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U N I V E R S I D A D E E S TA D U A L D O C E A R Á - U E C E

FA C U L D A D E D E V E T E R I N Á R I A - FAV E T
D I S C I P L I N A : PA R A S I TO L O G I A V E T E R I N Á R I A

COLETA DE FEZES E EXAME


COPROPARASITOLÓGICO EM ANIMAIS
DE PRODUÇÃO

Docente: Cibelle Mara Pereira de Freitas

Fortaleza
2024
CO L E TA D E F E Z E S E E X A ME C O P R O PA R A S I TO L Ó G I C O E M A N I MA I S
D E P RO D U Ç Ã O

• Ausência de
NUTRIÇÃO
doença,utilizando os
melhores protocolos
sanitários disponíveis
• Neste contexto, as infecções
parasitárias estão presentes
CONDIÇÃO AMBIENTE/
em todas as regiões do
SANITÁRIA AMBIÊNCIA
planeta e a manutenção da
boa saúde dos
ruminantes,tem sido um
desafio

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• Os primeiros cuidados em saúde têm como base a rotina de


exames clínicos específicos para cada espécie, contando
ainda com amplo apoio laboratorial
• O diagnóstico das endoparasitoses tem evoluído muito,
desde os novos métodos de exames coproparasitológicos
(ex. Mini-FLOTAC), a automação dos processos, como
também o uso de técnicas imunológicas e moleculares,
como os ensaios usando a PCR em Tempo Real (qPCR),
entre outras novidades.

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• Os exames têm a função de determinar


a prevalência das infecções nos
rebanhos e diagnosticar parasitoses em
seu caráter individual, antes da decisão
pelo tratamento ou não, reconhecendo
a importância do fenômeno de
densidade-dependência e o caráter
individual de alta ou baixa resiliência
animal.

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1. Nematoides
• Classes mais comuns de parasitas intestinais que afetam animais de produção
• Eles incluem uma variedade de vermes redondos que podem causar danos
significativos ao trato gastrointestinal dos animais

Haemonchus contortus
- Verme do estômago
- Parasita especialmente preocupante em ovinos e caprinos
- Anemia e perda de peso
- É um dos nematoides mais prejudiciais para essas espécies

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1. Nematoides

Trichostrongylus spp.
- são outra classe de nematoides que afetam ruminantes
- causando danos ao revestimento intestinal e diminuindo a eficiência
alimentar
- O controle eficaz desses nematoides requer estratégias de manejo integrado,
incluindo rotação de pastagens, uso racional de antiparasitários e práticas de
manejo sanitário

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1. Nematoides
• O controle eficaz desses nematoides
requer estratégias de manejo
integrado, incluindo rotação de
pastagens, uso racional de
antiparasitários e práticas de manejo
sanitário.

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2. Cestoides
• São parasitas intestinais que afetam uma variedade de
animais de produção, incluindo bovinos, ovinos,
suínos e aves

Moniezia spp.
- Tênia comum em ruminantes
- Causando danos ao trato digestivo
- Afetando a absorção de nutrientes e redução na
produção.

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3. Trematoides
• vermes planos devido à sua morfologia achatada
• Este grupo diversificado de organismos inclui uma ampla variedade de
espécies que parasitam tanto animais vertebrados quanto invertebrados,
incluindo seres humanos

Fasciola hepática
- baratinha do fígado
- afeta principalmente bovinos, ovinos, caprinos e outros animais de produção,
bem como seres humanos
- Sua importância reside não apenas em seu impacto direto na saúde dos
animais, mas também em seu potencial para causar prejuízos econômicos
significativos na indústria pecuária
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3. Trematoides
• Medidas de prevenção e controle
incluem saneamento básico,
tratamento de animais infectados,
controle de hospedeiros
intermediários e educação em saúde
pública.

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PRODUÇÃO

4. Protozoários

• Organismos unicelulares
• Infecções intestinais em animais de produção
• Causando distúrbios intestinais e comprometendo a
saúde e o desempenho dos animais

Eimeria spp.
- Coccídios
- Infecções em várias espécies animais, incluindo aves e
ruminantes.

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4. Protozoários

• O controle de protozoários muitas


vezes envolve o manejo adequado
dos ambientes
• prevenção da disseminação de
oocistos ou cistos contaminantes.

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4. Protozoários

• O controle de protozoários muitas


vezes envolve o manejo adequado
dos ambientes
• prevenção da disseminação de
oocistos ou cistos contaminantes.

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4. Protozoários

• O controle de protozoários muitas


vezes envolve o manejo adequado
dos ambientes
• prevenção da disseminação de
oocistos ou cistos contaminantes.

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P R O B L E M A S D E S A Ú D E C A U S A D O S P O R PA R A S I TA S I N T E S T I N A I S

• Parasitas intestinais representam uma preocupação significativa


para a saúde e o bem-estar dos animais de produção em todo o
mundo
• Esses parasitas podem causar uma série de problemas de saúde
que afetam não apenas a produção animal, mas também a
segurança alimentar e a saúde pública

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• Anemia e Debilidade: Muitos parasitas intestinais, como vermes redondos e


ancilostomídeos, se alimentam do sangue do hospedeiro, levando à anemia e
à debilidade. Isso pode resultar em redução da produção de leite, perda de
peso e diminuição da eficiência reprodutiva nos animais de produção.

• Lesões e Danos Teciduais: Algumas espécies de parasitas intestinais, como


cestoides e tênias, podem causar lesões nos tecidos intestinais dos animais,
levando a problemas digestivos, dor abdominal e até mesmo obstrução
intestinal.

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• Comprometimento do Desenvolvimento e Crescimento: Infestações graves


por parasitas intestinais em animais jovens podem comprometer seriamente
seu desenvolvimento e crescimento. Isso pode resultar em animais mal
nutridos e abaixo do peso, afetando sua qualidade e valor de mercado.

• Susceptibilidade a Infecções Secundárias: Animais infectados por parasitas


intestinais podem ter seu sistema imunológico comprometido, tornando-os
mais suscetíveis a infecções bacterianas, virais e outras.

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A ESCOLHA DO MÉTODO

• OBJETIVO
Diagnosticar os parasitos intestinais, por
meio da pesquisa das diferentes formas • As formas parasitárias variam
parasitárias que são eliminadas nas fezes quanto ao seu peso e sobrevida no
meio exterior
• não existe um método capaz de
diagnosticar, ao mesmo tempo,
todas as formas parasitárias
• Alguns métodos são mais gerais,
permitindo o diagnóstico de
vários parasitos intestinais, outros
são métodos específicos,
indicados para um parasito em
especial
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A ESCOLHA DO MÉTODO

• Na maioria dos pedidos de EPF, a


suspeita clínica não é relatada, e o
exame é feito por métodos mais gerais
como Flutuação em solução saturada,
métodos de sedimentação espontânea e
centrifugação
• Quando é solicitada a pesquisa de um
parasito que exige a execução de um
método específico, tanto este como o
método geral devem ser executados
• Desta forma, o EPF ficará mais
completo, pois será feita a pesquisa dos
vários parasitos intestinais e não apenas
daquele solicitado.

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A ESCOLHA DO MÉTODO

• Tal conduta se justifica pelo fato de


vários parasitos intestinais
determinarem sintomas semelhantes
• Se for executado apenas o método
específico, outros parasitos intestinais
porventura presentes, não serão
diagnosticados
• Um método será mais ou menos
utilizado na rotina do EPF, quando,
além de permitir o diagnóstico de
vários parasitos intestinais, é também
de fácil execução e pouco dispendioso

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• Após a coleta, se não for possível


enviar a amostra rapidamente ao
laboratório, conservá-la na geladeira ou
no gelo até o momento da execução do
exame, que deve ser realizado em até
48 h da obtenção do material.
• Não misturar as fezes com gelo
• Colocar o saco ou recipiente com as
fezes dentro de um isopor ou recipiente
com gelo

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• Isso é necessário para evitar o


desenvolvimento larval dentro do ovo.
Se a temperatura ambiente estiver
amena, a larva desenvolve-se e, muitas
vezes, eclode, o que resulta em exames
negativos ou incorretos, já que a
maioria das técnicas utilizadas é
realizada para pesquisa de ovos
• Nunca congelar as fezes. Se não houver
a possibilidade de refrigeração, podem-
se estocar as fezes em formol a 10% ou
MIF (solução de
mertiolato/mercurocromo, iodo e
formol).

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• Grandes animais, como equinos e


bovinos
- As fezes devem ser adquiridas
diretamente da ampola retal do animal
com auxílio da mão coberta por um
saco plástico ou luva
- Introduzir levemente um ou dois dedos,
fazendo uma leve massagem na parede
do reto para que haja relaxamento do
esfíncter anal
- muitas vezes, nesse procedimento, o
animal defeca espontaneamente
- Se não houver defecação, introduzir a
mão e coletar as fezes

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• Grandes animais, como equinos e


bovinos
- Inverter a luva ou o saco com as fezes,
fechar e identificar o material
- A maioria das técnicas utiliza em torno
de 5 g de fezes, então não é necessário
coletar quantidade maior que o tamanho
de uma laranja

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• Ovinos e caprinos
- Colocar a luva ou o saco plástico na
mão e fazer uma leve massagem com
um dedo nas paredes do reto do animal
- Na maioria das vezes, o animal defeca
espontaneamente
- Se ele não defecar, retirar as fezes com
o dedo, inverter a luva ou o saco, fechar
e identificar a amostra

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• Ovinos e caprinos
- Se não for possível coletar diretamente
do animal, aguardar o momento da
defecação e coletar somente a parte que
não entrou em contato com o solo

• Pássaros, peixes e outros pequenos


animais de produção
- Esperar o animal defecar, coletar e
guardar as fezes em microtubos do tipo
Eppendorf
- Manter sob refrigeração até o envio ao
laboratório

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• Identificação das amostras


- No envio ao laboratório, deve-se
descrever o máximo de informações
possível
- Alguns dados que devem ser remetidos:
idade do animal, alimentação, exames
anteriores (se já foi relatado algum
parasitismo anterior), uso prévio de
antiparasitários, sinais clínicos (o que o
animal está apresentando), localização
geográfica (nome da cidade, se é de área
rural ou urbana), data da coleta, se o
animal está prenhe ou se apresentou
algum problema de saúde anterior

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MÉTODOS DE EXAMES
C O P R O PA R A S I T O L Ó G I C O S

O exame macroscopico permite a


verificação da consistência das fezes,
do odor, da presença de elementos
anormais, como muco ou sangue, e
de vermes adultos ou partes deles

O exame microscópico permite a


visualização dos ovos ou larvas de
helmintos, cistos, trofozoítos ou
oocistos de protozoários

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MÉTODOS DE EXAMES
C O P R O PA R A S I T O L Ó G I C O S

• Os métodos quantitativos são aqueles


nos quais se faz a contagem dos ovos nas
fezes, permitindo, assim, avaliar a
intensidade do parasitismo. São pouco
utilizados, pois a dose dos medicamentos
antiparasitária não leva em conta a carga
parasitária e sim o peso corporal do
paciente

• Os métodos qualitativos são os mais


utilizados, demonstrando a presença das
formas parasitárias, sem, entretanto,
quantificá-Ias

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FEZES

• Vários métodos estão disponíveis para a preparação de fezes


visando à avaliação microscópica para a detecção da presença
de ovos ou de larvas
• Entretanto, seja qual for o método de preparação utilizado, as
lâminas devem, primeiramente, ser examinadas sob um
aumento menor, uma vez que a maioria dos ovos pode ser
detectada nessa magnificação.
• Se necessário, maior magnificação pode então ser utilizada
para mensuração dos ovos ou para diferenciação morfológica
de forma mais detalhada
• Um micrômetro monocular é muito útil para dimensionar
populações de ovos ou larvas.

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FEZES
Técnicas de exame direto

• Nessas técnicas, não são necessários muitos equipamentos e


soluções

• São de fácil, barata e rápida execução

Técnica de Graham | Método da fita adesiva


- É utilizada na pesquisa de ovos de parasitos principalmente da
ordem Oxyurida
- Metodologia
• Pegar um pedaço de fita adesiva (Durex®)
• Grudar a parte colante sobre o ânus e região perianal do
animal suspeito
• Colar a fita em lâmina de microscopia e observar ao
microscópio em aumento de 100 vezes.
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FEZES
Técnicas de exame direto

Exame Direto de Fezes


- Técnica utilizada em casos de suspeita de grande infecção por
parasitos e quando a quantidade de fezes é muito pequena (caso
de fezes de peixes, e algumas aves)
- É indicada para visualização principalmente de trofozoítos de
Giardia sp.
- Tem como vantagens a rapidez, pouco equipamento requerido e
facilidade de execução
- Como desvantagens, pode resultar em exames com resultado
falso negativo pela pequena quantidade de fezes examinada,
que pode não detectar o parasitismo, e o acúmulo de sujidades
na lâmina pode confundir a identificação.

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FEZES
Técnicas de exame direto

• Algumas gotas de água e uma quantidade equivalente de


fezes são misturadas a uma lâmina de microscópio. A
inclinação da lâmina permite que os ovos, mais leves,
flutuem para longe das partículas mais pesadas
• Uma lamínula é colocada sobre o líquido e a preparação é
então examinada microscopicamente
• É possível detectar a maioria dos ovos e larvas por esse
método, mas em razão da pequena quantidade de fezes usada,
ela pode detectar apenas infecções relativamente intensas.

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FEZES
Técnicas de exame direto

• Embora o esfregaço direto seja uma técnica simples e


acessível, é importante ressaltar que sua sensibilidade pode
ser limitada em comparação com outros métodos de
diagnóstico mais sensíveis, como a flutuação em solução
saturada de cloreto de sódio (FEC) ou a sedimentação
espontânea
• Portanto, em casos em que a infecção parasitária é suspeita e
o esfregaço direto não é conclusivo, podem ser necessários
métodos adicionais de diagnóstico para uma avaliação mais
completa.

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DAS FEZES
Métodos de Flutuação

• São utilizadas soluções


saturadas com uma densidade
elevada, o que faz com que os
ovos, os cistos ou os oocistos
de parasitos flutuem e fiquem
na superfície do líquido

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DAS FEZES
Métodos de Flutuação

• É importante ter um densímetro para verificar a


densidade correta das soluções, já que, se a
gravidade for baixa, muitos ovos, cistos e oocistos
não flutuarão e, se for muito elevada, ocorrerá a
distorção ou o rompimento deles
• A maioria desses estágios parasitários flutua a
uma gravidade específica de 1,20 e 1,30 g/mℓ

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DAS FEZES
Métodos de Flutuação

• As técnicas de flutuação são as preferidas para a


análise das fezes, pois concentram os ovos, cistos
ou oocistos e não apresentam sujidades que
atrapalhem o reconhecimento das formas dos
parasitos
• Para saber se o foco no microscópio está correto,
deve-se procurar as bolhas de ar (vários círculos
pretos de tamanhos diversos com um núcleo
branco). Após visualizar as bolhas de ar, realiza-
se a leitura da lâmina, sempre com leves
movimentos no foco micrométrico.

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DAS FEZES
Métodos de Flutuação

• Técnica de Willis-Mollay (1921) modificada | Flutuação em


solução de sal
- É uma técnica qualitativa, ou seja, serve para observar se há ou
não ovos de helmintos, cistos ou oocistos de protozoários
- É muito utilizada principalmente em análise de fezes de pequenos
animais. A solução empregada faz com que os ovos dos helmintos
e oocistos de protozoários flutuem, aderindo à parte inferior de
uma lamínula colocada na superfície do líquido

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DAS FEZES
Métodos de Flutuação

• Técnica de Willis-Mollay (1921) modificada | Flutuação em


solução de sal
- Um diferencial dessa técnica é que a solução de sal é barata e há
pouca sujeira para obscurecer a visão dos parasitos
- Nesse procedimento, não flutuam alguns ovos de trematódeos e
cestódeos e há distorção de cistos de Giardia sp. Não deve ser
feita em fezes gordurosas.

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DAS FEZES
Métodos de Flutuação

• Encher um tubo de ensaio com solução saturada (15 mℓ)


• Pesar 2 g de fezes e colocar em um copo
• Acrescentar um pouco da solução saturada contida no tubo para
desmanchar as fezes
• Homogeneizar com um bastão Acrescentar o restante da solução,
coar e encher um tubo de ensaio até formar um menisco
• Colocar uma lâmina de vidro sobre o tubo e deixar por 15 min
Retirar a lâmina e invertê-la rapidamente, sem deixar cair a gota
de solução Pôr uma lamínula e levar ao microscópio. Examinar
em aumento de 100 e 400 vezes. Pode-se colocar uma gota de
lugol antes da lamínula para corar o material.

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DAS FEZES
Métodos de Flutuação

• Técnica de Faust et al. modificada, 1938 | Centrífugo-flutuação em


sulfato de zinco
- Tem as mesmas indicações da técnica anterior, porém necessita de uma
centrífuga
- É a técnica preferencial para pesquisa de Giardia sp., pois o sulfato de zinco
não distorce os cistos do protozoário.

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Métodos de Flutuação

• Técnica de Faust et al. modificada, 1938 | Centrífugo-flutuação em


sulfato de zinco

• Encher um tubo de centrífuga de 15 mℓ com solução de sulfato de zinco


(ZnSO4) Pesar 2 g fezes, misturar um pouco da solução e desmanchar as
fezes com uma pazinha. Acrescentar o restante da solução, misturar e coar
Colocar essa mistura novamente no tubo de centrífuga até formar um
menisco (o líquido quase transborda). Se a centrífuga tiver cubeta de
movimento livre, pode-se colocar, diretamente sobre o tubo, uma lamínula de
18 × 18 mm e centrifugar por 5 min a 1.500 a 2.000 rpm. Retirar a lamínula e
colocá-la sobre uma lâmina com uma gota de lugol. Examinar ao
microscópio em aumento de 100 e 400 vezes Se a centrífuga tiver cubeta
fixa, não colocar a lamínula, pois vai cair e pode quebrar. Centrifugar o tubo
durante 5 min a velocidade alta (1.500 a 2.000 rpm) e, com uma vareta ou
alça de platina, remover amostras da superfície da solução para • • • • • • uma
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lâmina de microscopia até formar uma gota. Adicionar uma gota de lugol
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Métodos de Flutuação

• Técnica de McMaster modificada


- Essa técnica determina o número de ovos de nematoides por grama de fezes
para calcular a carga parasitária de vermes em um animal.
É utilizada principalmente em fezes de ruminantes e equinos
É muito difícil, por meio dessa técnica, saber a real população de vermes no
hospedeiro, porém contagens superiores a 500 indicam uma infecção moderada
e contagens superiores a 1.000 indicam uma grande infecção. Vantagens. É
rápida de ser realizada e barata, e os ovos flutuam livres de sujidades, o que
facilita a contagem dos ovos. Desvantagem. É necessário usar uma câmara
contadora especial.

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Métodos de Flutuação

• Técnica de McMaster modificada

• Pesar 4 g de fezes em um copo descartável Misturar 60 mℓ de solução


saturada de sal, açúcar ou sulfato de zinco. Homogeneizar bem Passar as
fezes por um coador 2 ou 3 vezes para remover partículas grandes Mexer a
solução e, com uma pipeta, transferir uma amostra da mistura para a câmara
de McMaster Repetir o procedimento, enchendo os dois lados da câmara.
Esperar 2 min e levar a câmara ao microscópio em aumento de 100 vezes.
Achar o foco (encontrando as bolhas de ar) e então contar o número total de
ovos em todas as colunas da câmara. Deve-se registrar os diferentes gêneros
encontrados. Multiplicar o número total de ovos dos dois compartimentos da
câmara por 50. Por exemplo, se forem encontrados 20 ovos, multiplica-se por
50; nesse caso, o resultado é 1.000 ovos por grama (OPG). Fazer o OPG de
cada tipo de ovo ou oocisto encontrado. Explicação: cada compartimento da
câmara tem capacidade para 0,15 mℓ. Como se utilizaram 4 g diluídos em 60
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mℓ, tem-se 1 g de fezes em cada 15 mℓ de solução. Como foi observado 0,30
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Métodos de Flutuação

• Técnica de McMaster modificada


• Contagem
500 OPG = infecção moderada
1.000 OPG = infecção alta

Coleta Coletar uma amostra de 3 a 5% do rebanho separado por idade.

Por exemplo:
- Campo 1: tem 800 ovelhas de cria – fazer exame de 24 amostras
- Campo 2: tem 500 borregas (2 a 4 dentes) – coletar 15 amostras
- Campo 3: tem 300 ovelhas de cria – coletar 9 amostras.

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Métodos de Flutuação

• Técnica de McMaster modificada

- Uma observação importante é que, para o controle do rebanho, deve-se fazer


a coleta a cada 28 ou 30 dias
- Para verificar a eficiência do medicamento, a coleta é feita 7 dias após a
dosificação para verificar se foram eliminados os ovos
- Embora o erro do OPG possa variar em torno de 20%, pode-se utilizá-lo para
determinar a presença de resistência dos helmintos diante de um determinado
produto quando a eficiência estiver abaixo de 95%
- Para o cálculo da eficácia dos compostos, utiliza-se a fórmula de Coles et al.
(1997):

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Métodos de Sedimentação Simples

• Técnica de sedimentação simples

- Material 2 a 5 g de fezes
- Solução fisiológica ou água de torneira
- Lâmina e lamínula Bastão de vidro
- Coador Béquer com capacidade de 250 a 500 mℓ
- Cálice de sedimentação (300 a 500 mℓ) • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
- Pipeta

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Métodos de Sedimentação Simples

• Técnica de sedimentação simples

- Diluir as fezes em 200 mℓ de solução fisiológica ou água no béquer. Se


necessário, para haver o amolecimento, deixar em repouso por 10 a 20 min
Coar a suspensão no cálice de sedimentação Deixar em repouso por 15 min
Decantar o sobrenadante e adicionar ao sedimento 200 mℓ de solução
fisiológica ou água Deixar em repouso por mais 15 min Decantar o líquido
sobrenadante Coletar, com uma pipeta, algumas gotas do sedimento
Examinar ao microscópio entre lâmina e lamínula em aumento de 100 vezes
Se o primeiro resultado for negativo, montar mais três lâminas com o
sedimento

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Métodos de Sedimentação Simples

• Técnica de sedimentação por centrifugação

- É mais rápida, mais limpa e mais sensível para a detecção das formas
parasitárias do que a técnica anterior
- Misturar uma porção de fezes (aproximadamente 2 g) em 10 mℓ de água
(pode-se colocar uma ou duas gotas de detergente para remover detritos, mas
sem fazer espuma), misturar, coar e despejar essa solução em um tubo de
centrífuga de 15 mℓ Adicionar 3 mℓ de acetato de etila (algumas técnicas
usam éter, mas é perigoso por ser inflamável) e tampar o tubo com uma rolha
de borracha. Agitar vigorosamente o tubo cerca de 20 vezes e, então,
centrifugar a 1.500 rpm por 3 min No final da centrifugação, haverá quatro
camadas distintas. A primeira, superior, com o acetato de etila; a segunda, de
gordura e detritos grossos; a terceira com água e detritos finos; e a quarta e
última com o sedimento. Usando uma vareta, retira-se o anel de gordura e
despreza-se todas as camadas menos o sedimento, que deve permanecer
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intacto Transferir algum sedimento do fundo do tubo para uma lâmina,
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Métodos de Recuperação de Larvas

• Técnica de Baermann modificada

- É usada para a extração de fases larvais vivas de


nematoides nas fezes, principalmente para detecção de
vermes pulmonares.

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Métodos de Recuperação de Larvas

• Colocar aproximadamente 10 g de fezes em um


filtro de papel de coar café e feche a abertura,
formando um saquinho. Amarrar o saquinho em um
cálice de sedimentação ou colocá-lo dentro de um
coador e este no cálice de sedimentação ou, ainda,
ultrapassar um lápis ou palito logo abaixo do
fechamento para suspender o saquinho no cálice de
sedimentação Colocar água morna no cálice de
sedimentação até encostar no fundo do saquinho.
Essa técnica faz uso de duas características de
comportamento da larva do nematoide. A primeira
diz respeito ao fato de que a água morna ativa a
larva (porém, não aqueça acima de 37 a 40°C –
limite superior), e a segunda que as larvas de 4
nematoides de parasitos são as piores nadadoras, de
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Coprocultura

• É utilizada para identificação de larvas (L3) de


nematódeos gastrintestinais de ruminantes e equinos
• Como há vários nematoides da ordem Strongylida
nessas espécies animais e os ovos são muito
semelhantes, há a necessidade de fazer a cultura das
fezes para identificar as larvas. Material Recipiente
de vidro (pote ou copo) Serragem de pinho lavada e
esterilizada que não tenha sido tratada com produtos
químicos (podem-se usar fezes de bovino, secas,
previamente esterilizadas em autoclave ou estufa)
Tubo de ensaio Placas de Petri Pipeta Cordão
Estufa. Metodologia Coletar 20 a 30 g de fezes
frescas colhidas diretamente do reto Misturar as
fezes com a serragem (duas partes de serragem para 4
uma de fezes) Molhar até ficar na consistência de
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Interpretação de Resultados

• Interpretar os resultados de um exame


coproparasitológico é fundamental para entender a
saúde e o manejo dos animais de produção. Essa
interpretação envolve avaliar não apenas a presença
ou ausência de parasitas, mas também a carga
parasitária, a diversidade de espécies e outros
aspectos relevantes para a saúde e bem-estar dos
animais.

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Interpretação de Resultados

1.Identificação de Parasitas: O exame coproparasitológico pode identificar uma variedade de


parasitas, incluindo nematoides, cestoides, trematoides e protozoários. A presença de diferentes
espécies de parasitas pode indicar diferentes condições ambientais, práticas de manejo e riscos à saúde
dos animais.
2.Carga Parasitária: A quantidade de ovos de parasitas presentes nas fezes, conhecida como carga
parasitária, é um indicador importante da gravidade da infecção. Uma carga parasitária alta pode
indicar uma infecção mais grave e requer intervenção imediata, como tratamento antiparasitário ou
mudanças nas práticas de manejo.
3.Efeito na Saúde dos Animais: A presença de parasitas intestinais pode afetar a saúde dos animais de
várias maneiras, incluindo perda de peso, anemia, comprometimento do crescimento, redução na
produção de leite ou carne e aumento da susceptibilidade a outras doenças. Portanto, é crucial
interpretar os resultados do exame coproparasitológico em relação aos sinais clínicos observados nos
animais.
4.Resistência a Antiparasitários: A detecção de ovos de parasitas em animais tratados com
antiparasitários pode indicar resistência a esses medicamentos. Isso destaca a importância da
implementação de estratégias de controle integrado, incluindo o uso racional de antiparasitários e
práticas de manejo que visam reduzir a pressão de seleção para resistência. 4
5.Impacto no Manejo: Os resultados do exame coproparasitológico também têm implicações

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