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Água subterrânea

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3

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5

Ciclo da água
(valores
(valores em
em %)
%)
 O volume de água armazenado em cada subdomínio do ciclo
hidrológico é bastante diverso e, neste contexto, salienta-se a
importância prática da água subterrânea, comparativamente
com o escoamento superficial, para o abastecimento às
populações.

 A água subterrânea constitui o maior volume de água doce no


estado líquido à disposição do Homem para a satisfação das
suas necessidades …

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Tipos de nascentes

Magnitude Caudal médio


Primeira > 10 m3 /s
Segunda 1 - 10 m3 /s
Terceira 0.1 - 1 m3 /s
Quarta 10 - 100 L/s
Quinta 1 - 10 L/s
Sexta 0,1 - 1 L/s
Sétima 10 - 100 mL/s
oitava < 10 mL/s
(Meinzer, 1923)
(Younger, 2007)

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Tempo de residência variável…

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Hidrogeologia
 As leis que regem a circulação e armazenamento da
água subterrânea são investigadas pela
hidrogeologia. O movimento da água no seio das
formações geológicas não é inerte, pelo que as
interacções mecânicas, químicas e térmicas com o
meio envolvente e o transporte de massa e energia
são abordadas, igualmente, no âmbito da
hidrogeologia.

 Realça-se que a utilização da expressão “meio


envolvente” nos permite considerar não só o
substracto geológico, mas também o mundo vivo e,
em particular, a civilização humana, cuja interacção
com a água subterrânea carreia, por não raras vezes,
nefastas consequências que abordaremos
posteriormente.

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Hidrogeologia

 Etimologia…

Hydra (água) + Geo (terra) + logos (o

discurso)

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 Outras designações, como hidrologia subterrânea ou
geohidrologia, são, mais raramente, adoptadas por outros
autores quando se referem à mesma disciplina científica,
ou pelo menos a uma vertente mais quantitativa, no
âmbito da mecânica de fluidos. Contudo, nestas aulas,
utilizaremos sempre o termo hidrogeologia, por ser aquele
que melhor traduz o sujeito da investigação.

 A hidrogeologia é uma disciplina das Ciências da Terra,


mas o seu desenvolvimento demonstra uma abordagem
eminentemente multidisciplinar, onde convergem os
conhecimentos específicos da Geologia, mas também uma
panóplia de instrumentos e leis derivados de outros
campos do saber como por exemplo a física e a química.

 A definição apresentada permite, desde logo, antever a


importância prática da hidrogeologia, em domínios como o
abastecimento de água, o fluxo de poluentes e os recursos
energéticos, como por exemplo os geotérmicos.

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Hidrogeologia
 Nestas aulas abordam-se unicamente os aspectos
quantitativos e qualitativos relacionados com o
subdomínio do escoamento subterrâneo, onde ocorre
a água subterrânea. Numa visão estrita podemos
considerar que esta fracção do ciclo da água é
limitada superiormente pela fronteira entre o meio
não saturado, onde os orifícios das rochas estão
preenchidos com ar e água, e o meio saturado
subjacente, em que os orifícios das rochas estão
completamente ocupados por água.

 Desta forma, o meio não saturado, também


designado por zona vadosa, prolonga-se desde a
superfície do terreno até ao limite com o meio
saturado.

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Teor em água P Água
0 n Furo

Zona não
saturada P=P Atmos.

Franja capilar

Zona saturada

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A IMPORTÂNCIA DO TEMA...
 A relevância do tema proposto, na
medida que a água subterrânea
assume um papel fundamental no
abastecimento à população (ex.
arquipélago dos Açores).

 A necessidade de sustentar qualquer


política de recursos hídricos a nível
nacional e regional num nível adequado
de conhecimento hidrogeológico.

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Proporção de AS na água de consumo humano

(dados relativos a África em falta) (valores em %)

(Job, 2010)
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Proporção de AS na água de consumo humano

(Job, 2010)
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ORIGEM DA ÁGUA

~98% Água Subterrânea


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Hidrogeologia Extraterrestre!

Imagem do programa NASA intitulado Mars Global Surveyor (MGS)


(Mars Orbiter Camera (MOC)) .A imagem mostra ravinamentos na
parede de uma cratera de impacto em Marte (39.0°S, 200.7°W).
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A água subterrânea interage com a economia de
cinco formas diferentes (Job, 2010):

 Como uma necessidade – os humanos, e todas as outras formas de


vida, necessitam de água para a sua sobrevivência, para ingerir e
manterem-se sãos; permite assim que as pessoas se mantenham
activas na economia pelo trabalho;
 Como um bem – as pessoas retiram benefícios da AS, especialmente se
for a única origem que permita suprir as necessidades pessoais
(ingestão, confeção de alimentos, higiene, lavagens), assim como as
indústria e agricultura (produção de bens manufaturados e culturas
agrícolas);
 Como suporte de ecossistemas (manutenção dos serviços
ecossistémicos), na medida que a água é o componente fundamental
do ciclo hidrológico, assegurando o balanço na natureza, transmitindo
nutrientes, humidade e energia e constituindo habitats;
 Como meio de absorção residual – a água presta um significativo
serviço ecológico associado à diluição, decomposição e transporte de
resíduos humanos, industriais ou agrícolas;
 Como valor estético e meio de recreio - as pessoas preferem ambiente
aquáticos preservado para recreação, instrução e como atração
turística, que nalguns casos podem ser de grande valor económico
(papel da AS na manutenção de polos hidrotermais, rios, lagos e zonas
húmidas).

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Hidrogeologia

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Hidrogeologia

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Aquíferos
 Formações geológicas que contêm água
em quantidade e qualidade suficientes de
forma a possibilitar o seu aproveitamento
pelo Homem, em condições
economicamente favoráveis, designam-
se por aquíferos. Para a sua exploração
ser viável os aquíferos não só
armazenam água, como possibilitam a
sua circulação.

 Noção de aquifugo; aquicludo; aquitardo

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Aquíferos

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Aquíferos
“suspensos”

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“Hidroestratigrafia”

Arábia Saudita
(Al-Bassam et al., 2000 in
Younger, 2007)
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“Hidroestratigrafia”

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SISTEMAS AQUÍFEROS
 A definição dos vários sistemas aquíferos assentou na compilação de
toda a informação relevante, quer de índole geológica, nomeadamente a
estratigrafia, a litologia e as condicionantes estruturais, quer
hidrogeológicos, como os parâmetros hidrodinâmicos.

 No intuito de garantir que a divisão levada a cabo tenha,


concomitantemente, um significado real do ponto de vista do
funcionamento natural do sistema aquífero e uma utilidade prática ao
nível do inventário e gestão, optou-se por definir estas unidades de
acordo com a proposta constante no trabalho idêntico levado a cabo em
Portugal continental (INAG-CG/FCUL, 1997).

 No caso vertente, a definição dos limites é dificultada nalgumas ilhas,


atendendo à ausência de cartografia geológica actualizada, e a uma
escala adequada, que só está disponível nas ilhas de Santa Maria, Faial,
Pico, Graciosa e São Jorge.

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 58 sistemas

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Perfuração Rotary

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Perfuração Rotary

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Perfuração Rotary

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Perfuração Rotary

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Perfuração à Percussão

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Perfuração à Percussão

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Perfuração à Percussão

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Perfuração à Percussão

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Captação
tubular

Tubo ralo
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Furo com
drenos radiais

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Captação tubular – completar…

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Captação tubular – completar…

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Galerias

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Galerias

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Nascentes

(ilha de São Miguel) (ilha de São Miguel)

ILHA E.Lávicas Piroclastos

Nº Nasc. Máximo Mínimo Nº Nasc. Máximo Mínimo


(m3/d) (m3/d) (m3/d) (m3/d)
Produtividade
Santa Maria 57 2800 10 125 1700 4

São Miguel 43 4100 5 21 304 3

Terceira 36 448 8 22 223 3

(dados – Paradela, 1980)

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Nascentes
Rocha Sto. António (São Miguel)

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Nascentes
Galeria de Mina (São Miguel)

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Nascentes
Moinho do Félix (São Miguel)

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Noção de pressão da água (P)
 P (em pascais)

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Noção de pressão da água (P)

𝑴𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒅𝒐 𝒇𝒍𝒖𝒊𝒅𝒐(𝒎) = 𝒅𝒆𝒏𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝑿 𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆

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Noção de pressão da água (P)

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Equação de Bernoulli (1738)


 A água flui de um local para outro em
resposta à distribuição de energia
mecânica na própria massa de água.

 A água flui sempre de regiões de maior


energia mecânica para regiões de
menor energia mecânica.

 Ao fluir a água perde por fricção alguma


energia para o meio geológico…

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Equação de Bernoulli (1738)
 A energia mecânica na água pode
tomar três formas:

 Energia potencial elástica (ganha


quando a água é comprimida);
 Energia potencial gravitacional
(ganha quando se eleva a água a um
nível superior);
 Energia cinética (ganha com a
velocidade da água).

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Equação de Bernoulli (1738)


 A equação de Bernoulli descreve a
energia (E) da água com massa “m”,
pressão “P”, elevação “z”, volume “V” e
velocidade “v”.
𝟏
𝑬 = 𝑷𝑽 + 𝒎𝒈𝒛 + 𝒎𝒗𝟐
𝟐
 A energia estimada pela equação traduz
o trabalho requerido para comprimir,
elevar e acelerar uma massa de água
de um estado de referência (P=z=v=0)
até ao actual.
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 Para a análise do fluxo de água


subterrânea é vantajoso usar energia
por peso da água; assim, dividindo cada
termo pelo peso da água resulta a
designada altura do nível piezométrico
(h).

𝒘
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Altura da coluna de
água…

negligenciável…
i.e. = 0

Elevação de carga ou
carga piezométrica…

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Circulação da água
 Os fundamentos básicos da circulação da água
subterrânea nos aquíferos porosos foram
estabelecidos, no terceiro quartel do século passado,
por Henry Darcy (1803-1858), engenheiro francês
que trabalhava na cidade de Dijon (França).

 Com base nas observações efectuadas em furos de


captação existentes na região, e nos resultados de
experiências laboratoriais efectuadas na cave de um
Hospital da cidade, Darcy concluiu que o volume e a
velocidade da água subterrânea que circulava entre
dois pontos eram diferentes de aquífero para
aquífero. A relação estabelecida assume que a
velocidade da água a percolar entre dois pontos é
directamente proporcional à diferença observada da
elevação do nível de água e inversamente
proporcional à distância entre ambos.

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Lei de Darcy

l

h

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Lei de Darcy

Q = K.i.A
V = K.i
K, condutividade hidráulica
I, gradiente hidráulico (Δh/ΔL)

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Noção de potencial

 = g.h

Equipotenciais em
Aquífero isótropo

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Lei de Darcy: limitações


 A Lei de Darcy tem limites superior e inferior
de aplicação; este último prende-se com meio
muito pouco permeáveis, em que os
gradiente piezométricos são muito baixos;

 O limite superior identifica-se com a


passagem de um fluxo em regime laminar
(em que dominam as forças viscosas) para
um regime turbulento (em que dominam as
forças de inércia e as moléculas de água
apresentam trajectórias tridimensionais e
distribuídas ao acaso).
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Fluxo laminar vs. turbulento

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Lei de Darcy: limitações


 A natureza do fluido pode determinar-se
numericamente por intermédio do designado
Número de Reynolds (Re);
 O número de Reynolds expressa a razão entre
as forças de inércia e de viscosidade num
fluido:

𝒆 𝒒, 𝒗𝒆𝒍𝒐𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝑫𝒂𝒓𝒄𝒚
𝝆, 𝒅𝒆𝒏𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝒅, 𝒅𝒊â𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐 𝒎é𝒅𝒊𝒐 𝒅𝒂 𝒎𝒂𝒕𝒓𝒊𝒛
Validade: Re ~ 1-10 𝝁, 𝒗𝒊𝒔𝒄𝒐𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆

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Parâmetros hidrodinâmicos
 A circulação da água subterrânea depende do
funcionamento hidráulico dos aquíferos. A descrição
do comportamento dos aquíferos, incluindo a
previsão e simulação do seu funcionamento futuro
em resposta a uma qualquer influência externa,
como por exemplo a captação de água por meio de
furos ou o transporte de substâncias poluentes, é
realizada com base em parâmetros hidrodinâmicos.

 Os parâmetros hidrodinâmicos, cujo valor é diverso


consoante o tipo e constituição geológica do
aquífero, permitem estabelecer leis com carácter
macroscópico, que tomam o meio como contínuo e
com propriedades médias bem definidas obviando,
desta forma, à complexidade que herdaríamos se
estudássemos o aquífero a uma escala de maior
pormenor.

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Parâmetros hidrodinâmicos

 Considerando os aquíferos como sistemas


físicos com um certo comportamento, importa
definir quais os parâmetros que influenciam o
mesmo.

 Porosidade (n)
 Condutividade hidráulica (K)

 Transmissividade (T)

 Coeficiente de armazenamento (S)

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Parâmetros hidrodinâmicos
 Porosidade (n)

 Dada pelo volume de vazios sobre o


volume total da rocha

 Porosidade eficaz
 Retenção específica

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 Um aquífero poroso é constituído por uma
acumulação de grãos, entre os quais existem
espaços vazios, designados por poros, passíveis
de serem ocupados por fluidos, como a água ou
o ar. Em consequência tem todo o sentido definir
porosidade como a razão entre o volume de
vazios e o volume total da rocha.

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Porosidade

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Porosidade

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Porosidade intergranular

Imagem SEM de grão de Quartzo

Imagem SEM de grão de Feldspato

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 Evidentemente que para a água
subterrânea circular num aquífero só
tem sentido considerar os poros
interligados, para que efectivamente
seja possível a transferência hídrica.

É então útil subdividir a porosidade


em porosidade eficaz, que
corresponde à razão entre o volume
de espaços vazios interligados e o
volume total da rocha e, em oposição,
a retenção específica, dada pelo
quociente dos volumes de poros
isolados e total da rocha.
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 Num aquífero livre o volume de água que pode ser
extraído por drenagem gravítica dos poros da rocha é
efectivamente igual à porosidade eficaz. Estabelece-
se, assim, uma identidade entre o coeficiente de
armazenamento, definido como o volume de água
que pode ser extraído de um prisma vertical do
aquífero, de secção unitária e altura igual à
espessura saturada do mesmo, em resposta à
descida do gradiente hidráulico de uma unidade, e a
porosidade eficaz.
 Por seu turno a cedência de água num aquífero
confinado já é influenciada pela espessura da
formação aquífera, resultando dos efeitos elásticos
desta e da própria água. Estes efeitos físicos ocorrem
em resposta à descida de pressão que ocorre no furo
de captação, por rebaixamento do nível de água
inicial, e em sequência o aquífero sofre uma
compressão, o que expulsa um determinado volume
de água. Da mesma forma, e concomitantemente, a
própria água contida no aquífero sofre uma
expansão, o que proporciona um volume de água
adicional.
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Material n (%)
Siltes, areias e balastros 30-50
bem
mal calibrados
Siltes, areias e balastros 20-35
mal calibrados
bem
Argila ; silte argiloso 35-60
Arenitos 5-30
Rocas carbonatadas 0-40
Xistos 0-10
Rochas cristalinas 0-10

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Parâmetros hidrodinâmicos
 Condutividade hidráulica (K)

 Caudal que passa por uma secção unitária


do aquífero sobre a acção de um gradiente
unitário, a uma temperatura fixa ou
determinada.

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Material k (cm/s)
Balastros 10-1 – 100
Areias limpas 10-4 – 1
Silte arenoso 10-5 – 10-1
Silte 10-7 – 10-3
Moreia glaciária 10-10 – 10-4
Argila 10-10 – 10-6
Calcários 10-7 – 1
Basalto fracturado 10-5 – 1
Arenito 10-8 – 10-3
Rochas ígneas e metamórficas 10-11 – 10-2
Xisto 10-14 – 10-8

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Permeâmetros
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Ensaios de
Permeabilidade
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Ensaios de
Bombeamento
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Efeito de escala…

Noção de VER (Volume elementar representativo)


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Relação entre dimensão dos grãos
e condutividade hidráulica

 Fórmula de Hazen (1911):

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Parâmetros hidrodinâmicos
 Transmissividade (T)

 Caudal que passa através de uma secção


vertical do aquífero, de largura unitária e
de altura igual à espessura saturada, sobre
um gradiente unitário e a uma temperatura
fixa e determinada.

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Parâmetros hidrodinâmicos
 Coeficiente de armazenamento (S)
 Os aquíferos tem a capacidade de armazenar
água, e a forma como este é feito depende se
estamos perante um aquífero confinado ou um
aquífero livre.
 Num aquífero confinado a água armazenada
pode provir quer da expansão/compressão da
água contida nos poros, quer da
expansão/contracção da matriz sólida;
 Num aquífero livre, e para além dos processos
referidos, há ainda a considerar a água provinda
da descida/subida do nível de água no aquífero
(i.e. fronteira meio saturado e não saturado).
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Parâmetros hidrodinâmicos
 Coeficiente de armazenamento (S)

 Armazenamento específico (Ss): volume de água


cedido por um volume unitário do aquífero em
resposta a uma descida do nível ou de carga
hidráulica igual a uma unidade.

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Representa a
expansão da água
Representa a
compressão da matriz

𝝆𝒘 , 𝒅𝒆𝒏𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 á𝒈𝒖𝒂
𝒈, 𝒂𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝒅𝒂 𝒈𝒓𝒂𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝒏, 𝒑𝒐𝒓𝒐𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆
𝜷, 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 á𝒈𝒖𝒂
𝜶, 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒊𝒃𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒂 𝒎𝒂𝒕𝒓𝒊𝒛 𝒔ó𝒍𝒊𝒅𝒂
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Parâmetros hidrodinâmicos
 Coeficiente de armazenamento (S)

 Volume de água que pode ser libertado por


um prisma vertical do aquífero de secção
igual à unidade e altura igual à espessura
saturada, mediante uma descida do nível
ou de carga hidráulica igual a uma
unidade.

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Parâmetros hidrodinâmicos
 Coeficiente de armazenamento (S)

 No caso específico de um aquífero livre:

10-3 a 10-5
Cedência específica
(0,05 a 0,3)
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Parâmetros hidrodinâmicos

 As gamas de valores característicos de


coeficiente de armazenamento são
bastante variáveis, com magnitudes
entre 0,05 a 0,30 para aquíferos livres e
10-3 a 10-5 para aquíferos confinados.

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Fluxo em meios fracturados


 O fluxo neste meio é mais difícil de analisar
comparativamente ao meio poroso porque o fluxo
ocorre ao longo de fracturas discretas, cuja
distribuição e propriedades são muitas vezes
desconhecidas.
 Acresce que geralmente não é possível cartografar
a localização e orientação das fracturas no subsolo,
ou determinar a respectiva abertura e rugosidade.
 Muitas vezes o fluxo nas fracturas de maior
abertura é turbulento e afasta-se das condições de
base de Darcy.
 Duas aproximações possíveis: analisar o fluxo em
fracturas discretas ou, em oposição, tratar o meio
como contínuo…
100

50
Rebaixamento

101

Cone de rebaixamento

102

51
Cone de
rebaixamento

103

Cone de
rebaixamento

𝑸 = 𝑸𝟏 = 𝑸𝟐

𝑸 = 𝑲𝟐𝝅𝒓𝟏 𝒃𝒊𝟏 = 𝑲𝟐𝝅𝒓𝟐 𝒃𝒊𝟐

𝑪𝒐𝒎𝒐 𝑲𝟐𝝅𝒃 é 𝒖𝒎𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆


𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑠𝑒 𝑟2 > 𝑟1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑄1 = 𝑄2

1 2

104

52
Cone de
rebaixamento

Valores do raio de influência

Tipo de material Tipo de aquífero Valores de R (m)


Livre 700 - 1000
Cársico Semiconfinado 1000 - 1500
Confinado 1500 - 2000
Livre 400 - 700
Poroso
Semiconfinado 700 - 900
(intergranular)
Confinado 900 - 1200
Cársico Livre 500 - 1000

(isopotenciais espaçadas de 0,1 m)

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Ensaios de bombeamento

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Ensaios de bombeamento

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