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Ascarídeos de Importância Veterinária em Animais
Ascarídeos de Importância Veterinária em Animais
FA C U L D A D E D E V E T E R I N Á R I A - FAV E T
D I S C I P L I N A : PA R A S I TO L O G I A V E T E R I N Á R I A
ASCARÍDEOS DE IMPORTÂNCIA
VETERINÁRIA EM ANIMAIS
Fortaleza
2024
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
• Reino: Animalia
• Filo: Nematoda
• Classe: Secernentea
• Ordem: Ascaridida
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
• Acanthocheilidae: parasitos de
Espécies: Ascaris suum
raias Parascaris equorum
• Anisakidae: encontrados em Toxocara canis
Toxocara cati
mamíferos marinhos, aves Toxascaris leonina
aquáticas, peixes e répteis Toxocara vitulorum
Ascaridia galli
• Ascarididae: família de maior Ascaridia dessimilis
importância em Medicina Ascaridia columbae
Veterinária
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
• Família: Ascarididae
• Os gêneros dessa família
parasitam mamíferos terrestres
• Alimentam de quimo intestinal
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
• Características
morfológicas:
• Estão entre os maiores
nematódeos dos animais
domésticos (lombrigas)
• (fêmea com 20 a 40 cm e macho
com 15 a 25 cm;)
• São dióicos
• Apresentam dismorfismo sexual
• Fêmea com vagina localizada no
terço anterior do corpo
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
• Características
morfológicas:
• Parasitos trilabiados sem
interlábios
• Machos sem ventosa pré-cloacal
no corpo
• Não apresentam asas cervicais no
corpo
• São vermes opacos, brancos e
grandes que habitam o intestino
delgado
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
• Características
morfológicas:
• O corpo dos machos termina em
cauda espiralada
• Machos têm dois espículos
• Os ovos têm casca muito espessa,
com três camadas, e a mais
externa, albuminosa, confere uma
aparência irregular ao ovo
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
11
LANGONI, H. et al., (2016); MONTEIRO, S. G. et al., (2017); TAYLOS, M. A. et al., (2017).
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
Após a infecção,
ocorrem duas mudas Parasitas Forma migratória do
adicionais para originar gastrintestinais: lúmen ciclo evolutivo: Larva
L5 intestinal ou limitado se desloca através do
movimento para a corpo antes de se
mucosa instalar em seu local 13
LANGONI, H. et al., (2016); MONTEIRO, S. G. et al., (2017); TAYLOS, M. A. et al., (2017).
final
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.1 GÊNERO Ascaridia
Ascaridia galli
• Espécies e hospedeiros:
galinha, peru, pato, faisão e
outras aves
• Localização: Intestino delgado
• Tamanho médio (fêmeas com 6
a 12 cm; machos com 1 a 3
cm)
• Esôfago claviforme Boca
trilabiada
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.1 GÊNERO Ascaridia
Ascaridia galli
Ascaridia galli
• Ciclo biológico
• O ciclo evolutivo é direto A ave ingere o ovo com a L3 (estádio infectante), que
(sem migração) eclode no intestino delgado, onde passa a L4 e adultos
(machos ou fêmeas). Há cópula e a fêmea faz a postura
dos ovos, que são levados ao meio ambiente com as
fezes. No interior do ovo, em condições de temperatura
(28°C) e umidade adequadas, há a formação de L1, L2
e L3 em cerca de 9 dias
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.1 GÊNERO Ascaridia
Ascaridia galli
• Diagnóstico
• É feito por meio da
observação da presença de
ovos no exame de fezes por
técnicas de flutuação
• Não se deve confundir com
os ovos de Heterakis sp.
• Na necropsia, visualizam-se
vermes esbranquiçados, de
até 12 cm, no intestino 4
delgado.
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.1 GÊNERO Ascaridia
• Espécies e hospedeiros :
• Ascaris lumbricoides: humanos
• A. suum: suínos
• A. suum e A. lumbricoides
podem desenvolver-se tanto em
humanos quanto em suínos, mas
isso não ocorre com frequência.
• Localização: Intestino delgado.
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.2 GÊNERO Ascaris
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.2 GÊNERO Ascaris
• Há importância
principalmente em suínos
jovens, pois o parasitismo
diminui o ganho de peso,
levando a um prolongamento
do período de engorda
• É uma zoonose, porém não é
frequente o suíno ser
parasitado pela espécie
humana e o ser humano, pela
espécie animal.
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.2 GÊNERO Ascaris
• Diagnóstico
• É feito por meio da
observação da presença de
ovos no exame de fezes
pelas técnicas de flutuação
• Na necropsia, pode-se
visualizar obstrução do
intestino delgado por
vermes brancos de até 40
cm
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.2 GÊNERO Ascaris
• Controle
• Limpeza e esterilização do
ambiente com produtos
químicos ou água fervente
• A maioria dos
desinfetantes não atinge os
ovos e, como estes são
pegajosos e ficam aderidos
ao ambiente, é importante
esfregar o piso com uma
vassoura para desgrudá-los
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
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1.2 GÊNERO Ascaris
• Controle
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.3 GÊNERO Parascaris
Parascaris equorum
• Hospedeiros definitivos:
Equinos • Tamanho grande (fêmea com 20 a 50
• Localização: Intestino delgado cm e macho com 15 a 28 cm de
comprimento)
• Os machos têm asa caudal Boca
trilabiada com interlábios
• Os ovos são esféricos, com casca
rugosa e com superfície pegajosa que
adere facilmente a objetos no meio
ambiente
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
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1.3 GÊNERO Parascaris
Parascaris equorum
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
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1.3 GÊNERO Parascaris
Parascaris equorum
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1.3 GÊNERO Parascaris
Parascaris equorum
• Diagnóstico
• Exame parasitológico das
fezes dos equinos pelas
técnicas de flutuação
• Controle
• Higiene dos recintos e
tratamento dos animais com
anti-helmíntico
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
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1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r i s
To x a s c a r i s l e o n i n a
• Hospedeiros definitivos:
Felinos e caninos domésticos
e silvestres
• Localização: Intestino
delgado.
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r i s
To x a s c a r i s l e o n i n a
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r i s
To x a s c a r i s l e o n i n a
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r i s
To x a s c a r i s l e o n i n a
• Não é zoonose
• A infecção restringe-se ao
intestino delgado do
animal e causa aumento
abdominal e diarreia
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r i s
To x a s c a r i s l e o n i n a
4
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A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r i s
To x a s c a r i s l e o n i n a
• Controle
• O mesmo utilizado para as
espécies de Toxocara
4
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1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
4
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A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
To x o c a r a c a n i s
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
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1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
4
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A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
• As fêmeas fazem a postura dos ovos, que saem nas fezes, e formam-se L1, L2 e L3
dentro do ovo (Figura 26.19). O hospedeiro definitivo pode se infectar de quatro
maneiras: Por ingestão de ovo larvado: o hospedeiro definitivo ingere os ovos com L3 e
as larvas são liberadas no tubo digestivo e penetram na mucosa do intestino delgado.
Pela circulação porta, seguem para o fígado, depois para o coração e para os alvéolos
pulmonares, onde fazem a muda para L4; chegam à glote, são deglutidas e migram
novamente ao intestino, onde mudam para a fase adulta. Esse é o ciclo de Loss (ou
hepatotraqueal) que ocorre em cães jovens (até 3 meses). Em cães adultos, o ciclo mais
frequente acontece com a ingestão dos ovos larvados com L3; estes eclodem e as larvas 4
alcançam os pulmões (não migram até a glote), adentram à circulação de retorno para o
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
• Diagnóstico
• É feito por meio de exame de fezes nos animais pelas
técnicas de flutuação para identificação dos ovos
• Nos hospedeiros acidentais reservatórios, como o ser
humano, devem-se fazer exames para pesquisa de
anticorpos ou reação em cadeia de polimerase (PCR,
do inglês polymerase chain reaction)
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
• Controle
• Evitar que os hospedeiros
tenham contato com os ovos
larvados, removendo e
queimando ou fazendo
compostagem das fezes
parasitadas (o calor da
fermentação mata os ovos)
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A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
• Controle
• Tratamento dos animais
parasitados com benzimidazóis
ou piperazina
• Cadelas que receberam
fembendazol 3 semanas antes
do parto e 2 dias após o parto
eliminaram a infecção pré-natal
e transmamária.
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A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a n i s
• Controle
• Filhotes devem ser tratados com 2 semanas de vida, e
o tratamento deve ser repetido após 14 dias
• Praças e parques públicos devem limitar a presença de
animais pelo risco de infecção das crianças Como os
ovos são pegajosos, deve-se lavar o ambiente com
água quente e vassoura para desgrudá-los e manter os
recintos secos e arejados
• O sol desseca o ovo
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1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a t i
• Controle
• Hospedeiros definitivos:
Felinos
• Localização: Intestino delgado
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1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a t i
To x o c a r a c a t i
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1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a t i
• Ciclo biológico
• Semelhante ao de T. canis, porém não
ocorre infecção pré-natal
• Os animais infectam-se por ingestão do
ovo larvado de hospedeiros paratênicos
infectados e por meio do leite da mãe.
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A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a c a t i
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a v i t u l o r u m
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1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a v i t u l o r u m
4
1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a v i t u l o r u m
• Não é zoonose.
• A infecção restringe-se ao intestino
delgado dos bovinos e pode
ocasionar diarreia nos animais jovens
• Animais adultos adquirem resistência
ao parasitismo
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a v i t u l o r u m
• Ciclo biológico
• Os animais infectam-se ao ingerirem
os ovos larvados com a L3 ou ao
tomarem leite das mães que contenha
larvas. Estas alcançam o intestino
delgado, onde passam a L4 e, depois,
a adultos machos ou fêmeas, que
copulam e eliminam ovos para o
ambiente. No ambiente, ocorre o
desenvolvimento de L1, L2 e L3
dentro do ovo.
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a v i t u l o r u m
• Diagnóstico
• É feito por meio de pesquisa de ovos
nos exames de fezes realizados com
técnicas de flutuação
• Na necropsia, podem ser vistos, no
intestino delgado, vermes grandes, de
até 30 cm e de cor leitosa
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1. A S CA R Í D E O S D E I MP O RT Â N C I A V E T E R I N Á R I A E M
A N I MA I S
1 . 4 G Ê N E R O To x o c a r a
To x o c a r a v i t u l o r u m
• Controle
• A maior fonte de infecção para o
filhote é o leite, por isso deve ser feito
o controle principalmente com o uso de
anti-helmíntico nas fêmeas antes do
parto e nos filhotes com 14 dias de
vida, repetindo o tratamento após 14
dias.