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Lembre-se:
Os apontamentos em sala de aula e os comentários nesse arquivo digital devem ser complementados pela leitura
dos livros preconizados e indicados no primeiro dia de aula.
A consulta e crítica às diferentes referências, inclusive ao professor, é o que distingue o futuro profissional bem-
sucedido.
A eventual citação de empresas e instituições nesta apresentação não tem qualquer sentido de marketing, patrocínio ou depreciação...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.3
Comentários de Aula
Conceito de Lâmina
Área = 1 x 1 = 1m2
Altura = 1mm = 0,001 m
Como 1 m3 = 1.000 L
Então: 0,001 m3 = 1 L
m
1 Assim:
1m 1 mm = 1 L em 1 m2
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https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2019/02/18/de-olho-no-
tempo-entenda-como-e-calculado-o-volume-de-chuva.ghtml
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.9
1 mm -------- 1 L ------------------ 1 m2
X L-------------10.000m2
X = 10.000 L ou 10 m3
Assim:
1 mm = 10 m3/hectare
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.10
Lâmina é simplesmente Altura de Água, constituída ao se colocar um dado Volume numa dada
unidade de Área.
Quando se fornece essa Área em m2 e o Volume em Litros, a altura resultante é milímetro (mm).
Y
X
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.13
Y
X
X Y
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.14
Y
Nesse caso, obteremos uma altura h de água
X nesse recipiente...
X Y
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.15
Vsolo = X x Y x Zsolo
VH20 = X x Y x hH20
Y
X
X Y
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Ɵ = VH20 / Vsolo
Ɵ = (X x Y x hH20 ) / (X x Y x Zsolo)
Y
X Logo:
Ɵ = hH20 / Zsolo
hH2O
X Y
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.17
Portanto:
Ɵ = hH20 / Zsolo
hH2O
hH20 = Ɵ x Zsolo
X Y
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.18
ZSolo
d http://soilquality.org.au/factsheets/bulk-density-measurement
A Lâmina de Água Armazenada no Solo (LAA) é baseada na umidade volumétrica do solo (Ɵ).
Então, tomemos como gênese das equações de Lâmina de Irrigação a umidade volumétrica (Ɵ)...
Vejamos...
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.20
Diz respeito à toda umidade do solo disponível entre a capacidade de campo (CC) e o ponto de
murcha permanente (PMP).
DTA
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.21
A resultante é cm de Lâmina de
Água Armazenada no solo para
cada 1 cm de profundidade do
solo
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.22
Como o maior interesse é na Lâmina em milímetros, tem-se que adotar o fator de conversão
10 mm/cm. Logo, para termos DTA em mm/cm a partir de Ɵ em cm3/cm3:
em que:
DTA em mm/cm
Ɵ em cm3/cm3
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.23
Em Irrigação não se pode deixar a umidade do solo cair para valores próximos da PMP.
Apesar de termos água disponível entre a ƟCC e o ƟPMP, a cultura deve ser manejada com a
umidade oscilando da CC até um ponto crítico (ƟCrítica), que depende da sensibilidade da cultura
ao déficit hídrico.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.24
Essa fração da DTA que pode ser consumida é também denominada de fator de reposição ou fator
de depleção (fd) da disponibilidade da água para a cultura.
Depleção = diminuição
Por representar uma fração da DTA, o fator f varia de 0 a 1, em decimais. Ou seja, varia de 0 a
100%, em termos percentuais.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.25
A fração da umidade que pode ser consumida está entre os limites da ƟCC e da ƟCrítica.
Não se tabela valores de Ɵcrítica porque a umidade é um produto do tipo de solo. E assim, seria
variável entre solos diferentes para uma mesma energia de retenção da água (tensão).
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.28
Faixas de tensão crítica de água no solo em que se deve promover a irrigação para obtenção de
produtividade máxima para algumas hortaliças irrigadas por aspersão
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.29
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.30
Faixas de tensão crítica de água no solo em que se deve promover a irrigação para obtenção de
produtividade máxima para algumas hortaliças irrigadas por sulco e gotejamento
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.31
Onde deveríamos adotar maior valor de fd, em clima de maior ETC ou clima de menor ETC?
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.32
Fator de reposição de água ao solo (fr = fd) para hortaliças e fruteiras irrigadas por aspersão e
sulco, para ETc1 ≈ 5 mm dia-1
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.34
Fator de reposição de água ao solo (fr = fd) para hortaliças e fruteiras irrigadas por aspersão e
sulco, para ETc ≈ 5 mm dia-1
Fator de depleção da água ao solo (fd) para diferentes grupos de cultura sob diferentes demandas
atmosféricas:
Qual cultura é mais sensível, uma cultivar de cebola com fd = 0,30 ou uma cultivar de
amendoim com fd = 0,60?
em que:
DRA em mm/cm
Ɵ em cm3/cm3
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.38
em que:
f em decimal
Ɵ em cm3/cm3
em que:
Ɵ em cm3/cm3
Ψm em kPa
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.39
Alerta: Para uma cultura que na literatura se tem disponível valores de fd e tensão crítica (Ɵcrítica),
é comum se observar que esses valores não são perfeitamente correspondentes quando se usa a
igualdade anterior.
O que explica? Esses valores são oriundos de pesquisas com cultivares diferentes, condições
edafoclimáticas diferentes, diferentes sistemas de produção...
O que fazer? O valor mais indicado seria aquele obtido em condições mais próximas das que será
usada no projeto.
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.40
Ou seja, DTA e DRA representam o quanto se armazena de lâmina de água para cada 1 unidade
de profundidade do solo.
Mas, em Irrigação e Drenagem, o que interessa é a Lâmina a ser fornecida ou a Lâmina a ser
retirada em uma dada profundidade de interesse, que normalmente é a Profundidade Efetiva do
Sistema Radicular (Zefetiva).
Portanto:
em que:
CTA em mm
Z em cm
Ɵ em cm3/cm3
Por mais profundo que seja o solo, obviamente só se irriga até a profundidade ocupada pelas
raízes...
Por outro lado, não se irriga até a profundidade máxima alcançada pelas raízes.
Além disso, mantendo irrigados os 80% do sistema radicular não se cria deficiência no
suprimento de água para as plantas, pois:
Raízes tenderão a se concentrar na Z efetiva
Mesmo que haja 20% das raízes realmente fora da Z efetiva, a planta mantém sua
transpiração próxima do potencial
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.43
https://rehagro.com.br/blog/raizes-de-milho-ate-qual-profundidade/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.44
Milho
Soja
https://www.pioneer.com/us/agronomy/staging_corn_growth.html
https://blog.aegro.com.br/dessecacao-de-soja-para-colheita/
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.45
0-20
cm
20-40
cm
Z efetiva = 38 cm
40-60
cm
60-80 Z total = 62 cm
cm
0,80 x 62 cm = 0,496 cm
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.48
http://vtpro3.tecnologiasvtpro.com.br/
FiquePorDentroView.aspx?id=33&page=5
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.49
Um único evento de irrigação que gera perda por percolação até a Z total não macula a qualidade
da irrigação. De fato, ao longo do ciclo os 20% de raízes naquela zona podem aproveitar essa água.
Ao planejar alguma lâmina percolada abaixo da Z efetiva, pode-se criar condições para aumento
da própria profundidade efetiva.
A Capacidade Real de Água no Solo diz respeito ao armazenamento útil de água na camada de
interesse (Z efetiva) que pode ser efetivamente usado para planta, sem risco de esgotamento
excessivo e, portanto, sem risco de vulnerabilidade ao estresse hídrico.
ou
em que:
CRA em mm
Z em cm
f em decimal
Ɵ em cm3/cm3
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.52
Para sistemas que aplicam água de forma localizada, a CRA deve ser corrigida pela fração de área
molhada (fW).
Assim:
em que:
CRA em mm
fw em decimal
Z em cm
f em decimal Observe que a CTA assim definida
Ɵ em cm3/cm3 remete à dedução prévia:
CCA039 - Irrigação e Drenagem. Tales Miler Soares - UFRB/CCAAB/NEAS p.53
Logo: fW = 1,0