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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ


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LGN0479 – GENÉTICA E QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS

Perda da biodiversidade no Brasil e no


mundo:
Causas e consequências

Discentes:

Ariane da Silveira Docente:


Carolina Atauri
Silvia Maria Guerra
Jackeline Sousa Molina
Jéssica de Andrade
O que é Biodiversidade?

Termo ‘diversidade biológica’  criado por Thomas Lovejoy em 1980


A palavra biodiversidade passou a ser mais utilizada após a publicação do livro
BioDiversity do biólogo E. O. Wilson em 1986.

• Dicionário Informal: “biodiversidade refere-se à variedade genética dentro das


populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos
macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas
desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de
comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos”.
Serviços oferecidos pelos ecossistemas
Água, alimentos, medicamentos, proteção do solo, estabilidade climática e
muitos outros fatores que garantem condições favoráveis à sobrevivência
humana na Terra.

Serviços ofertados pelos ecossistemas =


UU$ 33 trilhões/ano (R$ 55 trilhões/ano)
Fonte: IUCN (Internacional Union for Conservation of Nature)

Para muitas nações, a conservação de seus recursos é vista


como um custo, uma vez que para conservar os
ecossistemas, devem abster-se por parte do uso destes para
o crescimento econômico.

Mas os benefícios que os ecossistemas lhes prestam, se


mensurados monetariamente, superam com vantagem tais
empreendimentos econômicos.
Custos do uso da Biodiversidade
O uso irresponsável da biodiversidade pelo homem, tem causado diversos
problemas ao meio ambiente e uma enorme perda da biodiversidade
existente.

Explosão do Exploração
Impactos
crescimento excessiva dos
ambientais
populacional recursos naturais

• Segundo dados do Portal do Meio Ambiente, 12,5% das espécies de plantas estão
sob ameaça de extinção. Perda de 17 a 100 mil espécies vegetais por ano.

• A Mata Atlântica (HostPot mundial) compõe o segundo conjunto de ecossistemas


mais ameaçados de extinção no mundo, perdendo apenas para as florestas quase
extintas de Madagascar na África, segundo dados do ICMBio (2011).
Perda da Biodiversidade
Declínio da variabilidade de organismos vivos.
Compreende a perda da diversidade dentro de espécies, entre espécies e de
ecossistemas.

Principal impacto: extinção de espécies

Segundo dados da WWF-Brasil, atualmente são utilizados 25% mais recursos


naturais do que o planeta é capaz de fornecer.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os principais processos
responsáveis pela perda de biodiversidade são:

• perda e fragmentação dos habitats,


• introdução de espécies e doenças exóticas;
• exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
• uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas
de reflorestamento;
• contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e
• mudanças climáticas.
Biodiversidade no Brasil
1/5 da Biodiversidade mundial

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil possui seis biomas


terrestres (Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pampas e Pantanal) e
três grandes ecossistemas marinhos.

Grande parte de toda a biodiversidade brasileira está na Amazônia (50% de


todas as espécies vivas brasileiras).
Perda de Biodiversidade no Brasil
 Início: chegada dos portugueses em busca do Éden

Cerca de 472 espécies brasileiras estão ameaçadas de extinção.

Segundo dados do Instituto Chico Mendes (ICMBio), o bioma mais devastado


do País, é a Mata Atlântica.
Apenas cerca de 8% de sua cobertura vegetal original  resultado do desmatamento, a
exploração madeireira, a agricultura, as obras de infraestrutura e a ocupação inadequada de
áreas de preservação permanente, além de outros fatores.

Na Amazônia o problema ambiental é recente.


Início: em 1970, devido a incentivos fiscais para a “colonização” e,
principalmente, a expansão da fronteira agrícola em direção do bioma.
Perda de Biodiversidade no mundo
• Segundo dados da WWF-Brasil, a estimativa feita pelos especialistas
é que a perda acelerada de espécies que presenciamos hoje está
entre 1.000 e 10.000 vezes acima da taxa de extinção natural.

• Entre 0,01 e 0,1% de todas as espécies são extintas por ano.

Se considerarmos que existem


2 milhões de espécies Se considerarmos 100 milhões
diferentes em nosso planeta  de espécies  entre 10.000 e
entre 200 e 2.000 100.000 extinções/ano.
extinções/ano.
Medidas para reduzir a perda de
biodiversidade
2ª edição do estudo Panorama da Biodiversidade Global, desenvolvido pela
Convenção sobre Diversidade Biológica e pelo Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente, analisa as possibilidades de contenção da perda da
biodiversidade.

Algumas medidas apontadas:


• Aumento da superfície de áreas protegidas: atualmente existem 105 mil
unidades de áreas de proteção que correspondem a 12% do planeta.
• Desenvolvimento de metas de recomposição do número de espécies perdidas.
• Desenvolvimento de programas de prevenção da poluição.
• Aprimoramento no uso de recursos (aumentar a eficiência).
• Planejamento mais eficiente na expansão agrícola.
• Moderação no consumo de alimentos.
• Valorização do conhecimento das comunidades tradicionais.
Projetos Nacionais
• Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica
Brasileira – Probio I:
- Tem o objetivo de identificar ações prioritárias, estimular subprojetos que
promovam parcerias entre o setor público e privado, e o de gerar e divulgar
informações e conhecimentos no tema.
- Mecanismo de auxílio técnico e financeiro na implementação do Programa
Nacional da Diversidade Biológica (CONABIO)

• Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas


para Biodiversidade – Probio II:
- Tem o objetivo de integrar e potencializar as iniciativas
em curso no país
- A intenção é realizá-lo ao longo de seis anos.
• 1º Seminário de APAs no Brasil:
- Realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e parceiros a fim de “fortalecer
a gestão das Áreas de Proteção Ambiental (APA) e registrar casos bem
sucedidos e suas lições aprendidas desta categoria de unidade de
conservação”
- Ocorreu de 19 a 21/02/2013 em Brasília/DF

• Método MARISCO – Manejo Adaptativo de vulnerabilidade e RISCO em sítios


de Conservação:
- Abrange “projetos de ordenamento territorial, conversação da biodiversidade
e adaptação às mudanças climáticas no Brasil”.
- Desenvolvido pelo professor Pierre Ibisch.
Considerações Finais
A manutenção da biodiversidade é essencial para o funcionamento dos ecossistemas.

Ameaça: intensa exploração humana dos recursos naturais e ambientais para fins
comerciais.

Equilíbrio ecossistêmico é prejudicado  ciclo de prejuízos ambientais, sociais,


políticos e econômicos.

Necessidade de administrar
melhor o uso da biodiversidade
para que ele seja mais sustentável.
É possível desfrutar dos benefícios
da biodiversidade sem afetá-la de
forma negativa.

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