
CONDUTORES EM PARALELO

• Dois ou mais condutores podem ser ligados em paralelo na mesma fase, se:
• Os condutores devem ter aproximadamente o mesmo comprimento.
• Os condutores devem ter o mesmo tipo de isolação.
• Os condutores devem ser do mesmo material condutor.
• Os condutores devem ter a mesma seção nominal.
• A corrente conduzida por qualquer condutor não deve leva-lo a uma
temperatura superior a sua temperatura máxima para serviço contínuo.
• Devem ser tomadas todas as medidas para garantir que a corrente seja
dividida igualmente entre os condutores.
• Os condutores não devem conter derivações.
BARRAMENTOS

• Os barramentos são elementos de seção transversal,


normalmente de formato retangular ou circular;
• Instalados no interior de quadros de comando ou em subestações
abrigadas, blindadas e ao tempo;
• Tem a finalidade de coletar as correntes que chegam da fonte e
distribuí-las aos diversos alimentadores a eles conectados.
• Podem ser construídos em cobre ou alumínio.
BARRAMENTOS
DIMENSIONAMENTO DE DUTOS
CONDUTOS

• Condutos é o nome genérico que se dá aos elementos utilizados


para a instalação dos condutores elétricos.
• Eletrodutos.
• Canaletas no Solo.
• Canaletas e Perfilados.
• Bandejas, leitos, prateleiras e suportes horizontais.
ELETRODUTOS

• PVC (embutidos) ou Ferro Galvanizado (aparentes)


CONDULETES
CANALETAS NO SOLO

• Sua construção é feita normalmente ao nível do solo, têm


paredes de tijolos revestidos de massa de alvenaria ou podem ser
construídas de concreto.
• Os cabos devem ocupar, no máximo, 30 % da área útil da
canaleta.
• A canaleta no solo deve ter, no mínimo, as dimensões de
200×105 mm, ou seja, 21.000 mm2.
• Nas canaletas no solo só devem ser utilizados cabos unipolares
ou cabos multipolares. Os condutores isolados podem ser
utilizados, desde que contidos em eletrodutos.
CANALETA NO SOLO
CANALETAS E PERFILADOS

• São assim consideradas as canaletas constituídas de materiais


sintéticos ou metálicos.
BANDEJAS, LEITOS, PRATELEIRAS E
SUPORTES HORIZONTAIS

• As bandejas são conhecidas também como eletrocalhas e são


muito utilizadas em instalações industriais e comerciais onde há
necessidade de reunir uma grande quantidade de cabos em um
determinado trajeto.
• É conveniente ocupar a calha com, no máximo, 35% de sua área
útil.
ELETROCALHAS
LEITO PARA CABOS

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