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Ixodídeos de Interesse Veterinário em Animais
Ixodídeos de Interesse Veterinário em Animais
FA C U L D A D E D E V E T E R I N Á R I A - FAV E T
D I S C I P L I N A : PA R A S I TO L O G I A V E T E R I N Á R I A
IXODÍDEOS DE INTERESSE
VETERINÁRIO EM ANIMAIS
Fortaleza
2024
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
• Ectoparasitas hematófagos
obrigatórios
• Vertebrados (mamíferos e
aves)
• Relativamente grandes
• Repastos sanguíneos
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
• Reino: Animalia
• Filo: Arthropoda
• Classe: Arachnida
• Ordem: Ixodida (Metastigmata)
4
LANGONI, H. et al., (2016); MONTEIRO, S. G. et al., (2017); TAYLOS, M. A. et al., (2017).
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
4
LANGONI, H. et al., (2016); MONTEIRO, S. G. et al., (2017); TAYLOS, M. A. et al., (2017).
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
• Dimorfismo sexual
• Machos: escudo completo
• Fêmeas: escudo incompleto
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
• Ninfas:
• Quatro pares de patas
• Respiração traqueal
• Escudo incompleto
• Ausência de aparelho
genital
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1.3 CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS
• Desenvolvimento do ovo
• Põem, em média, 3 mil ovos até o adulto
• Terminada a oviposição, as fêmeas • Larva hexápode, ninfa octópoda
morrem (quenóginas) • Adultos, macho e fêmea
• Período de incubação:17 a 60 dias
• Ovos castanhos, esféricos e pequenos
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1.3 CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1.3 CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS
• A fêmea ingurgita sangue, vai ao solo
(1)
• Faz a postura (2)
• Classificação do ciclo de acordo com o • As larvas eclodem e sobem no
hospedeiro (3)
número de hospedeiros
• Monoxeno: carrapato de um só
hospedeiro.
• Larva, ninfa (também realizam as
mudas)
• Dermacentor nitens e R.
(boophilus) microplus • Alimentam-se e mudam para ninfas (4)
• Ninfas se alimentam,
• ingurgitam e mudam para adultos, 4
macho e fêmea (5)
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1.3 CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V •E TAElarva
RINÁ RIO
sobe noEhospedeiro
M A N I MA(1)I S
1.3 CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS • Ingurgita, desce do animal e muda para
ninfa no ambiente
• Ninfa sobe no hospedeiro (2)
• Ingurgita e vai para o ambiente, onde muda
para adulto, macho ou fêmea (3)
• Sobe no hospedeiro para se alimentar
• A fêmea, depois de ingurgitada (teleógina),
cai no solo para fazer a postura dos ovos
(4)
• As larvas eclodem e reinicia-se o ciclo
• Ocorre em R. sanguineus, Amblyomma,
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Haemaphysalis e Ixodes
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
Gênero Rhipicephalus
• Aproximadamente 60 espécies
• Endêmicas no Velho Mundo
• Distribuídos pela África Subsaariana (espécies foram introduzidas em uma ampla variedade
de novos hábitats pelo mundo)
• Regiões de clima temperado
• Regiões de clima tropical
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
Gênero Rhipicephalus
• Vetores importantes de patógenos
• Infestam mamíferos, e, raramente, aves e répteis
• A maioria carrapatos de três hospedeiros, mas algumas espécies do gênero
são carrapatos de dois hospedeiros
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
Gênero Rhipicephalus
• Características Morfológicas:
• Palpos e rostro (hipostômio + quelíceras) curtos
• Base do gnatossoma geralmente hexagonal
• Escudo sem ornamentação
• Machos com um par de placas adanais desenvolvidas e um par rudimentar
• Coxa I bífida
• Estigma em forma de vírgula
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
Hospedeiros. Parasito de cães, mas
1 . 4 . 1 R h ip icep h a lu s sa n g u in e u s
pode parasitar também gatos e
carnívoros silvestres.
• Fêmeas ingurgitadas: 12 mm
1 . 4 . 1 R h ip icep h a lu s sa n g u in e u s
1 . 4 . 1 R h ip icep h a lu s sa n g u in e u s
• Ciclo biológico:
4
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
1 . 4 . 1 R h ip icep h a lu s sa n g u in e u s
• Ciclo biológico:
1 . 4 . 1 R h ip icep h a lu s sa n g u in e u s
• É comum em cães
• Grandes infestações: leve irritação até anemia pela ação espoliadora de sangue
• Principal vetor da Babesia canis e Ehrlichia canis (transmissão da doença pode ser por
1 . 4 . 1 R h ip icep h a lu s sa n g u in e u s
• Controle
• Manter o ambiente limpo e com vegetação baixa para que os ácaros não tenham refúgio e a
incidência dos raios solares desseque as larvas
•
encontrado em outros hospedeiros
A coxa I é bífida
•
domésticos e silvestres.
Olhos presentes
• A coxa I é bífida
1 . 4 . 2 R h ip icep h a lu s ( B o o p h ilu s ) m ic ro p lu s
• Ciclo biológico:
• Carrapato de um só
hospedeiro (monoxeno)
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
1 . 4 . 2 R h ip icep h a lu s ( B o o p h ilu s ) m ic ro p lu s
• Lesão causada pela picada do carrapato provoca irritação local e perda de sangue (formação de miíases) no local
• Cada fêmea suga, em toda a sua vida, 1,5 mℓ de sangue, o que provoca no hospedeiro anemia e diminuição na
• Desvio de energia: há um esforço do animal para compensar os danos causados pelo carrapato, o que representa um desvio de
energia que seria convertida para a produção
• Durante a sucção, os carrapatos injetam substâncias tóxicas prejudiciais à saúde dos bovinos
• Os ácaros transmitem protozoários do gênero Babesia e a riquétsia Anaplasma (são responsáveis pela tristeza parasitária bovina)
1 . 4 . 2 R h ip icep h a lu s ( B o o p h ilu s ) m ic ro p lu s
• Controle
• Nas pastagens
• Queima das pastagens: não é 100% eficaz, pois algumas larvas não morrem, já que
penetram no solo ou nas partes mais profundas da vegetação.
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
1 . 4 . 2 R h ip icep h a lu s ( B o o p h ilu s ) m ic ro p lu s
• Controle
• No hospedeiro
• Banho de imersão
• Vacinação
• Controle biológico
4
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
Gênero Amblyomma
• Carrapatos grandes
• Altamente ornamentados
• Patas longas e listradas.
• Fêmeas não alimentadas: até 8 mm
(ingurgitadas: 20 mm)
• Possuem olhos e festões
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
Gênero Amblyomma
• Machos: não apresentam placas ventrais
• Apresentam aparelho bucal
• Gnatossoma mais longo
• Estigmas em forma de vírgula ou
triângulo
• Longo (picada dolorosa) que pode se
tornar infeccionada secundariamente
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
Gênero Amblyomma
• Aproximadamente, 100 espécies de
Amblyomma
• Distribuídos em regiões tropicais e
subtropicais
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
• Fêmea ingurgitada:10 mm
4
• Formato de fava e apresenta quatro pares de patas
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
4
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
1 . 4 . 3 A m b lyo m m a a m e r ic a n u m
4
1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
1 . 4 . 3 A m b lyo m m a a m e r ic a n u m
• Controle
• Medidas preventivas, como utilizar acaricidas nos sapatos, usar roupas que
cubram o corpo e, se for observada a presença de carrapatos na pele, removê-
los o mais rapidamente possível para diminuir a possibilidade de transmissão
de patógenos
• Machos: têm 2 a 4 mm
• Fêmeas: têm 2 a 5 mm
Ingurgitam e se
A fêmea só vai ao
As larvas sobem no Ingurgitam e transformam em
solo para
animal passam a ninfas machos ou fêmeas
ovipositar
sobre o hospedeiro
1 . 4 . 4 D e rm a cen to r n ite n s
• Pode transmitir para os equinos agentes patogênicos, como a Babesia equi e a B. caballi
• Sua picada pode originar ferimentos na pele que favorecem o aparecimento de miíases
com lesões e até a perda da orelha, relato comum nos equinos do Brasil central
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1 . I X O D Í D E O S D E I N T E RE S S E V E T E R I N Á R I O E M A N I MA I S
1 . 4 E S P É C I E S D E I M P O RT Â N C I A
1 . 4 . 3 A m b lyo m m a a m e r ic a n u m
• Controle
• Difícil de controlar por encontrar-se em locais escondidos, como o interior do pavilhão auricular, embaixo da
cauda e no divertículo nasal dos equinos
• Os tratamentos em regiões endêmicas devem ser realizados por meio da pulverização com produtos acaricidas
todo o corpo dos equinos, inclusive dentro do divertículo nasal e da região auricular, em intervalos de 24 dias,
por um período de, pelo menos, 4 meses ininterruptos do ano, na primavera e/ou no verão.
• Após o tratamento, os animais devem voltar para o mesmo pasto. A repetição dos tratamentos acaricidas e o
retorno dos animais para o mesmo pasto promovem uma limpeza das pastagens, reduzindo o número de
carrapatos que atingirão a fase adulta
• Roçar a pastagem no verão, expondo o solo, reduz a população de carrapatos, pois a falta de abrigos faz com
que as larvas dessequem pela ação do sol.
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