Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COSMOVISÃO
Prof. Daniel Justiniano Andrade
E-mail: danieljustinianoandrade@hotmail.com
[...] Uma visã o de vida é mais que uma ideia pura ou soma de proposiçõ es mantidas
em neutralidade abstrata; é mais que a experiência que, como tal, é sempre
atomística; é, em outras palavras, a transubstanciação da experiência, uma
certeza inabalável que uma pessoa tem, alcançada por toda a experiência [dela]
— a visã o de vida ou se torna familiarizada com todas as relações mundanas (um
mero ponto de vista humano, por ex., o estoicismo), que ao fazê-lo se torna alheia a
uma experiência mais profunda — ou, voltada para o céu (o religioso), encontra nisso
o que é crucial tanto para a sua existência celestial como terrena, alcançando a
verdadeira convicçã o de que “nem morte nem vida, nem anjos nem demô nios, nem o
presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem
qualquer outra coisa na criaçã o será capaz de nos separar do amor de Deus que está
em Cristo Jesus, nosso Senhor” (NAUGLE, 2017, p. 93)
SØREN KIERKEGAARD (1813-1855)
[...] “Se agora perguntarmos como uma visã o de vida surge, responderemos que para
aquele que não permite a sua vida fracassar, mas, tanto quanto possível, tenta
equilibrar os eventos individuais na vida — para ele deve chegar necessariamente um
momento de iluminação incomum sobre a vida, sem que tenha precisado compreender
todas as possíveis especificidades para o subsequente entendimento de que ele,
entrementes, tem [venha a ter] a chave: quero dizer, deve chegar o momento em que a
vida será entendida retroativamente por meio da Ideia” [...] Aqui, uma visã o de vida é
descrita como uma “iluminação incomum sobre a vida” que é concedida num momento
kairos na experiência de uma pessoa. Isso não consiste de uma compreensão de tudo,
mas, antes, fornece a chave (isto é, a estrutura ou esboço) pela qual todas as coisas podem
ser realmente entendidas. Embora a vida se mova para o futuro, ela só pode ser entendida
retroativamente, e a posse de uma visã o de vida — a Ideia — é o meio para a iluminaçã o
pú blica e privada. ” (NAUGLE, 2017, p. 95)
SØREN KIERKEGAARD (1813-1855)
[...] Você nã o acha que ser pai requer que se tenha alcançado a maturidade de
realmente ter uma visão de vida da qual se ousa dar testemunho e ousa
recomendar ao próprio filho quando, com o direito que tem de ser criança e de
dever a você a própria vida, ele lhe pergunta do sentido da vida? Ou supondo que
aquilo de que a natureza se encarrega, leite materno etc., ocorre ser da mulher a tarefa
especial de cuidar — nã o seria repulsivo querer ser uma mã e para satisfazer o desejo
pessoal, mas nã o ter à disposiçã o o que a criança precisa? Mas o filho tem o direito
de exigir uma visão de vida do pai e que este realmente tenha uma visão de vida
[...] [...] “A soluçã o é uma visã o de vida religiosa construída sobre pressupostos éticos
[...] A visã o religiosa nã o substitui as esferas anteriores da existência, mas a todas
absorve e redime. Assim, nos estágios ao longo dos caminhos da vida, a visão de
vida religiosa é final e inclui todas as coisas (NAUGLE, 2017, p. 97)
WILHELM DILTHEY (1833-1911)